Zermatt: um rolê pela cidade antiga
Chegamos no fim da tarde em Zermatt, e graças ao horário de verão europeu (e à latitude suíça) ainda teríamos luz até perto de 8 da noite. O grupo se encaixou numa caminhada guiada pela cidade (10 francos suíços/8 euros quando reservadas no posto de turismo de Zermatt).
A guia é uma moradora, Edith Villiger, e lidera essas caminhadas em inglês, francês ou alemão.
Sem mais delongas, vamos direto à área onde é possível ver como era Zermatt antes do alpinismo.
A região vivia da agricultura de subsistência. Os meses de temperatura amena serviam para produzir e estocar.
Os moradores viviam em casas simples de madeira, construídas sobre palafitas para afastar os ratos. Mantinham os estoques de comida e feno nas casas ou em celeiros que eram divididos entre alas de uma mesma família.
Um pequeno núcleo dessas casas antigas sobrevive pertinho do centro comercial de Zermatt.
É onde se pode ver o ancestral do chalé de montanha como conhecemos hoje — uma espécie de chalé de Neanderthal, apenas remotamente aparentado com os chalezinhos alpinos que vieram a se espalhar pelo mundo.
Foram os ingleses que, na segunda metade do século 19, começaram a transformar Zermatt no que é hoje.
Era a época mais romântica do alpinismo, em que as montanhas iam sendo conquistadas por escaladores intrépidos.
Por ironia, foi um terrível acidente que tornou Zermatt conhecida e procurada. A primeira escalada ao topo do Matterhorn terminou com a morte de quatro dos cinco alpinistas, na descida (os dois guias locais sobreviveram).
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O evento foi tão noticiado ao redor do mundo, que logo o Matterhorn se tornaria o troféu mais desejado entre os alpinistas europeus.
Em torno de 1% de quem faz a escalada não volta vivo (o índice é maior entre os que não usam guias locais). Os mortos mais jovens são celebrados num cemitério atrás da igreja católica.
Ali perto há também um memorial aos guias locais que não voltaram das expedições.
Mas o que eu achei mais incrível foi o afresco do teto da igreja de São Maurício: nada conservador…
Terminamos a visita nos arredores do Museu do Matterhorn, que vale a entrada — conta a história das escaladas a esta e a outras montanhas-fetiche da Suíça e do mundo. (Ingresso: 10 francos suíços/8 euros).
No próximo post da série: subindo ao Gronergrat e ao Kleine Matterhorn.
Ricardo Freire viajou à Suíça a convite do Swiss Travel System.
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20 comentários
Zermatt é muito legal……foram 3 dias inesquecíveis, fiquei hospedada no Aristela, gostei muito. Tem um restaurante com um carinha que é uma figura….. Acho que é Grampis pub…..comida bem gostosa, vinho italiano…..música com humor…..em uma cidadezinha linda na Suíça…..perfeito! Recomendo muito.
Riq, como ir de Paris a Zermatt, para depois pegar o trem? 🙂
Olá, Isabella! Aqui quem responde é A Bóia.
O caminho mais curto é ir de trem ou avião a Genebra e então pegar o trem a Zermatt via Visp.
Poxa que pena… estamos pensando em: Paris 5 dias, Munique 2 ou 3 dias (aproveitando para visitar Fussen, castelo Neuschwanstein) e Zurich para esquiar em Zemartt 2 ou 3 dias. Pensamos que essa estação fosse a única para esquiar qualquer época do ano. Será que existe outra que funcione em Outubro? Pode ser em outro país.
Obrigada mais uma vez, adoro seu blog!!! Sempre ajuda nas nossas viagens.
Olá, Karla! Outubro é muito cedo para esquiar.
Olá! Será que a estação de esqui Zermatt fica aberta em Outubro? Eu e meu namorado estamos pensando em viajar para lá nessa época. Temos muitas dúvidas sobre essa viagem. Pensamos em ir de Zurich para Zermatt. Mas pelo que vimos precisamos de trem para chegar na estação de esqui. É possível se hospedar por lá somente 2 ou 3 dias? Obrigada
Olá, Karla! É possível hospedar-se por apenas três dias, ou menos, em Zermatt, mas em outubro a estação não estará funcionando e muitos hotéis fecham. A temporada de esqui começa no final de novembro e vai até maio. Depois disso só funciona o “summer ski”, no alto das geleiras, e sempre de manhã cedo; ao meio dia já começa a haver água na pista, e as pistas fecham.
Os passeios, porém, funcionam todos. Você só não poderá esquiar.
Leia:
https://www.viajenaviagem.com/2011/10/do-jungfrau-ao-matterhorn-digo-de-interlaken-a-zermatt/
https://www.viajenaviagem.com/2011/10/zermatt-subindo-ao-gornergrat-e-ao-glacier-paradise/
Nossa, essa cidadezinha é demais!!!
Só fiquei triste pq chegamos por volta de 12hs, vindo num bate volta de Lausanne, os hoteis lá simplesmente são inviaveis em dezembro/janeiro, alta temporada de esqui…mas fiquei triste pq o posto de turismo estava fechado para almoço, até as 14hs, não esperavamos por isso pq no inverno escurece super cedo…nas outras cidades funcionava super bem,chegavamos e iamos direto pegar as informações preciosas, sempre bem atendidos…achamos meio sem noção, fechar pra almoço numa cidade turistica…bom, mas valeu pq o almoço e o passeio de trem foi maravilhoso…ficou com gostinho de quero mais, subir no Matterhon agora é um projeto, no verão se tudo der certo…a Suiça, apesar de cara, é simplesmente disbundante…
Ah que inveja! meu sonho de consumo, a Suiça tem paisagens de arrancar suspiros, mas so conheço Saint Moritz.
Gostei muito. Não conhecia de todo.
Continuação de boa viagem.
PS – ando caladinha, mas ando…
Até breve.
Sylvia, eu não concordo com você! (… e isso que concordo sempre)
Grande relato, lindo lugar, Riq!
Estes afrescos poderiam ter sido feitos pelo Bosch . Bárbaros !!
Sylvia, vim comentar exatamente pra dizer isso!!!