Maldivas: escolha seu paraíso, parte I (por Bruno Vilaça)
Texto e fotos | Bruno Vilaça
O Bruno Vilaça, que comanda a agência capixaba Superviagem, acaba de voltar de mais um destino incrível: as ilhas Maldivas. Sua missão foi conhecer algumas das luxuosas opções de hospedagem desse arquipélago que é o sonho de 10 entre 10 casais em lua de mel. As resenhas ficaram tão detalhadas que dividimos o relato em duas partes. Deleite-se com este primeiro capítulo, em que o Bruno dá algumas dicas práticas para visitar as Maldivas, e conta sobre o hotel Niyama e o complexo Anantara:
Falar das Maldivas é fácil, basta juntar todos os seus melhores adjetivos, todas as palavras de suspiro e o texto estará pronto. Quando Deus (ou Alá?) criou esse paraíso, o azul estava em alta na cartela do Pantone: você provavelmente nunca viu tantos tons de azul em um único enquadramento, até mesmo à noite, quando a lua cheia te faz descobrir novas nuances inimagináveis. Coisa linda de ver!
Chegar às Maldivas já foi bem mais difícil; hoje são quatro as ótimas opções de voo saindo do Brasil: Emirates (via Dubai), Turkish (via Istambul), Qatar (via Doha) e Etihad (via Abu Dhabi). Os preços, que já foram estratosféricos, hoje são apenas caros. E não há a menor chance de dizer que não vale a pena, garanto. Já rodei muito por esse mundo, mas poucos lugares me surpreenderam tão positivamente, mesmo com toda a expectativa que já era altíssima.
O clima é bastante estável, sempre quente e úmido, com temperaturas entre 25 e 29 graus durante todo o ano. A estação seca vai de outubro a março, mas mesmo na época das monções (de abril a setembro) é grande o número de turistas que se aventuram no paraíso, já que é exatamente quando os hotéis oferecem descontos de até 50% (especialmente em junho e julho). Fique sossegado, o povo de lá garante que as chuvas costumam ser rápidas e não estragarão as férias de ninguém, mas de qualquer forma tenha certeza que mesmo em dias nublados você será (muito) feliz, como eu fui.
São mais de 100 hotéis nas Maldivas, cada um deles em uma ilha privativa. Olhando na internet todos são lindos, com praias de areia branca, mar azul-calcinha e aqueles fotogênicos bangalôs sobre as águas. Onde é melhor se hospedar? Pois então, essa pergunta vale um milhão e a resposta vai depender: a) do tipo de férias que você está procurando; b) da sua companhia e se viaja com crianças; c) do seu orçamento, obviamente.
O ponto está aí, a diferença de preço entre os hotéis costuma ser gritante e a decisão do quanto investir na viagem dos sonhos te demandará uma pesquisa muito minuciosa e/ou a ajuda de um especialista. Um bom agente de viagens será essencial para seu sucesso, acredite em mim. 😉
Viajamos no último carnaval a convite da rede tailandesa Minor Hotel Group, grande parceira da Superviagem, que recentemente comprou os hotéis Tivoli no Brasil. Sinal de coisa boa vindo por aí.
Niyama: um playground natural
Pilotos descalços e de bermuda te esperam logo atrás do aeroporto internacional para te levar até o hotel, que fica a 45 minutos ao sul de Malé, numa tranquila viagem de hidroavião. A chegada ao hotel rende suspiros e gritinhos de euforia. Nossa primeira parada foi no hotel caçula da rede, o auto-suficiente Niyama.
É um hotel feito para contemplação, com tudo no seu devido tempo e ideal para longas estadias. Vibrante, com uma combinação bem pensada de tranquilidade e diversão. A simpatia de todo o staff é contagiante, que é uma verdadeira torre de babel asiática. Easygoing e free-style, até as muçulmanas de burca parecem se sentir bastante à vontade. Aliás, os principais mercados do hotel são Oriente Médio, Rússia e China.
O hotel se esparrama por uma área longilínea e bem ampla, que proporciona paisagens bem distintas em cada canto. Os jardins são exuberantes, com um trabalho de paisagismo impecável. São 135 quartos divididos em duas ilhas ligadas por uma pequena ponte.
