10 passeios nas Ilhas Cayman
Enviado especial | Hugo Medeiros
O Viaje na Viagem recebeu um convite do Departamento de Turismo das Ilhas Cayman que repassamos ao Hugo Medeiros, um trip com histórico relevante de contribuições (se você perdeu a “Lista do Hugo”, uma superpesquisa de hotéis em Nova York que ele compartilhou na fase ViajeAqui do blog, pode conferir as suas dicas de Santa Catarina em grande estilo, que continuam no ar).
O ótimo relato do Hugo vai ser publicado em três capítulos: no de hoje você vai ver os principais passeios de Grand Cayman; no próximo segmento, dicas gerais e também de hospedagem e alimentação; e como bônus, no terceiro post o Hugo traça um paralelo entre Grand Cayman e Fernando de Noronha, para onde ele já tinha férias marcadas logo depois da volta do Caribe. Passo o microfone a ele:
Impressionante como as coisas mudam de uma hora para outra. Era uma tarde de segunda-feira e eu estava no escritório trabalhando quando recebi um e-mail da Elisa Araújo, do Viaje na Viagem, perguntando se poderia fazer uma viagem para conhecer as Ilhas Cayman. De imediato assumi minha ignorância geográfica, acessei o Google Maps e vi que as ilhas ficam pouco abaixo de Cuba, muito próximo de Miami. Liguei para minha esposa, ouvi um alegre “claro que você pode ir”, e pronto, estava tudo acertado.
Poucos dias depois estava deixando minha esposa e meu filho em casa para uma empreitada rumo a terras desconhecidas. E coloca desconhecidas nisso, porque fiz uma grande busca na net e encontrei pouquíssima informação sobre o lugar, sendo que as maiores referências foram sobre as ilhas como paraíso fiscal.
Agradeço ao Ricardo Freire e à Elisa por terem me dado essa oportunidade. Tenham certeza de que me dediquei muito para apresentar um material que estivesse à altura da qualidade deste site.
Embarquem comigo nessa viagem, e espero que gostem do passeio.
Grand Cayman: os passeios
Quando chegamos em Grand Cayman, uma ilha menor do que Ilhabela e com apenas 50 mil habitantes, pensei que a principal, e provavelmente única atração, seria o mar. E eu não poderia estar mais enganado. O que se vê por lá é uma estrutura turística que atende todos os gostos e idades, permitindo que um viajante passe por experiências novas a cada dia.
O melhor de tudo é a Stingray City, e só ela já justifica a viagem. Mas tem muito mais coisa, e certamente que estiver por lá irá encontrar algo que lhe agrade.
Camana Bay
Camana Bay é um complexo formado por lojas, restaurantes, escritórios e apartamentos, em uma localização bem central, próximo do aeroporto.
Apesar da descrição lembrar um shopping, valem algumas observações. Trata-se mais de um centro de entretenimento a céu aberto, onde se pode passear, comprar, comer e se divertir.
Não espere encontrar um lugar lotado. O ponto alto do Camana é passear entre as lojas, degustar um sorvete ou parar num restaurante, com bastante tranquilidade e calma.
É um ótimo programa para o fim de tarde, principalmente para um lanche ou happy hour. Não consegui ver os preços dos produtos, mas pelo que comentaram são um pouco mais altos do que em Georgetown (centro de Grand Cayman).
Stingray City
Se tem um lugar que pode ser considerado imperdível nas Ilhas Cayman, é Stingray City, uma laguna que se tornou colônia de arraias. Trata-se de único local do mundo em que se pode nadar com várias arraias em seu ambiente natural. E quando digo nadar, estou exagerando, porque na realidade você anda no meio do mar, numa profundidade máxima de 1 metro, levando trombada de arraia por todos os lados.
Tem arraia de todos os tamanhos, desde as pequenininhas até as gigantes, e elas circulam livremente entre os turistas. É uma experiência fabulosa, para pessoas de todas as idades. Desde crianças pequenas, que podem ficar no colo dos pais, até idosos, todo mundo pode aproveitar.
Existem várias empresas que vão até lá, mas vou falar especificamente de duas. A primeira é a Red Sail, que por 75 dólares por pessoa leva até Stingrey City, aguarda em torno de 45 minutos para mergulho com as arraias, depois nos leva até um segundo ponto para snorkel e então retorna para a Ilha.
