Punta Cana + Bayahibe + Santo Domingo, testado por leitores

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Inspirados no post Punta Cana, Bayahibe e Santo Domingo na mesma viagem, dois leitores seguiram as dicas do Viaje na Viagem e aproveitaram para visitar, em modo desempacotado, outras regiões na República Dominicana além de Punta Cana.

A gente fica feliz de ter dado tudo certo 😀 .

A viagem do Sydney:

Olá a todos. Segue um relato que pode ajudar na organização de uma viagem independente à República Dominicana , sem utilizar os serviços práticos, mas quase sempre caros, das agências de viagem. Apesar de alguns desconfortos causados pela falta de boa infraestrutura urbana e turística na Republica Dominucana, pudemos conhecer melhor o povo, cultura e culinária local, o que é praticamente impossível quando se fica hospedado nos resorts, em locais de circulação exclusiva dos hóspedes.

Foi uma viagem de 17 dias, com pouca chuva e nenhum furacão, visitando Santo Domingo e praias de Juan Dolio, Bayahibe e Punta Cana. A parte aérea foi com milhagem Smiles (chegada em Punta Cana) e a terrestre foi organizada por nós mesmos, com reservas pelo site Hotels Combined que pesquisa preços de hotéis oferecidos na internet. Também seguimos as dicas do Viaje na Viagem para a escolha do resort em Punta Cana e outras pinçadas em vários relatos.

Como pretendíamos deixar o filé mignon/Punta Cana para o final e o vôo da Gol chega de noite, decidimos pernoitar num hotel simples em Punta Cana e no dia seguinte pegamos um ônibus do Expreso Bávaro para Santo Domingo numa rodoviária bem próxima da praia El Cortecito, onde ficamos. Pagamos US$ 30 de táxi do aeroporto para o hotel e mais US$ 12 até a rodoviária. A passagem de ônibus custou a bagatela de US$ 11 cada. A viagem foi tranqüila e levou cerca de 4 horas até a capital. Na chegada, percebemos o que seria uma constante nos passeios (exceto nos resorts): o assédio de vendedores, artistas e taxistas oferecendo os mais diversos produtos e serviços. É preciso ter bastante paciência e procurar levar tudo no bom humor, porque os dominicanos são muito simpáticos, mas bastante insistentes.

Programamos 3 dias em Santo Domingo, o que se mostrou demasiado. A Ciudad Colonial, para quem já visitou outros locais históricos, é pequena e nos pareceu receber pouca atenção do governo. Em resumo, vale apenas uma visita rápida, para quem tem interesse cultural/histórico, pois não há praias na cidade. Já do lado gastronômico, provamos pratos simples, alguns à base do nosso tradicional arroz com feijão, temperados com ótimos papos sobre a vida no país, comida, política e esportes (lá a preferência nacional é pelo beisebol, mas muitos são fãs de nossa seleção de futebol e infelizmente do futebol argentino/melhor do mundo Messi). Ah, na mesa não faltava a cerveja local Presidente e o rum, é claro!

Não fomos aos shoppings locais, localizados nas regiões mais nobres da cidade, mas bisbilhotamos o comércio do centro da cidade, quase todo formado por lojas populares, sem grande interesse para os brasileiros. A exemplo de Salvador, existe em Santo Domingo um Mercado Modelo, que vende artesanato local e que visitamos rapidamente. Lá o assédio é forte e desestimula quem quer comprar com calma. Várias lojas oferecem lindas peças em âmbar, porém a maior dificuldade é confirmar se são autênticas, pois nos alertaram sobre muitas falsificações perfeitas. A dica é comprar no Museu do Âmbar, na Ciudad Colonial.

Em Santo Domingo visitamos algumas agências de viagem para pesquisar preços de pacotes a regiões do país como Samaná e Puerto Plata, mas, talvez por ser baixa temporada, eram poucas as opções. Outra idéia foi alugar um carro, mas descartamos rapidamente quando vimos que o dominicano é muito indisciplinado no trânsito e a sinalização é precária. Em nossa opinião, a liberdade de ter um carro para se deslocar não valia o risco de acontecer algum contratempo.

