Guia de Nova York
Nova York: um roteiro a pé pela renovada Lower Manhattan
A área conhecida como Lower Manhattan ocupa a parte mais ao sul da ilha onde está Nova York. Ali foi onde a cidade começou — e também o bairro de Nova York que mais se transformou nos últimos anos, desde o atentado que causou o colapso das Torres Gêmeas do World Trade Center.
Seria pouco sensível dizer que Lower Manhattan está recuperada, mas as novidades que vêm surgindo ali (sob a forma de atrações turísticas, restaurantes, lojas e hotéis) mostram que há toda a intenção de que não se fale apenas do 11 de setembro quando se fala do bairro. (E também fazem a região subir alguns pontos no ranking dos melhores bairros para se hospedar em Nova York.)
Um passeio a pé por Lower Manhattan para passar a história recente e também as novidades em revista vale muito a pena, especialmente se incluir uma chegadinha a Battery Park City.
Viagem ao centro da Terra
Como chegar a Lower Manhattan
Das estações que levam à região de Lower Manhattan, duas foram completamente reinventadas depois dos ataques de 11 de setembro de 2001: Fulton Street (de metrô) e World Trade Center (dos trens PATH).
Muitos caminhos passaram a levar ao Fulton Center, uma obra que fez a estação de Fulton Street virar o hub de Lower Manhattan. Nada menos do que oito linhas — 2, 3, 4, 5, A, C, J e Z — estão conectadas dentro do prédio, que foi inaugurado em 2014 também como um centro de compras e serviços.
Apesar de a nova estação do World Trade Center ter roubado os holofotes no que diz respeito a obras faraônicas, o interior do Fulton Center não deve ser desprezado: a cúpula da estação, um grande olho de aço e vidro por onde entra luz natural, merece cliques.
Talvez muitas pessoas passem pela nova estação World Trade Center do PATH, aberta em 2016, sem se dar conta que é de fato uma estação de trem. Desenhada pelo engenheiro e arquiteto espanhol Santiago Calatrava, parece, primeiro, um monumento.
Por dentro, um shopping futurista. Mas de fato é por ali passam trens do aeroporto de Newark, e chegam os vindos de Hoboken, cidade onde nasceu Frank Sinatra. Chamado de Oculus, o monumento está interligado ao Fulton Center por uma passagem subterrânea, que facilita o trânsito de passageiros.
O shopping center Westfield, que funcionava no antigo World Trade Center, abriu agora dentro da estação.
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Roteiro a pé por Lower Manhattan
Comece o passeio indo direto visitar o One World Trade Center, na área que ficou conhecida como Ground Zero depois do 11 de setembro. O arranha-céu construído após os atentados ganhou em 2015 um observatório a 100 andares do chão que entrega muito mais do que uma vista bonita da cidade.
A experiência no One World Observatory é de altíssima tecnologia, tendo como ponto alto um elevador “panorâmico” revestido por um videowall que vai transformações na cidade de Nova York nos últimos 500 anos. No térreo, você vê o terreno como era antes da colonização, e à medida que o elevador sobe, a cidade vai subindo com você. A subida leva meros 46 segundos até o 102º andar. Um espetáculo.
Lá de cima, a vista é de 360 graus, através de imensos paredões de vidro. Dá para ver a Estátua da Liberdade, a Brooklyn Bridge e os rios Hudson e East (não, não se vê o Central Park, só o Empire State lááá no fundo). Mas com uma lente poderosa (ou usando os binóculos do lugar) você enxerga tudo. Os ingressos podem ser comprados online, antecipadamente.
- 285 Fulton Street | Tel. 844/696-1776 | Aberto diariamente, normalmente das 9h às 20h (a bilheteria fecha às 19h15); para todos os horários, consulte o site | Ingressos: de 13 a 64 anos, 49 dólares; acima de 65 anos, 47 dólares; de 6 e 12 anos, 43 dólares; até 5 anos, entrada gratuita.
Saindo do One World Observatory, visite o Memorial de 11 de setembro — duas fontes que prestam homenagem às vítimas, instaladas onde ficavam cada uma das torres.
Circundando as fontes, painéis de bronze têm inscrições com os nomes de cada vítima, e em volta foi criada uma bonita praça.
