Primeira viagem a Bariloche: roteiro de 4, 5 ou mais dias
Colaboraram | Ricardo Freire e Mariana Amaral
Bienvenido, bienvenida. San Carlos de Bariloche é a capital brasileira do inverno. Nas agências de passeios, restaurantes e lojas, o português é a primeira língua falada pelos funcionários — pelo menos no meio do ano. Por que amamos Bariloche? Porque é um perfeito vilarejo alpino, à beira-lago e ao pé de montanhas nevadas, com direito a arquitetura suíça, chocolate e fondue.
Passado o inverno, porém, Bariloche volta a ser território argentino. Pasme: a alta temporada dos hermanos é o verão, quando fazem trekking nas montanhas verdes, praticam esportes náuticos nos lagos e percorrerem estradas vicinais de paisagens deslumbrantes, como a Rota dos 7 Lagos e o Paso Córdoba.
Veja como aproveitar sua primeira viagem a Bariloche no inverno e por que vale a pena voltar nas outras estações.
Quando tem neve em Bariloche?
A temporada oficial de inverno vai da última semana de junho ao fim de setembro. Nem sempre, porém, a neve chega junto com os turistas. Quanto mais para o fim de julho você programar sua viagem, mais chances terá de aproveitar a neve. Agosto é normalmente o mês de neve mais garantida.
Que moeda levar para Bariloche?
Se você prefere viajar com dinheiro vivo, leve dólares para Bariloche. No inverno de 2017, a cotação para dólares em Bariloche estava parelha com a de Buenos Aires.
Reais têm cotação desvantajosa. Se quiser levar reais, passe um dia de semana em Buenos Aires para trocar nas corretoras da Calle Sarmiento (veja aqui).
Em Bariloche, troque na Andina Cambio (Mitre 102), pertinho do Centro Cívico. Não há casa de câmbio no aeroporto de Bariloche, apenas caixa eletrônico.
Conexão em Buenos Aires: pegadinhas
Os únicos vôos diretos entre o Brasil e Bariloche acontecem em julho e agosto, quando a Latam e a Azul fazem vôos regulares.
A rota mais comum é via Buenos Aires. Note que Buenos Aires tem dois aeroportos: Aeroparque, central, e Ezeiza, a 50 minutos do centro. A maioria dos vôos para Bariloche sai do Aeroparque.
Caso você compre uma passagem com chegada em Buenos Aires por Ezeiza e saída pelo Aeroparque, o trajeto entre os dois aeroportos corre por sua conta. Nesse caso, você vai precisar de pelo menos três horas de intervalo entre um vôo e outro (1 hora para a imigração, 1 hora para o traslado de táxi, 1 horas para novo check-in. Veja como se deslocar entre aeroportos em Buenos Aires.
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Do aeroporto de Bariloche ao hotel
No balcão da agência de remis (carro com motorista) Auto-Jet a corrida privativa até o centro sai por 350 pesos. A empresa também oferece transporte compartilhado a 150 pesos por pessoa. Preços de julho/2017.
O ônibus da linha 72 tem tarifa de 21,34 pesos (julho/2017) e vai do aeroporto ao centro, mas são poucos os horários por dia (consulte no site da MiBus) e é preciso já chegar em Bariloche com um cartão de transportes SUBE carregado.
No aeroporto também há ponto de táxi. As corridas são pelo taxímetro. Até o centro, sem trânsito, espere pagar 300 pesos (julho/2017).
Taxistas e remises aceitarão reais ou dólares (a cotação não vai ser boa, mas o gasto é pequeno, não vai fazer diferença no seu orçamento).
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Hospedagem: no Centro ou à beira-lago?
Bariloche tem uma estrutura hoteleira bem diversificada. São inúmeros tipos de acomodação: de hotéis de luxo aos mais básicos, além de cabañas, albergues e campings.
A dúvida que persiste: hospedar-se no Centro, com todos os restaurantes e lojinhas na porta do seu hotel, ou na avenida Bustillo, a estrada que leva para o Cerro Catedral e para o Parque Nacional Nahuel Huapi?