Uma ilha, batizada de Play, é o coração do resort, com toda a estrutura para famílias, inclusive um belo kids club, e atividades diárias por toda parte, para todas as idades – ioga, beach soccer, tai chi, simulador de golf, oficina de drinks.
Já a ilha Chill, com sua piscina própria, tem clima mais sereno e descolado, ideal para casais.
Tudo é muito novo, moderno e com equipamentos de última geração, como carregadores USB por toda a parte, TVs touchscreen e pulseiras que funcionam como chaves dos quartos.
Brasileiro tem fama de gostar de bangalô sobre as águas, mas eu gostei mesmo foi dos Beach Studios, em meio aos jardins e com saída direta para a areia da praia, alguns também com piscina privativa. O banheiro é genial: a céu aberto – e lindo.
As suítes Pavillion, consideradas algumas das melhores das Maldivas, são perfeitas para famílias, com até 3 quartos e muita privacidade. Tem até telescópio para curtir o céu maldiviano mega estrelado, como poucos lugares do mundo.
Na sua vila haverá sempre máquinas de nespresso e de pipoca como cortesia, e a água mineral também é servida a vontade. Diariamente o seu Thakuru, que é como eles chamam o mordomo por lá, deixa no frigobar um sorvete artesanal de boa noite que é divino.
Atividades aquáticas são as mais diversas: mergulho, snorkel, kitesurf, jet-ski, pesca, SUP e caiaque. Não falta opção pra ninguém.
O spa tem cabines de tratamento sobre as águas, abordagem holística e atmosfera zen – onde você é recepcionado com opções delicinhas de sucos detox.
A boate SubSix fica 6 metros abaixo do nível da água. Já o novo restaurante Nest, 6 metros acima do solo, em uma estrutura que lembra aquela casa na árvore dos seus sonhos infantis. Genial! Aliás, são muitas as opções de restaurantes, para os mais diversos gostos, mas a qualidade da gastronomia ainda precisa evoluir para acompanhar o altíssimo nível do restante do hotel.
As piscinas são grandes (mas sem muvuca) e com bom atendimento de bar. Cocos são oferecidos como cortesia, e em cada espreguiçadeira já deixam pra você uma cestinha com uma garrafa de água e um spray de água termal. Chique.
Viaje tranquilo no exterior com o Seguro Viagem Bradesco.
Anantara Veli, Anantara Dhigu e Naladhu: se 1 é bom, 3 é demais
Nossa próxima parada foi o interessantíssimo complexo Anantara, localizado 40 minutos ao sul de Malé em lancha rápida, formado por três hotéis com perfis distintos em três ilhas independentes e interconectadas. A proximidade proporciona algo incomum nas Maldivas, a possibilidade de curtir a infra de outro hotel que não o seu. E por isso adorei o custo x benefício, uma espécie de promoção “Pague 1, Leve 3”.
O Naladhu é o mais chique; são apenas 20 enormes residências, com inacreditáveis 300 metros quadrados (!) cada. Super exclusivas, localizadas estrategicamente do lado do pôr-do-sol e com vistas desimpedidas para o mar turquesa.
Todos os dias, na hora exata do pôr-do-sol, seu mordomo tocará a campainha para oferecer alguns drinks e canapés. Nada mau. O seu jantar também pode ser preparado por um “personal chef” no deck da sua residência à luz do luar. Nada mau também. Não precisa nem falar que cada casa tem sua própria bela piscina.
Com clima tranquilo e elegante, privacidade é a palavra de ordem por lá e você raramente se encontra com outros hóspedes. Aliás, Naladhu no idioma maldiviano significa ‘ilha bonita’ — nada mais apropriado.
Ao lado, o Anantara Veli é adults-only e conta com 76 quartos, quase todos sobre as águas com aquela paisagem padrão de cartão postal das Maldivas. O clima é de uma simplicidade muito elegante, se é que você me entende.
Relativamente pequeno, tem como trunfo sua consistente gastronomia. São três restaurantes: um ótimo japonês, um internacional e o carro-chefe, o tailandês Baan Huraa, onde tivemos uma das melhores refeições da viagem. Lindo ambiente sobre as águas, com iluminação indireta e muitos detalhes orientais, o que tornou nosso incrível menu degustação uma experiência ainda mais prazerosa. Provamos um surpreendente vinho branco da Tailândia e aprovamos, assim como o escandaloso pot-pourri de sobremesas.
