Vancouver: o dia em que eu encarei a tirolesa de Grouse Mountain
Veja bem: não sou uma pessoa dada a esportes. Sempre detestei a aula de educação física, tenho aptidão nula para competições que envolvam mexer o corpo e só faço exercícios físicos frequentes porque existe bicicleta ergométrica e Xbox Fitness (leia-se: atividades que posso fazer no conforto do meu lar). Então que cazzo essa menina tá falando de fazer tirolesa? Acontece que explorar a Grouse Mountain (6400 Nancy Greene Way; tel. 604/980-9311; aberto diariamente das 9h às 22h), em Vancouver, pendurada a 70 metros do nível do chão transforma um passeio que já é bacana em um daqueles momentos inesquecíveis de viagem, pra sempre na memória.
Você não tem a menor intenção de se aventurar em algo do gênero? Sem problemas. Grouse Mountain é uma área muito bonita de ser conhecida em Vancouver, e tem uma série de atrativos menos “radicais”.
A 15 minutos do centro da cidade, o passeio fecha um dia redondinho com a Capilano Suspension Bridge.
O topo da Grouse Mountain foi alcançado pela primeira vez em 1894. Dali para frente, a área não apenas da montanha, mas também de seus arredores, começou a ser desenvolvida para abrigar atividades de lazer, como a prática de ski e snowboard, trilhas e contemplação da imensa área verde. Com o tempo, a preocupação ecológica foi levada ainda mais a sério e dois ursos cinzentos órfãos, Cari e Boo, foram acolhidos ali. Hoje, outros dois ursos mais velhos, Grinder e Coola, e o lobo Alpha levam vidas tranquilíssimas em gigantescos espaços determinados.
Em 1966 foi aberto o Skyride, um bondinho que funciona todos os dias do ano e que a cada 15 minutos leva os visitantes para a primeira parada da montanha, Peak Chalet, permitindo lindas vistas de Vancouver, do oceano Pacífico, das ilhas ao redor e dos picos nevados. Ali há restaurante, lojinha e o Theater in the Sky, um cinema com sala HD que transmite filmes sobre a história, a fauna e a flora locais.
Trilhas guiadas, shows de lenhadores, demonstrações de pássaros treinados, visitação ao trabalho de apicultores e possibilidade de avistar Grinder e Coola em seu habitat natural são algumas das opções. Ou você pode simplesmente caminhar sem destino certo pela paisagem. É nesta área também que é possível comprar os ingressos para os passeios da área mais acima, como a tirolesa.
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Dali até de fato o alto da montanha são mais 15 minutos de uma bela viagem em outro teleférico, desta vez aberto. Já no alto, as opções de passatempo são outras, como andar de helicóptero, fazer trilhas mais intensas ou voar de paraglide.
Estando ali, não deixe de conhecer o Eye of the Wind. Trata-se da primeira e por enquanto única turbina de vento do mundo que permite que se ande em um chão de vidro no topo da torre, a míseros 3 metros das hélices. A visão de 360o da área é fascinante, principalmente em dias limpos.
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O sobrevoo
As tirolesas são recentes na Grouse Mountain. Foi apenas em 2008 que passaram a operar 5 circuitos delas na estação. Há ingressos para fazer três ou os cinco percursos, dependendo da estação do ano. Fiz no final do verão o roteiro de 3, que levou uma hora, mais ou menos, além do tempo de visitação ao Eye of the Wind. O pacote com as cinco tirolesas pode durar até duas horas.
São sempre duas linhas em cada circuito, o que faz a brincadeira ficar bem mais divertida porque você pode ir com sua companhia de viagem. Elas passam com segurança por cima dos cânions e da floresta entre a Grouse e a Dam Mountain.
Depois de ter feito o check-in mais abaixo na montanha, o visitante assina um termo de compromisso, informa seu peso (os participantes devem ter entre 32kg e 114kg) e recebem todo o equipamento necessário. Essa é provavelmente a única parte chata: é você quem vai levar a parafernália toda montanha acima. O caminho a ser seguido com os profissionais não tem nada de impossível, mas fica mais puxadinho com a “bagagem” toda (que normalmente ainda vai incluir sua mochila com câmera, água, documentos e afins).
Alguns lances de escada e voilá! você estará no primeiro ponto de saída da tirolesa. A visão faz rolar aquele pensamento básico de “o que eu estou fazendo aqui?”, mas os instrutores explicam tranquilamente o quão forte são os fios, como será sua chegada do outro lado e o que é necessário fazer durante o percurso (basicamente, aproveitar). São eles quem “encaixam” o visitante no sistema e aí é só contar 1, 2…vai!
O frio na barriga logo que o percurso começa é esquecido quando você se dá conta da visão incrível que está podendo ter do parque. Em alguns dos circuitos é possível chegar a 80km/h, o que faz mesmo a mais extensa das tirolesas parecer até rápida depois que você passa a confiar no processo. Mas aí você quer mais!
O legal da tirolesa é que como ela não precisa de nenhum preparo físico específico, é uma opção que quase qualquer pessoa pode fazer. Mesmo o pequeno tranco ao se chegar ao final dela é bastante tranquilo. E, depois de fazer isso ao menos três vezes, em cima daquela imensidão de verde da Grouse Mountain, já dá pra se achar um super aventureiro. 😉
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Grouse Mountain no inverno
Grouse Montain nevada (Foto: Divulgação)
A primeira temporada de inverno da Grouse Mountain aconteceu 1926. Em todo esse tempo de existência, o parque cresceu até oferecer 26 pistas de ski e snowboard, 14 pistas noturnas, duas áreas planas e 10 km de trilhas na neve.
Passeio de trenó, patinação no gelo e tour de snow limo complementam a extensa programação, com direito a encontro com o Papai Noel em sua fábrica de presentes.
Há diferentes tipos de ingressos para a Grouse Mountain, dependendo do que você quiser fazer no parque. A Alpine Experience dá direito à ida e volta no Skyride, com acesso às atividades gratuitas no plateau (C$ 43,95). A Peak Experience permite, além do oferecido na Alpine, a ida e volta ao Peak, de teleférico aberto (C$ 47,95). E a Ultimate Experience inclui, além do que os demais pacotes oferecem, uma visita ao Eye of the Wind (C$ 57,95).
Fazer o circuito de 5 tirolesas custa C$ 109 (o valor já inclui o ingresso Peak Experience). O de 3 tirolesas custa C$ 70 (e inclui o ingresso Alpine Experience). Outros passeios têm custos avulsos diferentes.
Heloisa viajou a convite da Canadian Tourism Comission.
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3 comentários
Uauu!!
Estou indo pra lá no mês que vem e marquei de fazer um passeio de tirolesas em Whistler… Quem sabe eu não faço esse tb?? Parece incrível!
🙂
😉 É menos assustador do que possa aparentar, Val, juro!
Sem Or !!!
Parabéns!