Transamérica Comandatuba: onde nem com a mala você precisa se preocupar
A convite do Transamérica, revisitamos o resort no final de junho. Usamos o hotel como base para fazer o circuito das fazendas de cacau e das histórias de Jorge Amado em Ilhéus (aguarde os posts em breve). Entre uma saída e outra, revisitamos este que é um dos mais tradicionais resorts do Brasil — e sempre entre os primeiros nos quesitos serviço e recreação.
Existem ao menos dois tipos bem distintos de expectativas de viagem: tem aquela viagem em que você quer planejar diversas coisas antes de sair de casa, tem várias ideias do que quer conhecer, onde e o que pretende comer, e outra, em que, peloamordedeus, a única coisa que se quer é descansar. O Transamérica Comandatuba foi feito para esse segundo tipo de passeio.
A falta de preocupação começa já na saída do avião que pousa no pequeno aeroporto de Una. Depois de fazer a curva no mar, o avião pousa e os passageiros já sentem o ar quente da região no rosto, que pode contrastar radicalmente com a temperatura que deixaram para trás em São Paulo, de onde saem voos fretados da Latam durante a temporada. É descer as escadas do avião, andar os 200m do aeroporto –que tem apenas duas salas de espera, uma lojinha e o detector de metais — e seguir para os ônibus do Transamérica, já devidamente estacionados na entrada. Mas cadê a esteira? E as malas? Logo mais você se reencontrará com elas, aguarde.
Dentro do ônibus, a vocação do local para viagem de família já fica claro: os primeiros bancos do transporte contam com cadeirinhas com o nome dos pais do bebê que deve ser acomodado ali (deve-se solicitar o serviço no momento de fechar o pacote). Um trajeto de menos de dez minutos levará os hóspedes para o píer, onde balsas estão preparadas para levar a todos para o outro lado do rio, onde efetivamente está o hotel (outra viagem de menos de dez minutos).
Já nesse tempinho dá pra ir esquecendo do tal ‘mundo lá fora’, com o barulhinho da água sendo cortada pela embarcação. O trajeto é feito diversas vezes por dia desde 1989, quando o Transamérica foi inaugurado, depois de quatro anos de uma construção que procurou manter intocada a natureza local enquanto surgia a primeira ilha-resort do país.
Guia de Resorts
No píer da ilha, duas baianas típicas aguardam para dar boas-vindas aos hóspedes, assim como oferecer água de coco. É o tempo de se refrescar e fazer uma foto até que chegue um daqueles carrinhos de golfe versão trenzinho para levar todo mundo ao lobby. Os muitos habitués do espaço acabam seguindo a pé, para esticarem as pernas.
E é no lobby em que acontece o bonito e sempre desejado encontro entre você e sua mala, que estará lá aguardando por seu dono. A recepção, especialmente preparada para receber os passageiros daqueles voo, fornece os cartões de acesso para que cada hóspede siga para o quarto e já começa a mostrar um dos grandes cartões de visita do espaço: a qualidade do serviço.
Transamérica Comandatuba: os apartamentos
Esta foi minha primeira visita ao Transamérica Comandatuba na vida e, por isso, acho que não tinha expectativas diferenciadas para os quartos. Fiquei hospedada no fim do corredor da ala Leste do hotel, que desemboca atrás do lobby, pertíssimo da escadaria que leva internamente ao Restaurante Giardino, onde são servidas as refeições cobertas pela meia-pensão, e o caminho que deixa os hóspedes na área das piscinas.
O apartamento luxo é um quarto espaçoso e confortável e, por estar sozinha, o sofá-cama estava fechado, na configuração que cria uma pequena sala antes da varanda. O banheiro fazia parte dos quartos que ainda não passaram por renovações, e por isso possuía uma banheira de hidromassagem que, apesar de gostosa, era pouco prática para entrar e sair, algo que poderia ser um problema de verdade caso estivesse com minha mãe ou com uma criança pequena, por exemplo (boa parte dos outros quartos conta agora com uma ducha no lugar). Todos os quartos oferecem balança, pra que ninguém fique chocado com o aumento de peso só no fim da viagem (olha a importância da academia do hotel aí, gente!). Armário, frigobar, televisão e escrivaninha completavam o lugar.
Alertada por um texto anterior do chefe, logo fui verificar como era o mobiliário da varanda. No meu quarto (e em alguns bangalôs), cadeiras e mesinha ainda eram de plástico, mas em várias outras unidades que visitei já haviam sido trocados por materiais mais resistentes.