Assim, para evitar grandes deslocamentos, decidimos seguir via Litoral no caminho de volta para Punta Cana e fizemos duas paradas de 3 dias cada: em Juan Dolio, na região de Boca Chica, em Bayahibe e em La Romana.

A primeira é uma praia normal, dentro do padrão da República Dominicana, mas foi bom para começar a entrar no clima caribenho, dos resorts all inclusive. Lá ficamos no Barceló Capella Beach, hotel correto, sem grandes mordomias, mas que surpreendeu pelos ótimos shows noturnos e a organização inesperada e muito agradável de um jantar à beira das piscinas num clima gostoso e fora dos padrões robotizados dos resorts.

A parada seguinte foi em Bayahibe e o impacto da beleza da praia de Dominicus, onde ficam os hotéis. Optamos pelo Gran Catalonia, que se mostrou uma escolha acertada. Sem luxos, mas com serviços eficientes e bom conjunto aquático. Bayahibe tem um centrinho legal pra passear, tomar sorvete e onde existem várias agências que organizam passeios pelas ilhas Saona e Catalina e no Parque del Este. Existem desde tours tradicionais à Isla Saona, como a ida por lancha rápida e volta de catamarã com direito a parada para mergulho em piscina natural, almoço, bebidas e a um show típico, como também são oferecidos passeios especializados que exploram mais detalhadamente a região e fogem dos circuitos normais. Optamos apenas pelo passeio tradicional e pagamos quase a metade do preço que seria cobrado em nosso hotel: US$ 40, ao invés de US$ 70, por pessoa. Os nossos companheiros de passeio, todos vindos de hotéis de Punta Cana, pagaram cerca de US$ 100, pelo tour. O lado triste de Bayahibe/Dominicus é que a praia está sendo engolida pelo mar e a faixa de areia fica cada vez mais estreita. É claro que o aumento do nível dos oceanos é um problema mundial, mas percebemos isso também em Juan Dolio e mesmo em Punta Cana.

Aí chegou a hora mais esperada: a ida para Punta Cana. Até aquele momento, nossos deslocamentos entre as cidades foram em ônibus ou “guaguas”, uma espécie de lotação de pequena capacidade e que são muito utilizadas pois suprem a falta de transporte público. Os preços são inacreditavelmente baixos, o conforto é mínimo, mas fazer esses rápidos trajetos nos permitiu um contato bem próximo (literalmente) com os dominicanos. Curtimos essas pequenas viagens, repletas de momentos divertidos (para nós), como uma imersão nos costumes do povo de lá. Todos, sem exceção, são simpáticos e querem sempre ajudar, dando dicas sobre o que fazer, onde ir e indicando os melhores caminhos, ou seja, o tipo de ajuda que todo turista precisa.

Ir de Bayahibe a Punta Cana de transporte público é possível, mas exige tempo e disposição para percorrer 3 ou 4 trechos, em veículos sem horários definidos e com pouco espaço para quem carrega bagagem. Assim, optamos por um táxi diretamente do hotel, desembolsando US$ 100. Embora já existisse uma tabela definida na recepção do hotel, assim que o táxi chegou confirmamos o valor com o taxista, que insistiu em cobrar 10% a mais. Após uma rápida conversa e com a nossa ameaça amigável de desistir da corrida, ele concordou em manter o preço oficial.

A estrada não é boa, principalmente próximo à cidade de Higüey, o trânsito bem caótico e sem qualquer fiscalização. Nesse momento, sentimos como foi certa a decisão de não locar um carro. Os motoristas, em geral, dirigem perigosamente e no limite. Poucos usam cinto de segurança ou capacete, no caso das motos. Mais uma hora e meia depois já estávamos em Punta Cana, no Grand Palladium Bávaro. Essa última etapa da viagem foi feita apenas para curtir o resort e a praia. A entrada do complexo impressiona pela grandiosidade: são quatro hotéis, um dos quais (Punta Cana) está com setores em reforma. Os demais são o Bávaro, onde ficamos, o Palace e o mais luxuoso de todos, o Royal. Encontramos pouquíssimos brasileiros hospedados ali, mas muitos espanhóis, russos, alemães e americanos. Entre os pontos positivos do complexo, podemos citar:

* A possibilidade de freqüentar as dependências de todos os resorts, incluindo as áreas de lazer, bares e restaurantes, com exceção do Royal;

* A não-exigência de reserva para os restaurantes a la carte. Aliás, a comida, a exemplo dos dois outros resorts onde nos hospedamos, teve altos e baixos. Muita variedade, mas nem sempre acompanhada do mesmo nível de qualidade.

