Parador Casa da Montanha

Aparados da Serra: a experiência da Miriam na tenda do Parador Casa da Montanha

Parador Casa da Montanha

A Miriam aproveitou um fim de semana prolongado para conhecer Aparados da Serra, e decidiu dar à viagem uma dosezinha de aventura. Fez reserva no Parador Casa da Montanha, em Cambará do Sul, onde se dorme em ‘barracas térmicas’; algumas têm banheiro no quarto, outras não. Quer saber como foi essa empreitada? Vai pela Miriam:

Texto e fotos | Miriam K

Usando milhas pegamos um voo de Congonhas para Porto Alegre. Lá alugamos um carro básico 1.0 para irmos em direção aos Aparados da Serra, que ficam a cerca de 200 km da capital do Rio Grande do Sul.

No caminho paramos em Gramado para almoçar no restaurante do Hotel Ritta Höppner, cujos pratos têm uma linda apresentação e o ambiente é elegante e formal.

Hotel Parador Casa da Montanha

Barraca luxo

Em Cambará do Sul, ficamos no Hotel Parador Casa da Montanha, que se define como um camping com conforto. Ficamos numa barraca luxo, que é uma barraca térmica que possui somente uma cama e um vaso sanitário com uma minúscula pia. Mal tem espaço para abrir uma mala. Os banhos são tomados na Casa de Banho, que são ambientes fora da barraca e que servem a todas elas. Dizem que foram inspirados nos lodges africanos.

Posso dizer que foi muuuito diferente e que é um pouco estranho tomar banho e ter que enfrentar um frio de agosto no sul do país até chegar no quarto. Acredito que a aceitação não é unânime, tanto que estão construindo mais unidades convencionais do tipo chalés, o que parece fazer mais sentido pois pode ser muito frio no inverno.

[Nota da edição: o Ricardo Freire ficou ano passado numa acomodação intermediária, a ‘barraca suíte’, que têm base de chalé e cobertura de tenda, com banheiro privativo — mas está devendo o relato!]

O café da manhã é caprichado e há opção de almoço e jantar a um preço fixo. Havia sempre uma sugestão com salada, prato principal e sobremesa, com a possibilidade de pedir uma massa ou frango para quem não gostasse da sugestão do dia.

Parador Casa da Montanha

Vista do Parador Casa da Montanha

O ambiente comum é muito aconchegante, com lareira sempre acesa e um visual deslumbrante da sala envidraçada, com direito a rio passando na frente do hotel e gralhas azuis fazendo companhia. À tarde servem um chá com waffles, biscoitos e geleias.

O gerente do hotel é dono de uma empresa de ecoturismo, a Coiote Adventure, que dá assistência aos hóspedes.

Cânion Fortaleza

Cânion Fortaleza

No primeiro dia fizemos o passeio ao Cânion Fortaleza, que fica a uns 23 km do centro da cidade e a uns 35 km do hotel. A estrada é de terra e pedregulhos e pode ter atoleiros quando chove. Depois de estacionarmos o carro, fizemos uma caminhada razoável por uma mata de araucárias até chegarmos mais perto da beira do cânion, de onde se tem uma visão espetacular até Torres, no litoral. Desse lugar também avistamos as cachoeiras, que podem variar em número e volume de água dependendo da época. Podíamos ver três delas. No fundo do cânion há um rio que pode ser explorado junto com as cachoeiras no verão.

À tardinha desse dia fizemos um passeio de quadriciclo de cerca de 2 horas pelas redondezas, mas diria que o barulho e o cheiro do combustível não combinam com a natureza.

Gralhas azuis e o Cânion do Itaimbezinho

No dia seguinte fomos ao Cânion do Itaimbezinho que fica a uns 16 km do hotel. Neste caso há uma taxa a pagar por pessoa e por carro, e o preço para brasileiros é a metade do preço para estrangeiros. Há duas trilhas que podem ser percorridas, a Trilha do Cotovelo e a Trilha do Vértice. Tem uma parte que é acessível para pessoas com necessidades especiais. Aqui as condições do tempo são super importantes, porque se as nuvens estiverem baixas não vemos nem a copa das árvores, fica parecendo filme de terror, mas o cenário pode mudar de uma hora para outra. Dentro do cânion há o Rio do Boi, cuja trilha pode ser explorada no verão.

relato leitor viaje na viagem
As viagens do leitor


Cambará do Sul

A cidade de Cambará do Sul é pequena e ainda tem charmosas casas de madeira. Há diversas agências de turismo que levam aos passeios, mas o comércio não é muito forte, com uma ou outra lojinha de souvenires. Em um dos dias paramos para almoçar no Restaurante O Casarão (Rua João Francisco Ritter 969, tel. 54/3251-1711), que tem um ambiente aconchegante e comida farta, mas tem que tirar uma sonequinha depois. No outro dia fomos a outro restaurante recomendado, o Bolicho Guabiroba (Estrada RS-427 km 6, tel. 51/9955-1599). Não sei se era porque não tinha quase ninguém, mas foi uma decepção. Quase tudo parecia requentado, e por causa do dia gelado e chuvoso, a comida já chegava quase fria à mesa. A ideia seria servir a comida caseira do dia com menu fixo, tipo Madalosso em Curitiba, mas acho que não vale a pena ir na baixa temporada.

