Primeira viagem ao Peru: hotel Unaytambo, Cusco

Primeira viagem ao Peru: Lima, Cusco, Vale Sagrado e Machu Picchu (roteiro para 9 noites)

Esta é a primeira parte de um roteiro prático para sua primeira viagem ao Peru: 9 noites entre Lima, Cusco, Vale Sagrado e Machu Picchu.

Recomendo que você leia a série inteira.

Primeira viagem ao Peru

Por que 9 noites? Não dá para ser menos?

Primeira viagem ao Peru: Lima

9 noites de viagem ao Peru permitem rentabilizar ao máximo uma semana de férias — saindo na sexta e voltando no outro domingo.

Com oito dias inteiros no Peru (já que o um dia vai ser consumido na viagem de ida), dá para visitar com bastante proveito Lima, Cusco, o Vale Sagrado e Machu Picchu, num roteiro intenso mas sem correria.

Quer incluir Ica, Nasca, Arequipa e Puno?

Caso você queira fazer o circuito completo do sul do Peru nesta viagem, acrescente:

  • 1 a 3 noites em Ica (uma tarde para Huacachina, 1 dia para tour de pisco, 1 dia para Islas Ballestras)
  • 1 noite em Nasca (para sobrevoar as linhas de Nasca na manhã seguinte)
  • 2 noites em Arequipa (acrescente mais 1 noite no Valle del Colca, se quiser visitar o vale)
  • 2 noites em Puno (para ter um dia inteiro livre para o passeio pelo Titicaca).

Faça todos os trechos (Lima-Ica, Ica-Nasca, Nasca-Arequipa, Arequipa-Puno, Puno-Cusco) de ônibus, com a Cruz del Sur.

Para incluir apenas Nasca entre Lima e Cusco, veja aqui.

Primeira viagem ao Peru: itinerário para 9 noites

Este é o resumo do roteiro. Cada etapa (Lima, Cusco + Valle Sagrado, Machu Picchu) é detalhada em posts separados.

3 noites em Lima

Com 3 noites em Lima você resolve as questões práticas (chip, câmbio), tem tempo para passear pela cidade, saborear a culinária peruana e aproveitar as duas horas de fuso horário atrasado (a seu favor) para se recuperar da viagem de vinda e chegar descansado em Cusco.

3 noites em Cusco

Com 3 noites em Cusco você tem dois dias para explorar a cidade sem pressa, e mais um dia para passear fazer um bate-volta a Pisaq. E ainda ganha três noites para curtir os restaurantes e bares do centro histórico.

1 noite em Ollantaytambo

Dormindo 1 noite em Ollantaytambo, você aproveita o caminho desde Cusco para visitar a vila de Chinchero, o sítio arqueológico de Moray e as salinas de Maras.

Na manhã seguinte, passeia pelo arqueológico de Ollantaytambo livre de turistas. E à tarde segue a Aguas Calientes (Machu Picchu Pueblo).

1 noite em Aguas Calientes (Machu Picchu Pueblo)

Você vai chegar a Aguas Calientes (ou Machu Picchu Pueblo), a base mais próxima de Machu Picchu, ao entardecer. Instale-se e durma cedo, para no dia seguinte cedinho pegar um dos primeiros ônibus a Machu Picchu.

Visita a Machu Picchu e noite final em Cusco

Depois de fazer o gran finale da viagem em Machu Picchu, você volta a Cusco e capricha no jantar de despedida do Peru.

Machu Picchu antes de Cusco não seria melhor por causa da altitude?

Primeira viagem ao Peru: Machu Picchu

De fato, Machu Picchu, a 2.400 metros do nível do mar, é bem menos elevada que Cusco, que está a 3.400 metros. Por isso, o soroche, ou mal de altitude, é menos comum em Machu Picchu do que em Cusco.

Saindo direto do aeroporto de Cusco para Machu Picchu é possível não sentir os efeitos da altitude na chegada.