* O completíssimo centro esportivo e spa

* A qualidade do quarto, amplo, com banheira de hidromassagem e dependências separadas de lavabo, ducha e sanitário. Como nos demais resorts, a TV era de tela comum.

O atendimento a nossas solicitações não seguiu o mesmo padrão de qualidade no atendimento do resto do hotel. O reabastecimento do frigobar, pedido por nós, foi atendido quase imediatamente, enquanto a troca de uma lâmpada queimada demorou dois dias. Outro item negativo foi a falta de água no complexo em duas ocasiões, o que gerou algum transtorno. No entorno do hotel, há áreas de comércio simples, com lan house/posto telefônico, lojas de artesanato e pequenos mercados, com preços bem melhores dos que os praticados pelo hotel.

Arriscamos uma curtíssima ida ao shopping Palma Real, bem decepcionante pela pequena variedade de produtos e preços pouco convidativos. Também fizemos passeios a pé pelas praias vizinhas. No trecho em que fica o Grand Palladium as ondas são relativamente fortes. Já a que o Ricardo Freire chama de “verdadeira Bávaro” tem águas tranqüilas e é ideal para crianças, passeios de caiaque e outros esportes náuticos. Sem avaliar a qualidade dos resorts nessa praia, em nossa avaliação o visual e as condições da praia foram as mais agradáveis que visitamos. Como o voo de volta ao Brasil era à noite, optamos por pagar um adicional de US$ 35, e esticamos a estadia até as 16h. Foi ótimo, pois pudemos aproveitar praticamente todo o dia, descansando para a dura volta à realidade.

É isso! Espero que esse relato possa ajudar aos futuros viajantes que pretendam ir um pouco além de Punta Cana.

Gracias, Sydney!

A viagem da Luciana:

Fiz uma viagem de 8 dias pra República Dominicana e como tive alguma dificuldade pra encontrar informações, vou fazer um breve relato sobre a experiência. O mais interessante é ler o relato do Sidney e ver que estamos alinhados em muitas coisas.

Saída do Rio dia 13/11 as 2:50am, em direção a Santo Domingo pela Copa Airlines, com escala de uma hora no Panamá. Cheguei em Santo Domingo às 11:15 (fuso de 2h a menos) e assim que desembarquei tive que pagar uma taxa de USD 10 pelo visto, só para pegar um cartãozinho e entregar 10 metros depois. Alguns países como Argentina, Japão e China não pagam o visto, então se alguém tiver um desses passaportes aproveite!

Reservei um transfer pela Interhabit para me levar ao hotel em Bayahibe – que é o Caribe dominicano – o Catalonia Gran Dominicus, um all inclusive que também reservei pela internet. O transfer custa USD35 por pessoa, com mínimo de 2 pax ou USD70. Saí do aeroporto e estavam me esperando lá com uma van. A viagem levou 1h30 e o motorista Juan foi muito simpático! Me explicou tudo ao longo do caminho, das vilas que passamos, do rio Chavón e os filmes que foram gravados, da cultura dominicana, da paixao por beisebol e até comprou cana de açúcar inteira com os vendedores do sinal pra eu provar. Descobri que os motoristas dominicanos adoram buzinar.