Hospedando-se no Centro, você terá restaurantes, agências e lojas por perto. Mas precisará de cuidado extra para selecionar seu hotel, já que a hotelaria por lá é mais antiga. No inverno, o centro é tomado por adolescentes em viagens de formatura, que voltam tarde da balada, fazendo barulho.
Os hotéis mais novos, de melhor estrutura (piscina térmica, spa…) ficam em sua maioria na avenida Bustillo. Muitas cabañas também estão nesta área. O inconveniente de se hospedar na estrada é depender de transporte para o centro (táxi, remis — carro com motorista com corrida acertada previamente — ou ônibus).
A exemplo de Buenos Aires, porém, as corridas são baratas (pense no equivalente a 5 dólares entre um hotel no km 5 da Bustillo e o centro). Existem também restaurantes nesta área (mas você também vai precisar de táxi ou remis para ir a eles). É fácil descobrir a localização do seu hotel ou cabaña na estrada: a quilometragem do endereço indica a distância exata até o centro.
Conheça 20 hotéis no Centro, na av. Bustillo e em Villa La Angostura comentados pelo Viaje na Viagem.
É só escolher
Transporte em Bariloche: táxi, remis, ônibus, carro alugado, trânsfer
Em Bariloche dois tipos de transporte são muito comuns entre os turistas: os trânsfers compartilhados oferecidos pelas agências locais e os remises, que são um tipo de táxi com preço fechado e sem taxímetro.
Caso você contrate os passeios com uma agência de receptivo, você não precisará se preocupar com o transporte: os trânsfers estão incluídos no valor do tour. Um ônibus (ou van) faz a ronda dos hotéis, apanha e deixa todos os passageiros no horário combinado.
Neste caso, você só vai depender dos remises ou táxis quando quiser se deslocar entre o seu hotel na estrada e um restaurante no centro (ou entre um hotel no centro e um restaurante na estrada).
Táxis (no taxímetro) e remises (com preço combinado) são excelentes para pequenos deslocamentos e, a partir de dois passageiros, já saem mais barato que o trânsfer compartilhado para as atrações.
Para usar os ônibus, é preciso comprar um cartão SUBE e carregar com quantos pesos forem necessários para o total de viagens que você pretende fazer.
Esse cartão é vendido em alguns kioskos do centro da cidade. Muitas das principais atrações de Bariloche são servidas por linhas de transporte público, mas os ônibus passam em poucos horários (e viajam bem cheios). Lembre-se que esperar ônibus ao relento no inverno não é lá muito agradável.
Alugar um carro é uma opção para quem quer evitar o pinga-pinga de hotel em hotel dos tours, ou não gosta de negociar corridas de remis. Mas é uma opção melhor no verão, quando não há gelo na estrada e é possível percorrer estradas vicinais panorâmicas.
É bom lembrar que a belíssima Rota dos 7 Lagos, entre Villa La Angostura e San Martín de los Andes, já está totalmente asfaltada desde 2015.
Veja mais detalhes dos transportes, incluindo preços de 2017, aqui.
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Onde alugar roupas e equipamentos de neve?
As calles Mitre e San Martín concentram as lojas de aluguel de roupas. Os preços (e a qualidade do estoque) variam de uma loja para outra; vale a pena comparar.
O aluguel pode ser diário ou semanal. A Patagonia Showroom (Palacios, 151) é a loja de aluguel de roupas mais bacana da cidade, mas há diversas outras na rua Mitre e suas transversais.
Já equipamento de esqui e snowboard deve ser alugado diretamente na estação de esqui (porque você pode trocar se descobrir que precisa de um número diferente). Também é possível alugar roupa nas estações (mas é melhor alugar roupas na cidade).
Bariloche: roteiro de passeios
A página O que fazer em Bariloche do nosso Guia de Bariloche foi reformulada e traz roteiros completos de 4 dias e também de 6 dias para fazer no inverno e no verão.
Você vai encontrar a descrição de todos os passeios, como fazer para comprar ingresso e preços de 2017.
