Golden Tulip, Salvador: altos e baixos, mas bom custo x benefício
Eu estava procurando um hotel para ver a Lavagem do Bonfim. Na primeira vez que pesquisei no Hoteis.com, encontrei dois bons hotéis na região em que queria ficar, o Rio Vermelho, na faixa dos R$ 180 para aqueles três dias de janeiro: o Mercure Rio Vermelho e o Golden Tulip Rio Vermelho. O Mercure é o meu hotel-default em Salvador; acho o seu combinado custo x conforto x localização imbatível. Dois dias depois, porém, quando fui fechar a reserva, não havia mais disponibilidade no Mercure. Resolvi, então, experimentar o Golden Tulip, a R$ 182.
O Golden Tulip Rio Vermelho está na sua terceira administração. Abriu em 1997 como o Transamérica Salvador, e durante os primeiros anos foi o cinco-estrelas mais cobiçado da cidade — tanto por méritos próprios quanto pela decadência, à época, do vizinho Méridien (hoje totalmente remodelado como Pestana Bahia). Em meados da década passada o hotel ostentou a bandeira Blue Tree, até ser incorporado à rede Golden Tulip, que está em franca expansão pelo Brasil.
Minha primeira impressão do hotel não correspondeu à expectativa. O lobby, cinzento e sem brilho, não lembrava em nada o tempo do Transamérica, quando o bar era um dos favoritos da cidade para encontros de negócios.
O quarto também ficou aquém do que eu esperava: pequeno (menor do que o standard do Mercure) e com decoração datada. No mais, tudo OK: os equipamentos funcionando bem, banheiro super em ordem, roupas de cama e banho novas, tudo limpo e cheiroso. Mas o todo me fez imaginar que o hotel não é renovado há muito tempo (se me dissessem que o meu quarto está igual a quando foi inaugurado, eu acreditaria). Eu esperava mais de um Golden Tulip; achei o quarto mais adequado a um Tulip Inn (a bandeira econômica da rede).
Precisei me lembrar do preço (R$ 182, com café da manhã incluso) para me assegurar de que não tinha feito um mau negócio, não. Decerto não era mais uma mega-pechincha, mas o preço continuava interessante. (No Mercure o café da manhã é à parte, e custa R$ 28 por pessoa; em duas pessoas, na hora de pagar os extras, o Mercure acaba indo para uma faixa de preço superior.)
Dali em diante, porém, o hotel foi subindo no meu conceito. O café da manhã é nível 5 estrelas, e tem uma tapioqueira a postos.
A piscina, que fica no terraço, está ainda mais bonita do que na época do Transamérica. Funcionários me disseram que foi recentemente reformada — indício de que vem renovação de quartos por aí, também.
E na saída, uma bela surpresa: o estacionamento, feito por manobristas, é cortesia — o que acaba deixando a diária ainda mais em conta.
Resumo:
Hospedagem: 3 noites
Quarto: meu standard era pequeno e precisava de um banho de loja. Se não houver diferença muito significativa de preço, cacife um dos apartamentos luxo, que são maiores e ficam em andares mais altos.
Internet: R$ 15 por dia, com senha fornecida na recepção.
Café da manhã: farto, com ingredientes de qualidade e tapioqueira. Estava incluído na minha diária.
Estrutura: o hotel tem piscina (a mais impactante de Salvador, por conta da vista), academia com sauna (não visitei) e quadras de tênis (na cobertura).
Localização: no alto do Morro do Conselho, no Rio Vermelho, dentro de uma espécie de condomínio guardado com guarita. A pé, você vai precisar subir/descer um caracolzinho para chegar ao bairro, ao lado do Mercado do Rio Vermelho (ou seja, está mais próximo da muvuca do que Pestana, Mercure e Ibis, mas há o inconveniente da ladeira).
Estacionamento. Gratuito, com manobrista.
Perrengue. Um dia faltou luz no bairro entre 3 da manhã e 2 da tarde e o gerador do hotel só garantia a energia de equipamentos de emergência (luzes do teto e elevadores).
Serviço. Funcionários todos simpáticos e prestativos.
Impressões finais. As cinco estrelas do hotel continuarão meio apagadas enquanto os apartamentos e o lobby não forem renovados. Mas para quem quer ficar num hotel de ótimo padrão de serviço, com uma piscina espetacular, a um orçamento pouco maior do que um Ibis, vale a pena.
Veja:
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Comentários
Pessoal me ajuda….
Tô querendo ir pra Salvador agora no Feriado de 23/06….
Vale a pena ir pra lá essa época? Dizem que Junho chove constantemente por lá…
Qual a opnião de vocês ?
Grata
Alô, Aldinha! Veja como escapar da chuva neste post: https://www.viajenaviagem.com/2011/01/ferias-no-brasil-como-fugir-da-chuva/