A diária do hotel custou USD98 para uma pessoa. No check-in o quarto ainda não estava pronto mas deixaram eu me trocar e guardar a mala e ficar já usufruindo do hotel. Ele tem um buffet principal que funciona no café, almoço e jantar; dois restaurantes na praia pra petiscos, saladas e crepes; uma pizzaria/massa para almoço e jantar e três restaurantes temáticos: um italiano, um mexicano e um steak house. Como fiquei por 4 noites ganhei um ticket pra cada um e sem dúvida o melhor foi o steak house. A comida por lá foi um pequeno problema e olha que eu não sou nem um pouco fresca. Era tudo muito gorduroso e no café da manhã era meio difícil encontrar alguma coisa que desse vontade de comer. O hotel tem wi-fi grátis até nos quartos e tem programação com a equipe de animação para o dia inteiro: vôlei, salsa, bingo, step, hidroginástica. Como o público é na maioria italianos, franceses e alemães, tem uma equipe de animação dedicada só para eles, então acabei me aproximando mais dos dominicanos que eram super gente boa. Toda noite tinha um showzinho da própria equipe de animação, salsa e/ou karaoke e depois todos iam pra boate, mas eu sinceramente não fazia muita questão dessa parte. A bebida é liberada e a cerveja é Presidente que eu achei bem gostosa. Já os destilados eram meio estranhos, não arrisquei muito.

O dia por lá se resumia em fazer as atividades do hotel vendo aquele mar maravilhoso e também era possível caminhar pela orla inteira, passando pela frente do Be Live Canoa (achei a praia mais bonita), Iberostar Dominicus, Viva Palace e Viva Beach. O Dreams fica isolado e o Gran Bahia de lá fica totalmente afastado, no meio do nada. Um dia fui até a vila de Bayahibe, cruzando pelo Viva Palace. Tem muito restaurante italiano e o assédio incomoda as turistas do sexo feminino também. Aproveitei pra reservar o passeio à Ilha Saona + Catalinita que no hotel estava por USD 120 (em Punta Cana depois descobri que era USD 140). Paguei USD90 pela Seavis que estava super bem cotada no Trip Advisor. Tem o passeio da Ilha Catalina com Altos do Chavón, mas não consegui conciliar com meu calendário, ele sai por USD 90 no hotel e na rua eu não cheguei a ver.

O passeio a Saona valeu muito a pena. Fomos de van do hotel até a entrada do Parque Nacional del Este que demora uns 15 minutos, pegamos os equipamentos, recebemos a orientação e comecamos a jornada: passamos por um manguezal, um ninho de pássaros, andamos pela Catalinita, fizemos snorkel em alto mar onde dizem que aparece arraia e até tubarão mas infelizmente eles não deram o ar da graça pra gente e depois ficamos em Catuano, que é uma praia da Ilha Saona, onde almoçamos e também fizemos snorkel. Na volta paramos na Piscina para ver estrelas do mar e acabar com a bebida liberada que tinha no barco. Saimos de manhã do hotel as 8h30 e voltamos depois das 18h. O guia se chamava Carlos, um espanhol show de bola.

No dia 17/11 fiz o check out do hotel e começou a jornada rumo a Punta Cana: aí que estava o mistério. Não tinha achado nenhuma informação sólida nos sites. O táxi do hotel saia USD 120 mas achei um roubo e optei por utilizar o terrível transporte público dominicano que se chama guagua. Primeira guagua era uma van hotel-Bayahibe, foi de graça trajeto de uns 10 minutos no máximo, segunda guagua, outra van, Bayahibe-La Romana, USD 1, uns 20 minutos numa van que cabia 12 pessoas e tinha 18, incluindo minha mala e de outra pessoa e mais um cachorro na sua casinha, terceira guagua um ônibus de viagem chamado Expresso de La Romana-Higüey, bem tranqüilo por USD 2, quarta e última guagua um microônibus da linha Sitrahima por USD 3 (que veio tocando música religiosa o tempo inteiro) que me deixou na porta do hotel. Ou seja, ao inves de 120$ gastei USD 6. Trajeto total de 2h30, uma hora a mais que o táxi, mas foi bem interessante pra realmente entrar em contato com o povo dominicano, que é realmente simpático, atencioso e quando você diz que é brasileiro eles conversam sem parar, e ver a realidade deles e não ficar restrito aos mega hotéis que são um mundinho totalmente a parte.

