Off-road em Salta, parte 1: a cidade e os arredores
Enviado especial: texto e fotos | Gustavo Belli, do Viajar e Pensar
Uma missão nova, uma viagem diferente: peguei a Bóia emprestada e fui para a apresentação da Nova Ford Ranger em Salta, na Argentina. Por que em Salta? Será que a fábrica da Ford é localizada lá? Nada disso, a escolha foi pela belezas das estradas e os desafios desta região, um destino de turismo de aventura e roadtrips pela América do Sul.
Salta fica localizada no noroeste da Argentina, a 1.500 quilômetros de Buenos Aires. Localização estratégica, aos pés da Cordilheira dos Andes, 1.187 metros acima do nível do mar, pertinho da fronteira com o Chile e a Bolívia. Uma cidade colonial espanhola, com uma população de características andinas — muitos bolivianos e povos indígenas povoam a região. A herança do período espanhol presente na arquitetura, com belas igrejas, pracinhas e imponentes casarões que marcaram o período colonial.
Com o objetivo de testar a nova Ford Ranger circulamos por estradas secundárias e verdadeiras trilhas para ver o potencial do carro. Perfeito para apreciar a região emoldurada pelos Andes, com rios secos nesta época do ano, mas que enchem com o degelo das cordilheiras no outono.
Uma Argentina com menos tango e mais ritmos andinos.
No primeiro dia, após as apresentações técnicas, saímos num comboio com mais de 70 Rangers. Desbravamos a região para testar o potencial do carro, atravessamos pequenos pueblos, andamos por fazendas, subimos barrancos e descemos desfiladeiros. Para mim, o ponto alto foi andar dentro de um rio, apenas faltou a Bóia.
Depois de algumas horas de testes, fomos recepcionados no House of Jasmines, um relais-château do Robert Durvall, ator do Poderoso Chefão. Uma estância super charmosa, que é um dos destinos mais românticos e luxuosos de toda Argentina — com direito a restaurante estrelado e spa de sonho.
Experimentamos uma autêntica parrilla em fogo de chão, com direito a deliciosas empanadas salteñas servidas como entrada — tudo regado a ótimos Torrontés e Tannat da região.
Para o dia seguinte nos aguardava um tour até Cafayate — mais isso eu conto no próximo post.
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Para quando você for
Como chegar: existem vôos diretos deste o Aeroparque em Buenos Aires para Salta operados pela LAN Argentina, Aerolineas Argentinas e Andes Líneas Aéreas — mas se você tem medo de Fokker, evite a Andes. Vôo dura aproximadamente 2 horas.
A cidade está a 1.500 km das fronteiras oeste do Paraná e de Santa Catarina (a mesma distância de Salta a Buenos Aires), e está na rota de brasileiros que fazem road trips com direção ao Atacama, atravessando a Cordilheira por estradas secundárias.
Hospedagem: ficamos no Design Suites, uma rede moderninha, com uma pegada jovem e, como o próprio nome diz, com muito estilo e design. O edifício do hotel aproveita um casarão numa esquina da praça Belgrano, misturando o moderno com o histórico, uma bela sacada. Os quartos são decorados com detalhes típicos da região, poltronas de couro e mantas andinas. Meu quarto era de esquina, com janelas em ambos os cantos e vista panorâmica da cidade de Salta. Os banheiros bem espaçosos com banheira de hidromassagem. Muito agradável e aconchegante.
O que ver no centro de Salta: um passeio pelas ruas e calçadões de Salta é um programa bem agradável. Num dos poucos momentos de pausa, consegui andar alguns quarteirões pelo centro da cidade, apreciando o casario colonial, as pracinhas, o povo na rua tomando sorvete e comendo pipoca.
Duas belas igrejas merecem destaque no centro histórico. Uma é a Catedral Basílica de Salta, com suas paredes rosa, santuários e mausoléus onde estão enterrados de heróis das guerras da independência. A outra é a destacada Igreja de São Francisco, uma igreja vermelha de estilo neoclássico do final do século XIX.
