Japão, parte 4: emoção em Hiroshima, diversão nas Disneys (a viagem do Diego)
Depois do choque cultural de Tóquio, da beleza das montanhas e do Japão clássico de Kyoto e Nara, os 20 dias no Japão se encaminham para o fim. De Kyoto vamos para Hiroshima (de onde fazemos um bate-volta a Miyajima) e voltamos a Tóquio fazendo um pit-stop no castelo de Himeji.
Para fechar a viagem com a chave mais divertida, reservamos os dois últimos dias para tirar férias das férias nas duas Disneys de Tóquio: a DisneySea e a Tokyo Disneyland.
- Introdução: 10 dicas práticas
- Parte 1: Tóquio
- Parte 2: Takayama e montanhas
- Parte 3: Kyoto e Nara
- Parte 4: Hiroshima, Himeji e Disneys
Texto e fotos | Diego Sapia Maia
Dia 15: Hiroshima
Na manhã do nosso 15º dia no Japão, deixamos Kyoto e pegamos o shinkansen para Hiroshima, onde passaríamos duas noites. Nosso deslocamento exigia uma conexão na estação Shin-Osaka, a 15 minutos de trem-bala de Kyoto, de onde seguiríamos viagem por cerca de 1h40 em alta velocidade.
Usamos nosso JR Pass nos dois trechos (Kyoto-Osaka, Osaka-Hiroshima), mas tínhamos reservado lugar apenas para a viagem entre Osaka e Hiroshima.
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Fizemos o trecho de Kyoto a Osaka nos vagões sem lugares reservados, e foi bastante tranquilo, com muitos assentos vazios.
Aproveitamos a parada de pouco menos de uma hora na estação em Osaka para comprar o café da manhã: uma das famosas cheesecakes da Rikuro Ojisan.
Na estação há uma loja da marca, vendendo a sobremesa recém-assada, embalada com cuidado. É considerada por muitos a melhor cheesecake do Japão, e é mais leve e menos adocicada que as cheesecakes que comemos aqui, além de serem servidas sem cobertura.
A hora e quarenta até Hiroshima, desde Osaka, passa rapidamente. Chegamos a Hiroshima na hora do almoço e deixamos nossas malas no hotel. Ficamos no Granvia Hiroshima, hotel localizado dentro da estação de trens da cidade.
Os hotéis Granvia são administrados pela Japan Railways, e geralmente têm essa localização privilegiada, a poucos passos das plataformas de trem.
Em Hiroshima valeu muito a pena termos ficado neste hotel: os preços eram ótimos (as diárias mais baratas da nossa viagem), os quartos excelentes (vêm equipados até com um celular com plano de dados para os hóspedes) e a localização era cômoda para chegar e sair de Hiroshima.
O hotel está a 20 minutos de bonde do Parque Memorial da Paz, e como o ponto final e inicial de muitas linhas é na estação de trem, ele é bem prático também para circular pela cidade. A vista do quarto era um espetáculo.
Deixamos as malas no hotel e pegamos um bonde para a nossa principal parada em Hiroshima: o Parque Memorial da Paz, construído em homenagem às vítimas da bomba atômica exatamente onde ela explodiu, em 1945.
Para chegar lá, coloque Hiroshima Peace Memorial Park no Google Maps. É provável que o trajeto sugerido tenha ônibus, e não os bondes, como principal meio de transporte. Para ver o trajeto dos bondes, e saber qual linha pegar, selecione no Google Maps a opção “bonde/metrô de superfície”.
As linhas 1, 2 e 6 te deixam do lado do parque. Conseguimos pagar as passagens de bonde usando nosso cartão SUICA, que passou a ser aceito no transporte público da cidade há pouco tempo.
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Parque Memorial da Paz
O Parque Memorial da Paz, localizado numa ilha no centro da cidade, guarda alguns monumentos em homenagem às vítimas da bomba atômica. É um passeio profundamente triste, mas ao mesmo tempo tempo comovente por seu significado de reconstrução, esperança.
Começamos nossa visita ao parque pelo Memorial da Paz de Hiroshima, também conhecido como Domo da Bomba Atômica (coloque Atomic Bomb Dome no Google Maps).
Esta estrutura — a única a permanecer de pé na região depois da explosão, preservada com seus escombros desde então — virou o símbolo da cidade e se tornou Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1996. A bomba explodiu no ar a poucos metros dali.
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Antes da tragédia, o edifício abrigava uma repartição da prefeitura da cidade. Ao redor da estrutura, que fica localizada à beira do rio Motoyasu, há jardins lindíssimos e muitos bancos para contemplar em silêncio, com a solenidade que este marco merece.
Atravessando uma das pontes para o parque propriamente dito, fomos até a Torre do Relógio da Paz, na ponta norte da ilha, onde o Rio Ota e o Rio Motoyasu se encontram. O relógio bate todos os dias às 8:15 da manhã, horário da explosão da bomba em 6 de agosto de 1945.
Perto dele, ao sul, está o Sino da Paz (coloque Peace Bell no Google Maps). Você ouve o som deste sino ecoando por todo o parque. Qualquer pessoa pode tocar o sino. Repare como o bastão bate num símbolo de um átomo (um daqueles detalhes emocionantes quando você pensa em toda a história do local).
Caminhando um pouco mais para o sul você chega ao Monumento das Crianças à Paz (Children’s Peace Memorial no Google Maps), o lugar onde nossos olhos começaram a marejar.
O monumento foi construído em homenagem à garotinha Sadako Sasaki, morta por leucemia (uma consequência da radiação que matou muita gente depois da explosão). Sadako tinha dois anos quando a bomba caiu sobre a cidade.
Ela sobreviveu à explosão, mas anos depois desenvolveu a doença. Quando estava internada, Sadako dobrou mil origamis de tsuru (garça) porque se acredita que quem consegue dobrar tantos origamis do tipo terá seu desejo atendido pelos deuses.
O de Sadako era sobreviver à leucemia e sair do hospital, mas ela não resistiu e morreu em 25 de outubro de 1955, menos de um ano depois de ser diagnosticada. A morte da garotinha comoveu o país, e seus amigos levantaram fundos para criar este monumento em homenagem a ela e a todas as crianças vítimas da bomba atômica.
Ao redor da estátua de Sadako segurando uma garça de origami (localizada no topo de uma estrutura de concreto) há caixas de acrílico que guardam tsurus enviados pelas crianças de todo o Japão para o monumento.
Um pouco adiante do Monumento das Crianças você vê o Lago da Paz, um espelho d’água facilmente encontrável depois de cruzar a via que corta o parque ao meio.
Na sua ponta norte fica a Chama da Paz, que foi acesa em 1964 e só será apagada quando todas as armas atômicas forem eliminadas do planeta.
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Na ponta sul do lago está o Cenotáfio Memorial (Cenotaph for the A-Bomb Victims, no Google Maps) um arco de concreto que guarda os nomes de todas as pessoas mortas pela bomba atômica. Nele há a inscrição (em japonês e inglês) ‘Descansai em paz, pois o erro jamais se repetirá’.
Repare como o Cenotáfio está alinhado com a Chama da Paz e o Domo da Bomba Atômica.
Caminhando mais ao sul, também alinhado com o Cenotáfio, você chega ao Museu Memorial da Paz (Hiroshima Peace Memorial Museum no Google Maps).
