Nova York: um pulinho na Chinatown de Flushing
Faz muito tempo que ouço falar de Flushing, um bairro em Queens que é frequentemente descrito como a Chinatown mais próspera de Nova York. É um lugar bastante indicado por repórteres descoladinhos e críticos gastronômicos para experimentar comida chinesa autêntica e limpinha.
Eu já tinha feito até uma charada da 6a. sobre o lugar, mas nunca tinha ido. Então nesta passagem por Nova York resolvi programar um pulinho lá para preencher o quesito passeio exótico da vez. Vem comigo?
Chegar é bico. Você desce na megaestaçãozona de Times Square e pega a linha 7. Ao chegar à plataforma, pode ser que você encontre dois trens prontos para partir.
Saiba a diferença: o trem que tem o círculo verde é local e pára em todas as estações (tempo de viagem total: pouco mais 40 minutos); o trem com o losango vermelho é expresso, e passa batido por várias pelo caminho (tempo de viagem: pouco menos de 30 minutos).
Na volta, porém, é possível que só haja trens locais (os expressos só partem de manhã cedo).
O público do trem é composto basicamente por imigrantes de uns 142 países diferentes. Não é por acaso que a linha 7 do metrô tem o apelido “International Express”. Cada parada deixa você numa comunidade diferente.
Você vai descer no fim da linha. Emergindo do metrô você vai dar num cruzamento que poderia estar em Taipé. (A grande colônia local é de Taiwan.) Procure a Prince St., que é a paralela de trás da Main St. Essa é a rua dos bons restaurantes de Flushing.
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Pesquisei na New York Magazine e peguei carona num dos “critic’s picks”, o Spicy & Tasty (infelizmente fechou em 2018). Escolhi esse por ser especializado na cozinha da província de Sichuan, que não é representada no Brasil e se caracteriza por pratos apimentados. (Sim, eu sou desses tipinhos.)
Os restaurantes não costumam fechar entre o almoço e jantar, o que veio bem a calhar, já que eu só consegui sair do hotel (lerê lerê lerê) às duas e meia da tarde.
Você chega e eles já te trazem chá, que é o que os chineses bebem às refeições. A garçonete que nos atendeu não entendia nada de inglês (nem mesmo “bier”). Tínhamos que apontar o número do prato no cardápio.
O cardápio é extenso e tem várias coisas potencialmente nojentas, que eu pediria na boa se estivesse acompanhado por outro onívoro como eu (não é o caso do Nick). Então fui de wontons (raviolinhos em forma de flor), “dumplings” (raviolões em forma de gyoza, mas sem aquela grelhadinha final), um pato com pimentão e soja e um arroz frito.
O pato apareceu ensopado à passarinho (eu adorei, o Nick não se animou a provar…) e os wontons e dumplings vieram com um molho vermelho fluido e delicioso (muito alho e pimenta). Ei, não foi só a pimenta que eu apreciei: eu adorei o fato da cozinha de Sichuan não usar aquele molho gosmento bege-baba tão presente na cozinha chinesa, #prontodissetudo.
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Djilícia. Com duas Heinekens, a conta foi a US$ 42. Não precisávamos ter pedido o arroz, e o pato acabou sobrando por falta de cooperação à mesa 😀
Comi tanto que à saída esqueci da segunda parte do programa, que era tomar um bubble tea (chá gelado com bolinhas de sagu que você sorve por um canudinho grosso), que é, digamos assim, o refrigerante oficial de Taiwan. (Já provei em São Paulo, na padaria Itiriki, na Liberdade.)
Se eu gostei do programa? No fim das contas, é apenas uma maneira bem complicada de sair para almoçar num restaurante chinês. Mas a sensação de sair da redoma e ir a um lugar onde você não é esperado dá um colorido especial à aventura.
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17 comentários
42 dólares e o Nick morto de fome Tadinho!!
Apesar de comida chinesa de verdade e limpinha não andarem nunca juntas 🙂 essa aí pareceu bem digna do título, ainda mais com a garçonete e a foto da conta! Parabéns por encarar comida de Sichuan, aquela que até pros chineses é apimentada!
Riq, não sei se já te disseram isso, mas seus posts “ao vivo” são ainda mais interessantes ! Parecem cheios de opinião. 🙂
Estou achando o máximo essa viagem narrada em tempo real. Ainda mais sendo em NYC!
Engraçado.. Tem Chinatowns em tudo quanto é lugar, menos no Rio. Ou será nunca ouvi falar?
Eu fiquei hospedada na casa de uns amigos no Flushing uma vez, mas só conheci o Queens Mall e almocei por lá mesmo. E claro que na época a gente também lembrou da The Nanny hehehehe.
A Mariana roubou meu comentário! hehehe
Adoro The Nanny e detesto comida apimentada…Tem algum restô de comida chinesa mais ocidental?
Só esqueceu de mencionar que Flushing é a terra da The Nanny!
https://www.youtube.com/watch?v=W3unWr_b2Ew
“She was working in a bridal shop in Flushing, Queens…”
😉
hummm… ler isso na hora do almoço despertou meu instinto assassino de comida oriental 🙂
Eh, acho que estou mais para as indicações culinárias do Nick. 😉