Havaí: uma voltinha por Oahu, de Waikiki à North Shore
Enviado especial | Gustavo Belli
Sabe aquele lugar que você sempre sonhou conhecer? Esta era minha relação com o Havaí. O arquipélago americano do Pacífico Norte estava na minha lista de destinos por variados motivos, como os filmes da sessão da tarde com o Elvis, alguns seriados atuais, os documentários sobre os bombardeios japoneses à base de Pearl Harbor e também por ser a meca do surf.
Peguei outra vez a Bóia emprestada, aproveitei mais este convite do Viaje na Viagem e fui conhecer o Havaí.
Nossa primeira parada em território havaiano foi na ilha de Oahu, a mais famosa e que se encaixa no perfil do Havaí imaginado pela maioria dos brasileiros.
Para chegar nas ilhas do meio do Oceano Pacífico são necessárias várias horas de voo, mas a opção escolhida para esta nossa ida foi a melhor possível: fomos de Guarulhos até Los Angeles num voo direto da American Airlines, e com somente duas horas de espera em escalas já estávamos em outro voo direto até o Aeroporto Internacional de Honolulu. Chegamos às 13h30.
Apesar do cansaço de 18 horas voando e 7 fusos horários, ao chegar no nosso hotel em Waikiki o que eu mais queria era dar um mergulho naquele marzão azul.
Ficamos hospedados no Hyatt Regency Waikiki Resort & Spa. O hotel não é pé na areia, mas a praia está próxima, atravessando a avenida Kalakaua, a principal de Waikiki. Esta avenida se torna beira-mar bem em frente ao hotel; foi atravessar a rua e estava nas famosas águas havaianas.
Com minha mente “desfusada”, eram 3 da tarde no horário local e 10 da noite no Brasil — eu deveria estar jantando. Fiz um stop no Mc Donald’s da esquina e descobri que além do sanduíche e batatas, o lanche do Mac deles vem com abacaxi picado, muito típico e local.
A praia de Waikiki possui ampla estrutura hoteleira não ao acaso: pesquisaram qual seria a região menos chuvosa da ilha e com melhores condições para a diversão dos turistas.
Sua faixa de areias brancas foi criada através de aterros e molhes de contenção que formam piscinas de águas cristalinas, fazendo a alegria dos visitantes. Enfim, foi jogar minha mochila na areia e pular naquele mar.
Uma pequena ironia da história, hoje as praias de Oahu são invadidas por japoneses, que chegam ao Havaí e principalmente à ilha de Oahu por ser o destino no ocidente mais próximo da Ilha do Sol Nascente. Muitas famílias com crianças, casais jovens e recém-casados se divertem nas águas calmas de Waikiki.
Com um pouco do tempo livre, após alguns cliques da região, fui dar uma caminhada nos arredores do hotel, que está muito bem localizado na Avenida Kalakaua, próximo a vários centros comerciais e lojas de alto luxo como Louis Vuitton, Jimmy Choo e uma grande Macy’s. Por sorte achei uma loja das Crocs e resolvi meu problema de lembrança para meu filho de um ano e meio.
Achei esta região, que possui muitos hotéis, um excelente ponto para se hospedar, com muitas opções de restaurantes e entretenimento.
Voltei ao hotel, tomei meu banho rápido e já desci para conhecer o hotel e suas instalações. A gerência apresentou as últimas reformas e melhorias nos quartos.
Visitamos um deles, com sacada de frente para a praia, no momento que em que acontecia aquele lindo pôr do sol no Pacífico. Após conhecer toda a estrutura de piscina, academias, spa e bares do Hyatt, fomos recepcionados no restaurante Japengo, dentro do hotel, para um delicioso jantar, com destaques aos camarões havaianos crocantes e as grandes vieiras do Pacífico.
Como a programação terminava cedo, e com poucos momentos livres na viagem, aproveitei e combinei com a Lucia Malla, minha amiga virtual de alguns anos e moradora deste paraíso, para tomarmos um drink e nos conhecermos.
