Como visitar a Serra da Capivara (agora com voo de jato!)
De todo o (limitado) vocabulário de clichês usados em textos de turismo, o termo ‘tesouro’ é certamente um dos mais abusados. A gente só percebe isso quando chega a hora certa de usar – e daí se vê na obrigação de enfatizar que não, não se trata de um exagero.
Brasileiras e brasileiros, a Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no sul do Piauí, é, de fato, um tesouro.
Como eu disse neste outro texto, são as nossas linhas de Nasca (ou as nossas Pirâmides. A nossa Petra. A nossa Pompéia). A maior coleção de arte pré-histórica ao ar livre do planeta, em exposição num parque nacional de organização impecável.
Vale a pena encarar a longa distância e a hospedagem básica (porém limpinha!) para se embasbacar com a qualidade, a diversidade e a força que esses desenhos têm ao vivo.
A viagem fica mais redonda quando você tem tempo para passear pelo rio São Francisco e/ou emendar ao Delta do Parnaíba, quem sabe pegando uma praia no surpreendente litoral do Piauí.
Como chegar à Serra da Capivara
Serra da Capivara de avião
Inaugurado em 2016, o aeroporto de São Raimundo Nonato finalmente começa a receber jatos desde meados de dezembro de 2022.
A Azul opera uma rota triangular entre Recife, Petrolina e São Raimundo Nonato, duas vezes por semana, às quintas e domingos.
A rota funciona da seguinte maneira:
- 5ª: Recife-São Raimundo Nonato-Petrolina-Recife
- Domingo: Recife-Petrolina-São Raimundo Nonato-Recife
Ou seja, para ir e voltar sem escala em Petrolina, compre passagem de ida para a 5ª e volte num domingo.
Serra da Capivara por outros meios
Petrolina está a 300 km de São Raimundo Nonato. Teresina, a 510 km. As estradas estão em bom estado.
Carro
É possível alugar carro em Petrolina ou Teresina.
Ônibus
A Gontijo voltou a operar a linha Petrolina-São Raimundo Nonato. A viagem leva 6 horas. Esses são os dias de operação:
- Petrolina-São Raimundo Nonato: 2ª, 5ª e domingo
- São Raimundo Nonato-Petrolina: 2ª, 3ª e 6ª
A Princesa do Sul opera a rota Teresina-São Raimundo Nonato diariamente, nos dois sentidos. A viagem leva 8h.
Trânsfer
A Rota Combo faz trânsfers privativos a São Raimundo Nonato, saindo de Petrolina ou Teresina para grupos de até 6 pessoas.
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Parque Nacional da Serra da Capivara
O Parque Nacional da Serra da Capivara abrange áreas de quatro municípios; São Raimundo é apenas o maior deles – e o que oferece melhores condições de hospedagem. O parque é um Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco desde 1991.
Ali se encontra a maior coleção de arte rupestre ao ar livre do mundo. As pinturas mais antigas foram datadas em 12.000 anos. As gravuras não se limitam a representar figuras humanas, animais e plantas. As mais expressivas descrevem rituais religiosos, cenas de caça, de parto e de sexo. Esses graffitis pré-históricos só chegaram intocados até o nosso tempo porque nossos antepassados mais recentes tinham medo de fazer qualquer intervenção; achavam tudo obra do sobrenatural. (Vai por mim: você também vai achar…)
Mesmo se não escondesse esse (olha aí de novo) tesouro, a região já valeria a visita pelas lindas formações rochosas, que continuariam deslumbrantes se estivessem no Arizona, em Nevada ou no Atacama. O miolo do parque guarda vales estonteantes. (Andando pelas estradas você vai querer fazer paradas para fotografar.)
Mas para além das inscrições rupestres e da beleza do cenário, a Serra da Capivara tem um significado especial para a ciência: as escavações no sítio do Boqueirão da Pedra Furada identificaram vestígios de presença humana de 58.000 anos – demonstrando que o homem já tinha chegado à América bem antes das migrações pelo norte, via Estreito de Bering.
Americanos ainda contestam as provas (dizem que o material coletado é resquício de incêndios, não de fogueiras organizadas), mas europeus endossam o trabalho da equipe capitaneada por Niède Guidon (a arqueóloga brasileira de ascendência francesa a quem devemos a existência do parque).