O problema dessa estratégia é que ela apenas adia o mal-estar para quando você vier de Machu Picchu para Cusco – o fato de sair já de 2.400 metros não anula o impacto da altitude de 3.400 metros de Cusco.

Ir a Machu Picchu antes de Cusco também estraga a sequência do itinerário — é como iniciar o jantar pela sobremesa.

No nosso roteiro, Machu Picchu funciona como o gran finale de uma viagem gradual ao passado.

Você começa no Peru moderno (Lima), passa pelo Peru colonial (Cusco), visita resquícios de sítios arqueológicos (em Pisaq, Moray, Ollantaytambo) e termina na mais majestosa cidadela preservada (Machu Picchu).

Quando ir ao Peru

Primeira viagem ao Peru: mercado de Surquillo, Lima

Lima pode ser visitada o ano inteiro.

Já a região de Cusco e Machu Picchu tem épocas favoráveis e desfavoráveis.

Melhores épocas para Cusco e Machu Picchu

Para aproveitar melhor o seu tempo e o seu investimento, programe sua viagem ao Peru entre abril e setembro.

Nesses meses, vá preparado para temperaturas abaixo de 10ºC à noite e de manhã cedinho; mas nos dias de sol, que são maioria no meio do ano, as máximas podem chegar perto dos 20ºC no início da tarde.

  • Abril: fim da baixa temporada, início da estação seca
  • Maio: média temporada, tempo seco, lotação moderada
  • Julho e Agosto: alta temporada (férias na Europa), tempo seco, muito frio, lotação máxima
  • Setembro: fim da alta temporada, tempo seco, lotação moderada

Em outubro e novembro você já vai pegar umidade e menos dias de tempo firme. Ou seja: não são os piores meses, mas também não estão entre os melhores.

Pior época para ir a Cusco e Machu Picchu

Não é aconselhável visitar a região de Cusco e Machu Picchu no verão, em dezembro, janeiro e fevereiro, por conta da chuva.

Nos anos mais chuvosos, a estrada de ferro chega a ficar interditada.

Machu Picchu num feriadão. É possível?

Possível é – mas não é recomendável. O dia da ida e o da volta são praticamente perdidos (sobretudo quando você vai ou vem direto de Machu Picchu). Complicando mais as coisas, tem o fator altitude, que sempre compromete o dia da chegada a Cusco.

Se você quer mesmo usar um feriadão para viajar ao Peru, vá a Lima – é possível até encaixar uma (supercansativa!) esticada a Nasca. Mas só vá a Cusco e Machu Picchu se você dispuser de cinco dias inteiros – idealmente, 6 – para explorar o essencial da região.

Como comprar a passagem aérea

Primeira viagem ao Peru: Andes

Com o encerramento de operações da Avianca Peru, no início da pandemia, apenas uma cia. aérea tem voos diretos entre o Brasil e o Peru: a Latam.

Outras cias. aéreas levam a Lima com uma conexão: Avianca (conexão em Bogotá), Copa (conexão no Panamá), Aerolíneas Argentinas (conexão em Buenos Aires) e a própria Latam (conexão em Santiago ou Montevidéu).

Voos diretos Brasil-Lima

No momento, a Latam voa entre São Paulo (GRU) e Lima de terça a domingo. Entre o Rio de Janeiro e Lima os voos saindo do Galeão (GIG) são diários.

A Latam voa direto entre Porto Alegre-Lima às segunda, quintas e sábados.

Em setembro deve ser retomada a rota Foz do Iguaçu-Lima, com 3 frequências semanais.

Qual é a passagem ‘ideal’?

Se você vai fazer o roteiro de 9 noites descrito nesta série, o ideal é comprar uma passagem na modalidade ‘múltiplos destinos’ ou ‘várias cidades’, com três trechos no mesmo bilhete:

  • Trecho 1: Brasil-Lima
  • Trecho 2: Lima-Cusco
  • Trecho 3: Cusco-Brasil

Na maioria das vezes, esse esquema garante preços iguais ou ainda menores do que comprar apenas a ida e volta Brasil-Lima-Brasil.