O prédio principal do museu encontra-se em reforma até meados de 2019, mas todo o acervo foi remanejado para seu prédio secundário, ligado ao principal por uma passarela.
A visita ao Museu custa 200 yens, e suas exibições explicam o funcionamento da bomba, recontam o dia em que ela explodiu e dão um panorama geral sobre a presença de armas nucleares no mundo.
Há depoimentos em vídeo de vítimas e objetos pessoais recolhidos dos escombros: de triciclos de crianças (totalmente retorcidos pelo calor e radiação) a uniformes escolares queimados, além de um relógio de pulso que parou exatamente às 8h15, quando a bomba explodiu.
É uma visita tristíssima, emocionante, mas necessária para nos lembrar das atrocidades da Segunda Guerra Mundial. Não me lembro de ter saído tão comovido de um museu.
Continuamos o passeio pelo parque para além do museu, passando pela Fonte da Oração (Fountain of Prayer) e pelos Portões da Paz (Gates of Peace), 10 portões de cinco metros de altura que têm a palavra “paz” inscrita em 49 idiomas.
Os portões representam os 9 círculos do inferno: o décimo é ‘O inferno em que a cidade de Hiroshima se transformou por causa da bomba’.
Chegamos ali já bastante abalados por tudo o que vimos, mas o Parque Memorial da Paz não é um lugar apenas de tristeza: seus monumentos e jardins tão bonitos foram construídos com apelos pela paz em mente. Lembrar para não repetir.
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Compras e jantar em Hiroshima
Do parque, caminhamos por uns 15 minutos até a rua Hondori (Hondori Street no Google Maps), zona comercial mais famosa da cidade.
Boa parte da rua é coberta e fechada para veículos, formando um calçadão bastante agradável de andar. Paramos em algumas lojas na região, incluindo a famosa Don Quijote, uma rede de lojas de departamento presente no país inteiro, mas voltada a produtos com descontos.
Não se espante com a aparente bagunça (para os padrões japoneses) da Don Quijote: encontra-se facilmente de tudo ali, de chocolates sabor chá verde a games e roupas de boa qualidade.
Nosso plano para o jantar era procurar pelo prato mais tradicional de Hiroshima: o okonomiyaki, uma espécie de panqueca com diversas camadas de recheio (repolho, sua carne de preferência, noodles), coberta por ovo e um molho especial.
O okonomiyaki de Hiroshima é diferente do encontrado no resto do país: é muito maior e mais recheado. Procuramos por alguns restaurantes recomendados em sites, mas as filas neles estavam impraticáveis.
Muito próximo à rua Hondori encontramos a Okonomimura (coloque desta maneira no Google Maps), uma área com diversos restaurantes especializados no prato, e entramos no que nos pareceu mais agradável.
Normalmente, os restaurantes de okonomiyaki têm um balcão com uma grande chapa onde os pratos são preparados. Ao sentar-se ali, você acompanha o preparo do seu okonomiyaki, feito do seu jeito, na sua frente. Pedi o meu sem frutos do mar (obrigado, Google Tradutor!) e me esbaldei. Cada okonomiyaki custa entre 1.000 e 1.500 yens nesta região da cidade.
Voltamos para o hotel de bonde quando já passava das 22h e preparamos nossas malas para serem despachadas no dia seguinte utilizando o serviço da Ta-Q-Bin disponível no nosso hotel. Reservamos algumas roupas e objetos de que precisaríamos, e viajamos pelos próximos dois dias apenas com uma mochila cada — uma praticidade que não tem preço!
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Dia 16: Miyajima e as marés
Na manhã do dia que reservamos para visitar a ilha de Miyajima (na verdade chamada Itsukushima), próxima a Hiroshima, despachamos nossas malas M para Tóquio utilizando o Ta-Q-Bin do hotel. A atendente não falava uma palavra de inglês, mas foi extremamente atenciosa conosco.
Ela chegou a ligar no nosso hotel em Tóquio para confirmar que as malas seriam deixadas no nosso quarto, e não na recepção. Pagamos 14 dólares por mala: despachamos duas e 24 horas depois elas seriam entregues e guardadas no hotel seguinte. A partir daí, ficaríamos dois dias inteiros apenas com nossas mochilas.
Leia sobre o sistema de despacho de bagagens Ta-Q-Bin aqui
A chegada, na maré alta
Pouco antes das 9h da manhã pegamos um trem local na estação de Hiroshima em direção à estação Miyajimaguchi (Miyahimaguchi Station no Google Maps) utilizando nosso JR Pass. A viagem até a estação Miyajimaguchi leva 30 minutos e te deixa a 100 metros do terminal de onde partem as balsas para a ilha.
De balsa são outros 10 minutos até o terminal de ferry de Miyajima. Elas também estão incluídas no JR Pass. Para calcular a sua viagem no Google Maps, coloque o local Itsukushima Ferry Terminal e trace a rota a partir de onde você estiver. Na ilha você vai fazer praticamente tudo a pé, então prepare-se para andar bastante.
Vale um parênteses importante: para ver o santuário principal de Miyajima (chamado Itsukushima Shrine) em seu esplendor, programe-se para chegar à ilha com a maré cheia.
Você pode consultar a tábua das marés aqui. Escolha o dia da sua visita no topo do site e procure pela área da página indicada como ‘High tides and low tides’ (maré alta e maré baixa).
No dia da nossa visita, a maré estaria alta por volta das 10h da manhã, e foi esse o horário que programamos chegar à ilha. Ainda pegaríamos a maré baixa no final do dia, o que nos deu a oportunidade de apreciar o mesmo cenário de duas maneiras.
A grande atração de Miyajima costuma ser o gigantesco torii que parece flutuar quando a maré está cheia. Ele foi construído na água como parte do complexo do Santuário Itsukushima (Itsukushima Shrine no Google Maps), localizado à beira-mar.
O Santuário Itsukushima guarda muito mais surpresas além do torii flutuante. Ele foi nossa primeira parada na ilha — a sensação foi a de que começamos com o filé mignon da visita. Não é um Patrimônio Mundial da UNESCO à toa.
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O santuário Itsukushima
Quando a maré está alta, o santuário flutua sobre as águas, que espelham o vermelhão de suas construções. Todas as passarelas e templos menores do santuário foram construídos sobre o mar (há mais de 1.200 anos).
Além do oratório e da área de oferendas, alinhados com o torii flutuante, há neste santuário um teatro noh. Tivemos a sorte de ver uma apresentação ali. A cena se desenrolando à beira-mar dentro do santuário, com o torii flutuante ao fundo, não sai da minha cabeça até hoje.
O torii flutuante pode ser fotografado de uma passarela bem no centro do santuário — enfrente uma pequena fila para conseguir a melhor posição naquele espaço. Na maré cheia alguns barcos levam turistas até bem perto, passando por debaixo do torii. Na maré baixa, é possível chegar até ele caminhando.
A entrada para o santuário custa 300 yens. O combo de ingressos para o santuário e seu pequeno museu chamado Sala do Tesouro (Itsukushima Shrine Treasure Hall), situado a 100 metros dali, custa 500 yens. Foi este combo que compramos.