A descoberta é celebrada no Museu do Homem Americano, a 2 km do centrinho de São Raimundo (fora da área do parque), onde projeções, hologramas e mesas de luz contam a história do povoamento das Américas segundo o que foi escavado na Serra da Capivara.
Também fora do parque, o Museu da Natureza trata da criação do universo e da transformação climática do planeta, e é um grande complemento à visita.
Informações práticas
Como é a visita ao Parque da Serra da Capivara
Existem 14 circuitos organizados que podem ser percorridos pelos visitantes – sempre na companhia de um guia autorizado. O site da Fundação Museu do Homem Americano, co-gestora do parque, traz todas em detalhe.
Atenção: não dá para contratar o guia na entrada do parque; é preciso já chegar acompanhado de um. E como a grande maioria dos guias têm outros empregos, o recomendável é contratar um guia com antecedência por intermédio do seu hotel. Assim você garante que terá guia durante a semana e que não faltará guia para você num fim de semana.
Os guias são superbem treinados (tudo o que é relacionado ao parque tem padrão Niède Guidon). Se você não estiver de carro próprio, vai precisar também tratar um táxi para acompanhar você. O guia ou o hotel podem achar o taxista para você.
O parque abre supercedo, às 6h, e fecha às 18h, todos os dias. A visita é gratuita. Os circuitos mais procurados ficam a 18 km (Desfiladeiro da Capivara) e a 30 km (Baixão da Pedra Furada) do centro da cidade.
Os museus funcionam de quarta a domingo, das 13h às 19h.
Aproveite a antecedência do contato para montar sua visita com o guia. A partir da sua disponibilidade de tempo e do tamanho do seu interesse por arte rupestre ou caminhadas, ele montará o seu plano de visita.
Eu só tinha um dia e, por indicação do guia Wilk Lopes, fiz um roteiro absolutamente redondo, que me deixou deslumbrado e ao mesmo tempo saciado.
Saímos às 7h30 do hotel e fomos para o circuito do Desfiladeiro da Capivara. Visitamos quatro “tocas” com inscrições rupestres, entramos numa caverna (a Toca do Inferno) e depois subimos ao mirante para a primeira sessão oooooh que lindo do dia. Esta primeira parte consumiu cerca de duas horas (depois da entrada no parque) e envolveu uma caminhadinha de meia hora.
De lá demos uma passada na fábrica da Cerâmica da Serra da Capivara, outro gol de dona Niède. Ali, uma matéria-prima abundante na região – argila – é transformada em cerâmica vitrificada de estilo japonês, decorada com motivos rupestres do parque. A fábrica emprega mão-de-obra local e exporta sua produção para redes como Tok & Stok e Pão de Açúcar.
De segunda a sábado é possível ver os artesãos em ação; no domingo, só dá para comprar. Todas as peças têm 20% de desconto.
Próxima parada, almoço caseiro, no restaurante Trilha da Capivara, no povoado Sítio do Mocó. Galinha caipira, carne de sol, pirão (de galinha, substancioso, o melhor de todos os pirões!), arroz, macaxeira, salada. Querendo, dá tempo para um auto-nocaute pós-prandial na rede…
Eram duas da tarde quando fomos para a segunda etapa do passeio — o filé da Serra da Capivara: o Baixão da Pedra Furada. Ali estão reunidas as maiores estrelas do parque: o mural com as duas cenas mais famosas (o logotipo do parque e o beijo) e o cartão-postal, a Pedra Furada.
É ali também que foram descobertos os vestígios mais antigos de presença humana nas Américas. E de quebra ainda há o mirante do Alto da Pedra da Furada, que (me garantiu o Wilk e vou acreditar nele) descortina o cânion mais bonito do parque.
Assim como no turno matinal, entrei de carro até muito perto das áreas a serem visitadas; não caminhei muito mais do que meia hora, não.
Saímos do parque a tempo de passar no Museu do Homem Americano, outro equipamento de primeiro mundo à nossa espera no sertão do Piauí. À moda do Museu da Língua Portuguesa de São Paulo e do Museu das Minas e do Metal de Belo Horizonte, este pequeno museu usa a tecnologia (mesas de luz sensíveis ao toque, projeções, hologramas) para fazer um resumo organizado e refrigerado daquilo que vimos ao ar livre no parque.