A Lucia é autora do blog Uma Malla pelo Mundo, leitura indispensável para quem planeja visitar as ilhas havaianas, e comanda a Zero CO Tours, uma empresa de tour pela ilhas ecologicamente responsável e com todos os passeios privativos e customizados, tudo sempre acompanhado por ela mesma como guia e motorista.
Ela escolheu para nosso bate-papo o famoso bar Duke’s (2335 Kalakaua Ave., tel. 1-808-922-2268 ). Duke foi um havaiano histórico e lendário, um atleta olímpico que segundo muitos foi responsável pela disseminação da cultura havaiana e do surf pelo mundo.
O bar Duke é um ponto famoso de Waikiki, lugar de encontro de turistas e locais, ideal para degustar algumas das muitas excelentes cervejas produzidas no Havaí. Comenta-se que o Adam Sandler é frequentador habitué do local.
Graças à boa companhia e bom papo da Lucia, consegui me manter acordado até as 22h. Esta é uma estratégia que uso para tentar entrar no fuso o mais rápido possível, ir dormir apesar das diferenças de horário, sempre o mais próximo da meia-noite.
Fui para minha merecida noite de sono, que no outro dia tinha North Shore.
Uma das coisas que mais curto nos EUA são os cafés da manhã. Acordar para um dia de turismo comendo uma boa omelete deixa o meu dia mais feliz, e ainda fazer isto na beira da praia de Waikiki foi o presságio de um grande dia.
Fizemos a refeição no Hula Grill (2335 Kalakaua Ave., tel. 1-808-923-4852), no belo complexo do hotel Outrigger Waikiki. Após este café reforçado, uma van nos esperava para irmos ao North Shore, o reduto dos surfistas em Oahu.
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Da região dos hotéis em Waikiki até o North Shore levamos aproximadamente uma hora cruzando a ilha.
Fizemos uma única parada rápida na fazenda de abacaxi da Dole (64-1550 Kamehameha Hwy, tel. 1-808-621-8408 ) para provar o famoso sorvete de abacaxi. Além dos sorvetes existe um passeio na fazenda, um labirinto enorme e uma grande loja com souvenirs havaianos e os mais variados produtos à base de frutas.
Uma dica: prove e compre as frutas secas deles. A banana e o abacaxi são deliciosos (e, sinceramente, o sorvete eu achei bem fraquinho).
Nossa primeira parada realmente no North Shore foi em Haleiwa, a primeira surf city ou cidade do surf do mundo. Todas as construções coloridas em madeira seguem um mesmo estilo e dão um charme ao local.
A dica aqui é provar as famosas raspas de gelo aromatizadas do Sr. Matsumoto.
De Haleiwa seguimos para a famosa Waimea Bay, a praia das ondas gigantes e sede do famoso torneio de grandes ondas Eddie Aikau, que somente ocorre com ondas acima de 20 pés, aproximadamente 6 metros. Para nossa sorte, neste dia estava uma lagoa, com mar azul turquesa e sem ondas.
Em Waimea batemos um papo com o capitão dos salva-vidas do North Shore, o brasileiro Vitor Marçal. O bate-papo foi super bacana, ele nos deu uma noção de como é viver neste paraíso por 25 anos e os riscos envolvidos em resgatar pessoas neste que é um dos mares mais cabulosos do mundo.
Como ninguém é de ferro, e apesar do bom papo, não resisti e fui obrigado a colocar a sunga e dar um pulinho naquele marzão, foi incrível.
Seguindo a dica do Vitor, paramos em Sharks Cove, ou Caverna dos Tubarões, uma península cheia piscinas naturais formadas pelos recifes e lava vulcânica, ideal para o snorkel.
Este é um ponto de parada bastante procurado. No seu estacionamento existem vários food trucks, muito tradicionais em Oahu.
Para nossa sorte, quando estávamos quase reembarcando na van, percebemos uma movimentação no mar e avistamos algumas baleias jubarte e seus filhotes.