O problema da Red Sail é que o segundo ponto de snorkel é muuuito fraco. E sinceramente, mesmo que fosse muito bom, depois que você pára em Stingray qualquer coisa vai ser mais ou menos. E se não bastasse, na volta eles costuma içar a vela e velejar, o que atrasa bastante o retorno.
A vantagem é que você vai num grande catamarã, que reduz as chances de enjoo e dá mais estabilidade para entrar e sair do mar.
Outra opção, que é a que considero mais adequada, seria fechar um programa no Dolphin Cove incluindo uma atividade com os golfinhos, que vou comentar a seguir, e uma ida até Stingray. O pacote custa 160 dólares, e exige pelo menos uma manhã ou uma tarde. Com isso é possível fazer dois passeios espetaculares (arraias e golfinhos) indo a apenas um lugar, e sem precisar perder tempo numa segunda parada para snorkel.
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Dolphin Cove
Eu não sou criança já faz vários anos, mas curti muito ir à Dolphin Cove. O que achei interessante é que os golfinhos não ficam presos em tanques, mas numa espécie de cercado em plena integração com o oceano. Eles podem ir para o mar e voltar quando quiserem, pois basta um pequeno salto para sair da área cercada. Com isso, segundo o pessoal de lá, nunca tiveram qualquer incidente, já que a sensação de liberdade reduz o stress dos golfinhos.
Mas com comida de graça e farta, poucos se aventuram no oceano, e quando o fazem voltam rapidamente. O que acontece com mais freqüência é alguns golfinhos “selvagens” aparecerem para fazer um lanche.
Primeira dica: não economize no pacote. Pegue logo o ultimate e seja feliz. Depois que você cai na água quer fazer todas as atividades, só que aí já será tarde para qualquer mudança. Por 160 dólares você faz todas as atividades e ainda vai em Stingray City. Nesse esquema você faz a atividade com os golfinhos e depois pega um barco que vai direto para Stingray City, fica lá em torno de 1 hora e retorna. Esse pacote completo demora em torno de 4 horas.
Segunda dica: não se preocupe com fotos ou filmagens. A própria Dolphin Cove faz um filme e tira fotos para você não precisar se preocupar com mais nada. Tudo isso já incluído no preço do pacote. A qualidade é ótima e no final você recebe dois CDs, um com as fotos e um com o filme.
Terceira dica: tente não ir nos dias de semana, pois sempre que tem navio em Grand Cayman o lugar fica lotado. Nos finais de semana costuma ser mais sossegado. Um bom jeito de se programar é descobrir quais são os dias em que não haverá cruzeiro aportado na ilha durante a sua estada.
Outra vantagem é que o brasileiro Alan Parada trabalha no Dolphin Cove, e quem estiver lá pode pedir para falar com ele, e certamente terá um atendimento muito especial, ou se quiser alguma informação basta mandar um e-mail em português mesmo (clique aqui).
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Atlantis Submarine
Presente em outras ilhas do Caribe, a Atlantis permite mergulhar no oceano sem se molhar, dentro de um pequeno submarino. É uma experiência legal, mas não fabulosa. Fomos à noite e não vimos muita vida marinha, não sei se pelo horário ou se naquela área os peixes foram afugentados pela movimentação do próprio submarino.
O que vale mesmo é estar dentro do submarino. Acredito que seja algo que se deva fazer pelo menos uma vez na vida, até porque o custo não é tão alto (em torno de 84 dólares por pessoa). Mas na minha opinião, é mais recomendado para famílias com filhos, que certamente irão curtir muito mais, e poderão contar para os colegas que estiveram num submarino. Para os casais, só vale a pena se tiverem tempo e dinheiro sobrando ou que queiram viver esta experiência.
Snorkling Eden Rock
O Snorkling Eden Rock provavelmente foi uma das melhores surpresas da viagem. Isso porque chegamos numa loja de mergulho, muito próxima do porto, e lá recebemos máscara e snorkel para mergulharmos. Quando vi os imensos navios tão perto já fiquei pensando na roubada que era cair na água. Mas já que estávamos lá o melhor era tentar aproveitar.
