No Turomaquia, o mais completo e atualizado guia dos Lençóis Maranhenses

Poço das Pedras, Atins (foto: Turomaquia) Poço das Pedras, Atins (foto: Turomaquia)

A Patricia de Camargo e o Tom do Turomaquia saíram lá das ilhas Canárias, em agosto, para fazer uma linda viagem que resultou na melhor fonte de consulta sobre os Lençóis Maranhenses que você vai achar na internet (e provavelmente fora dela também).

O passo-a-passo está registrado e organizado — desde a decepção com o estado do centro histórico de São Luís (e o encantamento com Alcântara, onde eles pernoitaram) até a análise de cada uma das escalas do circuito dos Lençóis. Patricia consegue encontrar as vantagens de Barreirinhas, se deslumbra ao passear a pé nos arredores de Santo Amaro, se arrepende de pernoitar em Caburé e encontra os “seus” Lençóis em Atins.

Eu particularmente adorei ver Atins pelos olhos da Patricia, porque quando fui — num setembro de um ano cujo inverno não foi suficientemente chuvoso — as lagoas já estavam secas. Patricia conseguiu ver o Poço das Pedras e ainda uma cachoeira (!), a Cachoeira do Bonzinho.

Esses posts que eu linkei são só um aperitivo. Os 35 posts da viagem, que incluem muitos de serviço e informações práticas, estão organizadinhos neste post aqui:

Lençóis Maranhanhenses no Turomaquia, por Patricia de Camargo

Bookmarque, leia e viaje na melhor época: entre o meio de junho e o início de setembro.

57 comentários

Ricardo bom dia,

O Turomaquia esta fora do ar na parte de quando se tenta acessar os posts de Lençois. Patricia, aconteceu alguma coisa? Sabe me dizer Ricardo?

Abraço,

Hugo

Riq, retornei há duas semanas de viagem e deixo aqui meu depoimento: Aproveitei a promoção de uma administradora de cartões de crédito para comprar os bilhetes aéreos e a hospedagem em São Luís, Jericoacoara e Fortaleza e contratei todos os trajetos, desde São Luís-Santo Amaro até Jericoacoara-Fortaleza, quase todos os passeios e a hospedagem faltante com uma agência de turismo de Parnaíba (Rastro Nordestino, recomendo).

Cheguei em São Luís no meio da tarde e fui conhecer a Lagoa Jansen. No dia seguinte, passei a manhã e o começo da tarde (nesse dia, nossa seleção estreou na Copa) entre as praias de Ponta D’Areia e Calhau. Como a maré estava baixa, a faixa de areia era enorme. Depois do jogo do Brasil, tentei conferir o centro histórico. Pelo pouco que vi, o centro de São Luís está mal conservado, em alguns pontos, tem aparência de abandonado, exceto alguns edifícios como o Palácio dos Leões, o Museu Histórico e Artístico, o Teatro Artur Azevedo e umas duas igrejas. Finalizei São Luís com um excelente jantar no Maracangalha.

Santo Amaro: só o trajeto até lá já é uma experiência! Até Sangue, tudo normal, mas de Sangue em diante… duas horas de sacolejos e solavancos no Toyota Bandeirante, passando por povoados isolados. Fiquei na pousada Água Doce. À tarde, fui à Lagoa da Gaivota e, no dia seguinte, os passeios foram para América (manhã) e Emendadas (tarde). Todas lindas. Só na primeira havia outro grupo visitando, mas parecia uma lagoa privativa, só nossa! (assim como as do dia seguinte foram)

Barreirinhas: Fiquei na pousada Encantes do Nordeste. Gostei muito. Ela fica um pouco afastada do centro de Barreirinhas e tem um restaurante ótimo ao lado, o Bambaê. Jantei lá nas duas noites que fiquei em Barreirinhas. Fiz passeios para as Lagoas Azul (combinado com Preguiça e Esmeralda, uma separada da outra por dunas) e Bonita (tem que mudar de nome para “Linda”!), onde vi o primeiro pôr-do-sol especial da viagem, e um bóia-cross (a bóia é uma câmara de pneu de caminhão!) no Cardosa (um pequeno vilarejo), onde a gente desceu suavemente o Rio Formiga. Hiper relaxante!
* Faço aqui uma pausa para contar duas decepções:
1) as lagoas não estavam muito cheias porque, segundo os moradores locais, não choveu muito no inverno desse ano (estive por lá já na segunda quinzena de junho);
2) NÃO PUDE FAZER O SOBREVOO (snifs tristonhos) porque o aeroporto de Barreirinhas foi interditado em maio deste ano pela Anac.