Clique para ir direto ao tópico:
- Roteiros dia a dia no inverno
- Roteiros dia a dia no verão
- Bariloche no inverno: atração por atração
- Bariloche: as atrações abertas o ano inteiro
- Bariloche: as atrações de primavera, verão e outono
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Restaurantes em Bariloche
Em Bariloche, os bifes de chorizo e ojos de bife ganham a companhia de carnes de caça e peixes de rio nos menus. As massas têm molhos fortes, para acompanhar o frio. E que tal uma cerveja artesanal produzida localmente? As de Bariloche são ótimas.
Para ver nossas indicações de resturantes, no Centro e arredores, veja a página Onde comer em Bariloche do nosso Guia de Bariloche.
Uma curiosidade para antes ou depois do jantar é o bar de gelo IceBariloche — que foi o primeiro da América do Sul.
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Compras em Bariloche
As lojas que mais chamam a atenção do turista ficam espalhadas pela calle Mitre, no centro de Bariloche. São diversas lojas de roupas de inverno, sapatos, aluguel de equipamentos, chocolates patagônicos e souvenirs.
Note que o símbolo $ não significa dólares, mas pesos argentinos. (Dólares são expressos com “US$”.)
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Cruce Andino para o Chile
É possível viajar entre Bariloche, na Argentina, e Puerto Varas, no Chile, por via lacustre. O passeio Cruce andino dura o dia inteiro e leva você pelos lagos Nahuel Huapi, Blest, Frías e Todos los Santos, com dois pequenos trechos terrestres. No verão, a parada na ilha de Peulla serve para o almoço; no inverno, é necessário pernoitar num dos dois hotéis da ilha e prosseguir viagem no dia seguinte.
A viagem entre as duas cidades também pode ser feita de ônibus (são 5 horas de viagem), o que é ideal para retornar. No inverno, se você quiser evitar o pernoite em Peulla, pode fazer o passeio do Lago Blest no lado argentino, ir de ônibus para Puerto Varas e fazer o passeio pelo lago Todos los Santos no lado chileno.
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772 comentários
Olá, estou tentando comprar pelo site as passagens de Bariloche até Buenos aires de Onibus pela ViaBariloche, mas o site é mt ruim, as vezes funciona, as vezes não. Alguém sabe se é mt arriscado deixar para comprar as passagens qnd eu chegar lá? Vou sair de bariloche no dia 21/12. Ou é melhor tentar comprar daqui mesmo?
obrigado
Olá, André! Sempre é mais garantido comprar daqui. Mas comprando lá na véspera ou na antevéspera você deve achar alguma coisa.
Eu e meu esposo pretendemos ir a Bariloche pela primeira vez neste proximo ano … quero programar a viagem … seria melhor escolher o verao ou o inverno?
Olá, Kenia! Para neve, vá em agosto. Para atividades lacustres e caminhadas, vá no verão.
Olá, vou a Buenos Aires em Abril e gostaria de ir a Bariloche, só que um voo saindo de BA custa em media 1400, muito caro.
procurei por onibus apesar de ser 20/22 hras
+ em 2010/2011 custava em media 180/200 reais
to caçando aqui e vi na via Bariloche que so a ida e 776 pesos cerca de 388 reias só ida? To pensando seriamente se estico ate Bariloche ou so fico em BA, porque esse preço ta muito saalgado :/:~/
Olá, Eric! Você viu certo. Note que a cotação oficial do real está em 2,25 pesos.
Olá, gostaria se saber se e possível ir de bariloche a sao Paulo de milhas independente da conexão em Buenos Aires e quantas milhas sao necessárias ?
Olá, Caue! Sem parar em Buenos Aires (ou seja: fazendo apenas conexão imediata), são necessárias 15 mil milhas pela TAM. A disponibilidade não é garantida porque o vôo é Lan.
