Murray’s Bagels: não insista, eles não tostam
A primeira coisa que eu faço depois de me instalar num hotel sem café da manhã é dar um rolezinho pela vizinhança procurando onde vou tomar café no dia seguinte.
Aqui no hotel de Chelsea em que estamos hospedados desta vez, nem foi preciso procurar muito. A meia quadra de distância, na calçada oposta, uma lojinha de bagels nos chamou a atenção.
No dia seguinte, na fila para fazer o pedido (tem uma miríade de opções de sabores e recheios à escolha) um cartaz me chamou a atenção: WE DON’T TOAST. Como assim? Não tostam/esquentam/torram o bagel?
Fazer o quê, pedimos mesmo assim. Dois de canela e passas. Recheio de cream cheese. Uma salada de fruta para dividir. Dois cafés. US$ 11.
Quando provamos o bagel… uau. Não precisava tostar mesmo. Ainda estava morninho.
Ao voltar pro hotel (e pro wifi) postei sobre o café da manhã no Twitter. Logo o Oscar entrou para comentar: “na minha opinião, são os melhores de Nova York“.
Então resolvi dar uma pesquisada e descobri que o bagel ali da esquina — o Murray’s Bagels — é bem famosinho: trata-se da única filial de uma das padocas de bagel mais recomendadas de Nova York (a matriz é aqui pertinho no West Village).
O dono é um ex-executivo da Merryl Lynch que resolveu montar uma lojinha de bagels para fazer um bagel parecido com o que o seu pai (o tal Murray) trazia toda quinta-feira para o jantar. Para abrir o negócio, o sujeito pegou pesado, trabalhando como aprendiz no turno da madrugada em fábricas de bagel de New Jersey.
A recusa em torrar faz parte do marketing Tostines da casa: se o bagel é fresquinho, não precisa ser tostado/aquecido. A teoria é boa, e a prática, aqui na filial de Chelsea, se mostrou irrefutável 🙂
Endereços do Murray’s Bagels:
West Village (matriz): 6a. Avenida, 500 — entre ruas W12 e W13
Chelsea (filial): 8a. Avenida, 242 — entre ruas W22 e W23
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15 comentários
Oi Ricardo, agora eles tostam! Acho que venceram eles pelo cansaço.
Ok Bóia:
mandarei um e mail para ele. Valeu pela dica.