Toronto para fashionistas: Textile Museum e Bata Shoe Museum
A cidade de Toronto conta com mais de 30 opções de museus e galerias. E tem pra todos os gostos. Tem o Aga Khan Museum, voltado para a arte muçulmana; o BAPS Shri Swaminarayan Mandir & Heritage Museum, voltado para a arte e a arquitetura indiana; o vilarejo recriado de Black Creek Pioneer; o lindíssimo castelo da Casa Loma; o interativo Ontario Science Centre; o completo Royal Ontario Museum ou até mesmo o histórico Toronto Railway Museum, pestando tributo à história ferroviária do país.
Mas estudiosos, apreciadores e curiosos sobre vários aspectos do mundo da moda têm na cidade duas opções bem interessantes: o Textile Museum of Canada e o Bata Shoe Museum.
O Textile (55 Centre Avenue, tel. 416/599-5321, aberto diariamente das 11h às 17h, até às 20h às quartas, C$ 15) trata da exibição, conservação e pesquisa dos tecidos. Com uma coleção de mais de 13 mil artefatos, alguns dos quais com quase 2000 anos, a ideia é mostrar não apenas vestuário, mas também tapetes, chapéus, tapeçarias, estamparias, além de amostras de materiais usados em diversos países.
Um dos aspectos interessantes dessa miscelânea é que andar pelos corredores do museu mostra como esses itens podem narrar a herança cultural dos povos. Uma exposição recente, por exemplo, trazia os elaborados chapéus e cobertores de crianças feitos pelas mães e avós chinesas: a ideia é que fazendo imagens de animais poderosos, como tigres, dragões e morcegos, os pequenos estariam protegidos de espíritos ruins. Confira a programação no site.
Com itens ainda mais antigos (alguns remontam 4500 anos), o Bata Shoe Museum (327 Bloor St., tel. 416/979-7799, aberto diariamente das 10h às 17h de segunda a sábado, até às 20h às quintas, e das 12h às 17h aos domingos; C$ 14) tem por foco qualquer tipo de vestimenta para os pés. São mais de 13 mil itens, entre sapatos, meias e acessórios, distribuídos em quatro galerias.
Criado por Sonja Bata, uma colecionista que viajava o mundo em busca de itens ligados aos pés desde 1940, o museu pretende mostrar como, numa análise cronológica, os sapatos traçam uma história própria sobre os avanços tecnológicos nessa indústria, além das mudanças no comportamento da sociedade e em seus valores culturais.
Ali há de tudo, de sandálias egípcias à amarrações usadas com o propósito de forçar os pés a ficarem sempre pequenos (um sinônimo de beleza e feminilidade) e uma lista enorme de sapatos de celebridades, das botas das Spice Girls ao sapato de Buddy Holly. Sempre há exposições novas e, com o tamanho de acervo da instituição, é possível criar uma infinidade de recortes. Acompanhe o site para ficar por dentro.
Há uma opção de passe para visitar o Textile, o Bata Shoe e o Gardiner Museum (voltado para cerâmicas típicas) por um preço mais interessante com a 3pass.
Heloisa viajou a convite da Canadian Tourism Comission.
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