Salar de Uyuni via La Paz, no roteiro completo do Guilherme
Percorrer o Salar de Uyuni é uma viagem que muitos cobiçam, mas nem tantos encaram. Se você já desanimou por escutar sobre a estrutura precária pelo caminho até chegar nas paisagens principais do deserto, prepare-se para ler um relato bem mais otimista.
O roteiro ao Salar de Uyuni que o Guilherme fez foi confortável e seguro. Em vez de uma extensão a uma viagem ao Atacama, o Salar foi o destino primordial da viagem — e ainda incluiu uma passagem por La Paz cheia de boas experiências. Siga as dicas:
Texto e fotos | Guilherme Morais
“Mas você é brasileiro! O que está fazendo por aqui, em vez de ir pro Rio?!”. Esta foi a frase que eu mais ouvi enquanto viajava pela Bolívia, durante a semana de Carnaval. A pergunta veio de bolivianos e de vários turistas estrangeiros, e em vários momentos da viagem: nas montanhas dos Andes, em La Paz; na planície do Salar de Uyuni; nas lagoas altiplânicas da reserva Eduardo Avaroa, na região de Sud Lípez, quase na fronteira com o Atacama.
Agora, após voltar, eu até tenho uma boa resposta para aquela pergunta. Fui lá para derrubar duas “verdades” sobre o turismo de aventura na Bolívia.
Em primeiro lugar, esqueça aquela história que viajar pelo Salar de Uyuni implica, necessariamente, em se apertar durante o dia em carros caindo aos pedaços, e passar as noites em quartos coletivos de abrigos precários, com banheiros também coletivos sem água quente.
Você até pode viajar assim, se estiver com o orçamento muito apertado ou tiver vocação para um turismo masoquista. Mas, gastando a partir de um valor bem razoável e viável, você pode se hospedar em hotéis de nível surpreendentemente elevado, em quartos individuais com banheiro privativo e água quente à vontade! E fazer os passeios durante o dia em um carro confortável, seguro e privativo para você e sua família ou acompanhantes, sem aperto, sem pressa nas paradas.
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Em segundo lugar, viajar para o Salar do Uyuni em dobradinha com o Deserto do Atacama até simplifica a logística e barateia a parte aérea, mas, quer saber? Aprendi que a viagem é mais bem aproveitada se você fizer Atacama em uma viagem e o Salar de Uyuni em outra oportunidade.
Por algumas razões:
Uma viagem pro Atacama tem a duração ideal de 5 noites. Uma viagem para o Salar de Uyuni também, então se você esticar o roteiro são 9 ou 10 noites no total. É tempo demais para ficar naquele ar extremamente seco do deserto. Suas vias respiratórias vão agradecer.
Além disso, tem a época do ano ideal para ir nos dois lugares. Para o Atacama, o ideal é no outono ou primavera, pois o inverno é frio demais e o verão pode ter chuva. Já para Uyuni, você tem que fazer uma Escolha de Sofia: se viajar na época de seca, entre março e novembro, consegue ir a 100% da área do Salar, sem percalços — porém, deixa de aproveitar o que o Salar tem de mais bonito, que é a lâmina d’água que se forma nos meses de chuva, entre dezembro e fevereiro, e que permite aquelas fotos sensacionais do céu refletido no chão.
E, finalmente, optar em ir para o Salar de Uyuni sem passar pelo Chile é um excelente pretexto para você conhecer… La Paz! “Vai por mim”, você vai se divertir passando 3 noites na surpreendente capital da Bolívia.
Feita esta introdução, vamos ao roteiro, que é o que interessa.
Dia 1: chegada em La Paz
Quando decidi ir ao Salar de Uyuni via La Paz, pesquisei os vôos pelas empresas aéreas “tradicionais” e nenhuma me agradou: as passagens estavam caras e com conexões demoradas em outros países, principalmente em Lima. Optei em comprar pela BoA, Boliviana de Aviación. Ela tem loja em São Paulo, mas nem foi necessário ir ao local. Comprei remotamente, por telefone e e-mail, para o único vôo diário de São Paulo até La Paz com escala de 2 horas já na Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra.