Como minha visita aconteceu na última semana de junho, ainda fora do período tradicional de férias escolares, tive a impressão de que os hóspedes eram apenas as pessoas que estavam comigo no avião vindo de São Paulo. A quantidade grande de crianças pequenas era grande, mas ficar no final do corredor fez com que eu sinceramente não me desse conta da presença delas até a hora de ir comer. A chuva – que parece ter saído da minha mala – diária perto da hora do jantar foi outro dos motivos que me fez ficar especialmente feliz por estar a uma curta caminhada do restaurante.
Há outros tipos de quartos, todos com frigobar, tv e serviço de abertura de camas à noite (o que, não importa em que hotel seja, é sempre gostoso).
O apartamento superior, por exemplo, é um dos propícios para famílias: o espaço acomoda, além de um casal, duas crianças de até 11 anos e pode ainda ser conjugado com outro quarto. Essa é provavelmente a escolha de boa parte das pessoas que se hospeda no Transamérica.
A suíte júnior fica mais próxima da área do bar da piscina e oferece duas janelas que garantem uma deliciosa iluminação natural. Há chuveiro e banheira, cama de casal com dossel e uma pequena sala de estar. Para mim, o de ambiente mais “romântico” entre os quartos, ainda que, na alta temporada, possa ser um pouco menos silencioso.
Apenas casais podem ficar na suíte superior. São quartos espaçosos, com uma pequena sala de estar em outro ambiente. Oferece duas varandas com vista para o jardim, além de dois banheiros.
A varanda em L com vista para o mar a partir da cama é o charme da suíte luxo, que também só recebe casais. Há uma sala a parte, lavabo na entrada e a possibilidade de pegar um outro quarto conjugado, caso os adultos viajem com filhos.
Um pouquinho mais distante do prédio principal, e sem ligação direta com ele, está a área dos bangalôs. Quem estiver hospedado ali e não quiser encarar a caminhada (que não é gigantesca) pode solicitar transporte para as áreas comuns do hotel. Lá há quatro categorias de acomodações.
O menorzinho de todos, e por isso mesmo com preços mais interessantes, é o bangalô superior. Apenas casais pode ficar acomodados neste quarto que dispõe de varanda na frente (há a possibilidade de pegar um outro quarto conjugado caso se viaje com filhos).
O bangalô luxo acomoda 3 adultos ou dois adultos e duas crianças de até 11 anos. Há uma pequena sala de estar e duas varandas.
Dois quartos separados, com banheiros próprios, compõem o bangalô sênior, que tem também sala de estar e de jantar. A decoração é graciosa e há ainda uma ampla varanda com espreguiçadeiras. Acomoda até 4 pessoas.
Com quase 115 m² (fora a varanda), o bangalô master pode acomodar até seis pessoas, com um quarto de casal e outros dois, cada um para duas pessoas, separados por uma ampla sala. Há banheiros privativos, sendo que o do casal tem um inspirador deck com banheira e chuveiro. A vista das janelas dá para o mar, ou para o lago do projeto paisagístico interno.
Ainda que todos os tipos de bangalôs sejam, em essência, mais reservados do que os apartamentos do prédio principal, acredito que ficar mais próximo do restaurante, e mesmo das lojinhas de conveniência do lobby, faça bastante diferença, principalmente no final do dia. Os trenzinhos buscam e levam os hóspedes sem parar, mas mesmo assim os bangalôs perdem em praticidade quando se esquece algo no quarto, ou quando o banho demorou mais do que se pensava e já está quase no horário do encerramento do jantar.
Boa Terra
Transamérica Comandatuba: a estrutura de lazer
Se eu não tinha expectativas específicas quanto aos quartos, elas existiam para outro assunto: piscinas! A imagem das palmeiras e coqueiros, rodeando a maior delas, cheia de curvas, era daquelas que está no imaginário de quem lê revistas de turismo há tempos. E, olha, não me decepcionou. Cartão-postal do hotel, o ambiente é tão bonito, tão relaxante, que dá vontade de ficar fazendo fotos todos os dias, de detalhes diferentes. O desenho do espaço cria pequenas enseadas que permitem até achar que se está num espaço privativo, mesmo com tantas outras pessoas por ali.
O complexo aquático tem ainda outra piscina grande, semi-olímpica com cachoeira e tobogã, além de uma piscina para bebês e outra piscina para crianças pequenas.
