Instapost: passeando no Marajó
Quer saber onde eu estou? É só me seguir no Instagram (@riqfreire) ou no Twitter (@riqfreire), ou dar uma olhadinha no Facebook do Viaje na Viagem, onde as fotos são reproduzidas. Mas ontem a safra foi tão bacana que eu fiquei com dó de não trazer instantaneamente aqui pro site.
Estou na Ilha do Marajó (é “do” mesmo, pessoal) — e gostando muito mais do que esperava. Soure é um vilarejo encantador. E tudo por aqui é incrivelmente fotogênico.
Superbásico é como eu definiria o café da manhã da pousada Casarão da Amazônia. Não tem frios e o leite é em pó. Mas vem com dois luxos: carambolas e sapotis do quintal.
Peguei um mototáxi para ir à praia do Pesqueiro. Cheguei na maré alta, quando o coqueiro aproveita para se refrescar. Pedi uma porção de queijo do Marajó — amanteigado, cremosinho, quase um requeijão durinho.
Quando deu meio-dia e meia o mototáxi veio me buscar para levar à Fazenda São Jerônimo, que realiza um ótimo passeio tudo-em-um.
Em duas horas você anda pela mata, desce um igarapé de canoa, caminha por uma praia deserta, percorre a passarela de um incríííííível manguezal e de quebra ainda monta num búfalo por vinte minutos. Recomendo.
Voltei a Soure com o mesmo mototáxi (R$ 6), a tempo de almolanchar o Tacacá da Tia Raimunda (R$ 6). O tacacá estava uma delícia, mas o bom mesmo foi escutar de enxerido o papo de comadres marajoaras que estava rolando entre as freguesas. “Minha filha aceitou meu genro de volta, e agora ele tá com as duas ao mesmo tempo”. Oi oi oi! Passa a pimenta, dona Raimunda!
Continuei até o portinho, fui voltando pela orla e pensando que deveria ter pego uma bicicleta na pousada — coisa que farei hoje. Que coisa mais fofa essas meninas voltando da escola à sombra das mangueiras da 4a. Rua!
Pouco antes da novela, seguindo mais uma dica da Luciana Pordeus, fui às Delícias da Nalva. Mas não pedi o banquete, não — seria comida demais. Escolhi o que me pareceu mais exótico e típico do cardápio — um “frito do vaqueiro”, que dona Nalva me explicou ser o café da manhã do vaqueiro marajoara: picadinho frito de fraldinha com pirão feito com farinha branca e leite de búfala. “Aqui eu fervo, mas na fazenda eles ordenham a búfala com o prato de farinha por baixo”. Docinho, delicioso, contrastando com o salgado do picadinho (R$ 30, daria para dois).
Viagem feita em 2012. Para dicas mais atuais, clique aqui.
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Fui a Belém e Majaró em jan/2017. Em Belém vale a visita ao polo joalheiro, mangal das garças, ver o peso (não deixem de experimentar os peixes maravilhosos servidos la) e estação das docas.
Fomos a marajó com destino a Salvaterra; fomos guiados por um paraense “bem relacionado” (e muito simpático) que nos apresentou o melhor da região. O catamarã Belém-Salvaterra é muito confortável (poltronas macias e ar condicionado) e custou R$ 35 por pessoa. Nos hospedamos em Salvaterra na pousada do Melo (Pousada Don Melo). Estávamos em “casa”. A pousada tem uma vista incrível e tem restaurante. Lá comemos caranguejo, caldeirada de filhote e carne de búfalo assada. Tudo maravilhoso! Não deixem de provar a carne, o queijo, o doce… tudo de búfalo é dos deuses. O queijo é como um requeijão de corte: sem palavras do tanto que é bom. O doce de leite então, o melhor que eu comi na vida. Passamos na fazenda mironga pra comprar e trazer pra casa (a fazenda fica entre a cidade de Soure e a Praia do Pesqueiro). Aliás que praia linda!!!! Vale a visita e o repeteco. Amamos!!!
O povo paraense é muito simpático!! Sentimos apenas por ser longe de onde estamos, pois do contrario é certo que voltaríamos com mais frequência.
Única coisa a considerar: em janeiro é no inverno paraense. Muita chuva e muito, mas muito carapanã (pernilongo, muriçoca). Preparem-se com muito repelente!!!
Vão ao Pará! Vão a Marajó!!! É top!!!!