E é sempre uma tranquilidade entrar em uma aeronave que foi abençoada pelo próprio Papa Francisco…
Como eu ficaria na Bolívia em lugares com altitude acima dos 3.600 metros, optei por passar as 2 primeiras noites em La Paz, antes de ir para Uyuni. É sempre mais seguro estar numa cidade grande, com opções médicas, para o caso de um “soroche” (mal de altitude) mais intenso na chegada.
Aqui, um parêntese: eu tomei um remédio, ainda em São Paulo, nos 2 dias anteriores à data da viagem e em seguida nos 2 primeiros dias já na altitude, que previne o aparecimento dos sintomas do soroche. Só que, para não ser acusado de exercício indevido da profissão, não vou citar aqui o nome do medicamento.
Como achei relativamente pouca informação turística sobre La Paz, resolvi não arriscar: reservei pelo Booking as 2 primeiras noites no hotel Stannum.
Foi uma ótima escolha.
A localização era excelente, em um bairro de ótimo nível, na divisa entre o centro histórico e turístico com a área residencial de mais alto padrão da cidade. E, por ser um hotel-design, a ambientação interna do hotel foi uma supresa absolutamente inesperada em La Paz.
Dia 2: La Paz e downhill na Estrada de La Muerte
A Bolívia é chamada por turistas estrangeiros de “Nova Zelândia da América do Sul”, por sua diversidade de paisagens naturais e sua vocação para esportes de aventura. Então, por que não usar um dia da viagem para isso?
Eu antecipadamente pesquisei e descobri uma agência especializada em ciclismo com as melhores referências, chamada Gravity Bolivia. Contratei com eles pela internet o passeio “The World’s Most Dangerous Road”, que nada mais é do que o famoso downhill (montanha abaixo) pela Estrada de La Muerte.
No dia combinado, fui ao ponto de encontro as 7h30 da manhã, em um pub na zona central de La Paz, onde se concentram os albergues, hostels e agências de turismo de aventura.
Dali, saímos de La Paz (que está a 3.600m sobre o nível do mar) em duas vans. Eram 2 guias e uns 12 turistas de todas as partes do mundo, por 1 hora de estrada montanha acima, até chegar no ponto de início do tour, a uns 4.700m de altitude, no meio dos picos nevados.
São fornecidas bikes de primeira linha, calças e jaquetas corta-vento, luvas e capacetes. É feito o briefing de segurança e começamos a pedalar, sempre seguindo o guia-líder e sendo seguidos pelos 2 carros de apoio.
A primeira parte, descendo dos 4.700m de altitude até uns 3.000m, é por uma estrada asfaltada de mão dupla e ótima conservação. A adrenalina fica pelo traçado sinuoso e alta velocidade atingida.
A seguir, a partir de 3.000m até 1.000m de altitude, vem a “estrada de la muerte” propriamente dita: uma estradinha estreita, de terra, que virava lama quando atravessávamos as cachoeiras pelo caminho, sem guard-rails, espremida entre as montanhas pela direita e com precipícios quilométricos pela esquerda: adrenalina pura!
Era necessário prestar atenção na estradinha o tempo todo enquanto se pedalava: só dava para admirar as paisagens estonteantes nos pontos de parada para tirar fotos.
O passeio termina em uma bela reserva de vida animal já na floresta equatorial a 1.000m de altitude, onde era permitido tomar banho. Lá foi servido o almoço.
A volta para La Paz foi novamente nas vans, por uma outra estrada asfaltada, numa viagem de umas 3 horas.
Dia 3: La Paz, teleférico, e vôo para Uyuni
Aproveitei a manhã para fazer um city tour diferente por La Paz: ver a cidade do alto, através do teleférico de 11km de extensão, o maior do mundo.
É um passeio imperdível, como as fotos mostram.
Comprei pela internet o trecho aéreo La Paz – Uyuni pela Amaszonas, vôo de 45 minutos. É, fácil, a melhor opção. Nem pense em considerar ir de ônibus ou trem até lá.
O estranho não foi embarcar em um avião de uma empresa chamada “Amaszonas”. O estranho foi, em um avião que ia para os cafundós da América do Sul, ter sido o único ocidental a bordo, entre turistas de toda a Ásia: Japão, China, Coréia, etc. Depois descobri que havia duas razões para isso ter acontecido: uma, foi a coincidência com o período de comemoração do Ano Novo chinês, quando eles têm 2 semanas de férias. A outra razão eu contarei mais adiante.