(O Museu da Natureza ainda não existia quando fiz a viagem.)
Foi um dia bastante puxado: saí do hotel às 7h30, voltei às 17h30. Mas para o meu nível de curiosidade arqueológica (e de tolerância aos elementos, sem o devido contraponto de conforto na hospedagem), foi suficiente – e inesquecível. No dia seguinte, prossegui viagem em êxtase.
Tenho certeza que na caixa de comentários aparecerão depoimentos de quem ficou mais dias e fez mais passeios e vai garantir que vale a pena. Não duvido, de jeito nenhum. Só queria deixar registrado que, para alguém do meu perfil, esse roteiro foi mega-satisfatório, inclusive na sequência – cada etapa superou a anterior, me deixando com a sensação de que vi o que existe de melhor no parque.
Promoções para sua viagem
Quando ir à Serra da Capivara
A época seca vai de maio a outubro. O inverno, teoricamente chuvoso, vai de novembro a abril — mas faz três anos que chove minimamente.
O parque é visitável o ano inteiro; na seca os dias são melhor aproveitados (mas o sol amplia a sensação de calor).
Onde ficar em São Raimundo Nonato
Mega Express Hotel
No centro da cidade, a escolha mais confortável é o Mega Express Hotel.
Pousada Zabelê
A Pousada Zabelê também tem um bom padrão.
Real Hotel
Como terceira opção, considere o Real Hotel.
Albergue Serra da Capivara
Junto aos sítios arqueológicos, o Albergue Serra da Capivara funciona no mesmo complexo da fábrica de cerâmica.
Casa Barreirinho
A Casa Barreirinho fica a 30 km do centro e próxima ao parque.
Petrolina & Juazeiro
Na minha opinião, a grande falha das antigas matérias de viagem sobre a Serra da Capivara era reduzir Petrolina à mera condição de aeroporto mais próximo do parque. A viagem fica ainda mais interessante quando você aproveita a escala.
O lugar tem mística. De um lado, Pernambuco. De outro, Bahia. No meio, uma das maiores celebridades nacionais: o rio São Francisco. Petrolina é rica e toda produzidinha; tem porte de pequena capital. Juazeiro tem a orla mais bonita, onde desponta a escultura do Nego d’Água — pena que boa parte da beleza do centro histórico esteja escondida por placas e letreiros. Já cantava Luiz Gonzaga: “Petrolina, Juazeiro / Juazeiro, Petrolina / Todas duas eu acho uma coisa linda / Eu gosto de Juazeiro / E adoro Petrolina”.
No dia da chegada, atravesse o rio de barquinha e aprecie o pôr do sol num dos barzinhos à beira-rio da orla de Juazeiro.
No fim de semana funciona o Vapor do Vinho, que faz passeios pelo São Francisco.
O roteiro de sábado combina ônibus com catamarã. Você é levado pela estrada até a represa de Sobradinho, onde começa a navegação (incluindo a experiência de usar uma eclusa).
De lá o vapor segue à a fazenda Fortaleza (onde se cultivam mangas e uvas) e os visitantes continuam de ônibus à vinícola Ouro Verde, do grupo Miolo, em Casa Nova (BA).
Ali você aprende que a produção de vinho no interior do Nordeste não tem a ver com idealismo ou utopia – é que o clima permite duas safras por ano,o que viabiliza a produção de vinhos jovens e de preço baixo.
Você acompanha o processo de fermentação do brandy produzido para a espanhola Osborne, faz uma degustação de vinhos Miolo e Almadén e encerra a visita na lojinha, onde estão à venda vinhos brasileiros e de parceiros estrangeiros da Miolo – além da grande estrela da sua produção no São Francisco, o premiado tinto Testardi (teimoso, em italiano).
No domingo o catamarã faz um passeio mais simples, apenas pelo Velho Chico, com parada para banho em ilhas rio acima, com forró pé de serra a bordo.
O Julio Cesar Corrêa, do Bala Perdida, tem lindas fotos do passeio fluvial (e também das Dunas do São Francisco, em Casa Nova, um lindo lugar desconhecido até pelos moradores da região).