Aproveite o momento para decidir ou não encarar o 9/11 Museum. Instalado no subsolo do World Trade Center, é um museu surpreendente, que tem o mérito de contar um capítulo tão recente da nossa história, no lugar em que tudo aconteceu.
Objetos pessoais encontrados nos escombros, filmagens e áudios são usados para fazer uma retrospectiva do dia do atentado, organizada em uma linha do tempo que mostra minuto a minuto a repercussão da mídia e as decisões tomadas pelo governo americano. Vale a pena ir? Vale. Mas leve muitos lencinhos de papel.
- 180 Greenwich Street | Tel. 212/312-8800 | Memorial: aberto diariamente, das 7h30 às 21h | Museu: aberto de quarta a segunda, das 9h às 19h | Ingressos: de 18 a 64 anos, 33 dólares; acima de 65 anos, 27 dólares; de 7 a 12 anos, 21 dólares; de 13 a 17 anos, 27 dólares; até 6 anos, entrada gratuita.
De lá, caminhe até o Oculus, a estação-instalação de Calatrava. Projetada para fazer referência ao vôo de um pássaro, é ainda mais interessante por dentro do que por fora, com suas colunas angulosas e esquisitíssimas.
Ainda há lojas para abrir no shopping Westfield (185 Greenwich St, tel. 212/284-9982), que funciona dentro da estação, mas já estão instaladas marcas como Apple, Moleskine e Swatch.
Anexa, na torre de número 4 do WTC, uma filial novíssima do empório Eataly (4 World Trade Center, 101 Liberty Street, Floor 3, tel. 212/897-2895) é das melhores opções para comer neste pedaço da cidade, com vista para o Marco Zero.
Continue o passeio na direção do Battery Park. Pessoas fazendo uma pausa no trabalho, moradores andando de bicicleta, carrinhos de bebê e cachorros serão suas companhias por Battery Park City.
O entorno é muito bonito, com jardins primorosamente bem cuidados, e com um calçadão com vista para o rio Hudson e para a Estátua da Liberdade.
(Se você considera fazer um passeio de barco até a Estátua da Liberdade, considere encaixar nesse dia. Muitos saem de Lower Manhattan, nas redondezas do Battery Park.)
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Do Battery Park, faça o caminho de volta dando uma espiada em Wall Street, no mais famoso centro financeiro do mundo. Tire sua foto com a estátua do Charging Bull e siga para as margens do rio Hudson novamente, para esperar pelo pôr do sol na North Cove Marina.
Aproveite o happy hour no Brookfield Place (230 Vesey St, tel. 212/978-1698), shopping de luxo sob um complexo de escritórios onde está o charmosíssimo Le District.
Espécie de Eataly à francesa, o Le District (225 Liberty St, tel. 212/981-8588) mistura mercadinho, délicatesse, bar e restaurante em um lugar só.
Com vinhos em taça, do lado de dentro, e mesas com vista para o rio, do lado de fora, é só deixar a noite cair…
Mala de bordo nas medidas certas
Onde ficar em Lower Manhattan
Com a recuperação pós-11 de setembro, o número de hotéis em Lower Manhattan tem aumentado, e muito — uma boa oportunidade para se hospedar em uma região que está bem conectada ao resto da cidade e onde têm surgido novas atrações a cada ano. Os hotéis são voltados para o público executivo, mas não são nada caretas (e você ainda pode tentar caçar boas tarifas aos finais de semana)
Nova York, bairro a bairro
Entre os últimos hotéis a inaugurar na região está o elegantérrimo Four Seasons Downtown, inaugurado em 2016.
Veja o nosso dossiê completo de hospedagem em Lower Manhattan, com 20 hotéis comentados entre Tribeca e Financial District, clicando aqui.
Mariana viajou a convite do NYC & Company.
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16 comentários
Acho que não vale a pena. Se vc ficar em Manhattan, vc faz tudo a pé..Nem de alugar carro precisa. Andei tudo lá sozinha à pé, sem falar o inglês direito. Um espetáculo! Qdo tinha dúvidas, eu perguntava para a polícia (tem em cada esquina), com o google tradutor.
Esse excelente post não está no Índice de Posts de NY. Acabei achando meio por acaso, por meio do Google. Seria bom incluir
Olá, Rogério! Boa lembrança, vamos acrescentar, obrigada!