Mas não há nada imperdível no Treasure Hall, e a exibição está toda em japonês, o que faz a visita ser dispensável. Saímos da área do santuário por volta do meio-dia, quando a maré já baixava, deixando as estruturas e os bancos de areia à mostra.
Nos arredores, a paisagem é composta por lojinhas, restaurantes, canais e pelas montanhas ao fundo (incluindo o sagrado Monte Misen).
Há muitos veadinhos soltos na região, como em Nara — mas estes são menos acostumados com humanos, e não se aproximam da gente (felizmente, eu diria). Andamos pela área do canal e paramos num café para comermos. Já era hora do almoço.
Leia sobre os veados pouco dóceis de Nara aqui
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Ao monte Misen
Dali, partimos para o Monte Misen (Mount Misen no Google Maps). Para subir até ele há duas opções: a pé, por trilhas de pelo menos duas horas (para a ida), recomendadas apenas para quem está em ótima forma e tem bastante tempo; ou usando o bondinho.
De todo modo, você vai precisar caminhar um pouco montanha acima para chegar até a primeira estação do bondinho, chamada Momijidani. Coloque Momijidani Station no Google Maps e espere andar cerca de 25 minutos desde o Santuário Itsukushima, com alguns trechos de subida.
Se der sorte, pode pegar um ônibus pertencente à empresa do bondinho, que percorre parte do trajeto (mas que passa pouquíssimas vezes por dia pela trilha).
De todo modo, a caminhada até essa primeira estação do bondinho é bastante agradável, e parte do trajeto margeia um rio muito fotogênico, passando por pontes e outras construções no meio de uma floresta que estava verdíssima na primavera.
A viagem de ida e volta no bondinho custa 1.800 yens. Você pode comprar o ingresso na estação Momijidani, em guichês ou máquinas de venda (com instruções em inglês).
O primeiro trecho da viagem leva 10 minutos, e te coloca quase 300 metros acima do nível do mar. No meio do caminho você precisa descer e trocar de ‘linha’ na segunda estação, mais ou menos como no bondinho do Pão de Açúcar.
Esta segunda estação se chama Kayadani, e não é possível ver muita coisa dali. Você só deixa um vagão e parte para o outro, que te leva até uma área mais próximo do cume do Monte Misen, na estação de Shishi-iwa.
A viagem completa é uma das mais espetaculares que eu já fiz em transporte do tipo (de verdade, rivaliza com a ‘nossa‘ do Rio de Janeiro).
Na subida, do lado direito estão as montanhas de Miyajima. Do lado esquerdo, para onde todo mundo aponta as câmeras, a Baía de Hiroshima, no Mar Interior de Seto, com suas inúmeras ilhas e a cidade ao fundo.
Ao redor da estação Shishi-Iwa fica um observatório com uma vista deslumbrante da baía e das praias de Miyajima, de mar verdíssimo. Ficamos pelo menos uma hora ali curtindo a vista e tirando muitas fotos. O dia estava claro, bom para isso.
Do observatório de Shishi-iwa, quem quiser pode se arriscar numa trilha de 1 km (com elevação de 100 metros!) até o cume do Monte Misen, a 530 metros de altitude.
Nós vimos o começo da trilha e resolvemos ficar por ali mesmo, curtindo a montanha sagrada de longe, do conforto do observatório. Há banheiros, armários, café e várias máquinas de comida e bebida no local.
Pegamos o bondinho de volta, para descer até a primeira estação, Momijidani, por volta das 14h30. Chegamos lá embaixo perto das 15h, e curtimos um pouco mais a área de floresta e o rio próximo à estação.
O Daisho-in
Nossa próxima parada seria um templo menos visitado da ilha de Miyajima, mas também imperdível: o Daisho-in (coloque Daishoin no Google Maps). A caminhada levou cerca de 15 minutos, também com alguma subida.
O Daisho-in fica aos pés do Monte Misen, numa encosta onde estão instalados diversos templos e salões. A entrada é gratuita.
O templo foi fundado há cerca de 1.200 anos pelo monge, poeta e filósofo Kobo Daishi. Logo na entrada você já tem contato com uma das peculiaridades do lugar: as centenas de estátuas Jizo, de feições infantis, vestidas com toucas e cachecóis.
Uma visão fofíssima, bastante impactante pelo número de estátuas ao longo das trilhas. A história destas imagens, no entanto, é triste: pais e mães que perderam filhos ‘adotam’ as estátuas e cuidam delas como crianças. Daí as roupinhas.
Na escadaria que leva ao pátio principal do complexo você vai notar também que há rolos metálicos nos corrimãos, com inscrições. São rolos que guardam o sutra (escrituras Budistas). Dizem que girá-los pode trazer sorte.
Entramos em algumas das construções do Daisho-in, como o salão Maniden e o salão Kannon-do. Vale ver estes dois edifícios com cuidado. Mas o lugar mais impactante do templo, no entanto, é a caverna Henjokutsu, ornamentada com centenas de lanternas no teto e 88 imagens budistas.
Procure por ela logo acima do pátio principal do Daisho-in, em meio a outros templos e oratórios menores.
Do Daisho-in há uma trilha que leva até o cume do Monte Misen, com 500 metros de elevação e que, dizem, pode ser feita em cerca de uma hora e meia se você estiver em boa forma.
Do templo nós descemos de volta até a vila de Miyajima. A maré estava bem baixa por volta das 16h, e vimos diversos moradores ‘colhendo’ moluscos nos bancos de areia entre o torii flutuante e o santuário Itsukushima.
Andamos um pouco por aquela área que horas antes estava coberta pelas águas, mas não chegamos tão perto do torii.
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A volta a Hiroshima na maré baixa
No caminho até o terminal de ferry de Miyajima paramos numa das várias barraquinhas de comida da orla para experimentar os yakitori locais e as ostras gratinadas, bastante famosas. José, meu marido, aprovou.
Pegamos o ferry de volta para Hiroshima por volta das 17h30. Às 18h30 já estávamos no nosso quarto de hotel, de onde saímos apenas para comer algo e procurar uma pomada.
Foi neste dia que descobri que aquela beliscada de um dos veadinhos de Nara tinha deixado um machucado na minha barriga. Conseguir uma pomada antibiótica usando o Google Tradutor foi um feito.
Miyajima foi um dos pontos altos de toda a nossa viagem. O Santuário Itsukushima virou meu templo favorito de todos os que visitamos durante nossos 20 dias no Japão.
Vale passar pelo menos um dia inteiro na ilha. E se você tiver tempo, dormir lá proporciona uma visão para poucos: a do Santuário totalmente iluminado, com as luzes refletidas nas águas da Baía de Hiroshima.
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Dia 17: Himeji (e noite na DisneySea)
Começamos o dia tomando café da manhã num dos cafés da Estação de Hiroshima e pegando o shinkansen até Himeji, no caminho para Tóquio, utilizando nosso JR Pass.
Fizemos um pit-stop na cidade para visitar sua principal atração: o Castelo de Himeji, um dos únicos castelos japoneses a permanecerem de pé desde sua construção, no século 15.
Nosso shinkansen demorou pouco mais de uma hora para cumprir o trajeto entre Hiroshima e Himeji. Ao chegarmos à cidade, por volta das 9h30 da manhã, deixamos nossas mochilas nos armários (as malas tínhamos despachado no dia anterior para Tóquio) e pegamos um ônibus que nos levou até a entrada do parque do castelo.