Mas o benefício não é apenas econômico: o trecho 3, de Cusco ao seu destino no Brasil, garante que você tenha assistência e seja realocado em outro voo caso o seu voo de Cusco a Lima atrase e você perca a conexão prevista na passagem.

Se o aeroporto fecha, seu vôo atrasa e sua passagem não é vinculada, você vai ter que comprar outra passagem (ou no mínimo pagar multa e diferença tarifária) para conseguir um novo vôo em Lima.

Além disso, a modalidade múltiplos destinos/várias cidades rentabiliza ao máximo a tarifa paga — na maioria das vezes, você incluirá Cusco praticamente pelo preço de uma passagem Brasil-Lima-Brasil.

Da mesma forma, não emita passagem com milhas só até Lima. Emita com ida a Lima e volta de Cusco, e veja se consegue emitir também Lima-Cusco com milhas.

Passagem ideal: pegadinhas

O problema da passagem ‘ideal’ é que,com o fim da Avianca Peru, esse itinerário vinculando os voos de Cusco a Lima e a continuação de Lima ao Brasil só é oferecido pela Latam.

E para deixar tudo mais difícil, a Latam não tem mais a função ‘várias cidades’ no seu site.

Há dois meios de comprar essa passagem ‘ideal’:

  • Em agências online ou buscadores, como Skyscanner, escolhendo “várias cidades”
  • Com um agente de viagem

Alternativa à passagem ‘ideal’

Caso você encontre preços muito menores numa passagem ida e volta Brasil-Lima-Brasil (pode acontecer, sobretudo se você se dispuser a fazer conexão na ida e na volta), pesquise os trechos internos no Peru com as cias low-cost JetSmart e Sky Airline Peru.

Não se esqueça de somar todos os trechos para ver se continua mais barato que a passagem ‘ideal’.

Neste caso, nossa recomendação é que você aumente um dia na viagem, dormindo em Lima na véspera da volta ao Brasil. Assim você elimina a tensão de conseguir a conexão entre dois voos não-vinculados no mesmo bilhete – e o prejuízo que aconteceria se você perdesse o voo de volta.

Vai passar por Ica, Nasca, Arequipa e Puno?

Se quiser fazer o circuito inteiro do sul do Peru, continue a passagem aérea na modalidade múltiplos destinos/várias cidades, mas apenas dois trechos:

  • Trecho 1: Brasil-Lima
  • Trecho 2: Cusco-Brasil

Caso compre os trechos internos separadamente, durma na véspera da volta em Lima.

Faça os trajetos internos de ônibus (com a Cruz del Sur).

Quer ir apenas a Puno antes de Cusco?

Para incluir apenas Puno neste roteiro, compre a passagem aérea na modalidade múltiplos destinos/várias cidades, com 3 trechos:

  • Trecho 1: Brasil-Lima
  • Trecho 2: Lima-Juliaca (o aeroporto mais próximo de Puno)
  • Trecho 3: Cusco-Brasil

Caso compre os trechos internos separadamente, durma na véspera da volta em Lima.

Faça o trajeto Puno-Cusco de ônibus (com a Cruz del Sur).

Precisa vacina contra febre amarela para ir ao Peru?

Não precisa. O Peru é um dos únicos países da América Latina (fora do Cone Sul) que não exigem a vacina de brasileiros. Mas isso pode mudar. Se você tem intenção de viajar a países latino-americanos nos próximos anos, consulte seu médico e veja se você pode ser vacinado.

Se puder, meu conselho é vacinar-se – tanto para estar protegido da doença no Brasil como para não ter problemas nas viagens. Se você não puder se vacinar por razões de saúde, seu médico pode emitir um certificado internacional de isenção da vacina.