Chip internacional com 10% OFF – cupom VIAJENAVIAGEM
No café da manhã você é recebido por tailandesas para uma quick massage nas costas e na cabeça. O buffet, apesar de muito amplo, não perde o charme e agrada a todos os paladares.
No spa você é recebido por um médico indiano que após uma amistosa conversa lhe indica os melhores tratamentos, que seguem a linha ayurvédica. Já de volta ao Brasil recebi um e-mail dele com dicas de refeições saudáveis e sucos detox, apropriados para minha composição corporal. Muita delicadeza.
Fizemos aulas privadas de yoga no nascer do sol e de TRX no pôr-do sol, que nos custaram US$ 25 por pessoa e valeram cada cent. Fique ligado e não perca o horário do cinema sob as estrelas, quando uma tela de projeção é armada bem próxima da areia da praia.
Você pode se sentir um pouco incomodado com a alta densidade de ocupação dos bangalôs sobre as águas, que ficam muito próximos um dos outros. Por isso dê preferencia para a categoria deluxe overwater bangalow ou ocean pool bungalow, que foram meus favoritos.
Já o Anantara Dhigu é o maior hotel do complexo, com 110 quartos e clima animado. A piscina é bem movimentada e um DJ coloca um som alguns decibéis acima do que é normal nas Maldivas. Muitas famílias e jovens casais dominam o ambiente. Definitivamente é um hotel para não ficar parado.
Uma rede de 20 metros, estrategicamente instalada no meio da água, é disputadíssima para selfies de casais apaixonados.
O spa tem pegada mais fashion, com foco em relaxamento e beleza, e está localizado em lindos bangalôs overwater.
O restaurante Sea Fire Salt, especializado em grelhados e carnes nobres, serve um pitoresco churrasco gaúcho uma vez por semana. Já o italiano Terrazzo serve massas caseiras em ambiente intimista. Ao lado, o Dhoni Bar fica aberto até depois da meia noite, coisa rara por essas bandas. O público do complexo é 60% europeu, por isso costuma-se jantar cedo por lá.
O centro náutico do complexo está aqui, o Aquafanatics, que oferece uma gama extensa de atividades como pesca, mergulho com cilindro e contemplação de golfinhos. As aulas de snorkel, por exemplo, custam US$ 55 por pessoa, quando um barco te leva até os recifes localizados 15 minutos distante do hotel. Atividades como caiaque e stand-up paddle são oferecidas como cortesia.
Bruno Vilaça viajou pela Superviagem a convite do Minor Hotel Group.
Leia mais:
- Maldivas: escolha seu paraíso, parte II, por Bruno Vilaça
- Cocoa Island, por Lu Gomes
- Maldivas, Seychelles, Taiti ou Maurício?
- St.-Barth com estilo, por Bruno Vilaça
- 24 horas em Zurique, por Bruno Vilaça
- Dubai: 10 dicas para uma superviagem, por Bruno Vilaça
27 comentários
Eu iria me sentir Rhycka e Phynna em qualquer desses hotéis!
ArraZZou Bruno !
Sou super fã dos Anantara e o Veli foi feito pensando
em mim 😉
Que sonho!! Esperando a parte II…
Babando muito e esperando ansiosa pela parte II.
Excelente post e lindíssimas fotos!! Buno Vilaça/Superviagem+Viaje na Viagem = Parceria nota 10!!! 😉
UAU!!!
Saudades desse lugar maravilhoso!
Belo post, Bruno!
Aliás, vc tem mto bom gosto p/escolher seus destinos!!
Estou louca prá “viajar” na parte II
Parabéns!
Ixpetáculo Bruno
Já dá para pensar em segundo casamento assim 😉
Espero um dia também pular neste Marzão aí
@GusBelli
é muito mundo pra pouco tempo ( ou $$$) 😉
Assim é covardia com os outros três destinos que estão na disputa para a comemoração do próximo aniver de casamento 🙂
Que post inspirador! <3 O destino está no top da nossa listinha e claro que favoritamos enquanto sonhamos com ele!