St.-Barth com estilo, por Bruno Vilaça 1

St.-Barth com estilo, por Bruno Vilaça

O querido Bruno Vilaça é sócio da agência Superviagem, a mais-mais de Vitória, e usou as férias para conhecer melhor St.-Barth e a hotelaria da ilha. Ficou muitíssimo bem impressionado, e resenhou para o Viaje na Viagem os hotéis em que esteve e mais gostou.  Os preços não são exatamente plebeus — mas, como o Bruno, você pode desfrutar de uma melhor relação luxo x benefício viajando fora da temporada. Saiba mais sobre hospedagem, praias e badalação em St.-Barth na carona do Bruno:

Texto e fotos | Bruno Vilaça

Em agosto resolvi aproveitar uma excelente promoção da Copa Airlines para St. Maarten e passar uns dias de férias na adorável St.-Barth, ali do lado, que entra ano, sai ano e nunca sai de moda. Voltei maravilhado! Também pudera, esse pedaço da França no meio do Caribe é a perfeita definição do viver bem!

Pra começar, vou ser categórico em afirmar: é o lugar mais charmoso do Caribe. 🙂 Ponto.

Praia Colombier

Em um outro post, o comandante Riq fez uma definição que beira à perfeição:

Saint-Barthélemy (por extenso, mas também vista por aí como St. Barts, St. Bart’s e St. Barths) é um dos melhores lugares do mundo para brincar de ser rico. E St.-Barth não é preciso aparentar; basta estar. A saber: St.-Barth não tem prédios verticais, não tem hotéis enormes, não tem estrutura para atender a grandes navios de cruzeiro, não tem shoppingões. Você pode vasculhar a ilha de cima a baixo, e não vai encontrar um pingo de mau gosto.

Eu concordo! St.-Barth é o crème de la crème do Caribe e vale (muito) cada centavo (de euro) gasto.

St.-Barth
Hotel Guanahani
Hotel Isle de France

Linda como poucas, badalada na medida e sofisticada sem ser metida, o segredo da ilha está em ser exuberante em cada detalhe, sem deixar de ser low-profile (para aqueles que assim querem). Não à toa, também é a ilha favorita dos ricos e famosos, celebridades e wannabes. Durante o inverno do Hemisfério Norte é pra lá que todos fogem. St.-Barth bomba entre o Natal e a Páscoa, mas se puder evite essas datas.

Além de a baixa temporada ter as melhores ofertas, a ilha é bem melhor aproveitada nessa época. Tudo é mais fácil e agradável com o sossego, que se torna a palavra de ordem por ali no resto do ano. Mas fique atento que tudo por lá fecha em meados de agosto e só reabre no fim de outubro por causa das tempestades. E não é modo de falar, tudo fecha as portas mesmo! Os hotéis, os bares, as lojas, os restaurantes. Tudo, tudo! Esse ano era quase impossível conseguir um hotel aberto de 25/08 a 15/10. Fique ligado!

Por motivos profissionais, eu dividi meus dias em três hotéis diferentes (e visitei vários outros), para assim poder entender melhor o “esquema” da ilha. E sim, a hotelaria de St.-Barth é um deslumbre, pequenos hotéis cheio de bossa fazem a fama desse pedaço mais famoso das Antilhas Francesas. Poucas vezes na vida vi hotéis com padrão de serviço tão elevado e tanto charme por metro quadrado.

Mas também é verdade que não há muitas opções, o preço não é dos mais convidativos e reservar com muita antecedência é mais do que recomendado, mas pode ter certeza que todo esforço (e gasto) vai ser muito bem recompensado.

Esses foram os meus favoritos, vem comigo:

Hotéis em St.-Barth

Praia do hotel Guanahani

O Guanahani é o maior hotel da ilha e com a melhor estrutura de lazer. Membro do The Leading Hotels of the World, é ideal para famílias e oferece duas belas praias exclusivas para os hóspedes.

Hotel Guanahani

Hotel Guanahani

Os quartos são coloridos e elegantes, além de bastante espaçosos – alguns têm até piscina privativa, um luxo. Está entre os preferidos pelos brasileiros, com razão. O restaurante Bartoloméo é um dos hot spots da ilha, mas minha melhor refeição foi uma lagosta escolhida no aquário e servida em uma mesa montada na arrebentação da praia. Demais! O SPA by Clarins é imenso, e sua piscina pode ser usada livremente pelos hóspedes que querem mais privacidade. Oferece ainda um centro náutico bastante completo, com equipamentos não-motorizados incluídos no valor da diária, que esse ano começava em € 390 (apto duplo, em baixa temporada).

Hotel Christopher
Hotel Christopher

A piscina mais fotogênica que você já viu está no Christopher: uma opção de hospedagem jovem, mais low-profile e de extremo bom gosto.

Os quartos são modernosos, e contemplam sempre algum tipo de vista pro mar. A categoria deluxe terrace tem uma chaise na varanda perfeita para apreciar o pôr do sol, além de um linda jacuzzi no meio do quarto.

A falta de acesso direto para a praia é recompensada pela bem treinada equipe no bar da piscina – que eu já falei que é um deslumbre, né? O Christopher também tem como ponto forte seu criativo restaurante. Comandado pelo brasileiro Lucas Leonardi, semanalmente promove o Tuesday in Brazil Festival, que serve de feijoada a pão com mortadela. Genial! Diárias a partir de € 360.