A piscina entre coqueiros recebe uma série de atividades esportivas e gincanas durante o dia, enquanto na outra é possível ficar tranquilamente tomando sol ou lendo, aproveitando o conforto de ter petiscos ou bebidas trazidos até onde se está pelos funcionários que passam pelas áreas a todo momento. É assinar a comanda e relaxar.
Eventualmente, a empolgação dos participantes da programação pode ser um pouco barulhenta demais para quem procura sossego, mas a área da piscina menor é um pouco mais escondida, o que garante mais tranquilidade.
Durante a minha visita, apesar do sol, a temperatura não estava muito gostosa para um mergulho, mas o ambiente e o som das ondas quebrando no mar a uma curta distância já compensavam.
A praia está acessível a partir de uma pequena estrutura de madeira. Há cadeiras e guarda-sóis à vontade. O mar, de águas turvas, é que não é lá muito convidativo.
Aves muito curiosas com visitantes podem ser observadas em um viveiro próximo ao prédio de convenções. Algumas delas parecem ter pelos em vez de plumas, de tão fofinhas.
O Comandatuba Ocean Course é um campo de golfe com 18 buracos, de categoria internacional, que aproveita a rica vegetação da área, além dos ventos que podem fazer pequenas dunas de areia mudarem de posição, para dar mais emoção aos jogos ali disputados (o que não aconteceu durante minha estadia). Há também um bar e uma loja de equipamentos especializados.
Bem mais procuradas, as quadras de tênis, squash, futebol society, vôlei de praia, além das áreas de bocha, arco e flecha e spinning podem ser usadas pelos hóspedes em horários específicos sem custos adicionais. Raquetes e carrinhos de bebê, na verdade, são os itens que mais competem com malas fora do avião.
Já o uso de bicicletas, triciclos, quadriciclos, parede de escalada, catapulta (uma estrutura que joga você em um enorme colchão de ar no lago), aulas de surfe e pintura em seda são cobradas a parte. Há uma pista própria para andar de buggy. De todas essas opções, a que mais vi serem usadas foram as bicicletas (talvez um bom termômetro de atividade em família que a cidade grande acaba engolindo).
Outras atividades náuticas disponíveis são jet ski (para quem possui habilitação marítima), stand up paddle, wakeboard e pesca oceânica (com aluguel de barco e equipamentos).
Videogames não foram esquecidos, e uma sala dedicada aos jogos foi criada recentemente. A Comanda Games tem TVs, consoles de Xbox e Playstation, fliperamas e uma pista de autorama. Uma sala de jogos (de damas, xadrez) mais tradicional divide espaço com a biblioteca, além de um espaço com cara de sala de casa em que é possível assistir TV.
Uma agência de passeios localizada no saguão, próximo a entrada do Giardino, oferece roteiros de dias inteiros (para Itacaré e Ilhéus, por exemplo) ou mesmo de algumas horas, como o que leva a Canavieiras. Há também passeios a pontos mais próximos, como o que acompanha os hóspedes à ponta sul da ilha (para o banho de lama negra), ou à Passarela do Caranguejo, um mangue preservado que é usado de entrada pelos funcionários. Todos são cobrados à parte e dependem principalmente de condições climáticas.
Um passeio sem custo é visitar o povoado que cerca a ilha. É um lugar bastante simples: há uma igrejinha, alguns restaurantes, um pequeno supermercado e lojinhas de artesanato.
O lobby também abriga algumas lojas, onde são vendidos brinquedos, roupas de banho, docinhos e alguns itens de artesanato. Também é possível encontrar ali algum item de higiene que tenha sido esquecido em casa. Durante a alta temporada, algumas outras salas viram filiais de lojinhas típicas do ‘continente’ (que é como os funcionários costumam se referir ao povoado do outro lado do braço de mar).
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Transamérica Comandatuba: spa e fitness
Atualmente, o Spa Comandatuba leva a assinatura da L’Occitane. São seis salas para banhos e outras seis de tratamentos secos espalhadas por uma agradável estrutura com piscina e espreguiçadeiras para repouso. Produtos da empresa são usados durante os rituais e podem ser adquiridos no espaço.
O menu de tratamentos oferece desde massagens relaxantes (como a chamada de Serenidade da Ilha, que é bastante agradável) e tratamentos modeladores até outros que podem ser feitos a dois durante a sua estadia, com durações diferentes.
No prédio principal do hotel há saunas seca e a vapor, além de um salão de beleza (com custo adicional).