Coloque Himeji Castle no Google Maps e trace a rota – o aplicativo mostra quais linhas de ônibus pegar. Pagamos a passagem com nosso SUICA, mas poderíamos ter ido à pé — a caminhada levaria cerca de 20 minutos.
O Castelo de Himeji é um complexo de mais de 80 construções elegantes. A torre principal tem seis andares e é toda construída em madeira. A cor branca chama a atenção — o castelo passou por um processo de renovação intenso que terminou em 2015, e ele brilha ao sol.
É chamado de Castelo da Garça Branca (Hakuro-jo) por isso.
Na entrada há guias de turismo que oferecem tours gratuitos em inglês. Como queríamos visitar o castelo com calma, sem ter que seguir rotas pré-estabelecidas, dispensamos o serviço e nos arrependemos depois.
O complexo do castelo é impressionante, mas fica ainda mais interessante quando ouvimos todas as histórias que em que está envolvido.
Himeji é um dos 12 castelos ‘originais’ do Japão. Sua estrutura nunca foi destruída — um feito e tanto num país devastado inúmeras vezes por terremotos, guerras e tufões.
É um Patrimônio Mundial da UNESCO e Tesouro Nacional do Japão, e foi cenário de filmes como ‘Kagemusha’ e ‘Ran’, de Akira Kurosawa, e de ‘Com 007 só se vive duas vezes’.
Você entra no castelo pela praça Sannomaru (Sannomaru Square no Google Maps), um campo com algumas cerejeiras onde fica a bilheteria.
A entrada custa 1.000 yens, e pode ser comprada nos guichês ou em máquinas de venda automática. No grande parque em que o castelo está localizado fica também um zoológico e o jardim Kokoen, que não visitamos, mas que são passeios bastante populares.
A visita ao castelo em si pode começar pelo Daitenshu, a fortaleza principal de 46 metros de altura, que você vai alcançar depois de andar por alguns caminhos bastante simpáticos e um pouco labirínticos.
É necessário remover os sapatos antes de entrar no prédio — uma plaquinha lembra que você vai caminhar descalço por lá como muitos samurais e lordes em seu tempo.
Daí são seis andares que você sobe por escadas muitas vezes íngremes e estreitas — cuidado com a cabeça. Cada andar escalado é progressivamente menor do que o anterior. No último andar há um pequeno santuário e janelas com vistas lindas do complexo.
Adoramos conhecer o castelo por dentro (um dos poucos castelos japoneses que permitem esse tipo de visita), ainda que seus interiores sejam relativamente simples.
Não espere o luxo de castelos europeus. Dá para ter uma boa ideia das técnicas avançadas de construção em madeira utilizadas ali, bem como entender como a vida transcorria no castelo — o lugar era utilizado principalmente como fortificação de guerra durante o período feudal japonês.
Repare nos buracos existentes nas paredes e nos racks utilizados para guardar as armas.
Depois de percorrermos os seis andares da torre principal, nos dirigimos até a ala oeste, chamada Nishinomaru, onde há um prédio longuíssimo em que você pode entrar e caminhar (são quase 200 metros de um corredor permeado por quartos vazios).
Esta construção foi a residência da princesa Sen, que é personagem de uma famosa lenda japonesa.
Andamos um pouco mais pelos caminhos labirínticos do castelo, tiramos fotos em frente ao fosso e, no total, gastamos cerca de três horas em nossa visita, feita com calma, no nosso ritmo.
O castelo de Himeji é uma bate-volta imperdível para quem está em Osaka ou Kyoto, e perfeitamente visitável num pit-stop como o nosso, entre Hiroshima e Tóquio (ou vice-versa).
Reserve pelo menos 5 horas na cidade para poder visitar o complexo com calma. Se quiser visitar o jardim Kokoen, adicione mais uma hora.
Voltamos para a estação de trem pegando um táxi (algo em torno de 700 yens), porque queríamos adiantar nosso shinkansen para Tóquio.
Tínhamos lugares reservados num trem-bala que só sairia quase 3 horas depois, mas conseguimos adiantar a viagem no escritório da Japan Railways. Pegamos nossas mochilas e embarcamos.
O shinkansen levou cerca de três horas para percorrer os 600 quilômetros que separam Himeji da capital.
De volta a Tóquio, para as Disneys
Chegamos em Tóquio por volta das 17h e pegamos um trem até nosso segundo hotel na cidade: o Oriental Tokyo Bay, em Urayasu, ao lado de uma estação de trem.
Escolhemos este hotel porque nos dois dias seguintes visitaríamos o Tokyo Disney Resort, e ele é um dos parceiros da Disney na cidade. Sim: deixamos as visitas a jardins, castelos e templos de lado para desopilar por dois dias em parques temáticos.
Foi uma escolha acertadíssima: o Tokyo Disney Resort é considerado o melhor complexo Disney do mundo por diversos fãs de parques temáticos. Em dois dias e meio de visitas aos dois parques do complexo (Tokyo Disneyland e Tokyo DisneySea) pudemos comprovar isso.
Chegamos ao hotel pouco antes das 18h e encontramos nossas malas no quarto, intactas, como prometido. O hotel Oriental Tokyo Bay (que foi reservado pelo Booking como todos os hotéis da nossa viagem) é mais voltado para famílias que estão visitando os parques Disney.
Tem quartos bastante espaçosos e uma loja de conveniência Family Mart no térreo. O hotel também tem ônibus gratuitos que levam até os parques em cerca de 15 minutos e saem diversas vezes por hora, além de ser ponto do Limousine Bus, que te leva até o aeroporto de Narita sem paradas.
A ideia da noite era só descansar da viagem de mais de 800 quilômetros para curtir os parques com energia no dia seguinte, mas o Tokyo Disney Resort oferece ingressos com desconto (chamados After 6 Passport) para quem entra nos parques depois das 18h.
Não pensamos duas vezes: pegamos o ônibus gratuito do hotel e fomos até o Tokyo DisneySea, considerado o melhor parque Disney do mundo. Compramos os ingressos After 6 no guichê de entrada (4.200 yens cada) e curtimos o local até depois do fechamento.
Vou falar mais das visitas aos dois parques na sequência do texto. Este foi um dos momentos da viagem que planejamos com maior cuidado, porque a lotação do complexo pode ser brutal e estragar qualquer visita.
Conseguimos visitar os dois parques numa época tranquila, com poucas atrações em manutenção e filas aceitáveis. O mês de abril é geralmente um bom período, desde que você vá antes do feriadão da Golden Week.
Se você se interessa por parques temáticos e gostaria de conhecer os melhores parques Disney do mundo, continue a leitura. Senão, tudo bem nos abandonar por aqui! Obrigado pela companhia! 🙂
Nota do editor: Que é isso, Diego! Agora é que o pessoal vai prestar mais atenção!
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Dia 18: Tokyo DisneySea
O complexo Disney no Japão foi o primeiro construído fora dos Estados Unidos, ainda nos anos 80 e com apenas um parque, a Tokyo Disneyland, uma cópia do Magic Kingdom com toques da Disneyland de Anaheim, na California.