Atins: achei a ida até lá surreal! Peguei a bagagem e botei na lancha voadeira. No caminho, paramos em Vassouras, para ver os pequenos lençóis e os fofíssimos macacos-prego, e Mandacaru, com tempo para subir os 160 degraus do farol. Que conjugação mais deliciosa de transfer e passeio! Ficamos na pousada Rancho do Buna. Rusticidade combinada com um encanto que só indo para conferir. Nesse dia, o almoço foi na própria pousada para aproveitarmos a maré baixa durante o tempo necessário para ir e voltar da melhor lagoa que visitei nos lençóis. A Mônica, da pousada, disse que o nome da lagoa era Verde, mas a água era tão azul!!! Lagoa enorme, com profundidade chegando a 4 metros, água morninha! Lá, vi outro pôr-do-sol maravilhoso e, depois, tocamos para o restaurante da Luzia, onde jantamos os famosos camarões.

Barra Grande: no dia seguinte atravessamos o Rio Preguiças e, de Caburé, partimos num Land Rover para Barra Grande do Piauí, passando por pequenos povoados, Tutóia, Parnaíba (onde almoçamos) e Luís Correia. Achei que fosse mais puxado, mas é perfeitamente “encarável”. Chegamos em Barra Grande no meio da tarde e ficamos na pousada BGK, que me surpreendeu positivamente pela cativante conjugação com a natureza local (até nos banheiros dos quartos standard, que têm uma iluminação natural mais ampla do que estamos acostumados: são praticamente ao ar livre, mas com a privacidade necessária!). E que praia é aquela? Preservadíssima e praticamente só nossa! No final da tarde, apareceram 3 kitesurfistas que deram uma dinâmica especial a um pôr-do-sol inesquecível!
Jericoacoara: no dia seguinte, partimos para Jericoacoara numa Hilux, com uma longa, e deliciosa, parada na Lagoa da Torta. Mas não tão longa a ponto de atrapalhar o primeiro pôr-do-sol naquela duna monumental. É um ritual de Jeri, mas devo admitir que achei o de Barra Grande mais bonito. Em Jeri, mais lagoas (Azul, do Paraíso e do Coração – essa última pequenina) e um almoço dos Deuses na praia do Preá, jantar no Chocolate, crepe no Naturalmente, passeio à Pedra Furada (que eu achei dispensável), massagem na pousada Capitão Thomaz… isso que é vida!!!

Em Fortaleza, fui, de novo, à Lagoinha (e adorei, de novo!) e conheci Mundaú, praia ótima, tranquila, sem aquele monte de vendedores que nos atormentam na praia do Futuro. O lugar perfeito para fechar a viagem com chave de ouro!

Quanto àquela discussão sobre de onde é melhor começar esse roteiro(de São Luís ou de Fortaleza), minha opinião é que a minha escolha foi acertada. Explico: começando por SL, a gente faz primeiro a parte mais cansativa da viagem e finaliza nos locais onde podemos descansar dessa primeira parte.

Riq, desculpe se me estendi demais em meu relato e muito obrigada por manter esse blog (a você e a todos que nele comentam), pois ele se tornou leitura obrigatória antes de qualquer viagem que eu faça. E, parafraseando, “VnV, não saia de férias sem ele!”

Ricardo, td bem??
Voce acha desaconselhável ir a lençois com uma criança de 6 anos??
Desde ja agradeço,
Abço,
Eleonora

    O gostoso são as caminhadas. Com criança você vai acabar fazendo os passeios motorizados, que deveriam ser banidos do parque. Espere crescer.

Ricardo,
Relamente o Turomaquia é sensacional.
Eu fui à S.Luis e Lençois e segui teus conselhos.
Hj o blog da Patrícia é uma referência até maior.

Uma pena mesmo o estado de má conservação de S.Luis, mas em nenhum outro lugar no Brasil alguém me parou na rua pra perguntar de onde eu era e se estava gostando da cidade.

Perder-se (ou achar) pelas ruas do centro histórico ouvindo historias, lendas, e casos é algo maravilhoso. Não sei como vivi 50 anos sem saber nada daquilo.
Alem das influencias já conhecidas, me surpreendeu muito a influência africana no Maranhão. Os escravos pra lá levados são de naçoes muito diferentes do restante do país e isto confere uma singularidade aos ritos e sons. Recomendo inclusive a leitura do livro “Tambores de São Luis” de Josué Montello .
Há tambem a forte influência indígena e os sotaques: quanto mais perto do mar, mais o sotaque vai se parecendo com o do litoral de Sta.Catarina, portugues com certeza.
Gostei muito da POEME-SE , livraria no centro histórico ponto de encontro de escritores e artistas da terra e onde é possível passar algumas horas ótimas e encontrar literatura local, muito rica por sinal.
A gente fica pensando como um povo daquele com uma cultura tão espetacular é tão espoliado por governos feudais.

Nos Lençois tambem acho que Atins é meu lugar.

E como vc mesmo escreveu…se não quiser voltar lá, não vá à Casa do Maranhão nem à Casa da Festa porque vai querer voltar.
Eu fui lá e volto agora em junho para o Bumba Meu Boi.

