Nova York: um passeio por Chelsea, Meatpacking e West Village
Depois do roteiro de caminhada do Village ao Lower East Side (passando por Soho, Nolita e Bowery), aqui vai mais um tourzito simplificado pra quem quer destrinchar a parte de baixo (pra mim, a mais bacana) de Manhattan.
Desta vez vamos cobrir menos chão. Este é um roteiro que dá pra fazer bem fácil em uma manhã ou tarde. Você vai ver, porém, que haverá muitas chances de paradas para lanches e refeições sentadas. Acredito que depois dessa primeira passada você vai acabar voltando muitas vezes (talvez até para se hospedar por aqui…).
Assim como no outro roteiro, considere esse itinerário apenas como um eixo para onde voltar em caso de se perder. A linha azul do mapa apenas organiza o mais manjado. Não se atenha ferrenhamente ao traçado; em Nova York qualquer escapulidinha do roteiro pode resultar em descobertas inesquecíveis.
Tampouco tome a ordem dos fatores como imexível; o melhor é decidir onde você vai querer comer (lanchar, almoçar, jantar) e construir o seu roteiro em torno dessa parada fundamental.
Chelsea
Eis um bairro totalmente desprovido de atrações turísticas tradicionais. Talvez por isso seja tão bacana 😀
Entrou na moda nos anos 90, com a migração de galerias vindas do Soho e a caracterização do bairro como reduto gay. Hoje o lugar permanece, ahn, diversificado, mas não tem mais cara de gueto (a alta dos aluguéis e o fenômeno que os anglos chamam de gentrification, e que a gente pode traduzir livremente por aburguesamento ou encaretamento).
Saia do metrô na estação da rua 23 com 7a. Avenida (linhas 1 ou 2). Ou, caso você queira dar uma passadinha na Eataly, o apetitoso shopping/mercado/praça de alimentação de temática italiana, desça na rua 23 com 6a. Avenida (linhas M ou F). Mas eu acho que o Eataly merece uma ida específica, porque você vai querer comprar umas coisinhas…
Desça a rua 23 na direção da 8a. Avenida. No meio da quadra entre a 7a. e a 8a. você vai avistar o célebre Hotel Chelsea, tradicional reduto de malucos da melhor cepa, que usavam o hotel como casa (veja a lista na página do hotel na Wikipedia). No térreo, voltada para a rua, está a primeira tentação gastronômica (lanchonômica/snackônica) do roteiro: os donuts cheios de bossa da recém-inaugurada filial da Doughnut Plant, originária do Lower East Side (experimente o de crème brûlée!).
Vire à esquerda na 8a. Avenida. Nesta quadra você vai passar por outro momento calórico, o Murray’s Bagels. (Murray’s Bagels de entrada e Doughnut Plant de sobremesa dão um belíssimo café da manhã. Neste caso, comece o tour saindo na estação da rua 23 com a 8a. Avenida, linhas A, C ou E).
Siga pela 8a. só até a rua 21. Ali você vai dobrar à direita e passar pelo belo mural d’Osgemeos — um sinal de que a presença brazuca em Nova York não se limita às lojas e outlets 😯
Ao chegar à 9a. Avenida, vale a pena se deter nas quadras imediatas (entre 20 e 22), que tem lojas bem interessantinhas. Se você curte cupcakes (ou decoração!) dê uma olhadinha, à sua direita, na Billy’s Bakery, que a revista New York define como “a Magnolia Bakery que tudo bem você gostar (“the Magnolia Bakery it’s OK to like”).
Daria para continuar à esquerda pela 9a. Avenida até o Meatpacking District, mas de repente vale a pena subir ao High Line Park — o trilho elevado de trem abandonado que foi convertido em parque — pela escada da rua 18 à altura da 10a. Avenida. Vale a pena voltar um pouquinho pelo viaduto, que nos últimos anos teve sua expansão totalmente concluída, até a rua 34.
Desça do High Line no comecinho dele, na escadaria da rua Gansevoort.
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Meatpacking District
Pronto, você chegou ao Meatpacking District. (Querendo vir direto para cá, desça na estação da rua 14 com 8a. Avenida; linhas A, C ou E.) O nome vem do fato de a área ter sido ocupada por matadouros e fábricas de processamento e embalagem de carnes; por ali funcionava o Gansevoort Market.
Nos anos 80, o Meatpacking era um antro de clubes de sexo e prostituição de rua (sobretudo travestis). Mas nos anos 90 começou a invasão de butiques de grife, hotéis de luxo e restaurantes difíceis de conseguir reserva. Hoje o lugar tem o comércio de rua mais chique da cidade abaixo da 5a. Avenida com rua 57.
Applemaníacos e iPhônicos em geral vão gostar de saber que na esquina da rua 14 com 9a. Avenida está instalada uma Apple Store maior e mais organizada que a da 5a. Avenida.
Três restaurantes são emblemáticos do lugar: o Pastis, do restaurateur Terence McNally, que recria um bistrô de estação de trem francesa, o Spice Market, do überchef Jean-Georges Vongerichten, que serve haute street food asiática num dos ambientes mais bonitos da cidade (os entalhes foram garimpados da Índia ao Camboja), e o The Standard Grill, bistrô do hotel The Standard, que funciona sob o elevado. No verão, o biergarten do Standard é especialmente concorrido.