Em 2001 foi a vez do Tokyo DisneySea, completamente diferente de qualquer outro parque Disney no mundo, de temática marinha e recheado de atrações únicas.
O complexo é composto por esses dois parques e alguns hotéis, além de uma área de compras chamada Ikspiari. Há um monotrilho pago conectando os parques à estação de trem, hotéis oficiais e hotéis parceiros nos arredores. O complexo é servido por trens locais, na estação Maihama.
Curiosamente, a Disney não é dona dos parques de Tóquio: ela apenas licencia suas marcas e personagens, além de emprestar a expertise de seus designers (os Imagineers), para a empresa japonesa Oriental Land Company, que não poupou yens ao ‘encomendar’ os dois parques temáticos aos americanos.
Ambos são um sucesso com os japoneses, mas não muito visitados por turistas estrangeiros (cenário que começa a mudar).
Antes de visitar os parques Disney em Tóquio, saiba que os dois estão entre os 5 parques temáticos mais visitados do mundo.
A lotação em algumas épocas pode ser infernal a ponto do parque impedir a entrada de visitantes mesmo que você tenha comprado ingresso (nessas ocasiões em que o parque atinge a capacidade, apenas hóspedes dos hotéis Disney têm entrada garantida). Sim: pode ser pior do que Orlando em julho ou no Natal.
Planejamento: fuja dos feriados
Para planejar a nossa visita, consultei principalmente o blog TDR Explorer (em inglês). A primeiríssima regra a ser seguida é evitar visitar os parques em finais de semana (de qualquer mês), quando os japoneses lotam o complexo. A segunda é evitar a visita nos períodos de férias escolares ou de feriados locais.
Para saber se a época de sua viagem é uma boa para visitar os parques, consulte este calendário de lotação criado por um fã. Ele é atualizado diariamente com previsões bastante precisas de lotação dos parques.
Está todo em japonês, mas se você utilizar o navegador Google Chrome, ative a função de tradução automática para inglês ou português. É relativamente simples de usar depois disso. Basta selecionar o parque, escolher o dia da sua visita no calendário e observar as cores.
- Se o dia escolhido estiver marcado com as cores amarela, verde, azul ou branca, tudo certo: sua visita deverá ser relativamente tranquila
- Do laranja até o preto, evite a todo custo. Nos dias marcados com vermelho escuro e preto, a entrada no parque poderá estar restrita por conta da lotação
Este calendário oferece apenas previsões, mas elas se mostraram muito acertadas para a nossa visita.
Compramos os ingressos através do site Klook, um revendedor oficial. A compra de ingressos no site oficial do Tokyo Disney Resort é complexa, mas o Klook funcionou perfeitamente.
Basta comprar as entradas ao menos uma semana antes de sua visita — tempo para o site processar a compra e emitir os ingressos.
Escolhemos o passe de dois dias, decidimos quando visitaríamos cada um dos parques e pagamos 118 dólares por cada passe, um pouco a mais do que desembolsaríamos se tivéssemos insistido em comprar pelo site oficial. Pois é: com 118 dólares para visitar dois parques, nos surpreendemos ao descobrir que os ingressos do Tokyo Disney Resort são mais baratos do que os dos parques americanos!
As entradas são enviadas por e-mail, em PDF, ou podem ser baixadas pelo app do Klook. Você pode imprimir ou mostrar no seu celular mesmo. Não deixe para comprar os ingressos nos parques: as filas podem ser terríveis.
Antes da visita, baixei um app chamado ‘Wait Time – Tokyo Disney’, que mostrava a espera em cada uma das atrações dos dois parques em tempo real. Na época, em abril deste ano, a Tokyo Disney ainda não tinha um app oficial com esse serviço.
Não fizemos reservas em nenhum restaurante porque o processo era complexo e todo em japonês. Também dá para fazer a reserva quando se está no parque, mas é preciso chegar cedo a cada restaurante.
Como nossos dias de visita prometiam ser relativamente tranquilos para os padrões japoneses, nos contentamos em esperar alguns minutos por uma mesa nos restaurantes que queríamos visitar, ou simplesmente escolher o restaurante menos cheio na ocasião.
Funcionou bem: comemos onde queríamos sem esperar muito. As opções de comida nos parques são bastante diferentes de Orlando ou Anaheim: aqui reina a culinária do Japão, China e Coreia, com muito kare, carne de porco, arroz e alguns peixes e frutos do mar.
Quando estiver no parque, experimente as pipocas de diversos sabores diferentes, vendidas em todo canto. Vão de kare, shoyo e blueberry a chocolate e camarão com alho.
O Fast Pass das Disneys japonesas
Os dois parques Disney de Tóquio operam com o sistema FastPass antigo — ainda não têm o sistema FastPass+, como os de Orlando. Ou seja: não dá para agendar seus fura-filas com antecedência.
Nas Disneys de Tóquio, ainda é tudo no papel: você vai até as máquinas de FastPass próximas à entrada das atrações, insere seu ingresso (ou celular com o ingresso) para escanear o QR code, e retira o papelzinho que garante a sua entrada num determinado período.
Você pode pegar outro FastPass assim que a janela do seu passe atual começar, ou duas horas depois de ter retirado o último FastPass — o que vier primeiro. O FastPass é fundamental para curtir os parques com tranquilidade, mesmo nos dias menos lotados.
Nos dias mais cheios, os FastPass para as atrações mais disputadas se esgotam até o meio-dia.
Para ver shows, é necessário entrar numa ‘loteria’. Você procura a área em que os ingressos são distribuídos (no DisneySea, à esquerda logo depois de entrar no parque), escolhe o show que quer ver, escaneia seus ingressos nas máquinas e torce para ser escolhido.
Surpreendentemente, os funcionários dos parques não falam muito inglês. Encontramos alguns poucos que eram fluentes . Mas o nível de serviço é altíssimo (muito melhor do que na Califórnia ou na Flórida), e a gentileza e os sorrisos imperam por aqui.
Nossa primeira visita ao Tokyo DisneySea havia sido na noite anterior, quando ficamos no parque entre 18h e 22h e conseguimos andar em todas as atrações principais sem usar FastPass.
Curtimos a Journey to the Center of the Earth, Tower of Terror, Indiana Jones Adventure, e ainda vimos o show noturno Fantasmic!. Vou falar de cada uma delas a seguir e contar como foi nosso dia inteiro no parque.
Um dia na DisneySea
É importante chegar cedo, pelo menos 30 minutos antes do parque abrir. No nosso caso, chegamos às 8h30 no Tokyo DisneySea.
Os japoneses fazem fila para aguardar a abertura do parque e correr para suas atrações principais. O DisneySea é menos visitado que a Disneyland de Tóquio, e tem perfil um pouco mais adulto, com menos personagens espalhados pelo parque.
Muitos jovens vão para lá depois do trabalho, às vezes em encontros românticos. Na nossa visita, pegamos uma chuva leve, que não chegou a atrapalhar. Na verdade, em dias de clima ruim, o público do parque diminui — sorte a nossa.
No DisneySea o símbolo máximo não é o castelo da Cinderela, mas um vulcão chamado Mount Prometheus, que ‘explode’ frequentemente, com fogo de verdade, e abriga a atração Journey to the Center of the Earth.