O hotel Jardines de Uyuni é a primeira prova de que dá para se ir ao Salar de Uyuni e ficar hospedado em muito boas condições. Um hotel com atmosfera old-western rústico-chic, com confortáveis quartos privativos e água quente à vontade no banho, e até mesmo com um restaurante com pretensão gourmet! Reservado pelo Booking.
Dia 4: começa o Tour ao Salar de Uyuni
A variável crítica para uma viagem de ecoturismo ser bem sucedida é a escolha da agência com que você fará os passeios. Escolhi a agência boliviana Creative Tours, por indicação da rede de hotéis Tayka, referência em opção de hospedagem pelo Salar.
Negociei pela internet, fiz transferência bancária do valor negociado para o pacote, incluindo o transporte privativo com motorista/guia em espanhol, passeios, e 2 noites de hospedagem, sendo uma delas no hotel Tayka del Desierto.
Aqui, outro parêntese: na época de seca (de março a novembro) o tour padrão é de 4 dias/3 noites, sendo cada noite em um dos hotéis da rede Tayka (Sal, Piedra e Desierto). Como fui na época de chuva, o tour se reduz para 3 dias/2 noites, sendo uma na própria cidade de Uyuni e outra no hotel Tayka del Desierto.
O primeiro dia de tour abrange as atrações dentro de um raio ao redor da cidade.
Uyuni é, historicamente, um importante entroncamento ferroviário no meio do deserto, por onde passam os trens exportando minérios para os países vizinhos. Assim, o primeiro passeio é o famoso “cemitério de trens”, onde centenas de turistas se divertem escalando as carcaças abandonadas ao lado da linha férrea.
A seguir, o Toyota Land Cruiser começa a entrar na planície de sal propriamente dita, e finalmente a aventura começa.
Paramos para almoço em um hotel de sal desativado, ao lado da enorme escultura do Dakar (Uyuni é a “capital” boliviana do trajeto do rally) e da famosa instalação com bandeiras de países de turistas do mundo inteiro.
Após o almoço, tomamos o rumo da Isla Incahuasi, com a ressalva de que poderia estar inacessível, devido às chuvas e solo inundado. Viajar pelo Salar de Uyuni durante a época de chuvas é mesmo algo imprevisível…
Felizmente, naquele dia deu para chegar até lá. É uma formação rochosa cheia de cactos gigantes, que realmente parece uma ilha no meio de um oceano. Seu ponto mais elevado permite ter uma visão panorâmica de 360° do deserto.
Finalmente, próximo ao final do dia, o motorista rodou a planície procurando algum ponto que tivesse uma lâmina de água no solo, para vermos o famoso pôr do sol com o céu refletido no espelho d’água do chão.
Que visual era aquele! Só aquilo já valeu a viagem!
Dia 5: Rumo ao hotel Tayka del Desierto
Se havia um dia em que poderia chover durante minha viagem, sem atrapalhar os passeios, seria este aqui… e não deu outra!
As nuvens pretas carregadas, chuva forte e raios nos acompanharam pelos 300km do caminho, primeiro por uma estrada de terra… depois por trilhas… e finalmente pela areia, até chegar no ponto mais isolado da viagem, o hotel Tayka del Desierto. Implantado em uma encosta no meio do nada, o hotel tem vista para um ponto da cordilheira dos Andes que delimita a fronteira com o Chile.
O Tayka del Desierto merece a fama que tem. É um surpreendente oásis de conforto, aconchego e bom gosto, no ponto mais isolado do mundo em que já estive. Quarto confortável, áreas comuns aconchegantes e de bom gosto, jantar surpreendentemente refinado. E, pra coroar: uma noite de céu aberto e lua nova, permitindo visualizar o maior número de estrelas que já vi na vida!
Dia 6: Sud Lípez, reserva Eduardo Avaroa e retorno a Uyuni
O dia seguinte começa logo as 6h30 da manhã, para dar tempo de fazer todas as atrações programadas e, principalmente, para se chegar no campo de gêiseres em um horário ainda apropriado.
A primeira parada é na Árbol de Piedra, uma formação rochosa que é símbolo da região.
A seguir, passamos pela Laguna Colorada, com visual estonteante e habitat de centenas de flamingos.