E para minha imensa surpresa a água é super cristalina. O mar é calmo, a vida marinha está por todo lado, com peixes e corais para onde olhamos, e tudo isso bem no centro da cidade, sem precisar entrar num barco ou ter que andar quilômetros até um ponto de mergulho. O aluguel da máscara e do snorkel custa 11 dólares, sendo que você pode ficar o dia inteiro mergulhando.
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George Town
Esse pode ser considerado o centro de Grand Cayman. É aqui que estão as lojas duty free, principalmente de bebidas, perfumes e jóias.
Como as Ilhas Cayman são conhecidas como paraíso fiscal, é normal pensarmos que tudo lá seria barato, mas não é bem assim.
As bebidas nos restaurantes são caríssimas, mas nas lojas elas tem ótimos preços. Para se ter uma idéia, um litro de Vodka Absolut pode ser encontrado por 12 dólares. Só que para um turista é difícil carregar esse volume e peso durante o resto da viagem.
Os perfumes são um pouco mais baratos dos que nos EUA, então a compra pode ser feita onde se tem mais tempo livre. Se o período em Cayman é maior, entre na loja e aproveite.
Mas um dos principais benefícios são as jóias e relógios. A loja referência nesse segumento é a Kirk Freeport que representa diversas marcas de luxo no melhor estilo tax-free.
Por isso, vale a pena para quem estiver querendo adquirir um produto de alto luxo, pois sem dúvida encontrará preços melhores até do que os encontrados nos EUA.
Cayman Turtle Farm
A fazenda de tartarugas de Cayman é o Projeto Tamar de lá, só que num estilo americano. Ao invés de apenas criar e tratar das tartarugas, foi construído um grande complexo, com tartarugas de todos os tamanhos, uma grande piscina artificial para snorkel e um pequeno parque aquático.
É uma atração voltada para crianças e quem gosta da natureza. Para percorrer todo o parque é preciso algum tempo e disposição, pois o tudo é feito sob o sol. Mas com certeza você nunca terá visto tantas tartarugas marinhas em um mesmo lugar.
Com o auxílio de um funcionário é possível pegar um filhote de tartaruga nas mãos, o que faz a alegria das crianças, e de muitos adultos.
Não é um local barato, sendo que o ingresso apenas para o Turtle Farm custa 30 dólares por adulto e para todo o complexo custa 45 dólares por adulto. Minha sugestão é pegar o ingresso apenas para o Turtle Farm, pois em pleno Caribe não se justifica muito ficar em um parque aquático.
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Cayman Motor Museum
Num primeiro momento pode-se pensar que se trata apenas de um pequeno museu, com alguns carros antigos, bem “pega-turista”. Mas felizmente não é nada disso que se vê.
Esse museu particular foi criado pelo milionário Andreas Ugland, que até alguns anos atrás tinha carros espalhados por todo o mundo, e finalmente resolveu reuni-los em Grand Cayman.
O lugar é pequeno mas muito bem decorado e montado. Inclusive, como são muitos carros, impressiona ver a distância milimétrica entre os automóveis. Se o museu fosse 2 ou até 3 vezes maior, ainda assim os carros seriam suficiente para preencher o espaço.
E lá você encontra raridades como o primeiro batmóvel feito para a antiga série de TV, o primeiro automóvel das Ilhas Cayman, várias Ferraris, Rolls Royce, etc, sendo que o tudo pode ser visto por apenas 15 dólares.
Podem acreditar que é um programa para toda a família e para todas as idades. Mesmo quem nunca se interessou por automóveis com certeza irá aproveitar, seja pela beleza dos carros, seja pela história que cada um tem.
Praias
Se tem algo que não falta em Grand Cayman são belas praias. Onde você esteja terá uma praia por perto. As que visitei e gostei foram as praias da Seven Mile Beach, central e com vários hotéis, Rum Point, que tem diversas opções de entretenimento, como aluguel de Jet ski e mergulho e Cemitery Beach, também na área central e como excelente visibilidade para snorkeling.
As faixas de areia são bem generosas, mas em algumas praias, como a Cemitery, não têm bares de apoios. Em outras, como Red Point, a estrutura é completa, com diversão para toda a família.
Mesmo agora em agosto, que é a baixíssima temporada, o tempo estava geralmente bom, com alguns dias nublados, mas nada que atrapalhasse.
