Multa no exterior: você já levou?

Fui multado justamente em Los Angeles. Após 48 hs, já era possível pagar pela internet, o que foi feito. A diferença é que estacionei avançando um pouco a red line dos bombeiros. Sinceramente na ocasião não percebi. E tudo se resolveu assim.

Olá!

Eu já fui multada na Alemanha (excesso de velocidade em estradas secundárias, quando você está tranquilamente a 70km/hora olhando a paisagem e não se dá conta de que, por causa de uma meia dúzia de casas na beira da estrada, a velocidade máxima caiu para 50km/hora) e as multas foram cobradas pela Sixt no cartão de crédito. Normalmente custam uns EUR15 e o débito acontece um mês ou dois, no máximo (sem contar que pelo flash da câmera você já sabe que o pode esperar…).

Minha “diversão” ultimamente têm sido as multas na Itália… Estivemos em Roma no começo de janeiro e um único dia decidimos alugar um carro para dar uma circulada pelo Trastevere. Que ideia infeliz!!!

Em junho a Sixt debitou uns EUR42 no nosso cartão de crédito, que julgamos fosse uma multa. Achamos um pouco salgado o valor, mas não contestamos o débito. Ontem meu marido recebeu as multas propriamente ditas. Duas, de cerca de EUR120 cada. Como eu ainda não vi os documentos, não sei de que tipo de infração se trata, mas suspeito que seja por trafegar na zona de tráfego restrito.

Como decidimos alugar o carro meio que na última hora, não nos preocupamos em fazer uma pesquisa sobre cuidados especiais para circular em Roma, coisa que, se tivéssemos feito, certamente nos faria desistir da empreitada. Isto porque todo o centro histório de Roma é zona de tráfego restrito, e também partes do Trastevere…

Duas coisas me deixam chateadas nesta história (fora o estar chateada comigo mesmo por não ter sido mais diligente):
1) o pessoal da locadora deve estar careca de saber que turistas levam esse tipo de multa e não se dá o menor trabalho de fazer um alerta. Obviamente as taxas administrativas que eles cobram depois para informar os nossos dados para a autoridade de trânsito são uma fonte importante de receitas… e

2) as próprias cidades que cobram esse tipo de multa exageram na dose, porque as multas são caras (EUR100 para mais) e não têm limitação de número. Se você resolver fazer uma volta na quadra e naquela quadra estiver instalada uma câmera, você vai tomar a mesma multa duas vezes. Acho que o raciocínio das multas por furar o rodízio em SP, por exemplo, é mais honesto: você toma uma multa por dia que furar o rodízio e não várias, a depender de quantas vezes vocês passou na frente de uma câmera… Anyway, certamente as multas também são uma boa fonte de receitas para esses municípios.

Sobre pagar ou não, não sei quais podem ser as consequencias do não pagamento, mas eu confesso que tendo a pagar e meu marido tende a não querer fazer isso…

Como, no entanto, ontem recebemos o que deve ser a notificação não oficial (sem correio registrado) e como o prazo de 360 dias da infração está quase aí (final de dezembro), estou considerando a hipótese de esperar para ver se a notificação oficial (que vem por carta registrada) vai ser postada na Itália antes do prazo de 360 dias se esgotar.

Dois problemas com essa abordagem:
1) há muita discussão sobre se o prazo de 360 dias começa a contar da data da infração ou da data em que a autoridade de trânsito recebe os dados de identificação do condutor da locadora. Eu até já localizei uma sentença da Corte Constitucional Italiana (sentença 198 de 1996) que trata do assunto, mas como meu italiano é sofrível ainda não consegui chegar a uma conclusão satisfatória;

2) se a notificação oficial for postada na Itália antes do fim deste mês, eu vou acabar tendo que pagar as multas já em valor mais alto (parece que dobram entre uma e outra notificações).

De todo modo, vou mantê-los informados sobre o desenrolar do assunto…