Atualização: Delícias da Nalva está aberto, com as duas filhas da fundadora tocando o restaurante, no mesmo bat-local. Estive lá agora em janeiro de 2017 e o frito do vaqueiro continua ótimo. Abraços.
Restaurante continua com filha da Nalva!
Comecei a fazer algumas trilhas no leste do Marajó. Moro em salvaterra. Ontem atravessei pela primeira vez para Soure, iniciando pelo farol e pela praia do Pesqueiro. fiquei encantado, e já planejo novas trilhas. Simplesmente, magnífico.
Este blogue é em Inglês. O objetivo é divulgar para o exterior, mas será traduzido. caminhosamazonicos.blogspot.com. Sou de Altamira, mas sou fascinados pelo Marajó e pessoas daqui. Aguardem e abraço em todos.
Olá Pessoal.
O restaurante Delicias da Nalva foi reaberto no final de 2015 e está sendo tocado por suas filhas. Estivemos lá em 08/09/16 para comer o Frito do Vaqueiro e estava maravilhoso!
Olá, estou indo em família para Marajó em agosto e gostaria de saber se há táxi disponível na chegada em Soure para que possamos nos deslocar para a Pousada O Canto do Francês.
Olá, Adriana! Tem sim. Em março custava 20 reais.
Olá! Seguem informações atualizadas sobre Marajó… Algumas impressões minhas também, talvez mais sinceras do que politicamente corretas…
Passei o carnaval em Marajó, na verdade 2 noites em Belém e 3 em Marajó.
Chegada em Marajó:
Como aluguei carro para todo o período em Belém e Marajó, para a travessia é necessário ir até Icoarací e lá embarcar no Ferry Boat que faz a travessia até o porto de Camará. De Belém até Icoarací é muito tranquilo, cerca de 30 a 40 minutos com calma (saindo do centro em direção ao aeroporto, mais ou menos o dobro da distância centro x aeroporto). O que achei muito ruim foi o único horário (7h, com embarque 6:20 h), tivemos que acordar muito cedo.
A travessia é tranquila, não balança quase nada (ao contrário do que algumas pessoas que foram de catamarã direto de Belém nos testemunharam), o problema é que demora. São 3:30 hs de viagem, custa R$ 113,00 o carro pequeno + R$ 15,00 por passageiro. Chegando em Camará pegamos mais uns 30 minutos de estrada até Salvaterra, de onde sai a balsa para Soure (R$ 16,20 e dura 10 minutos).
A estadia
Bom, eu sempre uso o Booking, mas acho que em Soure o Booking não é a melhor opção, simplesmente porque no site existem pouquíssimas opções, enquanto lá eu pude observar diversas outras pousadas com boa localização e aparentemente boas.
Como usei o Booking e fiz a reserva com certo atraso, não havia vagas na Casarão da Amazônia, então optei pela Eco Pousada Paracauary (com boa votação e algumas referências). Definitivamente não foi a melhor das opções. Entendo que independente de simplicidade é possível se oferecer um pouco mais de higiene, conforto aos hóspedes com os mesmos recursos. A pousada se situa na beira do rio Paracauary, mas não há (com exceção do local onde é servido o café) exploração, utilização dessa posição privilegiada. Eu me sinto até mal de ter que dizer isso, mas o quarto onde eu fiquei é tosco… Desde os 3 tipos de piso diferentes remendados no chão até a maçaneta da porta quebrada, as teias de aranha pelo banheiro que mal cabe uma pessoa dentro, o cheiro de mofo no quarto… Enfim, a minha dica é que procure pelo google nomes de pousadas, ligue, peça fotos.
Restaurantes:
A boa notícia é que o restaurante Delícias da Nalva reabriu. A família está tocando o restaurante com muito cuidado, o atendimento das netas dela, filhas, foi excelente. A comida, muito boa! Um prato para dois custa entre 55 e 60 reais.
À noite fomos (por recomendação do pessoal do Casarão da Amazônia) ao Café Soure. Trata-se de uma portinha quase imperceptível, anexa a uma pousada, onde você senta e assiste ao francês (François) cozinhar de forma muito prática (e rápida) para você. Gostei e voltei! Destaque para o Filé de Búfalo ao molho de manteiga e alho.