Nossa próxima parada seria em Turtle Bay, onde está o único resort do North Shore, também chamado de Turtle Bay. Para se chegar à estrutura principal do hotel, passamos por uma agradável paisagem dos campos de golfe.
Paramos na torre principal de apartamentos, onde estão a recepção, piscinas e restaurantes. Além da torre principal, existe a opção de se hospedar em pequenas vilas mais exclusivas e com estrutura completa.
A grande sacada do Turtle Bay está na sua localização, no extremo de uma península, e com isso pode-se desfrutar de duas praias completamente diferentes: uma com boas ondas para o surf e mar aberto, e a outra praia como uma piscina natural, cercada pelos corais e rochedos.
Neste almoço tivemos a companhia do big rider brasileiro (surfista de ondas gigantes) Danilo Couto, que nos passou algumas curiosidades do Havaí, quais os picos para pegar as grandes ondas e as suas expectativas para competir no torneio Eddie Aikau, já que ele está na lista de selecionados, mas ainda como reserva.
O Danilo também nos contou que a piscina do Turtle Bay é um dos lugares onde ele mais curte trazer sua filha.
Após o almoço fomos conhecer as instalações do hotel, que possui estrutura planejada e completa para receber os mais exigentes turistas. Meu destaque vai para a academia que está no extremo do hotel, deixando a sensação de se estar dentro de um navio.
Estando em Oahu, não poderíamos deixar de conhecer a célebre praia de Pipeline, o local onde ocorreu a coroação do brasileiro Gabriel Medina, e onde todos os anos acontece a última etapa do circuito de surfe profissional. Pipeline é famosa por sua ondulação grande e tubular.
Visitamos quase no fim das estações das ondas, que vai de novembro a março, porém mesmo assim pudemos ver alguns surfistas pegarem belas ondas.
Nossa última parada foi no Centro Cultural Polinésio (55-370 Kamehameha Hwy, tel. 1-800-367-7060), um parque onde as culturas e tradições das diversas ilhas da Polinésia estão representadas no mesmo lugar, e assim podem mostrar um pouco de suas particularidades e riquezas de sua cultura.
Muitas vezes esquecemos que antes dos europeus, os nativos da Polinésia haviam colonizado o arquipélago havaiano. No próprio parque jantamos e ficamos para ver um luau típico.
O luau é um show à parte, que apresenta as lendas e danças dos povos, uma mistura de show étnico e pirotécnico. Ir ver um luau no Havaí está como ir ver um show de tango em Buenos Aires, quase uma obrigação.
O Centro Polinésio disponibiliza vários ônibus que trazem e levam diretamente aos hotéis de Waikiki os turistas para verem o show e conhecer o grande parque.
No outro dia, cedo, pegamos nosso voo para a Big Island, a maior ilha do Arquipélago do Havaí.
Gustavo Belli viajou a convite do Hawaii Tourism Authority.
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Comentários
Muita gente que vai para o Havaí se pergunta se vale a pena ir em um luau. Lá no meu canal do Youtube, fiz um vídeo contando como é um luau para os turistas em Oahu e se vale a pena ir ou não.
Olha lá: https://www.youtube.com/watch?v=1k13VluwoXM
Legal o post, muito inspirador. O rauái é mítico mesmo para quem não surfa, mas assistia Juba e Lula nos anos 1980…
Em que planeta eu morava que não vi esse post antes de ir pra Oahu?! Fui agora em maio e pesquisei tudo que eu podia..
Super concordo com a Poliana. As pessoas vão até o Havaí, longe pra kct pra se contentar com Waikiki! O North Shore é lindo, Windward Coast tb, mas a Leeward é surpreendente!
Fiquei 5 dias na ilha e conheci tudo com tranquilidade. To escrevendo sobre minha última viagem lá no blog, por enquanto só saiu o post de Oahu, com calma vou escrever mais.. https://renataviaja.blogspot.com.br/2015/06/oahu.html
Valeu Vnv!
=)