O DisneySea é considerado o melhor parque Disney do mundo por fãs, que vêem nele o ápice da criatividade dos Imagineers, e a afirmação não nos pareceu exagerada.
Há um nível de detalhes absurdo em todas os ‘portos’ (como as áreas temáticas são chamadas) e atrações: de um transatlântico gigante ancorado na área do American Waterfront (que mimetiza regiões portuárias de Nova York e Cape Cod) à área dedicada a Indiana Jones que simula uma selva sul-americana, chamada Lost River Delta.
O Mount Prometheus, visível de qualquer canto do parque, fica dentro da área de Mysterious Island, toda inspirada nas histórias de Julio Verne.
Há ainda a área retrofuturista Port Discovery, a Arabian Coast (que simula uma cidade portuária árabe, com atrações de Aladdin e Sindbad), a Mermaid Lagoon (toda dedicada à Pequena Sereia, com muitos brinquedos infantis indoor) e o Mediterranean Harbor, inspirado em Veneza, com canais, gôndolas e arquitetura europeia.
O Mediterranean Harbor fica localizado na entrada do DisneySea, construído ao redor da lagoa principal do parque. É aqui que você vai encontrar a área de loteria de ingressos para os shows. Repare que há um hotel luxuosíssimo no local chamado MiraCosta — os hóspedes têm acesso direto ao parque, sem filas.
No Mediterranean Harbor acontece o show noturno Fantasmic!, similar aos encontrados na Disneyland californiana e em Orlando, mas com ‘participação especial’ do vulcão Mount Prometheus.
Para este show não é necessário ingresso, porque ele acontece ao ar livre. Mas se quiser um bom lugar para observar todos os detalhes, apareça cedo.
Os japoneses guardam lugares para shows e paradas com uma antecedência que chega a duas horas — eles usam tapetinhos coloridos para civilizadamente reservar seu espaço (sempre com alguém junto).
Nesta área ‘europeia’ você também pode passear nas gôndolas venezianas (não testamos) e entrar na atração Fortress Explorations, um forte gigantesco cheio de salas repletas de experimentos científicos e um navio pirata que pode ser explorado por dentro. É imperdível.
À esquerda do Mediterranean Harbor, no American Waterfront, o destaque é a Tower of Terror (tem FastPass), de mecânica similar à encontrada em Paris e Anaheim, mas com uma história completamente diferente das outras Towers.
Aqui, somos enfeitiçados por uma estátua que foi saqueada por um milionário excêntrico. Lá também fica o disputadíssimo Toy Story Mania! (tem Fastpass), igual ao do Disney’s Hollywood Studios de Orlando.
As filas para esta atração são as recordistas do parque (batem facilmente as três horas): é para cá que os japoneses correm quando o DisneySea abre.
Nós fomos para a fila do Toy Story Mania! quando faltavam apenas 5 minutos para o parque fechar, na noite anterior, e conseguimos entrar no brinquedo depois de apenas 20 minutos de espera. Se não quiser gastar um Fastpass com ele, use essa tática.
No American Waterfront fica também o navio SS Columbia, que contém restaurantes em seu interior. Almoçamos aqui, no SS Columbia Dining Room, depois de uma espera de 15 minutos.
Dentro do navio fica também a atração Turtle Talk with Crush, em que as crianças podem ‘conversar’ com a tartaruga de Procurando Nemo. Mas todos os diálogos estão em japonês.
É possível subir ao convés do transatlântico, de onde se tem uma vista linda do parque. Nesta área acontece ainda o espetacular Big Band Beat, um show de jazz completo, mais voltado para adultos, em que os personagens Disney fazem participações discretas.
Tentamos a loteria para esse show e conseguimos numa das sessões noturnas.
Foi no American Waterfront que também encontramos os snacks mais famosos dos parques Disney em Tóquio, os doces dos aliens de Toy Story (mochi recheados de baunilha, morango e chocolate). O cuidado com os detalhes e a imersão fica bem claro nesta área do parque.
A região retrofuturista do Port Discovery guarda duas atrações interessantes. Uma é a Aquatopia, em que barcos navegam sem direção certa, quase como em carrinhos bate-bate.
A outra é um simulador gigantesco tematizado com os personagens de Procurando Nemo, chamado Nemo & Friends SeaRider (tem FastPass). Também há simpáticos bondinhos elevados que ligam a região ao American Waterfront.
No fundo do parque, depois do Port Discovery, ficam as atrações inspiradas em Indiana Jones, na área chamada Lost River Delta (uma selva sul-americana cortada por um rio).
A principal delas é a Indiana Jones Adventure: Temple of the Crystal Skull (tem FastPass), similar à existente na Disneyland da California, mas com outra história envolvendo o personagem.
Você entra em jipes e anda por dentro do gigantesco templo da caveira de cristal, passando a toda velocidade por pontes suspensas, explosões e, claro, cobras. É uma das rides mais espetaculares do parque.
Repare como a pirâmide maia, na entrada da atração, não é um cenário sem função: ele abriga boa parte da fila, e está inteiramente tematizada. Do lado da Indiana Jones Adventure fica a Raging Spirits (tem Fastpass), uma montanha-russa compacta, com loop, que está entre as atrações mais disputadas do DisneySea.
É similar à montanha-russa de Indiana Jones encontrada na Disneyland Paris (mas melhor tematizada). Nesta área também é possível pegar barcos que te levam até a área do Mediterranean Harbor.
Do lado direito do Lost River Delta fica a Arabian Coast, que recria um porto árabe. A principal atração aqui é a Sindbad’s Storybook Voyage, um passeio de barco que reconta a história das sete viagens de Simbad, com trilha do compositor Alan Menken (de A Pequena Sereia e outros clássicos Disney).
Foi a atração mais surpreendente do parque para nós: esperávamos algo meio irritante como a clássica ride It’s a Small World, do Magic Kingdom, mas saímos encantados com os detalhes, a música e a narrativa.
Também há um carrossel de dois andares, além do Jasmine’s Flying Carpets (similar ao Dumbo, da Disneyland, mas com tapetes voadores da personagem de Aladdin) e o Magic Lamp Theatre, um filme/show 3D com o gênio de Aladdin (inteiramente em japonês).
Próximo dali fica a Mermaid Lagoon, com temática de A Pequena Sereia e um pequeno castelo (o palácio do Rei Tritão). É a área com as atrações mais infantis do parque, a maioria delas indoor. Aqui fica também o King Triton’s Concert, um show musical com bonecos.
Andamos rapidamente pela área e não experimentamos nenhuma atração, mas crianças pequenas adoram este pedaço do DisneySea.
Deixei por último a área mais impressionante do parque: a Mysterious Island, endereço do vulcão Mount Prometheus, localizada no centro do Tokyo DisneySea.
Aqui o tema são as histórias clássicas de Julio Verne. Dentro do vulcão fica a Journey to the Center of the Earth (tem FastPass), considerada por muitos a melhor atração já criada pela Disney.
Depois de pegar um ‘elevador’ que te leva às profundezas, você embarca em carrinhos que andam pelo centro da Terra e disparam para fora do vulcão Mount Prometheus quando encontram um monstro de lava.
A tecnologia desta atração é similar à do Test Track, do EPCOT, e do Radiator Springs Racers, do Disney California Adventure. É um brinquedo de adrenalina que, ao mesmo tempo, consegue contar uma história com muitos detalhes e efeitos especiais.