Resumindo, para quem está em São Paulo pode ser um bom programa para um fim de semana prolongado!

Obrigado pelo relato, Miriam!

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27 comentários

Amigos, muito obrigado pelas Dicas. Paola, Caroline e Rafael.
Caroline vou entrar no link para pegar mais dicas.
Grande abraço à todos e boa Viagem !!!!

Se for no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, não perde o Wine Garden. É dentro da Vinícola Miolo. À tarde, eles deixam pronto como se fosse aqueles pique-niques em praças e parques da europa (porque aqui no Brasil é impossível fazer isso nesses lugares) e tem garçon que serve espumantes, vinhos, petiscos. Muito bom pra dar uma boa relaxada.

Olá, estive na região Sul em maio de 2015 para comemorar meu aniversário de casamento. Saímos de carro de Porto Alegre e fomos para Cambará, São Francisco de Paula e Vale dos Vinhedos. Foi uma semana em que percorremos vários locais de muitos encantos e belezas num roteiro todo pensando para um momento romântico como esse.

Um dos nossos hotéis foi o Parador Casa da Montanha e adoramos a noite que passamos por lá, difícil ter outra opinião de um lugar em que somo tão bem recebidos e mimados. O fato de ser diferente de qualquer outra hospedagem que já ficamos ao longo dos anos foi fundamental para sua escolha e no fim foi uma grata surpresa.

Fiz um relato bem completo de tudo o que fizemos nessa semana que passamos por lá, falei dos hotéis, restaurantes, passeios, está bem completo. Coloco o link aqui (https://conversascommamuska.tumblr.com/post/133927459720/por-onde-andei-rio-grande-do-sul-post-%C3%ADndice) porque espero que possa ser útil para alguém dessa imensa comunidade que é o Viaje na Viagem. Acho que é a minha forma de agradecer por todos os anos que usei o blog e usufrui de dicas, comentários e relatos que foram essenciais para traçar os roteiros das viagens que fizemos por diversos cantos dentro e fora do país.

Meu muito obrigado e até…

Boa Guilherme !!
Lages foi uma opção para quebrar um pouco o tempo dentro do carro. A esticada de Curitiba direto para o Vale dos vinhedos, pra mim, seria muito longa. Como não domino a região, achei melhor dar uma parada colocar acoluna no lugar e esticar as pernas.Tentei muito uma pousada bacana no Rosa mas, não consegui nada com bom custo beneficio e com vagas. Tudo lotado. Obrigado pelas dicas. Abraço

Estive na Região de Gramado, Bento Gonçalves etc em Setembro com minha mulher em Setembro de 2015. Fiquei muito surpreso positivamente com a estrutura , serviço e opções da região que voltarei na segunda quinzena de janeiro com mulher e filho de 19 anos. A coisa que mais adoro é pesquisar viagens e montar roteiros. Depois de muita pesquisa montei esse roteiro – o que acham ? Serão 16 dias de Carro a partir de SP(já reservei todos os hotéis exceto Curitiba e Lages) – Curitiba 2 noites – Lages 1 noite – Bento Gonçalves(Vale dos Vinhedos) 3 noites – Gramado 3 noites – Cambará do Sul 03 noites – Bom Jardim da Serra( Para descer a Serra do Rio do Rastro) – Praia de Jurerê 04 noites – São Francisco do Sul 01 noite SP . E ainda faltou muita coisa bacana como Urubici etc. Qualquer dica de estrada etc será bem vinda. Abraço a todos e obrigado. Eduardo Nogueira

    Olá, Eduardo! Vamos compartlhar sua pergunta no Perguntódromo. Havendo resposta, aparecerá aqui.

    Oi , Eduardo
    Como vc disse que ja reservou os hoteis, não sei se alguma sugestão minha lhe será util. Mas, enfim , como ja viajei algumas vezes para esta região ai vai:
    1- Pularia Lages, iria direto de Curitiba para o Vale dos Vinhedos;
    2- Cambará eu adoro, mas 2 noites apenas já seria suficiente;
    3- Fiquei hospedado em Sao Joaquim, ao inves de Bom Jardim da Serra: é mais perto e daria para conhecer Urubici, e voltar pra pegar a Serra do Rio do Rastro, no mesmo dia;
    4- As 2 noites que vc ganhou, não ficando em Lages e 1 a menos em Cambará, eu sugiro voce passar na Praia do Rosa, 60 kms antes de Floripa.
    Boa viagem!