Eu vou pra Bariloche praticametne todos os anos desde 2003. Já fui em todas as épocas do ano, e esse ano, vou no Natal, curtir o verão. Vou sempre com meus filhos. Tem muitas dicas no Blog, uma delas é essa aqui.
https://atravessarfronteiras.blogspot.com.br/2009/06/onde-meu-coracao-esta.html
Adriana
Feito pra mim este post! Vou pra Bariloche pela primeira vez dia 13/11, 5 noites no Hotel Cacique Ynacayal, depois faço o Cruce e fico 3 noites em Puerto Varas no Hotel Bellavista. Anotei todas as dicas deste e dos outros posts, já lidos e relidos com muito prazer!!Não vejo a hora de embarcar.
Obrigadíssima, conto tudo na volta.
Já estive em Bariloche duas vezes, ambas no verão. A vista do Cerro Campanario é realmente espetacular. Comemos muitíssimo bem no La Parrilla de Tony.
O rafting no Rio Limay é ótimo, consegui arrastar minha mulher para esse passeio com aventura na nossa lua-de-mel.
Não tenho a menor vontade de voltar lá no inverno. Esportes de inverno não me atraem nem um pouco.
Só complementando meu comentário,
nas vezes em que estive na cidade sempre aluguei um carro. Andei de ônibus e táxi também. Mas acho o carro um melhor custo x benefício!
Boa tarde, Natalie.
você escreveu:
“Para conseguir utilizar o transporte público, é preciso comprar um cartão que custa 15 pesos e carregá-lo com quantos pesos forem necessários para o total de viagens que você pretende fazer”
Não sei se isso é válido para TODOS os ônibus da cidade. As 2 vezes em que estive lá peguei ônibus que corre toda a Av. Bustillo e paguei em dinheiro mesmo, direto para o motorista porque não há cobrador.
Ele entrega um ticket de papel com o valor pago. E só.
O valor a pagar é cobrado de acordo com a distância a ser percorrida.
Abs!
Olá, Erika! Quando você esteve pela última vez? A Natalie foi em agosto.
Oi bóia, obrigada pelo rápido feedback!
então, fomos em julho, mas não sei afirmar de qual empresa era o ônibus (atualmente em Bari acho que são 2 empresas que tem onibus que correm a cidade, a 3 de mayo e Codao, se não me engano, e não me recordo de qual das 2 era o onibus que pegamos..)
De qualquer forma, dessa ultima vez realmente vimos uma maquina para leitura de cartão, o que não vimos das outras vezes, mas não nos exigiram o cartão e pagamos em cash mesmo. Também não sei dizer se o motorista viu que éramos turistas e deixou por isso mesmo.
obrigada mais uma vez pela rápida resposta!
Abs !
Olá!
Estive em Baroliche há 10 dias e no ônibus que fazia o trajeto Av Bustillo – Centro era necessário ter cartão. Por sorte nas duas vezes que pegamos o ônibus dois moradores se ofereceram para passar o cartão por nós e nós lhes entregamos o valor das passagens.
Abraços e boa sorte!
Oi Fernanda!
Poxa acho que dei sorte então! 🙂
mas vamos combinar que cartão é bem melhor mesmo, tipo bilhete único aqui de SP!
abs!
Estive em Bariloche no verão e me encantei com a paisagem da região. Achei a vista do Cerro Campanario deslumbrante, uma das mais bonitas que já vi em toda minha vida! O passeio para o Cerro Tronador e Cascada los Alerces também foi ótimo. Só dei azar de chegar ao Cerro Tronador com muita chuva e sem chances de fazer alguma trilha! 🙁 Também recomendo o passeio de barco que visita a Isla Victoria e o Bosque de Arrayanes.
A gastronomia de Bariloche é um capítulo a parte. Gostei de todos os restaurantes que experimentei. E além da comida ser muito boa, o preço era bem em conta! Melhor custo/benefício!
Além de Bariloche, aproveitei para esticar a viagem até San Martín de los Andes (fiz o trajeto de ida pela Rota dos Sete Lagos e a volta pelo Paso Córdoba). A cidade é super agradável. De lá ainda fui conhecer Parque Lanín. Achei tudo muito lindo! Da próxima vez pretendo voltar a região no inverno para conferir as estações de esqui. 🙂