A academia do hotel dispõe de esteiras, bicicletas, e outros aparelhos e é aberta ao público diariamente das 7h às 20h30.
Transamérica Comandatuba: restaurantes e bares
O restaurante Giardino, onde é servido o café da manhã e o jantar, funciona com noites temáticas. Enquanto estive lá, passei pelo cardápio da noite francesa, mineira, italiana, baiana, mediterrânea, do pescador e do chef. O buffet de pratos quentes e de saladas é variado, inclusive com diversas opções de sobremesas (todas saborosas, o que justifica a balança no quarto). Bebidas são cobradas à parte (uma água de coco sai por R$ 7, por exemplo – preço de junho de 2017).
Como sou meio restritiva na alimentação, não sou a melhor pessoa para julgar o menu, mas foi o tratamento dos funcionários o que mais me chamou a atenção na hora de comer. Tanto no dia em que praticamente abri o café da manhã, como nas duas noites em que encerrei -mesmo- o jantar (sem ter aquela horrível sensação de que estão tocando você do lugar), vários garçons vieram me perguntar se eu gostaria que me trouxessem itens, para que não fosse necessário levantar.
Na noite baiana, por exemplo, um funcionário notou que eu estava para ir até a área em que a comida está exposta quando parei para responder uma mensagem. Assim que coloquei de novo o celular na mesa, ele estava do meu lado perguntando se poderia me trazer um dos acarajés fritos na hora. “A senhora quer com pimenta ou sem?” Pratos feitos na hora foram uma constante, sejam os tradicionais ovos e tapiocas no café, ou até sobremesas flambadas à noite.
Todo aberto e com vista para o mar, o Restaurante da Praia oferece pratos à la carte na hora do almoço e no jantar, que também pode servir pizzas. Ainda que bastante próximo das piscinas, o espaço é reservado. Os pratos costumam servir duas pessoas.
O Deck Bar, dentro da piscina, e um quiosque de venda de sorvetes da La Basque ficam na área das piscinas.
No lobby, o bar Capitania tem ambiente tranquilo e elegante, onde são servidas bebidas alcoólicas. Foi ali que aconteceram vários dos shows que tiveram de ser alterados por causa da chuva. Mais descontraído, o Carambola fica próximo às mesas de snooker e jogos de cartas, e serve lanches e petiscos.
Próximo à saída das atividades náuticas, o Bar do Canal se transforma em discoteca e local de shows durante a temporada.
Transamérica Comandatuba com crianças
Para crianças de até quatro anos há um espaço com piscina de bolinhas, escorregador e tv bastante próxima da Cozinha do Bebê, onde as mães podem fazer mamadeiras e papinhas com utensílios (e frutas) disponibilizados pelo hotel. Não há monitores, mas babás da região podem ser indicadas (vi várias, algumas inclusive aproveitando o wi-fi que funciona em todo o espaço para atualizar as mães sobre como os pequenos estavam indo).
A alimentação das crianças acontece normalmente no restaurante Beiju, que além de mesas propícias para o público, conta também com cardápio diferenciado, bem mais interessante para o paladar infantil do que o servido no Giardino. Crianças almoçam (entre 11h e 14h30) e jantam (entre 18h e 20h30) ali.
Os monitores do Transamérica Comandatuba são um capítulo a parte do hotel. Sempre bem-humorados, é fácil encontrá-los no meio da garotada quando acontecem os encontros na recepção. Dali, eles seguem para uma programação intensa na Casa das Crianças, espaço próximo às quadras de tênis, que tem parquinho, salas de brincadeiras cheias de pufes, brinquedos e até piscina. Ali, as atividades vão das 10h às 12h e das 14h às 22h. A julgar pela empolgação dos pequenos no início do dia, agrada em cheio.
Na alta temporada, as crianças são separadas por faixas etárias para ficarem com os monitores (de 4 a 6 anos; de 7 a 9; de 10 a 12 e de 13 a 17). As atividades são diferentes para cada grupo, e apenas no caso das mais velhas podem incluir as piscinas centrais do hotel. Há prática de esportes, brincadeiras e gincanas.
Transamérica Comandatuba: a programação de lazer
Todas as noites, no momento de abertura das camas, ou no café da manhã, é possível se atualizar por um jornalzinho sobre quais serão as atividades propostas pela equipe recreativa do hotel, tanto para os pequenos quanto para os adultos. Há vários eventos esportivos, alguns realizados na academia, e outros aproveitando áreas do hotel, como as piscinas, as quadras, ou mesmo o jardim de coqueiros.