Ricardo,
Na primeira vez que fui à S.Luiz e aos Lençois, fui por conta e utilizei as tuas recomendações.
Fiquei decepcionada com a chegada e a primeira impressão das casas mal conservadas é bem ruim.
Mas aquele é um outro Brasil, de uma cultura magnifica. Eu viajo só, adoro me perder (ou achar) no meio do povo, ouvir suas histórias, suas lendas, suas peculiaridades.Fiquei fascinada pelo Maranhão.
Nos Lençois tambem fui até Atins como a Patricia e amei.
O Maranhão é surpreendente e deixei umas pendências lá…rsrs…Bumba meu Boi e Festa do Divino…volto neste S.Jõao pra resolver isto…

Riq, estou planejando ir à São Luiz e a Lençóis na segunda quinzena de julho qdo meu filho de 13 anos tem férias e meu marido, férias no trabalho. Gostaria de ficar 2 dias na capital na ida e mais um ou dois antes de retornar ao Rio, já q meu marido tem parentes lá. Qtos dias vc nos recomenda passar nos Lençois e com pernoites em quais cidades? 10 dias seriam suficientes? Há trajetos muuuuito longos por rio?(Tenho medo de enjoar ou simplesmente ter medo mesmo). Buscamos opções econômicas e confortáveis, não temos luxo, nem muito $.Desde já, agradeço sua ajuda.Viajar com um pré-adolescente sozinho é chato pq não há mto como entretê-lo. Apesar de q, ele – como nós – é mais do dia q da noite. Ainda bem! Este me parece msm um passeio ao sol!Obrigada:)

Riq, muito obrigada pela resposta, que surpreendeu pela rapidez.
Sua sugestão é uma ordem!
Já conheço Fortaleza, mas Barra Grande do Piauí e Jericoacoara não. Após ponderar seus argumentos e analisar as novas opções, o complemento da viagem no norte do Nordeste me pareceu mais apropriado e tão agradável quanto o plano inicial. Só o deslocamento entre Caburé (ou Barreirinhas) e Barra Grande que me deixou em dúvida. Pelo que li, seria melhor fazer uma parada no meio do caminho e pernoitar em Tutóia ou Parnaíba. É isso mesmo? A princípio, não estou muito inclinada a fazer o passeio do Delta…

    O pernoite depende do esquema que você arrumar. Mas acho que fica mais tranqüilo pernoitar em Tutóia, só pra reduzir o stress mesmo. Daí no dia seguinte você vai direto a Parnaíba e segue a Barra Grande.

Riq, acompanho seu blog há cerca de um ano e aproveitei muitas dicas quando fui a Portugal e Espanha em novembro passado.
Depois de ler os relatos sobre Lençóis da Patrícia e da Marília, que acessei por aqui, e o do Jorge Bernardes no Giramundo, fiz um roteirinho de 2 dias em São Luís (1 para bate-e-volta a Alcântara), 4 em Barreirinhas e 1 em Atins, finalizando em 15/06/2010. Como ainda me restarão mais 15 dias de férias, estou inclinada a estender meu giro pelo nordeste pegando um voo para Recife, de onde pretendo fazer um bate-e-volta para João Pessoa e rodar outros 3 dias pela capital de PE e arredores, mais outros 3 ou 4 em Porto de Galinhas, indo a Carneiros, Cabo de Santo Agostinho e Serrambi, outros 3 em Maragogi, indo a Japaratinga, Laje e Patacho, e finalizando em Maceió, de onde retornarei a São Paulo.
Gostaria de saber sua opinião, e dos bem informados leitores desse blog, sobre o roteiro pós-Lençóis e, principalmente, sobre a época (segunda quinzena de junho). Pelo que li no seu excelente “100 praias que valem a viagem”, a melhor época é entre setembro e março. Você acha que as águas de junho podem prejudicar muito o aproveitamento dos passeios? Conforme sua resposta, posso mudar o destino da segunda quinzena… Sugestões?
Agradeço desde já a atenção de todos (Comandante e tripulantes)!

    Rita, em junho o tempo tende a estar mais firme no norte do Nordeste. É mais seguro você pegar tempo bom continuando pelo Piauí e Ceará e oeste do Rio Grande do Norte do que por Pernambuco e Alagoas, onde abril-maio-junho é oficialmente a temporada de chuvas. (Já no norte do Brasil, o verão começa oficialmente em julho. Em junho o pior das chuvas já passou faz tempo.)

    O restante da sua viagem conforme planejado só é confortável de fazer de carro. Caso você faça, tente alugar na Unidas, que não cobra taxa de devolução em outra cidade.

    Se eu fosse você, eu continuaria ao Piauí, onde ficaria uns dias em Barra Grande do Piauí, um vilarejo adorável (veja no menu Brasil A-Z), e seguiria a Jericoacoara e Fortaleza.

Patricia
Eu e minha filha estamos pensando em ir a Lençois de 17/02 à 23/02. O que você acha, é uma boa época? Eu gostaria de conhecer Alcantara, Barreirinhas, Atins, Santo Amaro mas não entendi se posso fazer isso saindo todo dia de São Luis e voltando ou não reservo todo hotel em São Luis, fico em outras cidades.
Você pode me dar uma idéia da ordem dos lugares a visitar e onde ficar?
Ufa! Obrigada e beijos
Luiza

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