Zugspitze: um bate-volta de Munique ao topo da Alemanha
Desde que o A. L. comentou sobre o bate-volta de Munique ao Zugspitze (neste post aqui), eu já tinha decidido que na primeira oportunidade faria um passo a passo detalhado aqui para o blog. Fui agora em maio, e encontrei o pico mais alto da Alemanha ainda branquinho de neve. Se você for no alto verão, talvez não encontre neve, mas pelo menos até julho deve encontrar gelo. Leve casaco!
Como ir de Munique ao Zugspitze
O Zugspitze, o “topo da Alemanha”, tem acesso a partir da estação de Garmisch-Partenkirschen, duas cidades gêmeas que ficam a 90 km de Munique, já na fronteira com a Áustria. De carro, dá cerca de uma hora (se não houver trânsito para sair de Munique). De trem, são 1h20 desde a estação central.
A grande barbada para fazer o bate-volta Munique-Garmisch-Munique é o Bayern Ticket, um passe diário que custa 23 euros para uma pessoa e 5 euros extras para cada pessoa que viajar com o mesmo passe, até um máximo de 5 pessoas. Ou seja: duas pessoas viajando com o mesmo Bayern Ticket pagarão 28 euros no total, ou 14 euros cada, pela viagem de ida e volta. (Em três pessoas, dá 11 euros por passageiro; em quatro, 9,50 euros; em cinco, 8,30 euros.)
Viajar ao exterior com segurança é ter Seguro Viagem Bradesco.
As pegadinhas são: o passe só vale em trens regionais (Regio); não dá para embarcar em trens Intercity (IC), Eurocity (EC) ou Intercity Express (ICE). De 2ª 6ª você só pode embarcar em trens que saiam depois das 9h (no sábado e no domingo, porém, vale qualquer horário).
Minha sugestão de horários para aproveitar o Bayern Ticket: de 2ª a 6ª. vá às 9h32 (chegada: 10h54); volte às 17h05 (chegada: 18h26). Sábado e domingo, vá às 8h32 (chegada: 9h54); volte às 17h05 (chegada: 18h26).
Veja como conferir horários e comprar seu Bayern Ticket aqui.
Passeando com economia:
Zugspitze: o circuito
Chegando na estação de Garmisch-Partenkirschen, siga as placas para a plataforma da Zugspitzebahn, a estrada de ferro do Zugspitze. Ali você vai comprar o Zugspitze Ticket, que dá direito ao circuito completo.
Custa €53 para maiores de 18 anos, €38,50 para quem tem entre 16 e 18 anos, e €31 para passageiros entre 6 e 15 anos. Até 5 anos a passagem é gratuita. Há também descontos para famílias; veja todos os preços aqui.
A primeira parte do circuito é num simpático trem de cremalheira. São trinta minutos de paisagens alpinas até o lago Eib (Eibsee). Ali o trem começa a subir a montanha, e logo entra num túnel que ziguezagueia pela pedra até a estação Zugspitzplatt, no glaciar. No total, dá 1h10 de percurso desde Garmisch.
Surpresa: lá em cima fazia sol!
O glaciar está a 2.600m de altitude. Agora em maio o platô ainda estava recoberto de neve; quem quisesse visitar a capela da Visitação de Maria enfiaria o pé na neve fofa.
Do platô da geleira, o circuito continua pela gôndola da Gletscherbahn, o teleférico de 1.000 metros que em 4 minutos leva até o topo.
O pico mais alto da Alemanha está 2.962 metros acima do nível do mar — e originalmente, não ficava na Alemanha: parte da montanha foi dada pela Áustria à Baviera como presente de casamento do imperador Francisco José I a sua esposa Isabel da Baviera (ela mesma: Sissi, a Imperatriz).
O topo é dividido entre os dois países — e antes de haver o Espaço Schengen da União Européia, era preciso passar pela imigração para dar a volta completa no topo. Hoje, você pode ficar no vaivém entre Áustria e Alemanha (ou entre Tirol e Baviera) sem se preocupar com burocracia (em compensação, não ganha carimbos no passaporte).
Num dia claro, é possível avistar também a Suíça e a Itália (acho uma grande bobagem, mas tem gente que valoriza a informação…)
Já era meio-dia quando cheguei ao topo, e aproveitei para almoçar um autêntico café da manhã bávaro: salsicha branca cozida (que você precisa descascar; a pele não se come), mostarda, pão e cerveja. Cuidado com os corvos! Se você se descuidar do prato (por exemplo: pegando a câmera para fotografar os ditos cujos), eles vão lá e bicam a sua salsicha.
Deixe para tirar a foto depois de comer — eles virão atrás da pele da salsicha.
Onde ficar em Munique?
Mas a beleza do passeio não termina no topo.
A descida também é uma lindeza. Em vez de voltar pelo teleférico em que veio, agora você pega outro bondinho, o da Eibsee-Seilbahn. Em 10 minutos você desce até o lago Eib (Eibsee), numa paisagem que é um deslumbre até debaixo de nuvens.
Num dia agradável, você pode passear pelo lago antes de seguir viagem.
Na estação do Eibsee você pega o trem de volta para Garmisch; em meia hora está na estação.
Tanto Garmisch quanto Partenkirschen têm centros históricos preservados. Se você não tiver nenhum compromisso à noite em Munique (eu tinha!), pode ficar por lá, jantar e voltar mais tarde (há trens de hora em hora até as 23h).
Zugspitze e Füssen
Füssen, o vilarejo da Rota Romântica onde está o castelo de Neuschwanstein, está a 60 km de Garmisch-Partenkirschen. Estando hospedado em qualquer uma das cidades, você pode fazer um bate-volta de uma para a outra. De carro é mais fácil: apenas 1 hora viagem. De transporte público, a viagem pode levar entre 1h40 e 3h30, dependendo do horário e dos meios escolhidos. Os horários mais rápidos combinam ônibus (entre Füssen e Reutte ou Vils) e trem (entre Reutte ou Vils e Garmisch).
Leia mais:
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75 comentários
Para esquiar é pago o ticket de 53 euros + o valor de esqui? Ou é um ticket diferente que inclui a entrada?
Olá, Ana Paula! O ski pass inclui uma subida e uma descida por trem ou teleférico por dia comprado.
https://zugspitze.de/en/Service-information/Tickets-rates/Zugspitze
Ola Boia,
Fiquei com uma duvida para quem vai de carro. Tem que sair obrigatoriamente da estação de Garmisch-Partenkirschen ou tem estacionamento e “guiches” para comprar tickets próximo ao morro?
Obrigada
Olá, Flavia! Não dispomos desse conteúdo, a gente só fez de trem mesmo. Mas no site da estação você deve encontrar informações de estacionamento. Use o Google Tradutor se precisar.