    Eduardo, vamos todos os anos para o sul. A primeira parada obrigatória é em Lages, na Fazenda Boqueirão. Hotel fazenda rústico, excelente comida campeira. A diária é completa, chegamos para o almoço, e saímos na manhã seguinte. Dê uma olhada no site, pode ser uma boa parada!

    Oi Eduardo! Como boa gaúcha que vai para SC em todos os verões, acredito que tenham praias mais interessantes em Floripa e região do que Jurerê, onde é tudo caríssimo e lotado, o trânsito é um inferno.
    Gosto muito da Guarda do Embaú, que fica entre o Rosa e Floripa (+-30 – 40 min de Floripa, em trânsito normal). A cidade é mais calma e a praia é linda. Daí dá pra fazer um bate-volta pra Floripa um dia.
    Outra opção é Garopaba e Gamboa.
    Mais ao norte de SC gosto muito de Bombinhas, mas faz anos que não vou então não sei como sendo está no verão.
    Realmente, essa época de Janeiro que vocês virão é bem alta temporada, então talvez não seja fácil encontrar hotel.
    Estando em Gramado sugiro fortemente o restaurante Galangal, que fica em Canela e tem uma culinária oriental maravilhosa e com preço acessível. Não percam!
    Abs

Em julho do ano passado ficamos 4 dias noParador e confesso q foi uma experiência acima do esperado. Estávamos em expedição off road pelos canyons e ficamos em uma barraca tipo chalé. Grande, tipo quarto de hotel, banheiro com água super quente, e pode parecer exótico, mas adoramos: uma banheira de hidromassagem na varanda!! Zero grau lá fora e vc tomando um vinho, vendo o pôr do sol, batendo papo dentro de uma banheira quentinha!! Confesso q fiquei com receio de ficar nas barracas convencionais sem banheiro.
Próximo ao hotel tem um dica imperdível!! Um sítio chamado Sabores da Querência, eles fazem as melhores geleias q comi na vida!! Physalis, frutas vermelhas, tangerina…gengibre com mel. Pouquíssimo açúcar e muito sabor.

Ric, o comentário dele e sua observação me lembrou uma questão de quem partilha o mar… nas pequenas baias de Angra dos Reis por exemplo, quem possui uma lancha chega rápido ao destino, aproveita um pouco e volta correndo para casa para fazer almoço (queimando combustível e com o barulho do motor). Já quem vai passear em um veleiro, segue mais devagar, aproveitando o silêncio e o vento. Chega depois, mas curte cada pedacinho da natureza. Se estiver muito bom ele dorme ali mesmo com o barulho das ondas (prepara sua comida numa cozinha apertada e qualquer refeição é memorável diante da vista), a noite ele vê a via láctea inteira e acorda naquele pedacinho de paraíso para dar um mergulho. Já estive no Parador, concordo que a região ainda tem muito a se fazer (isso para mim é elogio), e se estamos indo até lá é para ver os Canions, os rios e as cachoeiras, isso é que é realmente importante. No mar, nós seríamos os velejadores.

Sinceramente, vá passar o dia visitando os canyons Itaimbezinho e Fortaleza, fazendo um bate-volta a partir de Gramado ou Canela. A região ainda é muito incipiente no turismo, te atendem mal e cobram caro… O Parador, então, uma fortuna por barracas e banheiro compartilhado? Difícil não ter aquele sentimento de “está faltando muita coisa neste lugar”….

    Xará, ficar na região tem várias vantagens. A primeira, não precisar pegar duas horas de estrada para ir e duas para voltar no mesmo dia. A segunda, ter mais controle sobre a variação de tempo: quem passa uma ou duas noites pode monitorar a neblina e ir aos cânions na certa. O Parador é caro, mas oferece uma experiência única — a Miriam vai lembrar da noite em que dormiu numa barraca térmica o resto da vida, enquanto a noite numa pousada genérica em Gramado provavelmente não seria memorável. Eu fiquei, pagando do meu bolso e sem me anunciar, na barraca suíte, com banheiro; é ainda mais cara que a barraca da Miriam. Mas adorei a experência, e pagaria de novo. O hotel é um charme, tem uma localização magnífica com vista para o rio e o vale, e a falta do que fazer à noite na região induz a um descanso merecido depois de um dia de caminhada.

Já estivemos na região, e realmente é um passeio espetacular. Em Cambará do Sul, não deixem de comprar o mel local. É puríssimo e delicioso. Acho que apiário Cambara, direto do produtor.

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