Se Petrolina tem o Museu do Sertão, Juazeiro tem o Museu Regional do São Francisco. (A casa onde nasceu João Gilberto em Juazeiro, que não é um museu, fica na mesma praça).
Petrolina é forte em artesanato: visite o museu-ateliê de Ana das Carrancas (R. Pacífico da Luz, 618), que fazia carrancas de barro sem pintura, e depois passe na Oficina do Artesão Mestre Quincas (Av. Cardoso de Sá, 11), onde há bonitas peças de madeira.
Mala de bordo nas medidas certas
Onde ficar em Petrolina & Juazeiro
Nobile Suites del Rio
O Nobile Suites del Rio é o hotel mais confortável da cidade. Está na orla, mas num trecho que só agora está sendo devidamente urbanizado. Dá para ir andando a uma pizzaria, uma churrascaria e um misto de botequim com sushi bar.
Petrolina Palace
Para estar no lado mais tradicional na orla, fique no Petrolina Palace – mas vá sabendo que o destaque ali é a localização.
Ibis Petrolina
O Ibis Petrolina, por sua vez, fica meio fora de mão – mas em compensação, é praticamente anexo ao River Shopping.
Grande Hotel Juazeiro
Em Juazeiro, o Grande Hotel de Juazeiro está de frente para uma prainha e tem vista do São Francisco.
Baia Cook
No coração da muvuca da orla de Juazeiro, o Baia Cook tem quartos básicos e está em cima de um dos barzinhos mais animados (o próprio Baia Cook).
Onde comer em Petrolina & Juazeiro
Bodódromo
À mesa, a maior curiosidade da região é o Bodódromo de Petrolina — um enclave de restaurantes especializados em churrasco de carneiro (sim, o bode agora está só nos nomes dos restaurantes).
Fui numa noite devagar, durante a semana, e enquanto a maioria dos lugares estava vazia, o Bode Assado do Ângelo estava bombando – pedi um meio carneiro na brasa que veio acompanhado de baião-de-dois (fartamente gratinado com queijo coalho) e uma macaxeira que se desmanchava.
- Bodódromo | Av. São Francisco, 7 | Tel (87) 3864-4601 | Instagram
Flor de Mandacaru e Maria do Peixe
Ainda em Petrolina, o Flor de Mandacaru (fora do centro) e a Maria do Peixe (bem na orla, debruçado no rio) são os regionais mais elogiados.
- Flor de Mandacaru | R. das Ameixas, 155 | Tel (87) 99930-3141| Instagram
- Maria do Peixe | Alphaville | Tel (74) 98135-0701 | Instagram
Capivara
Querendo variar de baião e macaxeira, vá ao descolado Capivara.
- Capivara | Av. Cardoso de Sá, 429 | Tel (87) 3862-2585 | Instagram
A orla de Juazeiro tem muitos botecos com vista para o rio.
Bode Assado
O bode mais famoso de Juazeiro é o Bode Assado da Anita.
- Bode Assado | Av. Carmela Dutra, 304 | Tel (74) 98855-8831 | Instagram
Teresina
Você vai se surpreender com Teresina. OK, a capital piauiense talvez não seja a melhor pedida para o próximo feriadão – mas estando no seu caminho, não tem por que não ser uma escala prazerosa.
Todo mundo sabe que Teresina é a única capital nordestina que não tem praia e que a cidade é calorenta pra dedéu. Verdade. O que pouca gente desconfia é que Teresina é uma cidade organizada, com belos parques à beira-rio e super bem-equipada de ambientes refrigerados 🙂
O que fazer em Teresina
Uma tarde é o suficiente para citytourzar a capital do Piauí. Depois do almoço (sugiro a carne de sol do São João), siga até o povoado de Poty Velho, onde há uma comunidade de ceramistas.
Mesmo se você não gostar das peças à venda, o passeio valerá pela vista do encontro dos dois rios que abraçam a parte mais antiga da cidade: o Poty e o Parnaíba.
De Poty Velho você pode dar uma passadinha no Centro Histórico. O Palácio de Karnak, sede do governo estadual, costuma ter exposições no saguão.
A uma quadra dali fica a Praça Pedro II, onde estão o Teatro 4 de Setembro, de fachada clássica e o antigo cinema Rex, hoje um clube, de linhas art-déco. Do outro lado da praça do teatro você encontra um Centro de Artesanato (com uma oferta mais variada que em Poty Velho, incluindo jóias de opala de Pedro II).
