Miami além das compras (com mapa)
Não importa se o dólar subiu ou se a Receita apertou o cerco na volta dos voos internacionais: para muita gente, Miami é sinônimo de megastores, shoppings e outlets. Até eu já embarquei nessa — e falei que, quando o objetivo principal é comprar, Miami é mais negócio do que Orlando, Nova York ou Las Vegas, já que, sem parques de diversões para ticar, cassinos para se jogar ou Manhattan para esquadrinhar, seria mais fácil focar no esporte do comprismo.
Mas isso não quer dizer que Miami não ofereça outros prazeres. A cidade é linda, divertida, bilíngüe — e tem atrações suficientes para manter você longe das vitrines, se esta for a sua vontade.
Veja alguns dos programas que valem muito mais que uma ida ao shopping, em ordem mais ou menos geográfica, do sul para o norte:
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Fairchild Tropical Botanic Garden
Não é só a presença de tantos latino-americanos que faz a gente se sentir em casa em Miami. É uma questão de clima, também: o sul da Flórida está na zona subtropical. Por isso Miami pode se dar ao luxo de ter um jardim tropical sem recorrer a estufas.
O Fairchild é bonito e bem montado – mas enquanto brasileiros não vamos encontrar novidades por lá não. Para mim o que vale o passeio é o itinerário – o parque está encravado numa região residencial linda, em que as ruas e casas estão praticamente escondidas pela densa vegetação.
Abre: diariamente, das 7h30 às 16h30. Ingresso: US$ 25 adultos, US$ 12 até 17 anos, grátis até 5 anos. Site oficial: aqui.
Vizcaya Museum
Delírio de um rico industrial que vinha aproveitar o inverno ameno de Miami, este palacete italiano foi construído em Coral Gables em 1916, com a intenção de parecer estar desde a Renascença.
Depois da morte do dono, foi abandonado e então encapado pelo condado de Dade, sendo transformado numa casa-museu, que se visita como um palácio… Os jardins são lindos, e há um belo orquidário na propriedade.
Abre: 9h30 às 16h30; fechado às terças. Ingresso: US$ 18 adultos, US$ 6 até 12 anos, grátis até 5 anos. Site oficial: aqui.
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Seaquarium
Num distante 1955, muito antes de Orlando existir como destino turístico, o Seaquarium já apresentava shows de golfinhos; foi também o pioneiro com shows de baleias. Foi aqui que nasceu o mito Flipper; a série foi filmada no Seaquarium.
O ingresso permite que você assista a todos os shows enquanto você permanecer no parque. Entre um show e outro, dá para visitar os tanques com peixes-bois, tubarões e outras criaturas marinhas — ou, pagando à parte, fazer interações com golfinhos. Fica no caminho de Key Biscayne – e só a ida já configura um passeio.
Abre: todos os dias, incluindo Natal e Ano Novo, das 10h00 às 18h. Ingresso: US$ 40,99 + 7% de imposto; crianças de 3 a 9 anos pagam US$ 31,99 + 7% de imposto. Site oficial: aqui.
Calle Ocho/Little Havana
Cubano-americanos estão por todo lado em Miami – mas se você quiser conhecer o enclave original da colônia, dê um pulinho até a SW 8th St, ou Calle Ocho. Dois trechos justificam a parada.
Na esquina com a SW 15th Ave., o Parque Máximo Gómez continua reunindo tiozinhos para jogar dominó; nos arredores há lojas de charutos e guayaberas.
Bem distante dali, na esquina da SW 35th Ave., a padaria Versailles tem uma vitrine de doces típicos para acompanhar o autêntico café cubano (servido já com leite e açúcar). Ao lado funciona o Café Versailles, com ambiente mais arrumadito.
Passeios de barco
Os passeios de barco pela Biscayne Bay são o equivalente local os tours de Beverly Hills em Los Angeles. Ao microfone, o guia do passeio vai anunciando – em inglês e espanhol – todas as mansões que pertencem ou pertenceram a celebridades de todos os quilates.
Fofocas à parte, o passeio proporciona lindas vistas do skyline de Downtown e permite entender melhor a geografia da cidade. Há várias companhias operando nos píers do shopping Bayside Marketplace. As saídas são frequentes; basta chegar, dar uma voltinha e pesquisar quem vai sair mais rápido. A média dos ingressos é de US$ 25.
Wynwood Arts District
Se os seus olhos já se acostumaram com o art-déco de South Beach, está na hora de passear por esta região da Miami continental. A cidade consegue de novo surpreender visualmente, agora com uma coleção de graffitis espalhados nos quarteirões entre a NW 28th St e a NW 22th St, ao longo da NW 2nd Ave. No segundo sábado de cada mês, não perca a Wynwood Art Walk, quando as ruas são tomadas por caminhões de comida descolada. Nos outros dias (e noites), experimente o Wynwood Kitchen and Bar.
Jungle Island
É a antiga Parrot Jungle, que foi reinstalada no comecinho do caminho entre Miami e Miami Beach e deixou de ser um viveiro de pássaros tropicais para se tornar um zoológico em meio a uma floresta tropical. Programão para ir com criança.
Abre: todos os dias do ano, incluindo Natal e Ano Novo. 2ª a 6ª das 10h às 17h, sábado e domingo das 10h às 18h. Ingresso: US$ 34,95 + imposto adultos, US$ 26,95 + imposto crianças de 3 a 9 anos. Site oficial: aqui.
