Wynwood Arts District, o pedaço mais descolado de Miami
Nunca pensei que pudesse haver um lugar visualmente mais interessante em Miami do que a coleção de predinhos (e prediões) art-déco de South Beach.
Santa ignorância, Batman!
No continente, do outro lado da baía de Biscayne, um bairro de galpões abandonados funciona, há quase dez anos, como o bairro das galerias da cidade. É o Wynwood Arts District.
Só que “um bairro de galerias” não é um programa que constaria na minha listinha de favoritos, não. Já sou difícil de entrar em museu, entrar em galeria, então…
É aí que entra um projeto chamado Wynwood Walls. Desde 2009 as paredes dos galpões do coração do bairro — as ruas NW 25th e NW 26th, próximas à NW 2nd Avenue — são recobertas de graffitis da melhor qualidade.
Meu favorito: este painel do Liqen com um labirinto de baias de operadores do mercado de ações de Wall Street. Sensacional. (Veja mais fotos aqui.)
O projeto tem também uma entrada pela NW 2nd Avenue — onde funciona convenientemente o ótimo Wynwood Kitchen & Bar.
(Querendo gastar menos, atravesse a rua e aproveite o minimalista Lester’s).
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Todo segundo sábado do mês acontece o evento Wynwood Arts Walk, uma caminhada pelas galerias e murais.
Só não apareça no domingo: os graffitis estarão lá, mas os bares fecham…
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31 comentários
Oi: Para passear é melhor ir de dia ou de noite ? Sei que o segundo sábado do mês e o melhor, mas vou para Miami neste sábado e volto na outra sexta. Assim nao estarei la no segundo sabado do mes. Outra coisa: vc sugeri o Sra. Martinez ou Gigi ? Sei que os dois são ótimos, mas quero ir um dia ( dia ou noite) passear e conhecer um restaurante. Fico aguardando, obrigado, Mauricio
Olá, Mauricio! Para ver os painéis você precisa ir de dia. Para curtir a noite… bem 😀
Prezados: Que dia da semana e qual período ( noite ou dia ) é mais legal para passear no Wynwood ? Fico no aguardo da dica. Obrigado, Mauricio
Olá, Mauricio! Conforme está explicado no texto, o melhor momento é o segundo sábado do mês, quando há a Wynwood Arts Walk. Para ver as fachadas, porém, é só aparecer. Elas são externas, conforme está mostrado nas fotos.
Esse pedacinho tá na minha listinha para a próxima visita.
Caro Ricardo, foi muito bom encontrar você no Bayside, em Miami. E a dica para conhecer o Miami Design Distric – Wynwood foi fantástica. Visitamos o local e tivemos a oportunidade de presenciar alguns artistas trabalhando. Adoramos. Abraço, Marcelo e Tania.
Vem cá, sou só eu que não consigo desassociar grafite, de qualquer tipo, de coisa de gueto, de pobreza mesmo, das quais em geral eu quero passar longe assim como quero passar longe de roda de pagode ou hip-hop?
Entendo o grafite como uma expressão artística de pessoas que normalmente não têm voz, ou que representa de alguma forma essas pessoas. Sendo assim, sempre será “gueto” em certo sentido, mesmo que alguns grafiteiros famosos já tenham conquistado reconhecimento e ganho algum dinheiro com seus trabalhos. Gostar ou não gostar é questão pessoal mesmo — tem gente que não gosta de Monet, tem gente que não curte videoarte, e por aí vai. Eu particularmente acho importante esse contato nos muros das cidades com uma realidade que nós, fora do gueto, insistimos em fingir que não existe.
Eu adoro pagode. 😉
Viva! Aos museus a céu aberto.
“Já sou difícil de entrar em museu, entrar em galeria, então…”
Que alívio, Riq! Já estava me sentindo uma ET toda vez que viajo e não entro em pelo menos 03 museus. Vou desecanar de vez, chega dessa obrigação, vou se tiver vontade e pronto. Obrigada!
o segundo sábado do mês é a pedida: todas as galerias abrem [vc pode tentar entrar na fila do drink de campari], tem shows no meio da rua, foodtruckers gourmets estacionam em terrenos por ali, todos os bares ficam cheios, é uma beleza!
Fui de dia para ver com calma os painéis e voltei a noite pra festa 😉
recomendadississisimo
muito legal!
Bela coleção e dica! Riq, o quarto graffiti é do Eduardo Kobra, que já deixou tanta coisa lindissima nas paredes de São Paulo (e do Rio também). Abs!