Além dos esportes, competições como de dominó e bocha e de algumas aulas, como de zumba, dança de salão ou capoeira, a programação inclui também festas temáticas que acontecem todas as noites, com música ao vivo ou DJ. E foi a capacidade de adaptação desses eventos o que mais me chamou a atenção.
Mesmo numa semana atipicamente chuvosa, como a que peguei, no fim de junho, os eventos programados se moldaram para que a água que caia do céu não impossibilitasse nenhum evento. O Restaurante da Praia, que costuma ser onde acontecem essas festas, tem um palquinho e uma pequena pista ao ar livre prontos para as apresentações, mas toda a estrutura foi levada para o bar Capitania, ou para o próprio saguão do hotel, para que os hóspedes pudessem aproveitar.
De novo, ninguém precisa se preocupar com intempéries. Sua parte na história é só descansar.
Outro ponto interessante da hospedagem no Transamérica é a segurança. Antes de entrar no barco que leva os passageiros é necessário identificar-se, com seu número do quarto. A informação será pedida novamente quando você pegar o mesmo transporte para voltar à ilha, garantindo que ninguém chegue de surpresa ao local (e que mesmo depois de um passeio mais demorado, a equipe saiba que determinados hóspedes ainda não chegaram). O serviço funciona 24h, e ainda que não exista ninguém ali quando chegar, há telefones que se conectam com a recepção, onde pedir o transporte é rapidinho.
O traslado a partir de Ilhéus, caso o hóspede venha por conta própria, custa R$ 160 (preço de junho de 2017). Mas, verdade seja dita, conseguir pousar já em Una é o que faz a experiência ser de verdade relaxante.
Conversando com outros hóspedes
Descobri ainda no avião que os hóspedes do Transamérica Comandatuba realmente gostam do lugar: a senhora que estava do meu lado –e que profetizou de cara que ia chover durante a semana por conta das nuvens- me disse que aquela era sua terceira vez no hotel. Depois, já hospedada, conheci uma família que havia perdido a conta de quantas vezes esteve lá, entre férias e a presença do marido em convenções da empresa. Outras pessoas tratavam alguns funcionários pelo nome, o que me faz acreditar que também conheciam o espaço de longa data.
Entre as pessoas com quem conversei, todas eram unânimes em dizer como se sentiam bem pelo tratamento atencioso da equipe. Uma delas comentou que havia precisado de um remédio de uma farmácia e que o funcionário que fez a medicação chegar até ela havia sido extremamente gentil, tanto no antes quanto no depois da entrega, algo com o que as pessoas parecem não estar mais acostumadas.
É esse tipo de experiência que faz com que o público não dê tanta importância para outros itens que sabem terem ficado um pouco datados, como o piso ou mesmo alguns detalhes da arquitetura e de decoração do hotel, por exemplo (que absolutamente não incomodam, diga-se, ao menos não essa novata).
Hora de dizer tchau
Se você estiver em um dos voos fretados conjugados com a estada, um dia antes de sua partida, uma cartinha vai estar à sua espera no quarto. Ela trará informações sobre o voo e sobre o horário máximo de check out e fechamento da conta, além da indicação para que você deixe a bagagem a ser despachada do lado de fora do seu quarto, em um horário marcado. Apenas a bagagem de mão deve ficar com o hóspede.
Trâmites realizados, era hora de esperar pela retirada do cartão de embarque, que é realizada do lado de fora do lobby pela própria empresa aérea. Além do ticket, você receberá também as etiquetas autocolantes relativas à quantidade de bagagens despachadas. Todas as malas coletadas estarão esperando por seus donos, novamente, na entrada do hotel.
Um dos funcionários vai perguntar qual é a sua, colocar a etiqueta e, voilá! Dali elas são transportadas por um caminhão até outro barco, onde seguirão direto para o aeroporto de Una. O trajeto a partir daí é o mesmo da ida: balsa e ônibus até o aeroporto de Una. Você só verá sua bagagem de novo no aeroporto de destino de seu voo a partir da Bahia… Aquele momento em que você terá certeza que o descanso terminou.
O Viaje na Viagem viajou a convite do Transamérica Comandatuba.
Leia mais:
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21 comentários
Apartamentos e quartos super limpinhos aconchegante demais
Estava tudo muito gostoso obrigado a todos até uma nova volta