Chegamos nos gêiseres de Sol de Mañana em torno das 8h, e apesar de não ser mais o horário onde os vapores têm o maior volume (que seria antes das 6h), ainda deu para admirá-los com um visual impressionante.
Passamos direto pelas Termas de Polques, uma piscina natural de águas termais, e paramos para fotos em frente ao Desierto de Dalí, encosta de areia com pedras de formatos surreais, que inspirou o pintor espanhol.
Finalmente, chegamos na Laguna Verde, na encosta do vulcão Licancabur, que marca a fronteira da Bolívia com o Deserto do Atacama, no Chile
No caminho de volta, parada nas termas para almoço. E, a partir dali, 4 horas de carro até chegar de volta a Uyuni, para pernoite no mesmo hotel das 2 primeiras noites.
Dia 7: de volta a La Paz
Logo às 7h15 da manhã peguei o vôo de volta para La Paz. E, novamente, uma enorme maioria de asiáticos a bordo. Conversando com o guia deles, descobri o motivo por que estavam ali: para fazer turismo fotográfico! Enquanto os ocidentais preferem visitar o Salar de Uyuni na segura época de seca, os asiáticos gostam de se arriscar a ir lá na época de chuvas, justamente pelo visual das fotos.
Novamente me hospedei no hotel Stannum, para passar a última noite antes de voltar para o Brasil, e aproveitei o feriado de terça-feira de Carnaval para ir conhecer o Mercado de Las Brujas, área histórica e comercial de La Paz, onde se concentram o comércio artesanal e hospedagem dos mochileiros europeus em hostels. Algo como a 25 de março misturada com a Vila Madalena.
Dia 8: retorno ao Brasil
Aéreo internacional La Paz – São Paulo, voando a Guarulhos pela Boliviana de Aviación.
Espetacular, Gulherme! Muito obrigado por dividir o seu roteiro com a gente!
Leia mais:
- Salar de Uyuni: as dicas dos leitores
- Dicas do Atacama no Viaje na Viagem
- Dicas de La Paz no Viaje na Viagem
- Como publicar seu relato de viagem no Viaje na Viagem
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47 comentários
Legal, Juliana
Te desejo boa viagem.
Se vc for no período de seca, o roteiro pode ser maior, com 3 noites em hotéis da rede Tayka pelo deserto
MAravilhoso o seu roteiro! Fui há alguns anos via Atacama e é exatamente oq vc falou… no final ficou cansativo, mto deserto, mto seco, qria fugir de lá. Mas agora vou voltar a Uyuni no seu passo-a-passo!!!! Obrigada! (obs: nem sabia q tinha voo pra Uyuni”!!!!)
Olá! Obrigada pelas dicas. Vou fazer Atacama – Uyuni, mas estou com receio deixar para comprar o passeio 4 dias-Uyuni lá, corro o risco de não conseguir? Estou com os dias contados nessa viagem :/
Olá, Tatiane!
Leia sugestões de outras agências nos outros posts de Uyuni:
https://www.viajenaviagem.com/destino/uyuni
Ola, Tatiane
Eu usei na minha viagem os serviços da Creative Tours e foi excelente!
No site deles tem um tour que é bem o que voce quer, 4 dias a partir de San Pedro. FIca a dica!
https://www.creativetoursbolivia.com/tour-package-from-san-pedro-de-atacama-to-the-salar-de-uyuni/
Amei o texto! estamos indo agora dia 09/04 estou muito ansiosa. e com super receio de passar mal com a altitude ou de ter uma crise de panico porque não sei como é ficar muito isolada no meio do nada.
Vou levar um rivotril no caso de eu me sentir em pânico, queria tomar esse medicamento do mal de altitude mais fui em dois médicos e eles não souberam me indicar :/
Espero não desistir mais agora que falta 7 dias estou morrendo de medo.
Eline, vou te passar o link de uma pagina sobre alpinismo onde pesquisei indicações sobre os males de altitude.
Eu tomei um dos medicamentos indicados nela nesta viagem para o Uyuni e anteriormente numa viagem para o Atacama.
Não senti nenhum sintoma do soroche nem tive nenhum efeito colateral.
Mas, recomendo fortemente que voce use as informações deste link para conversar com seu medico, antes da viagem, para decidirem juntos qual seria o mais indicado para seu caso.
https://altamontanha.com/Artigo/1274/remedios-e-tudo-sobre-altitude
Oops!
