Instituto Moreira Salles, um dos melhores segredos do Rio
O Instituto Moreira Salles (ou IMS), no Rio de Janeiro, não é um lugar que se encontre casualmente, ao passear pela cidade. Fica na Gávea, um bairro movimentado, mas não exatamente turístico como Ipanema, Copacabana ou Lapa, em um trecho da avenida Marquês de São Vicente um pouco mais distante do burburinho. Talvez por isso, visitar o centro cultural é como sentir ter descoberto um segredo do Rio.
O IMS do Rio de Janeiro (há outros dois, em Poços de Caldas e em São Paulo) ocupa uma mansão em que a família do falecido banqueiro Walther Moreira Salles residiu na cidade. A propriedade, sozinha, já faria o passeio valer a pena. Projetada e construída entre 1948 e 1950, é um registro da nossa arquitetura moderna; tem jardins desenhados por Burle Marx e, em volta, todo o verde da mata atlântica.
São poucos os museus em que ficar fora das salas de exposição é um prazer tão grande quanto ficar dentro.
O Instituto Moreira Salles tem uma programação sempre interessante, e em que o próprio Rio de Janeiro com freqüência é destaque. Principalmente por causa do acervo do instituto, um tesouro que contém, entre outras coisas, cerca de 800 mil fotografias que registram a história da cidade e do Brasil a partir do século XIX. Desde 2015, esta coleção tem lugar cativo na Galeria Marc Ferrez, que fica na parte mais alta do centro cultural.
Na casa principal há mais espaços de exposições, e, quase escondida na mata, uma pequena sala de cinema. Não dá para ir embora sem tomar alguma coisinha no café, que é um charme, e também sem espiar as vitrines da loja, em que livros de fotografia são destaque absoluto.
Como visitar o Instituto Moreira Salles
O Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro, fica na Avenida Marquês de São Vicente, a principal via do bairro da Gávea.
Para ir de transporte público, vá de ônibus com as linhas Troncal 5 (Alto Gávea x Central, via Praia de Botafogo), 537 (Rocinha x Leblon), 538 (Rocinha x Botafogo) ou 539 (Rocinha x Leme). Há estacionamento gratuito no local, mas são poucas as vagas.
Programas nas redondezas que vão bem depois do IMS: o Shopping da Gávea (Marquês de São Vicente, 52) tem quatro teatros, sempre com peças bacanas em cartaz. O Baixo Gávea (entorno da praça Santos Dumont) anima a partir do happy hour e, de quinta a domingo, chega a quase fechar a rua de tanta gente bebendo na calçada. Um programa diurno para combinar com o IMS é o Jardim Botânico (leia mais aqui). Com crianças, você pode juntar o Instituto Moreira Salles com o Planetário (Rubens Berardo, 100).
Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro
- R. Marquês de São Vicente, 476 | Aberto de 3ª a domingo, e feriados, das 11h às 20h | Entrada gratuita para exposições | Cinema: R$ 23 (inteira) de 2ª a 6ª; R$ 26 (inteira) aos sábados, domingos e feriados
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4 comentários
Eu sou uma fã do IMS e sempre que vou ao Rio o visito. Mas minhas últimas descobertas no Rio foram nos bairros de Gamboa e Saúde, que ganharam mais vida depois da restauração da Praça Mauá. Sugiro uma caminhada por aí, com paradinha para samba na Pedra do Sal ou no Trapiche Gamboa e angú no Angú do Gomes (pra quem gosta!). Uma parte descoberta recentemente é o Cemitério dos Novos Pretos, que funcionou por esta área entre os anos de 1769 e 1830 e foi encontrado numa restauração há poucos anos. Neste lugar eram enterrados os negros recém-chegados à colônia, mortos ou doentes devido aos maus tratos durante a travessia do Atlântico. Hoje é considerado o maior cemitério de escravos das Américas e trasformou-se num centro cultural. Espiem: http://www.pretosnovos.com.br.
Deixo um roteiro: https://aquimequedo.com.br/2015/09/25/o-rio-de-janeiro-que-voce-ainda-nao-conhece/
Estivemos lá depois que li um post aqui. Fomos com crianças e combinamos com o Planetário que fica no mesmo bairro.
Conheci o IMS na 1a ConVNVenção, indicação da Majô, se não estou enganada. Toda vez que vou ao Rio a trabalho fico querendo ir praqueles lados, pois sempre tem uma expo interessante, mas nunca dá tempo e acabo ficando pelos Centros Culturais do centro da cidade.
Achei o IMS um lugar pra lá de lindo… Além de tê-lo visitado em uma ocasião em que fortaleci queridas amizades 🙂
Adri, o IMS é um dos meus lugares preferidos no Rio. O tempo em que morei lá adorava ir, mesmo quando a exposição não era das melhores, só pra tomar um café e ficar sentada naquele jardim incrível. Sem contar que todo aquele verde faz o Instituto ser um ótimo lugar pra fugir do calorão.