Passeios:
Estive na praia do Pesqueiro e na Barra Velha, preciso ser sincero, não gostei muito. Não enxerguei a beleza que esperava, os petiscos das barracas estavam ruins, a praia muito rasa para banho (quilômetros de agua na canela).
Praia linda mesmo eu vi no passeio pela fazenda São Jerônimo. Vi no tripadvisor muita gente comentando que era um excelente passeio, outros comentando que não valia a pena. Fico no meio termo, vale a pena, se está em Soure, tem que ir lá. O manguezal é interessante e a praia do Goiabal é um espetáculo.
Tivemos uma experiência negativa com a turma dos passeios de barco. No nosso caso foi com o pessoal do bar/restaurante Ilha Bela. Marcamos o passeio e quando chegamos ao local marcado, antes do horário, o pessoal já havia saído, ou seja, apareceram outras pessoas, eles se mandaram… Uma turma de SP que conhecemos na viagem desistiu de um passeio semelhante (não se sentiram seguros com o barco) e inclusive a responsável pelo passeio fez algumas ameaças tentando intimidar o pessoal. No fim das contas seguimos todos para o ponto de saída das “rabetas” e por menos da metade do preço fizemos um passeio duas vezes mais interessante (fomos ao furo do Miguelão). O passeio foi um pouco demorado, mas valeu a pena.
Por fim, não acho que seja pecado dizer isso: para mim Marajó não foi um bom custo x benefício. Não foi uma experiência negativa, longe disso, mas achei muito sacrifício para pouco efeito. A cidade está muito mal cuidada, falta estrutura, faltam pontos interessantes. Não é um local rústico, rico em belezas naturais… Me pareceu muito mais um local precário, onde o turismo é frágil e te deixa o tempo todo na dúvida: “estou mesmo me divertindo?”. Ficamos com a sensação de que as coisas mais interessantes do Pará estavam mesmo em Belém e que lá teríamos aproveitado melhor os dias.
Mauro, acabo de voltar da Ilha do Marajó.
Aluguei um carro em Belém, o que facilitou demais a vida na Ilha com crianças.
Minha família teve uma experiência bem diferente da sua. Achamos as praias paradisíacas e, tomando cuidado para evitar locais de raias, tomamos excelentes banhos no Pesqueiro e em Barra Velha. A cidade de Soure é um charme, tem ótimos restaurantes e os passeios ao curtume e aos artesão são ótimos.
Também não gostei muito da Fazenda São Jerônimo. Exceção feita ao passeio de búfalo, o que lá se vê (praias, rios e mangues) existe em outros lugares da ilha. Cobra-se caro (100 reais o adulto e 50 a criança) e nada oferecem no final (batalhamos por um copo d´água!).
Fiquei no Casarão da Amazônia. Só fachada, literalmente. Os preços são abusivos e os serviços de qualidade bem duvidosa. Não vale a pena.
Olá, pessoal! Como leitor assíduo, resolvi dividir minha dúvida pra ver se alguém me ajuda. 🙂
Sou de SP e vou com a minha esposa passar o carnaval em Belém. Chegamos sábado na hora do almoço e o voo de volta está marcado para terça, às 19h.
Queria MUITO conhecer a Ilha do Marajó, mas tb queria conhecer Belém. No sábado iremos passear em Belém. E o que vale mais? Ir para Souré no domingo pela manhã e já voltar na segunda-feira à tarde ou voltar na terça, direto para o aeroporto?
Fico com medo de querer ver tudo e acabar não vendo nada. 🙂
Olá, Renato! Achamos muito, muito difícil que você consiga quebrar o pacote de hospedagem de carnaval no Marajó. Já tentou?
Eu também. Estou em contato com todas as pousadas. Se conseguir, aviso. 🙂
Estive agora Jan/16 na Ilha do Marajo e gostaria de avisar que o restaurante da D.Nena reabriu administrado pelas filhas dela e com o mesmo cardápio.
As filhas e a neta de Nalva decidiram dar continuidade ao negócio: o restaurante “Delícia da Nalva” está funcionando de novo e mantendo o padrão anterior. E aquela trilha suspensa sobre o mangue que você fotografou na Fazenda São Jerônimo está bem diferente, toda novinha e mais forte. 🙂
Boa….Bernardo Mariani
estou fechando meu roteiro…e acabei de colocar o restaurante tão bem falado na lista….
O cardápio pode ser igual, mas a qualidade caiu.. e muito!