Tiradentes: o novíssimo Museu de Sant’Ana

Dia 19 de setembro Tiradentes ganhou mais uma atração: o Museu de Sant’Ana.

Instalado na antiga Cadeia Pública (que já tinha sido restaurada nos anos 80), o museu expõe uma importante coleção de imagens de Santa Ana, produzidas na Europa e no Brasil, entre os séculos 17 e 20. No panteão dos santos católicos, Santa Ana está no topo da hierarquia: é mãe de Maria e avó de Jesus.

Na genealogia dos museus brasileiros, o Museu de Sant’Ana pertence a uma nobre estirpe: a dos museus criados a partir de peças da colecionadora mineira Ângela Gutierrez, acionista do grupo Andrade Gutierrez e ex-secretária de cultura de Minas Gerais. Os outros são o Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte e o Museu do Oratório em Ouro Preto — ambos igualmente imperdíveis.

A coleção de Tiradentes traz inúmeras Sant’Anas, normalmente ao lado de uma Maria jovem, outras ainda com a filha e o neto.

Imagens superportáteis, as “paulistinhas”, têm uma vitrine própria.

Outra seção tocante é a das Sant’Anas esculpidas por escravos, fora dos padrões europeus.

Os totens

As salas têm totens touch-screen: basta tocar na silhueta de uma imagem para que sua ficha apareça.

Coincidentemente, eu cheguei a Tiradentes no dia da inauguração — e passei pela Rua Direita bem na hora em que se formava a procissão que levava os participantes do coquetel de abertura. (Foi quando entendi porque havia cinco helicópteros pousados no jardim de um dos hotéis da cidade…)

O Museu de Sant’Ana de Tiradentes ainda não tem site. Fecha às terças.

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