Mergulhos
Quem gosta de mergulhar não deve perder a oportunidade de fazer isso em Cayman. Por lá existem vários naufrágios e uma farta vida marinha, que garante muita diversão. Inclusive, segundo divulgam, são 365 pontos de mergulho em torno das Ilhas Cayman, permitindo que você esteja em um lugar diferente a cada dia do ano. Uma das grandes atrações é o USS Kittiwake, que é o primeiro navio americano doado para um governo estrangeiro, e que foi afundado para se tornar um coral artificial.
No entanto, como o mergulho é uma atividade que demanda um bom tempo, em torno de 4 horas, eu acho que vale a pena para quem ama mergulhar ou vai ficar pelo menos 4 dias em Cayman.
Digo isso porque quem fica apenas 3 dias já irá apreciar muita vida marinha sem a necessidade de um mergulho com cilindro, então é melhor otimizar o tempo e se dedicar às outras atividades.
Para quem tiver pouco tempo, mas ainda assim quiser mergulhar com cilindro, sugiro ir até a Eden Rock, pois por apenas 65 dólares é possível efetuar um mergulho guiado, sem a necessidade de um deslocamento com barco. Só que para isso é preciso possuir certificação para mergulho, algo que deve ser feito ainda no Brasil.
Duas operadoras recomendávies: Red Sail e Eden Rock Dive.
Pedro Saint James
Trata-se de um antigo casarão que foi inteiramente reformado para abrigar diversos artefatos históricos das Ilhas Cayman. O local é muito bonito, mas eu recomendaria a visita apenas para quem estivesse passando de carro pelo local e tivesse interesse na história do lugar.
O ingresso custa 10 dólares por pessoa. E quem estiver passando por lá aproveite para comprar na loja de lembrancinhas, que tem os melhores preços que encontrei.
Leia mais:
- Ilhas Cayman: quando ir, como chegar, como se preparar
- Grand Cayman: onde ficar
- Grand Cayman: onde comer
- Uma comparação entre Cayman e Noronha
- Caribe: que ilhas dá para combinar na mesma viagem?
- Praiômetro: sol e chuva mês a mês em 42 destinos do Brasil e Caribe
68 comentários
Parabéns pelo relato! Nunca tinha nem pensado em conhecer e terminei a leitura praticamente marcando a passagem.
Estou muito feliz em saber que vocês gostaram do post. Escrever aqui no Viaje da Viagem é sempre difícil, porque o nível dos leitores é muito alto.
Espero que consiga manter o nível nos próximos capítulos…..
E as fotos são todas minhas :). Até tinha algumas de divulgação, mas morro de raiva quando vejo uma foto maravilhosa e quando chego no lugar não encontro nem metade daquilo que tinha visto. Então o que você estão vendo é real mesmo, e se forem lá com certeza tirarão fotos ainda mais bonitas.
Majô, agora só falta nos conhecermos pessoalmente.
Sim, Hugo, precisamos nos conhecer “ao vivo” 😉
Adorei conhecer o Hugo com quem já troquei figurinhas no VnV 😆
Como sempre, o relato do Hugo é minucioso e um guia para visitarmos as ilhas Cayman.
As fotos estão bárbaras 😉
Muito legal o relato Hugo, não tinha nenhuma informação das ilhas Cayman e agora já estou googlando procurando mais!
Artigo excelente…. Não pensei que pudesse existir um lugar com uma beleza tão encantadora
Caramba, um lugar que nunca pensei que era tão bonito!
Hugo,
Excelente relato! Parabéns! 🙂
Laert,
Pelos Eua vc precisará do visto americano sempre!Pelo Panamá e por Cuba não.
Existe uma empresa muito boa que faz voos diretos de Grand cayman para várias cidades como Miami, New York, Chicago, Tampa WDC, etc
Caymanairways.com
Para chegar às Ilhas Caymã, com escala em Miami, é necessário ter visto norte americano?
Olá, Laert! Precisa. Não existe a figura de trânsito nos Estados Unidos. Desceu, tem que fazer imigração.
Muito bom! Será que dá para aproveitar e abrir uma conta bancária por lá????
Não Carlos, só quem tem residencia lá pode :).