Lembre-se que a vacina contra Febre Amarela só vale depois de 10 dias. Veja como vacinar-se e tirar o certificado internacional (ou o de isenção) .

Como comprar o ingresso para Machu Picchu

Desde 2011, obedecendo a determinação da Unesco, a cidadela de Machu Picchu passou a receber no máximo 2.500 visitantes por dia. Por isso é importante comprar seu ingresso com antecedência, pelo site oficial. Desde 20 de janeiro de 2024, o site é Tuboleto.cultura.pe

Para iniciar o processo, você precisa escolher uma data. O site vende ingressos para o mês corrente e para os cinco meses seguintes. O ingresso básico se chama ‘Llaqta de Machupicchu – Circuito 1 o 2’.

Os ingressos para estrangeiros custam 152 nuevos soles (equivalente a pouco menos de R$ 200).

Além do ingresso simples, há dois outros ingressos disponíveis (com lugares ainda mais limitados) para combinar o circuito da cidadela com o trekking por uma das duas montanhas do complexo.

O ingresso Machu Picchu + Montanha Wayna Picchu custa 200 nuevos soles (pouco mais de R$ 250), mesmo preço do ingresso Machu Picchu + Montanha Machu Picchu.

Definido o ingresso, você vai precisar preencher a ficha dos visitantes. No campo de documento, informe o que você vai levar no dia – pode ser RG (“DNI”, em espanhol) ou passaporte.

Não é possível combinar dois circuitos na mesma visita. Se você quiser fazer um circuito alto e um baixo, vai precisar comprar dois ingressos para horários diferentes.

Uma vez comprados, imprima os ingressos e leve com você.

Vale a pena incluir a Montanha Wayna Picchu?

A Machu Picchu que está na sua cabeça pode ser visitada em sua plenitude com o ingresso simples. O passeio com calma, percorrendo toda a cidadela, requer três horas, com subidas e descidas, muitas vezes debaixo do sol. É um passeio maravilhoso, porém naturalmente exaustivo.

Quando você inclui uma subida a uma das montanhas – seja à Wayna Picchu, seja à Montanha Machu Picchu – você acrescenta de três a quatro horas de esforço físico à sua visita. Sinceramente, não acredito que a relação sacrifício x benefício seja boa.

De todo modo, há três casos de visitantes que devem considerar comprar o ingresso com trilha:

  • Trekkistas, andarilhos, fãs de turismo-aventura
  • Quem gostaria de ter feito a Trilha Inca mas não tem tempo ou fôlego para tanto
  • Quem vai fazer a visita em dois dias consecutivos

Leia mais sobre isso, incluindo opiniões divergentes de leitores, neste post.

Como comprar a passagem de trem

A não ser que você chegue a Machu Picchu pela Trilha Inca, vai precisar pegar o trem até Aguas Calientes (oficialmente, Machu Picchu Pueblo), a cidadezinha de onde partem os microônibus que levam ao santuário de Machu Picchu.

De onde saem os trens

Há três pontos de partida do trem:

  • San Pedro, uma estação em pleno centro histórico de Cusco, que foi reativada em maio de 2019
  • Poroy, uma estação a 25 minutos de táxi de Cusco, de onde saem trens da Peru Rail
  • Ollantaytambo, uma cidade do Vale Sagrado a 2h de carro ou van de Cusco

As cias. que atuam na rota oferecem também um serviço bimodal – transporte combinado de ônibus ‘oficial’ entre Cusco e Ollantaytambo, e de trem entre Ollantaytambo e Aguas Calientes, na ida e/ou na volta.

No momento, saindo de Cusco só está disponível o serviço bimodal.

Saindo de Cusco, a viagem até Aguas Calientes vai levar em média 4 horas, por qualquer uma dessas rotas (saída direto do centro de Cusco, ou táxi a Poroy + trem a Aguas Calientes, ou bimodal).

Que rota comprar?