Em Punta Cana, fiquei no Gran Bahia Príncipe Bávaro que reservei pela internet por 3 noites, pagando a diária por pessoa num valor de USD 139 numa categoria upgrade chamada Hacienda Club. Não senti tantas vantagens assim. O check-in/check-out é separado, mas nos horários que fiz estava tudo tranqüilo então não fez muita diferença. É liberado 15 minutos de internet no computador deles por dia, mas como tem wi-fi liberado isso só é necessário pra quem não tem um aparelho pra acessar, o quarto aparentemente é maior, com uma hidromassagem e frigobar que dizem ser mais recheado que o normal, não tem cartão pra toalha da piscina e se ganha 1 reserva a mais nos restaurantes a la carte. Eu fiquei 3 noites então só teria direito a uma mas consegui duas reservas . Por semana, se tem direito a 3, com o Hacienda 4, mas é bem ruim conseguir a reserva pra qualquer um. O hotel é monstruoso porque inclui mais três da mesma rede sendo o Punta Cana mesma categoria e o Âmbar e o Esmeralda mais top e me falaram que a capacidade total é pra 7 mil pessoas, mas em nenhum momento o serviço é prejudicado por isso. Achei o buffet principal bom, principalmente no café da manhã e no jantar até melhor que os dois a la carte que fui, o Las Ollas, um buffet na praia que se diz uma churrascaria mas é bem caído e o Maiko que é um teppanyaki. Pelo o que conversei com outros hóspedes, os demais a la carte que eles tinham ido também não era nada demais. No almoço tem dois restaurantes na praia e na piscina e mais o buffezão. Ao longo do dia, mesmo esquema do hotel de Bayahibe, com atividades esportivas, dança, gincanas. A diferença do Catalonia é que todos os funcionários eram muito mais educados e simpáticos e acabavam ficando realmente próximos dos hóspedes. O Gran Bahia Príncipe Bávaro por ser gigantesco é muito impessoal e os funcionários em vários momentos acabam sendo grossos ou mal educados. O público é majoritariamente formado por russos, americanos, canadenses, ingleses e também uns dominicanos, o resultado dessa mistura é um público mais zoneiro e sem educação do que em Bayahibe. Muitos fumantes e muito topless rolando, mas não se animem porque era na maioria senhoras que não estavam com tudo tão em cima assim.

Punta Cana fica do lado do Atlântico, então achei o mar é bem mais sem graça do que o de Bayahibe, aquela cor que estou acostumada com as praias aqui do Rio, agitado (em todos os dias que eu estava la apesar de ter lido que há trechos ou dias em que fica mais tranqüilo) e em alguns pontos lotado de algas. Sinceramente, não sei porque está sendo um destino tão pop por aqui, as praias do Nordeste na minha opiniao dão de mil a zero! E olha que eu andei aquela orla inteira de 13km pra ver se em algum lugar realmente a praia fazia jus a fama que tem, e não obtive sucesso. Nessa caminhada não deu pra ver muito a diferença dos hotéis, só que alguns estavam bem mais vazios e não contavam com tanta sombra na praia quanto o Gran Bahia Príncipe Bávaro.

As bebidas eram bem duvidosas: a cerveja do quarto era Brahma mas o chopp dos bares não tinha marca. Quando dava, optava por tudo que tivesse champagne, que era até gostosinho. Toda noite tinha show que era bem mais produzido que o do Catalonia, inclusive o do Circo, e às quintas-feiras, achei bem legal. Depois disso, o povo ia pro Pueblo Príncipe, uma área com um palquinho e mesas ao ar livre, onde também tinha um Casino bem trash só pros viciados que não conseguem ficar longe do jogo, um sports bar legal com karaoke e uma boate de música latina que estava lotada de dominicanos, dançando como não estamos acostumados.