E mesmo que você coma em outro lugar, não deixe de dar uma passadinha no Chelsea Market, que deve ser a única galeria/shopping nos Estados Unidos que não tem Starbucks.
(Se da próxima vez você quiser se hospedar por aqui, dê uma olhadinha no post Hotéis em Nova York selecionados por região.)
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West Village
Siga pela rua Hudson até alcançar a floridíssima (pelo menos estava assim no início da primavera…) Abingdon Square.
Atravesse a rua para a esquerda e você estará no West Village, um dos pedaços mais fotogênicos de Manhattan: townhouses de tijolinhos, ruas arborizadas, jardins perfeitinhos, lojas bacanas.
Perca-se por ali (ande também pela continuação da Hudson) e, se for devoto de Carrie Bradshaw, dê uma passadinha no santuário de cupcakes da Magnolia Bakery, na esquina da Bleecker com rua 11.
Leia mais:
- Onde ficar em NY: os hotéis mais bem localizados, região por região
- Caminhando do Village ao LES, passando por Soho, Nolita e Bowery
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123 comentários
Amei o Eataly. A família parou ali para relembrar sabores. Comer uma pizza do Rosso Pomodoro e lembrar a última viagem pra Itália foi tudo! Mas não peçam uma Coca ou Pepsi. Ali tudo é made in Italy. rs
Amei esse post! Lembrei muito do NY na semana passada quando vi as comemorações de 4 de julho na TV . No ano passado estava lá nessa data, um passeio de meninas com minha mãe. Almoçamos no Pastis e depois vimos os fogos de 4 de julho ali perto. O chelsea Market é um charme. Se for ao Spice Market cuidado pois a comida é bem apimentada rsrsrsr.
Saudades de julho em NY !!! ah… se não foram visitem também o Rooftop do Metropolitan pois ele só abre no verão.
Abs
Ai que delicia! (teclado novo e desconfigurado)Estou em NY e hoje fui ate o Chelsea Market. Lugar lindo! A peixaria foi meu pitstop! Andei na chuva pleo Soho e tambem adorei conhecer o Rice to Riches (arroz doce de varios sabores). Amanha sigo para o Magnolia Bakery e regiao. Sim, mais que compras, minha viagem tambem eh gastronomica. Ainda bem que passei por aqui para pegar mais algumas dicas. Obrigada, Riq.
dicas valiosas
restaurante dom caminos no meatpacking é otimo..vale a pena!
Riq,mesmo metida a saber tudo,tudo de NY – larguei até a vida de publicitária e fiz um blog/site por conta disso – queria tirar mais uma vez o chapéu e reiterar minha posição de megafã tua.
Delícia de reportagem.
Você conhece a City Bakery? Só locais, buffet no almoço (fecha no jantar) e tudo orgânico. Eleito o melhor chocolate quente da cidade…é uma calda, delícia. E vem com um naco de marshmellow.Sou fã dos cookies sensacionais e da limonada também. Fica na 3 west,18 st, quase na 5th Av. Aliás bem perto,na mesma altura só que na 19st tem uma livraria de viagem e “literatura do mundo” bárbara – a Idlewild. (12 west 19th street).
Ah, e na linha do “tanto faz essa informação” o dono do Pastis, Balthazar, Lucky Strike etc é o Keith McNally (-: .beijos
Adorei!
Tenho loucura para me hospedar no West Village!
Agora, então, me bateu uma vontade de ficar no Chelsea tb!
Ab,
Cinthia.
Estou indo com a família em junho, e estes roteiros ajudam a entender a mecânica da cidade. Esta é a segunda viajem internacional com as crianças, mas a primeira em língua inglesa. Alias, meu inglês é nota 2 e da minha parceira “4”. Mas vamos lá!!! As crianças curtem tudo, se dividirmos os passeios entre nossos interesses e o delas. No fim, todos se divertem. Só não da pra ir pra balada!!!
Vou em Junho para NY, sozinha e com um inglês sofrível, será que dará certo? Vejo estes roteiros e marco no google. Tenho 8 dias e meio para turistar, comprar e me perder. Bem, ficar perdida em Veneza foi uma coisa (outra história) mas em NY, tô com medo. Bem, meu espirito aventureiro tá falando mais alto, afinal, será meu presente de niver de 40 anos! Ficarei no The Jewel, Rockfeller Center, bem na 51. Pelo que vi, estou bem localizada, mas tem uns roteios como este que quero fazer. Quem tiver um roteiro pronto detalhado de 8 dias pode me enviar, please: [email protected]
Alô, Patricia! Leia este post, capriche nas mímicas e vá em frente! https://www.viajenaviagem.com/2010/09/nao-falo-ingles-posso-viajar-ao-exterior-mesmo-assim/
Patrícia,
nos restaurantes sempre tem um mexicano…
NY é facinha de se localizar, caminhar, metrô etc.
Já fui sozinha pra NY também e na época, com inglês ruim, paguei uns miquinhos na broadway – não entendi NADA da peça (rent, sobre aids)- foi engraçado eu ir embora no intervalo entre primeiro e segundo ato, e irem atrás de mim me avisar..
Deu tudo certo e lembro com saudades daqueles dias!’
Aproveita… tbm estarei lá em junho de 18 a 25.
Depois dessa tô me segurando pra não mandar um mail pro meu chefe pedindo férias!!!