Saia do centro velho em direção à atração mais fotografada da cidade, a Ponte Estaiada sobre o rio Poty. Suba ao mirante: o elevador (também panorâmico) funciona de terça a sexta entre 11h e 19h e sábado, domingo e feriados entre 10h e 18h.
Quando você descer, já ao entardecer, perceberá o teresinense saindo da toca e começando a povoar as duas margens do rio, aproveitando as pistas de cooper e o verde dos parques. Termine o dia com uma passadinha na Nova Potycabana, o parque urbano onde está o THE AMO, a bem-sacada versão teresinense do I amsterdam 🙂
Se quiser ver se tem algum show do seu agrado à noite, dê uma olhadinha na Agenda Teresina.
Ah, sim: e não saia do Piauí sem beber uma cajuína, o néctar clarificado de caju que, geladinha, é uma delícia. (Você encontrará no frigobar do seu hotel e nos restaurantes de comida típica.)
Onde ficar em Teresina
Metropolitan
O hotel mais confortável da cidade é o Metropolitan, que fica a uma quadra do Palácio de Karnak, no centro velho. No subsolo funciona uma super academia de ginástica; o bar da piscina, no terraço, é um point de happy hour.
Blue Tree Towers Rio Poty
À beira-rio, o Blue Tree Towers Rio Poty é o hotel que tem mais cara de férias. O prédio é cavernoso, mas os apartamentos são bastante arejados; a piscina é bem gostosa.
Palácio do Rio
O hotel mais próximo da vida noturna (e dos shoppings) é o Palácio do Rio.
Jockey Class
Na mesma região, o Jockey Class ainda está relativamente novo.
Gran Arrey
Ainda para esses lados, mas numa localização menos conveniente, está o Gran Arrey, de bom custo x benefício.
Ibis Teresina
O Ibis Teresina fica encravado numa área do centro povoada por clínicas e hospitais; é usado por quem vai a Teresina para tratar da saúde.
Onde comer em Teresina
São João
Se você só fizer uma refeição em Teresina, vá ao São João, restaurante de um prato só, mas um prato formidável: uma carne de sol suculenta, lambuzada na manteiga de garrafa, acompanhada por macaxeira e baião-de-dois (arroz com feijão verde). Minhas fontes teresinenses garantem que a filial da avenida Nossa Senhora de Fátima é tão boa quanto a matriz, que fica fora do centro.
- São João | Av. Nossa Senhora de Fátima, 2616| Tel (86) 3214-3138 | Instagram
Forneria Favorito e Aroma Árabe
A avenida Nossa Senhora de Fátima, por sinal, funciona como corredor gastronômico-botequinístico de Teresina, no trecho à altura da rua Antônio Castro Franco. O maior grupo de restaurantes da cidade, o Favorito, tem duas casas vizinhas: a Forneria Favorito e o libanês Aroma Árabe.
- Forneria Favorito | Av. Nossa Senhora de Fátima,1839| Tel (86) 3234-1500 | Site
- Aroma Árabe | Av. Nossa Senhora de Fátima, 2575 | Tel (86) 3232-4414 | Site
Favorito Comida Típica e Olik
Ainda na região você encontra o bem-cenografado Favorito Comida Típica e charmoso bistrô Olik, que funciona dentro de uma loja de objetos de decoração e tem um cardápio enxuto e bem executado.
140 comentários
Olá, verifiquei que existe sim um ônibus da empresa Gontijo que faz a linha entre Petrolina e São Raimundo Nonato. Inclusive simulei a compra no site da empresa. Mas percebi que o destino é bastante desafiador para quem viaja sem carro.
Obrigada, Walmor! De repente a linha pode ter voltado agora. Vamos atualizar.
Bom dia. Tenho interesse nesse ônibus Petrolina e São Raimundo Nonato. Deu certo pra vc? Pretendo ir em janeiro de 2023.