Se você seguir o meu roteiro, vai pegar pegar o trem em Ollantaytambo. O percurso de ida de Cusco a Ollantaytambo vai feito no modo transporte privativo com paradas pelo Vale Sagrado (como você verá neste post).

Caso você queira seguir este roteiro que eu sugiro, compre da seguinte maneira:

  • ida: Ollantaytambo-Aguas Calientes num trem do início da tarde, com saída entre 13h e 14h. Você chega a Aguas Calientes a tempo de dar uma descansada à tarde (dá para aproveitar as águas termais).
  • volta: Aguas Calientes-Ollantaytambo, Poroy ou San Pedro, também num horário vespertino, com partida umas duas horas depois do horário em que você calcula terminar sua visita a Machu Picchu.

É melhor comprar a volta a Ollantaytambo, Poroy ou San Pedro?

Dá certo dos dois jeitos. San Pedro está no centro de Cusco e garante uma volta mais confortável.

Poroy deixa perto de Cusco, mas ainda envolve pegar um táxi para ir ao seu hotel.

E a volta por Ollanta não tem perrengue, não: uma frota de vans estará à espera dos passageiros para transportar até Cusco, por 15 soles por pessoa. Você também pode aproveitar a volta no ‘bimodal’, com a baldeação para ônibus em Ollanta já incluída na passagem.

O tempo de viagem acaba sendo parecido em todas as alternativas.

Cias. ferroviárias e preços das tarifas

Duas cias. operam na ferrovia: a PeruRail, do grupo Belmond (antigo Orient-Express) e a Inca Rail.

As duas cias. oferecem vagões com diferentes níveis de conforto. Os preços são por trecho (só ida ou só volta) e variam conforme dia e horário da viagem.

Primeira viagem ao Peru: trem PeruRail Expedition

Trens ‘econômicos’

Todos os trens para Machu PIcchu são caros, mas as duas cias. têm uma opção de preço menos exorbitante.

  • Peru Rail: Expediton (desde US$ 59 saindo de Cusco, US$ 44 saindo de Ollantaytambo)
  • Inca Rail: The Voyager (desde US$ 70 saindo de Cusco, US$ 65 saindo de Ollantaytambo)

Trens panorâmicos

Primeira viagem ao Peru: trem Vistadome PeruRail

Os trens mais caros oferecem janelas amplas (alguns, vidros no teto também), além de serviço de bordo.

  • Peru Rail: VistaDome (desde US$ 78 saindo de Cusco ou Ollantaytambo)
  • Inca Rail: The 360° (desde US$ 85 saindo de Cusco, US$ 77 saindo de Ollantaytambo)

Trens de luxo

Primeira viagem ao Peru: Inca Rail First Class

A Inca Rail também tem uma First Class com serviço de luxo desde US$ 208 (San Pedro-Aguas Calientes) e US$ 195 (Ollanta-Aguas Calientes).

Se você está achando tudo muito caro, preciso informar que as duas cias. também têm classes AAAA gargalhantes: a PeruRail tem o Sacred Valley Train (desde US$ 195 Ollantaytambo-Aguas Calientes), o Hiram Bingham (desde US$ 540 Poroy-Aguas Calientes) e a Inca Rail, a The Private Machu Picchu Train (um vagão que pode ser fretado entre Ollanta e Aguas Calientes, com preço sob consulta).

O que são as tarifas ‘Traslado’ e ‘Completo’ da Inca Rail?

A Inca Rail – e só ela – tem tarifas que oferecem mais do que o transporte até Aguas Calientes.

  • Tarifa ‘Traslado’: inclui o ônibus Aguas Calientes-Machu PIcchu-Aguas Calientes, que custa US$ 24 quando comprado separadamente
  • Tarifa ‘Completo’: inclui esse ônibus a Machu Picchu e também um serviço de guia compartilhado, que na porta da cidadela custa US$ 10 por pessoa

Vale a pena pagar? Só se você valorizar a comodidade. Há um sobrepreço cobrado sobre os dois itens extras.