Desculpe o fora!
Então acho que a melhor logística para esta viagem delas é comprar o aéreo na opção “múltiplas cidades”:
IDA: São Paulo > Calama (via Santiago)
VOLTA: La Paz > São Paulo ( com stopover em Lima)
É por aí, Boia?
Olá, Guilherme! Não, teu roteiro tava certinho pra quem consegue pegar o passeio no Atacama e terminar em Uyuni 🙂
A minha correção era só uma pentelhaçãozinha — a travessia da fronteira Bolívia/Peru é de ônibus, não de barco. Só isso
Adorei o post .Minha filha de 19 anos está planejando fazer essa viagem em junho ,férias da faculdade , com mais duas amigas .Porém vão também para o Atacama e para o Peru …nesse caso , qual a melhor sequência , na sua opinião ?
Olá, Maili! Como elas já devem ter pesquisado, do Atacama para o Peru deve-se ir a Arica, e de lá a Tacna, continuando a Arequipa.
Ola,
Não sou o expert, mas se elas querem fazer Atacama + Uyuni + Peru, o roteiro que eu sugiro é:
1- Compre pela LATAM o aereo com a perna de ida São Paulo > Santiago >Calama e o retorno Lima > São Paulo
2- Passe 5 dias no Atacama e de lá vá por terra pela fronteira para a Bolivia fazer o Uyuni, por uns 3 ou 4 dias
3- Aereo pelas Amaszonas de Uyuni > La Paz
4- Daqui em diante, eu não conheco, mas parece ser legal ir de La Paz por terra para Copacabana, atravessar de barco o lago Titicaca para Puno, ja em terrritorio peruano, e daí seguir as sugestões de roteiro que voce encontra aqui no VnV
complementando:
a passagem aerea de volta pode ser tambem La Paz > Lima > São Paulo, pela LATAM, caso não queira fazer a travessia por barco pelo lago Titicaca para entrar no Peru
Olá, Guilherme! Não é possível a travessia da Bolívia e Peru por via lacustre. É possível ir de barco a ilhas do lado boliviano a partir de Copacabana, e também é possível ir de barco a ilhas do lado peruano a partir de Puno.
Mas a única fronteira entre a Bolívia e o Peru na região é terrestre. É preciso ir pela estrada. São 3 horas de viagem.
Ufa, até que enfim um post sem perrengue sobre o Salar rsrs. Estou adiando essa viagem justamente por conta dos relatos terríveis que já li. Também gosto de aventura, mas com um mínimo de conforto. Será que dá pra fazer alguma parte do percurso com o trem da morte?
Olá, Selma! O trem da morte é uma lenda… você tem que atravessar a fronteira do Mato Grosso do Sul com a Bolívia para pegar, e só vai até San José de Chiquitos, que está a 270 km de Santa Cruz de la Sierra. Não é panorâmico, não passa por região montanhosa, não é sequer confortável. Não tem a menor necessidade de incluir esse perrengue na sua viagem.
pelo trem da morte voce tem várias atraçoes turisticas sim !! em roboré e san jose de chiquitos, san tiago , voce terá alem das igrejas antigas da regiao e da época dos jesuitas e tambem tem montanhas , cachoeiras , lagoas pra banho etc.. ali tem uma riqueza natural e muita historia , chochis , e tem muitos lugares pra trilha a pé com montanhas e parques tambem , vale a pena pesquisar sobre a regiao da chiquitanea !! abraço a todos 🙂
Que relato útil ! Me animei e com certeza esse destino subiu na minha lista de desejos.
Danilo, fui no Carnaval.
E, chuva, sabe como é : El Niño, Aquecimento global … está tudo louco!
Os nativos falaram que ficou 1 mes sem chuva em janeiro … aí, 2 semanas antes de eu chegar tinha tido algumas tempestades… e, novamente, uns 3 dias antes da minha chegada no Salar.
Dei sorte: peguei apenas uma lâmina de água, que não impedia o acesso às atrações, mas permitia tirar as fotos espelhadas.
E, no próprio dia, na estrada de volta pro vilarejo de Uyuni, caiu outra tempestade
Valeu , Igor!
Minha viagem foi moleza, perto da tua: Turista Casca-Grossa! Parabens..;-)