As filas costumam ser grandes, então reserve seu FastPass ou faça desta a sua primeira atração do dia. É única no mundo. Nesta área há ainda o 20.000 Leagues Under the Sea (tem FastPass), uma viagem submarina pela história famosa de Verne.
Não se deixe enganar pela baixa procura: é outra ride espetacular, entre as melhores do parque, ainda que bem mais sossegada que a Journey to the Center of the Earth.
Na hora de planejar sua visita, vale priorizar os FastPass das seguintes atrações, nesta ordem: Journey to the Center of the Earth, Tower of Terror, Indiana Jones Adventure, Nemo & Friends SeaRider, Toy Story Mania (se você não tiver visitado na Flórida ou na California) e Raging Spirits.
A 20.000 Leagues Under the Sea tem FastPass, mas as filas geralmente são pequenas. Sindbad’s Storybook Voyage é outra atração que tem filas tranquilas, mesmo sendo uma das melhores do parque.
A pior fila que enfrentamos no DisneySea foi para a Journey to the Center of the Earth quando estávamos sem Fastpass: esperamos 40 minutos para entrar na atração.
Em dias mais cheios, a espera aqui pode chegar facilmente a 3 horas. Nosso dia completo visitando o DisneySea terminou depois das 22h, quando andamos nesta atração pela quinta e última vez (sim, você vai querer repetir).
No geral, considero o DisneySea o melhor parque temático que já visitei. A comida em geral é boa: além dos quitutes orientais, mas você também encontrará algumas delícias ocidentais por todas as lanchonetes e restaurantes.
Os funcionários estão entre os mais gentis e atenciosos que já vi, mesmo quando não falam muito inglês. E claro: o nível de detalhe das atrações e a imersão proporcionada por seus “portos” são inigualáveis.
Há uma expansão prometida para 2022, que vai adicionar ao parque um novo porto inspirado nos filmes Frozen, Enrolados e Peter Pan. Se quiser visitar apenas um parque temático em sua viagem ao Japão, escolha este.
Dia 19: Tokyo Disneyland
No nosso último dia de viagem, chegamos à Tokyo Disneyland quando estava prestes a abrir, às 8h da manhã. Ao sairmos do ônibus do hotel, avistamos as filas de visitantes que aguardavam a abertura do parque — significativamente maiores que as do DisneySea.
Fazia sol depois de dois dias de chuviscos, e o parque começava naquela semana as comemorações de seus 35 anos. Havia uma nova parada estreando, e isso atraiu um público maior ao parque.
Mesmo assim, por estarmos numa época sem feriados escolares, conseguimos visitar todas as atrações que queríamos enfrentando filas razoáveis.
O Tokyo Disneyland é praticamente uma reprodução do Magic Kingdom e da Disneyland. A Oriental Land Company não queria um parque com ‘toques japoneses’: eles pediram aos Imagineers uma cópia fiel dos parques americanos.
O castelo símbolo do parque é da Cinderela, igual ao de Orlando. Há áreas temáticas comuns a todos esses parques, como a Tomorrowland, a Adventureland e a Fantasyland.
A maioria das atrações vistas aqui são encontradas também em Orlando e na Califórnia. Mas o parque se destaca pelo alto nível de serviço prestado: as atrações têm manutenção impecável, os funcionários estão entre os mais gentis que já vimos e a comida costuma ser boa.
Além disso, há algumas atrações encontradas apenas aqui, e as paradas da Tokyo Disneyland são consideradas as melhores dos parques Disney pelo mundo.
Ao entrar, não há uma Main Street USA, mas uma grande área chamada World Bazaar, coberta como as ruas comerciais que vimos em Hiroshima e Kyoto, mas bem mais espaçosa, reproduzindo arquitetura americana nas fachadas das lojas.
À frente do World Bazaar fica o castelo da Cinderela, idêntico ao de Orlando. Aqui ele abriga uma atração chamada Cinderella’s Fairy Tale Hall.
Você anda pelos aposentos do castelo, onde há obras que reproduzem cenas do conto de fadas, e uma sala guarda o sapatinho de cristal e um trono em que as crianças podem se sentar para tirar fotos.
À direita do World Bazaar fica a Tomorrowland, a área futurista do parque. Entre as atrações daqui estão o simulador Star Tours (tem Fastpass), idêntico aos da Florida e California, mas com todos os diálogos em japonês.
A clássica montanha-russa coberta Space Moutain (tem Fastpass) também tem uma versão aqui — desatualizada quando comparada às dos parques americanos (ela não tem trilha sonora), mas muito similar em adrenalina e chacoalhões.
Uma das atrações mais procuradas do parque fica na Tomorrowland: é a Monsters, Inc. Ride & Go Seek (tem Fastpass), uma ótima mistura de ride e game em que os visitantes embarcam em carrinhos e ganham lanternas, com as quais tentam ‘focar’ os monstros escondidos pelo cenário.
É uma das atrações que só existem na Tokyo Disneyland. Os Fastpasses para ela costumam esgotar cedo, e as filas são grandes. Priorize esta atração assim que chegar ao parque — para pegar os Fastpass ou encarar a fila, se ela não estiver já com suas duas horas habituais.
Na Tomorrowland fica ainda o Buzz Lightyear’s Astro Blasters (tem Fastpass), que também mistura game e ride e é igual às atrações de Buzz Lightyear existentes em Paris, Shanghai, Orlando e Anaheim. Pulamos esta porque já conhecíamos duas versões dela.
Na Fantasyland, a área dos contos de fada e animações clássicas, há muitas atrações encontradas em praticamente todos os parques Disney pelo mundo, como Dumbo the Flying Elephant, Snow White’s Adventures, Alice’s Tea Party e Peter Pan’s Flight (o campeão das filas desta região — esperamos por 45 minutos).
A versão japonesa da clássica It’s a Small World (tem Fastpass) foi recentemente reinaugurada — estávamos lá na primeira semana de funcionamento depois de um ano com a atração fechada, e as filas estavam grandes, com quase uma hora.
Curiosamente, a Haunted Mansion (tem Fastpass) fica localizada nesta área do parque — e é tão divertida quanto as outras versões encontradas pelo mundo.
A atração da Fantasyland exclusiva da Tokyo Disneyland é a Pooh’s Hunny Hunt (tem FastPass), em que você sobe a bordo de potes de mel que se movimentam sem trilhos dentro de cenários que recontam as aventuras do ursinho Pooh.
É uma ride com muitos efeitos especiais, e considerada revolucionária por seu sistema trackless (sem trilhos). Durante nossa visita ela estava em manutenção, mas costuma ser das mais procuradas da Tokyo Disneyland. O filme/show 3D Mickey’s PhillarMagic também tnuma versão aqui, mas toda em japonês.
Atrás da Fantasyland fica a Toontown, uma área que só existe aqui e na Disneyland californiana. Ela simula uma vila de desenho animado, com atrações mais infantis, como a pequena montanha-russa Gadget’s Go Coaster, o barco do Pato Donald, a casa da Minnie e a casa na árvore de Tico e Teco (personagens adorados pelos japoneses).