Que moeda eu levo para o Peru?

Primeira viagem ao Peru: 100 nuevos soles

Mudou tudo: não é mais preciso levar dinheiro vivo para o Peru para escapar do IOF alto e do dólar caro dos cartões. Se você tiver tempo hábil, o melhor é fazer um cartão de débito de conta internacional.

Ideal: cartão de débito de conta internacional

Enquanto a pandemia deixava a gente longe das viagens internacionais, surgia uma nova classe de cartões: os cartões de débito de contas internacionais, como BS2, C6, Inter, Nomad e Wise.

Esses cartões combinam o melhor de dois mundos: o IOF baixo do dinheiro vivo (1,1%) com um ‘spread’ (ágio sobre o câmbio comercial) em linha com o do dinheiro vivo, e bem mais baixo que o dos cartões de crédito ou pré-pagos.

Não é preciso mais levar um bolo de dinheiro na doleira, nem perder tempo da sua viagem procurando uma casa de câmbio com uma boa cotação. Notas falsas também deixam de ser uma preocupação.

Com esses cartões você paga despesas diretamente no comércio e também faz saques em soles nos caixas automáticos.

Leia mais sobre os novos cartões globais.

Saques em caixas automáticos: saiba antes

Alguns cartões de débito de contas internacionais, como Wise e Nomad, oferecem os primeiros saques grátis. A maioria já cobra US$ 5 por saque desde o primeiro. Em todos os casos, é cobrada também a tarifa de uso do equipamento.

Para diluir as tarifas, o melhor é fazer o maior saque possível. A melhor rede é a BCP, que permite retirar até 700 soles de cada vez.

A GlobalNet é a pior: deixa retirar no máximo 400 soles (uns 120 dólares) e cobra 14,50 soles de tarifa (4 dólares — 3,5% no saque máximo). A rede Scotiabank permite retirar até 500 soles; BBVA e Multired, 400 soles.

Funciona, mas dá trabalho: levar reais ou dólares

Você conseguirá trocar reais ou dólares em casas de câmbio no Peru. Mas vai precisar procurar as melhores cotações e vai estar sujeito a pegar uma ou outra nota falsa.

Procure fazer câmbio em dias de semana, durante o horário comercial, para obter as melhores cotações.

Todas as casas de câmbio trocam dólar, mas nem todas trabalham com real. Se o real estiver num momento de queda contínua, muitas deixam de trabalhar temporariamente com a moeda.

Não vale a pena: comprar soles peruanos no Brasil

Comprar moedas ‘fracas’ em espécie no Brasil nunca é um bom negócio. As casas de câmbio cobram um ‘spread’ (ágio sobre a cotação comercial) muito mais alto do que o das moedas fortes que fica entre 3% e 5%.

Nas cidades em que casas de câmbio têm soles peruanos para vender, o menor spread é de 15%.

Mesmo que você queira apenas alguns soles para ter na carteira na chegada, sai mais em conta trocar 100 ou 200 reais na casa de câmbio do desembarque do aeroporto de Lima, onde o spread não deve ser maior que 10%.

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    Cartões de crédito: úteis como plano B

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    De todo modo, não jogue fora seu cartão de crédito: ele é um ótimo plano B caso dê problema com seu cartão de banco digital – ou caso você resolva gastar mais do que poupou para viajar.

    Cusco

    Comentários

    Antes de fazer qualquer planejamento de viagem leio as indicações do site viagenaviagem- a bóia. Tenho muita confiança nas informações prestadas aqui.

    Oi
    Vous estar no Peru no final de Junho com minha família. É interessante participar da Festa do Sol em Cusco? Os ingressos estão caros e ocupam um dia inteiro.

      Olá, Cristina! Nunca participamos. Deve ser bacana, mas não é fundamental.

    Fazer o roteiro sugerido de nove noites em março é arriscado pegar muita chuva?

      Olá, Paulo! Alguma chuva sim.

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