OBRIGADO
Recomendo os serviços da Selva Branca, uma agência de turismo receptivo que opera na Serra da Capivara. O Giuliano, um dos sócios do negócio, já foi do time de pesquisadores e tem até uma toca com o nome dele na Serra Branca (mas não necessariamente é ele o guia que acompanha – não foi no nosso caso). Contratamos um pacote que incluía transfer (de/para Teresina) + deslocamentos na Serra da Capivara + guia + hospedagem + almoços. Queríamos ter ficado no Albergue, que fica ao lado da fábrica de cerâmica, mas estava fechado porque era ano novo (e ainda estávamos começando a sair da pandemia…); acabamos ficando na Pousada Zabelê, que é super simples, mas serviu bem ao propósito. Passamos 4 dias inteiros na Serra da Capivara e isso que não visitamos os museus, que ainda estavam fechados por causa da pandemia. Mas foram dias super aproveitados, com muita caminhada. Nas conversar com o Giuliano antes de viajar fomos fechando o roteiro, com base naquilo que era possível fazer (já que alguns circuitos estavam fechados, assim como os museus) e o que nos interessava mais. Queremos voltar para ver os museus, visitar circuitos que não visitamos e também a Serra das Confusões. E, nessa segunda visita, a ideia é ir por Petrolina. De Teresina a São Raimundo Nonato foram umas 7 horas de viagem. É cansativo, mas não deixa de ser interessante, porque se vê uma parte do País que, de outra forma, não veríamos.
Obrigada, Paula, por todos esses relatos valiosos!
Olá! Muito interessante as dicas de vocês. E fiquei interessada na sugestão de vocês sobre emendar com uma visita ao Delta. Contudo, pelo que percebo as distâncias são longas, entre um e outro “tesouro”. Poderiam me dar uma dica de como juntar os dois passeios? Um grande abraço.
Olá, Tania! Alugando um carro ou contratando um trânsfer.
Olá Tânia, fizemos o passeio do Delta do Parnaíba em junho. Confesso que não gostei. Achei muito caro. Pra quem já conhece outros destinos que incluem passeios de barco, não acho que valha a pena, principalmente pela infraestrutura precária. O porto de onde saem os passeios tem a cara do abandono. Pessoas sem vínculo com a atividade te abordam na rua, oferecendo serviços. Local tem aspecto de abandono e, repito, muito caro pelo que proporciona.
Olá, Vilmar! O passeio que vale a pena é o que inclui a revoada de guarás no fim do dia. Esse será diferente de qualquer outro passeio de mangue que você já tenha feito. Está nos nossos guias de Parnaíba, Barra Grande do Piauí e Rota das Emoções.
Tânia, eu acho que o Delta fica melhor se agregado a um tour pelo litoral. A tal Rota das Emoções é uma ideia. Nós visitamos o Delta junto com Jericoacoara e Barra Grande. Acho que funcionou super bem. Fizemos o passeio da revoada dos guarás e foi muito bom! A Serra da Capivara rende um passeio por si só, na minha opinião, ou então, juntando com Petrolina/Juazeiro (Teresina só se o voo for muito mais barato ou se você tiver interesse específico em Teresina). Agora, se você tiver mais tempo, fazer um “Piauí sul a norte” deve ser legal. Eu começaria na Serra da Capivara (com Serra das Confusões), passaria em Oeiras na ida para Teresina, depois visitaria o cânion do rio Poty, depois o Parque de 7 Cidades e finalmente chegaria a Parnaíba/Delta, fechando com uns dias na praia, em Barra Grande. São pelo menos umas duas semanas de viagem…rs
Olá Ricardo e Bóia ! Sempre sigo as dicas e roteiros daqui, e agora peço uma pequena ajuda. Estou montando um roteiro de 13 dias para Petrolina / Juazeiro, Serra da Capivara, Serra das Confusões e Canions do Viana. O ponto que tenho é que para a volta, de Bom Jesus PI (base dos Canions do Viana) até Petrolina, são mais de 600 km e 9 h de carro. Você tem alguma sugestão de parada ou reteiro para este retorno?