Mas a atração mais legal daqui, a única que nós visitamos, foi a Roger Rabbit’s Car Toon Spin, uma ride psicodélica em que você pode girar o seu carrinho enquanto ele se movimenta pelos cenários coloridos do filme de Roger Rabbit.
Do lado da Fantasyland fica a área de Critter Country, que guarda apenas uma atração: a versão japonesa da famosa e sempre molhada Splash Mountain (tem Fastpass).
Dizem que esta é a melhor Splash Mountain entre as três existentes no mundo (há duas encontradas na Califórnia e Flórida). No dia da nossa visita — o primeiro de sol e calor em muito tempo — as filas bateram em mais de duas horas. Usamos um Fastpass aqui.
Foi na região da entrada para a Splash Mountain que nos posicionamos para ver duas paradas no parque.
Algumas pessoas guardavam lugar há mais de duas horas para ver a nova parada chamada Dreaming Up!, criada em comemoração aos 35 anos do parque, mas mesmo chegando em cima da hora conseguimos ver sem problemas (os japoneses se sentam no chão para ver os desfiles – nós ficamos mais no fundo, de pé, sem ninguém na nossa frente).
A Dreaming Up! impressiona pelo tamanho e quantidade dos carros. Um deles, imitando Londres, tem Peter Pan e Wendy voando presos a cabos.
À noite, assistimos à parada elétrica Dreamlights, como as que existiam no Magic Kingdom e na Disneyland, em que os carros e personagens são cobertos por luzes coloridas. É bastante impressionante, mesmo que você não curta muito atrações do tipo.
Na Westernland, a versão japonesa da Frontierland (de temática do velho oeste), está a montanha-russa Big Thunder Mountain Railroad (tem Fastpass), muito similar às duas versões americanas (mas sem alguns efeitos especiais).
As filas estavam grandes, passando de uma hora e meia, então também usamos Fastpass — o fura-fila só foi se esgotar depois das 20h30 na nossa visita.
Outras atrações da região são o Country Bear Theater (show de música com animatrônicos), o Mark Twain Riverboat (que faz um passeio gostoso pelo ‘rio’ desta área temática) e a ilha de Tom Sawyer, playground também existente nos parques americanos.
Na Adventureland, vizinha à Westernland, está o Pirates of the Caribbean, que no Japão está longe de ser tão popular quanto em Orlando, Anaheim ou Paris.
Achei esta versão ligeiramente melhor que a que havia visitado na Disneyland Paris — está mais atualizada, com todos os bonecos animatrônicos e efeitos funcionando.
A versão local do passeio de barco Jungle Cruise é considerada a melhor das existentes ao redor do mundo — aqui, o barco chega a passar por dentro de uma caverna cheia de efeitos especiais. Mas a ‘narração’ do capitão é toda em japonês, o que te faz perder os trocadilhos e piadas que fazem a fama desta atração nos parques americanos.
Nesta área do parque fica também a Western River Railroad, o passeio de maria-fumaça que, na Califórnia e na Flórida, te deixa em outras áreas do parque.
Na Tokyo Disneyland, o trem não tem essas paradas em outras áreas — ele dá a volta na área da Adventureland, passando próximo a atrações como Splash Mountain, e retorna à plataforma de embarque e desembarque.
Se o trem tivesse paradas, como nos outros parques, a Disney seria obrigada a cobrar ingressos para a atração — coisas da lei ferroviária japonesa.
Para organizar seus Fastpasses, priorize as atrações Monster’s Inc Ride & Go Seek e Pooh’s Hunny Hunt. Além de serem disputadíssimas, com os FastPasses se esgotando muitas vezes antes do meio-dia, são brinquedos que você só verá em Tóquio.
Além desses, se tiver tempo, tente FastPass para a Splash Mountain, a Space Mountain e a Big Thunder Mountain Railroad. As piores filas do parque estavam localizadas nessas atrações.
Os meet & greet com os personagens costumam ter filas grandes. Alguns deles, como o urso Duffy e seus amigos, só são encontrados nos parques Disney da Ásia.
A espera para tirar foto invariavelmente ultrapassa uma hora. Como não nos interessamos muito por isso, pulamos todos os meet & greet (nos dois parques).
A visita à Tokyo Disneyland não deve surpreender muito quem já conhece o Magic Kingdom ou a Disneyland na Califórnia. Como eu disse, se você só quer visitar um parque em Tóquio, vá ao DisneySea, único no mundo.
Mas as suas atrações exclusivas, a qualidade dos serviços e as comidas diferentes (não deixe de experimentar as pipocas e os doces) valem a visita. Se você gosta das paradas, as daqui são consideradas as melhores do mundo.
Venha preparado para enfrentar as filas mesmo em dias tranquilos. A organização e a educação japonesas amenizam a espera, mas em períodos de férias ou feriados a lotação é brutal.
Há novas atrações em construção no parque, que devem ser inauguradas em 2020. Uma delas é uma ride de A Bela e a Fera, que também será a única do mundo. A outra, uma atração inspirada na animação Operação Big Hero.
Encerramos nosso dia na Tokyo Disneyland às 22h, jantando num dos restaurantes do World Bazaar (aberto até o último minuto de funcionamento do parque). Pegamos o ônibus gratuito de volta para o nosso hotel e arrumamos as malas.
Dia 20: Tchau, Japão!
No último dia de viagem, às 10h, pegamos um Limousine Bus no nosso hotel mesmo. A passagem até o aeroporto de Narita custou 1.800 yens, e a viagem levou pouco mais de uma hora.
Nas quatro horas que passamos em Narita, tivemos tempo de almoçar, comprar algumas lembranças de última hora e, importantíssimo, devolver o wifi portátil que havíamos alugado no começo da viagem.
Só colocamos o roteador e seus acessórios dentro do envelope fornecido pela empresa, fechamos e jogamos dentro da caixa de correspondências dos correios do aeroporto. Prático assim.
Leia sobre wifi portátil no Japão aqui.
Também tivemos tempo de devolver nosso cartão SUICA na mesma máquina em que o compramos, no primeiro dia da viagem. Pegamos parte do dinheiro de volta e ali mesmo, onde nosso tour se iniciou, a saudade começou a bater.
Nossos 20 dias no país se transformaram na viagem mais inesquecível que fizemos – lembramos dela o tempo todo, e fazemos planejamentos mentais de quando voltaremos e do que faremos nessa segunda visita.
Espero que este guia te ajude a conhecer e a se apaixonar pelo Japão como nós nos apaixonamos!
Bravíssimo, Diego! Em nome dos leitores do Viaje na Viagem, domo arigatô! [Ricardo Freire]
- Introdução: 10 dicas práticas
- Parte 1: Tóquio
- Parte 2: Takayama e montanhas
- Parte 3: Kyoto e Nara
- Parte 4: Hiroshima, Himeji e Disneys
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26 comentários
Relato riquissimo, adorei, muito detalhado, anotei tudo!!!! obrigada!
Amei o seu relato!! Vou aproveitar cada dica em nossa viagem ao Japão em janeiro de 2024! Muito obrigada por compartilhar!!
SENSACIONAL!! Viajei em todos os seus relatos. Parabéns por ajudar outros viajantes…
Muito obrigado. Clareou meu planejamento para esta viagem inesquecível.
Muito obrigada pelo seu relato tão absolutamente detalhado, Diego.