Sugere- se também a visita a dois museus na cidade, o Museu de Belas Artes e o MAAM, Museu de Arqueologia da Alta Montanha, com a correria evento não consegui visitá-los. O MAAM mostra a vida desta Argentina andina, tendo como atração principal as múmias dos “Niños del Llullaillaco”, achadas no vulcão Llullaillaco, múmias de crianças sacrificadas num ritual religioso pelos povos andinos, de um período anterior a chegada do espanhóis.
Leia mais:
- De carro, de Salta ao Atacama
- Off-road em Salta, parte 2: a Rota do Vinho a Cafayate
- Todas de Salta no Viaje na Viagem
- Enviada especial: Lu Malheiros em Torres del Paine
- Viajar & Pensar, o blog do Gustavo Belli
Resolva sua viagem
36 comentários
Uau!! Gostei demais!! 😉
Valeu Marcie!!!
Salta é bem legal mesmo
🙂
Arrasou, Gustavo! As fotos estão lindonas mesmo!
Brigadão Mari, a modelo ajudou 🙂
Belo post, Gustavo!
Fotos maravilhosas.
Acho que vou ter que ir conferir tudo in loco…
Oi Carmen,
Curti a região, vale o passeio, é uma Argentina bem diferente mesmo.
Brigadú
Texto excelente, fotos lindas…parabéns Gustavo!
Valeu Paulinha!!
Salta é uma delícia para fotografar, claridade estava perfeita e o cenário de primeira.
:*
Que matéria! Adoro estes passeios. Este post tinha que ter vindo antes de fechar minha viagem; vou em agosto p/ Mendoza via Córdoba (milhas), tive opção por Salta. Ainda vou Conhecer o Deserto de Atacama. Tenho “planos” de ir de carro, quem sabe?
Estou curiosa para a segunda parte e ver se o carro é realmente bom (não esqueça detalhes do carro).
Parabéns
Heheh Margareth
Mendoza que beleza, enjoy!
Obrigado!
😉
Muito bacana! Parabens Gustavo.
O noroeste argentino esta nos meus planos, adoro esta paisagem semi-desertica.
Estou aguardando proximo post e a avaliacao da nova Ranger, hehe.
Oi Ana
A segunda parte vai ser a etapa desértica e deu para sentir que a Ranger ( jabá 🙂 ) é valente.
Bom fim de semana!!
Oi Gustavo. Obrigada pelo excelente relato. Estive em Salta e arrededores no ano passado em agosto. Realmente é uma região impressionante, com muitas opções de passeios, todas muito diferentes e lindas. Fiz base em Salta e depois em Purmamarca. Foram 15 dias, de céu muito azul, muito frio, muito vinho, comidas andinas e surpresas diárias. Nesse período encontrei apenas um brasileiro, um cearense, que queria “conhecer”o frio. Havia muitos turistas, espanhóis, principalmente e os próprios argentinos, que elegem esta região para passear e fazer convenções. Os preços eram ótimos e a qualidade excelente. Um abraço.
Oi Noemia
Gostei bastante da região, muito exótica, clima agradável, com uma boa mesa acompanhada de excelentes vinhos.
Que bom que curtiu
Bom fim de semana!! 🙂
Excelente post Gustavo! Super informativo. 😉
As fotos ficaram lindas tb.
Foi mto bom curtir esses dias contigo.
Abração.
Grande Maurício
Foi uma ótima viagem, mas as companhias melhores ainda, rendeu histórias.
Abração!
😉
Que lindas fotos! Acabo de por Salta na minha wish list!
Opa Eduardo
Que bom, objetivo alcançado.
Abraço
Gustavo,
Que legal! Já estou esperando a próxima parte! 😉
Valeu Lu
Sua experiência me achou muito na responsa.
Bom fim de semana!!
🙂