Hotel Le Sereno | Foto: divulgação
Le Sereno | Foto: divulgação

Já o Le Sereno foi uma grata surpresa e seu nome já diz tudo: despojado, clean, mas cheio de detalhes elegantes e sofisticados – ele captura bem a energia e o clima sereno da ilha. Todas as 36 suítes oferecem uma vista sensacional do mar turquesa de Grand Cul-de-Sac, mas também possui vilas com 4 quartos e 650m² no total (!). Seu restaurante é bem badalado e aberto ao público. Foi considerado pela Wallpaper Magazine “the hottest place in St.-Barth” e entrou recentemente para o The Leading Hotels of the World. Diárias começando em € 495.

Hotel St.-Barth Isle de France

St.-Barth Isle de France

O conglomerado de luxo LVMH (leia-se Moët et Chandon, Louis Vuitton) acabou de comprar o Saint-Barth Isle de France, e o que já era bom deve ficar ainda mais sofisticado – e caro. Uma graça com apenas 39 quartos, localizado em Flamands, uma das praias mais tranqüilas da ilha e com mais fácil acesso a Colombier. O café da manhã south french style é divino. Aliás, todo o hotel tem um clima francesinho super charmoso e você se sente em uma casa de praia em St.-Tropez…. Enfim, um verdadeiro achado que logo estará nos holofotes do mundo, pode apostar. Tarifas (ainda) começando em € 670.

Mas nem só das mordomias dos hotéis vive St.-Barth… É muito duro ter que largar o dolce far niente, mas há muita vida (e beleza) lá fora.

Restaurantes, clubes de praia e baladas

Boa gastronomia também é que não falta. Uma boa pedida é o badalado Bagatelle, a descolada brasserie com estilo chic francês, que é sucesso em NY e tem sua segunda casa em St.-Barth.

Restaurante Bagatelle

A capital Gustavia é uma graça, com dezenas de mega-iates ancorados em sua marina, ruas cheias de lojas charmosas, restaurantes bacanas e muita gente linda circulando.

Gostei também do restaurante Bonito, com ambiente casual e uma cozinha bem inventiva. Já o Le Select é o boteco pé-sujo oficial da cidade, uma verdadeira instituição local e parada obrigatória.

A poucos passos dali está Shell Beach, a praia mais urbana e central de St.-Barth, pequena e com o melhor bar de praia, o DõBrazil: uma sociedade de um ex-tenista francês, casado com uma brasileira, que oferece ótimos drinks e petiscos. Vale a visita, especialmente no fim de tarde.

Shell Beach

Mas as minhas praias favoritas foram as rústicas, selvagens e tranqüilas: Gouverneur, Colombier e Salines Plage.

Praia Gouverneur

Praia Colombier

Nikki Beach

Já a praia de St.-Jean concentra a badalação diurna da ilha. Passando pelo esnobe Eden Rock, é o mítico Nikki Beach que bomba: ótimo som, comida leve e uma completa estrutura de praia. Encare a fila (e o olhar crítico da hostess) e garanta seu lugar no meio do fervo. Passei uma tarde bem agradável por ali.

A noite mais emblemática acontece no Le Ti, uma taverna com clima de cabaré que tem as festas mais animadas (e quentes) de St.-Barth. Os hits do momento se misturam com músicas francesas tradicionais, criando um clima gostoso e bem inusitado. Dizem que sua adega é a mais completa do Caribe, com champanhes que vão até € 30 mil (!). Eu fiquei só no meu mojito de € 17, que na comparação me pareceu uma pechincha. 😀

Bruno Vilaça em St.-Barth

Aluguei um carrinho, passei em uma das muitas delicatessens da cidade, abasteci minha bag-freezer com um bom rosé e demais acepipes, e aproveitei muito bem os meus dias livres nessa ilha apaixonante. Vá por mim, St.-Barth é paixão garantida!

Obrigada pelo super relato, Bruno!

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    30 comentários

    Ser rico deve ser bom, só que custa caro. O hotel mais barato custou € 360 por dia. Estou indo para lá agora, só que não.

    Bruno, maravilha!!! Agora estou aqui morrendo de vontade de praia e preciso ainda encarar um inverno italiano…ai, ai. BAcio de Firenze, Denya

    Post delícia, Bruno! Tenhos amigos que foram p st barth e nunca mais voltaram… Agora entendo bem o por quê!

    Vontade louca de ir correndo para St Bath, espero em breve poder conhecer essa ilha linda, de preferencia usando essas dicas do Bruno:)

    Muito legal o relato. St Barth realmente é um lugar e$pecial!

    Apenas um detalhe ambas fotos que dizem ser Salines na verdade são de Colombier 😉

    Humpf! Vive perguntando quando viajaremos juntos e pra essas nao me chama… 😛 Arrasou, Brunito!!! Amei o relato e as fotinhos <3

    Avê Maria… e nem perguntou se a gente queria ir na mala com você!
    Pronto, acho que achei uma ilha do Caribe pra chamar de minha… eu quero!!!!!
    bjin e lindo post

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