No dia 20/11, fiz o check-out e fui pra Santo Domingo: peguei um táxi do hotel até a parada do Expresso Bavaro (USD 12) e de lá o ônibus me custou USD 11. Esse ônibus sai às 7h, 10h, 14h e 16h e as passagens são vendidas com uma hora de antecedência. Cheguei lá as 13h10 e comprei uma das últimas. A viagem foi bem tranqüila, sem fundo musical e durou 3h40. A pousada que reservei ficava na Zona Colonial, aí o motorista me deixou debaixo de um viaduto que eu não sei o nome e de lá peguei um táxi que saiu por USD 10 pra um trecho bem curto. Esse percurso, com táxi do hotel, também sairia por USD 120 e pra mim custou USD33. Cheguei no Hostal Nomadas que estava super bem cotado no TripAdvisor e todos foram extremamente simpáticos. Dei uma volta pela cidade e como era domingo, estava rolando um show de salsa na rua do hostal, estava lotado e foi bem legal. Na volta pro hostal que começaram os problemas: o quarto tinha TV mas não funcionava, o ar condicionado parecia um helicóptero e a janela era muito pequena, então ele tinha que ficar ligado pra não morrer derretida, eu, com meus 1,75m, tinha que ficar curvada pra caber no chuveiro e a água quente sumiu depois de uns 5 minutos de banho. Pesadelo total! E eu não faço questão de luxo. Pelo menos a cama era boa e com o meu tapa ouvido consegui dormir mesmo com a barulheira. Na saída, apesar do meu relato de todos os problemas, eles falaram que eu dei azar e o preço se manteve nos USD 35 que eu tinha acordado. Apesar da boa localização, recomendo que fujam desse lugar e procurem outro lugar pra ficar. Passei na frente da Doña Elvira, que deve custar mais ou menos o mesmo preço e me pareceu ser beeeeem melhor.

No último dia, dei uma volta pela Zona Colonial, que é bem bonitinha e vale a pena conhecer. Pra mim quatro horas foram mais do que suficientes pra rodar aquilo tudo. Apesar do assédio de vendedores, taxistas e homens comuns também, ao verem uma mulher andando na rua sozinha, não me senti insegura em momento nenhum. Peguei um táxi do hostal pro aeroporto e saiu por USD 30. Dessa vez tinha feito o web check-in da Copa e isso me polpou muito tempo. As filas são gigantescas e com o check-in feito, você tem preferência no atendimento e fura ela toda. Estava achando a Copa bem boazinha pra viajar, apesar do aperto das poltronas, comum a maioria das cias aereas, até que no desembarque no Rio, eu e mais uns 60 passageiros ficamos sem nossas malas que, segundo eles prometeram, seriam entregues no dia seguinte. Esse problema deve ser comum porque eu ouvi uma mulher que tinha ficado sem a mala na volta, falando que na ida a mala dela também não chegou no mesmo voo, e no nosso voo tinha malas sem dono, que provavelmente eram de passageiros que sairam de mãos abanando outros dias.

Obrigada, Luciana!

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26 comentários

Olá Pessoal,

Gostaria de saber se vocês usaram algum transporte público/ônibus para se deslocar entre Dominicus e Bayahibe. Se sim, qual a companhia que opera e qual seria o valor das passagens? Não consigo encontrar informações na internet.

Desde já obrigada pelo retorno.

Oi,Bóia! Vcs tem algum feedback sobre a Arajet? Não me preocupa tanto a tarifa low cost mas sim saber se é segura, confiável e pontual…agradeço qualquer info nesse sentido, abraço

    Olá, Mirna! Não temos, infelizmente. (É um bom sinal, porém. Problemas aparecem rapidinho online.)

vale a pena ir sozinha? e onde ficar sem ser esses resorts e sem muita criança

    Olá, Patricia! Muita coisa mudou em Punta Cana desde nossa última visita, hoje já há flats e tal, mas não acredito que seja uma opção bacana. O destino está todo montado em função dos resorts.

Boa Tarde!
Estamos programando em família uma viagem para Punta cana e temos alguns surfistas na turma. Eles gostariam de ir até Cabaret ficar alguns dias, dividindo com punta cana. Verifiquei que fica a mais de 500 km de punta cana.
Alguém conhece e sabe nos dizer se vale a pena, e mais se vale alugar um carro para ir até lá. Obrigada!

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