Olá, Alexander! O roteiro que o Ricardo Freire fez foi exatamente este que está no post. Não temos informação ou conteúdo sobre nenhuma outra atração da região, infelizmente.
to elaborando um roteiro juninas + serra da capivara.
pensei 1 semana em petrolina/juazeiro – pra pegar festas juninas
5 a 7 dias em senhor do bonfim – pras juninas tb
e aí retornaria pra petrolina e encararia a visita ao parque.
meu voo eh ida e votla por petrolina. aí pro parque vc acha q vale pegar carro em petrolina ir pra serra da capivara, ficar 4 noites ou 5? e aí retornar pra pegar o voo…
estou estruturando a viagem e fiquei na duvida se vale pegar carro pra ir e voltar pra serra da capivara. vc fala em ir de onibus pra lá…
essa logistica tá saindo dificil de organizar e adoro seus esquemas! obrigada
Olá, Denise! Linda ideia de combinar festas juninas com a Serra da Capivara. Parece que a Gontijo não está mais operando a rota. Carro vai ser a melhor opção (o ônibus era indicado para chegar por Petrolina e voltar por Teresina, indo e voltando para Petrolina o carro faz mais sentido). A estrada que está desrecomendada no texto agora é a melhor estrada. Dê uma lidinha nos comentários mais recentes e boa viagem!
Infelizmente não temos mais a opção de voar até Teresina. A estrada de Petrolina a SRN ganhou alguns buracos nessas últimas chuvas, especialmente na saída de Petrolina, o trecho até Santana do Sobrado exige cautela, mas nada que justifique fazer a volta por Afrânio, vir por Remanso continua sendo a melhor opção. Quanto a hospedagem em SRN, temos algumas opções bem mais econômicas via Airbnb. Acho que essas atualizações são importantes. Boa viagem! 🙂
Planejando esse roteiro maravilhoso e espero em novembro colocar em prática. Estamos saindo de Vitória do E. Santo. Alguma recomendação para a viagem não seja cansativa?
Olá, Dione! Conforme já informaram, a estrada mais curta entre Petrolina e São Raimundo está asfaltada, pode ir por ela.
Olá!!
tenho uma filha com deficiência – ela até caminha, mas tem alguma dificuldade de equilíbrio. O parque e as atrações descritas aqui, são acessíveis?
Olá, Carol! Todas as atrações principais do parque da Serra da Capivara têm rampas acessíveis.
Não posso usar tênis ou calçado fechado. Sandálias ortopédicas ou de caminhadas são permitidas nas trilhas da Serra da Capivara?
Estou com viagem marcada para a próxima semana.
Desde já agradeço a atenção.
Olá, Regina! Claro que sim.
Ei Ricardo, ei Bóia! Queria uma ajuda – Caldeira e eu estamos planejando nossa viagem. A gente sairá de São Miguel dos Milagres com destino final em Barra Grande (PI) de carro -é chão! A gente queria muito passar pela Serra da Capivara e tb conhecer Petrolina e Teresina. Estou aqui olhando roteiros, estradas, distâncias. Já pensei em alguns roteiros: vcs me ajudam a Decidir?
Roteiro 1- SMMilagres a Petrolina – 772km – 11 horas (tô achando puxado) de Petrolina a São Raimundo Nonato -303km – 4hs e meia
de SRNonato a Teresina -527km – 7hs e meia
Como tô achando puxado aquele trecho inicial, pensei em fazer:
SMMilagres a Paulo Afonso – 414km – 6hs e meia
OU
SMMilagres – Belém de São Francisco – 516km – 8hs
eu nao sou muito boa nestas contas e agilização de melhor roteiro. Sem querer abusar, mas abusando (!!!!), vcs poderiam me dar uma luz?
ahhh! Pensam que acabou?!!! Nãooooooo, tem a volta!
HAHAHAHAHAHA!
Estou pensando em vir descendo pelo litoral – Piauí- Ceará, RGN, PB, etc até aqui em BH.
HELPPPPPP!
Beijos prá vcs!
Olá, Luciana!
Eu quebraria essa viagem de ida em Piranhas, que bem mais interessnte que Paulo Afonso e merece uns dois dias pra fazer os cânions.
De Petrolina a São Raimundo tem uma estrada diferente da que está no roteiro, todo mundo diz que está um tapete.
No caminho de volta pelo litoral, as praias mais interessantes são Jeri, Icaraizinho de Amontada, Flecheiras, Fortim, Canoa Quebrada, Galinhos, Gostoso, Pipa, Carneiros e Maragogi. Selecionem tantos pontos de parada quantos couberem no tempo de viagem, pensem em ficar duas a três noites nas escalas escolhidas.