Wolfsonian Museum
Não é preciso esperar a Art Basel Miami (em 2015, de 3 a 6 de dezembro) para fazer programa cultural na cidade. Instalado num prédio déco na Washington Ave., o Wolfsonian é um belo museu que usa a evolução do design para mostrar a trajetória recente da espécie humana. Garanto que será um dos museus mais interessantes que você visitará nos States.
Abre: das 10h às 18h; domingo das 12h às 18h; 5ª e 6ª até 21h; fechado 4ª feira. Ingresso: US$ 7 adulto; grátis 6ª das 18h às 21h. Site oficial: aqui.
Praias de South Beach
Curiosamente, a praia em South Beach nunca está muito à vista. Mesmo no trecho em que não há prédios para esconder o oceano, a faixa de areia é tão larga que você precisa atravessar o parque da orla para ver o azul-bebê do mar. Escolha entre três trechos para se bronzear.
O canto direito da praia (SoFi, South of Fifth) é atualmente o mais charmoso; um lugar divertido para pegar praia por ali é o clube Nikki Beach.
Entre as ruas 5 e 15 a praia ganha um parque como ante-sala e fica mais amigável para quem leva sua toalha de casa; mas dá também para alugar espreguiçadeiras. O point GLS fica à altura da rua 12.
Passando a rua 16, a Ocean Drive acaba, e começam os hotelões da Collins, que chegam até a areia. Todos terão seus lounges de praia e aceitarão não-hóspedes — cobrando por isso, claro. Chegando cedo, aproveite o estacionamento pertinho da areia entre as ruas 21 e 22. (Se chegar tarde, a melhor opção é a garagem da rua 16 entre Collins e Washington.)
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Fort Lauderdale
A cidade vizinha de Miami não tem só um bom aeroporto (que recebe vôos low-cost da Southwest e da JetBlue e recentemente da Azul), o melhor porto da Flórida para embarques ao Caribe (os meganavios saem dali) e o maior outlet dos States, o Sawgrass Mills (que tecnicamente fica em Sunrise, mas é sempre descrito como estando em Fort Lauderdale).
O lugar vale o passeio — no mínimo, para a bonita rede de canais para onde dão casas com lanchas e iates na porta. A praia também é bacana: com calçadão e faixa de areia estreita, oferece aquele ar de balneário que reforça o sentimento de que você está em férias (o trecho mais bem servido por infra fica entre as ruas Seville e Terramar).
Antes, depois ou em vez de ir à praia, marque uma visita à Bonnet House, excêntrica mansão construída em meio a lindíssimos jardins tropicais, na quadra da praia (a Marcie descreve o lugar à perfeição no Abrindo o Bico, clique).
Para comer, saia da praia e ache a rua principal da cidade, o E Las Olas Boulevard, que é um bom restaurantódromo. Eu já comi lá no baratíssimo (e histórico) diner Floridian, e também num bom italianinho, o Noodles Panini.
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151 comentários
Estive em Miami a dois dias e uma dica que tenho e alugar uma bike e fazer um passeio por toda a extensao da praia, e depois dar uma passadinha na Lincon para se refrescar com um belo sorvete.
#shameonme – passei alguns finais de semana em Miami (por conta do trabalho anterior) e só conheço 1 lugar dessa lista. Post super útil!
E quem não dirige, dá para aproveitar isto tudo do mesmo jeito? E
Seria mandatório alugar carro? como seria fazer estes passeios de ônibus ou taxi ou outro meio de transporte publico?
Olá, Elizabeth! É uma cidade bastante complicada para quem não dirige. O táxi é muito caro, e o transporte público, para iniciados.
Há ônibus de passeio pela cidade, que permite que você pare nos principais pontos:
https://www.grayline.com/Miami/Miami_Sightseeing_-_Hop_On_Hop_Off_All_Loops_Tour_-_24_Hour_Pass
Como esá a alfandega na volta dos voos de Miami?
Olá, Thiago! O rigor varia muito, mas quando eles resolvem encrencar, encrencam mesmo.
Vou quase todo ano a Miami e não fico mais em Miami beach. Agora só fico em F. Lauderdale, fica no meio do caminho para tudo. Boca raton é lindo e também vale a visita a Las Olas
Um bom passeio é ir em Houlover Park, em North Miami Brach! Pros adeptos e/ou curiosos, lá tem uma praia (Houlover Beach) que tem um trecho da faixa de areia que é pra a prática de naturismo. Acho mto legal essa praia, cujo nudismo não é obrigatório (apesar de a maioria ficar sem roupa) e é mto bem organizada. Tudo isso cravado em plena Miami. Vejo poucos brasileiros por lá!
Mandei pra minha sogrinha que está por lá e não se cansa nunca de ir a Miami todos os anos 🙂
Ai aí! Parece telepatia. Vcs criam os post sempre no momento em que eu tô precisando. Não sei viver mais sem este site. Abraços e obrigado!
Eu estive pela primeira vez em Miami aos 15 anos e pouco curti. Ano passado voltei com meu marido, nos hospedamos em South Beach e aproveitamos mt a praia (fomos todos os dias). Foi bem legal. Melhor do que eu esperava. Adoro Miami!
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