Em Sydney, procurando defeito

Manly Beach, Sydney

14 de janeiro de 2005. Já estou há três dias em Sydney. (Sim, este blog é que nem novela brasileira em Portugal: chega sempre com algum atraso.) São três dias em que tenho estado na busca incessante de algum defeito na cidade. Infelizmente, até agora, não consegui achar nenhum.

Num parque em Sydney
Por culpa do guia Time Out Sidney, estou irremediavelmente instalado no bairro mais descolado da cidade, Darlinghurst (“Darlo” para os mais chegados). A cidade é desagradavelmente limpa e bonita. Para piorar, as pessoas são extremamente simpáticas. Tudo parece ter sido irritantemente feito para você se sentir à vontade em qualquer lugar. E como se não bastasse, os dias têm sido insuportavelmente esplendorosos. E dê-lhe agüentar um céu sem nuvens, uma brisa constante e noites sempre fresquinhas, dia após dia. Assim não dá.

Praia de Tamarama, Sydney
Quer dizer: existe um defeito em Sydney que eu identifiquei logo de cara. Para mim, o defeito mais evidente de Sydney está no fato de eu não morar aqui. Eu sei, eu sei, esse não é um defeito tão relevante. Trata-se de um defeito encontrável nas melhores cidades do mundo. Veja o caso do Rio de Janeiro, por exemplo. As pessoas falam da violência, falam da sujeira, mas na minha opinião o maior defeito do Rio de Janeiro é que eu não moro lá. (Alguns dirão que esta talvez seja a única qualidade que o Rio manteve nos últimos tempos, mas enfim – cada um, cada um.) Paris, por sinal, também tem esse defeito. E San Francisco. Salvador. Trancoso. Não, esse defeito que eu encontrei em Sydney é muito corriqueiro. Haverá outros, com certeza. Por mais que eles tentem esconder, eu hei de desencavar uns podres.

Darling Harbour, Sydney
Essa cidade não sabe com quem está se metendo. Eu não saio daqui sem descobrir ao menos um defeitinho. Já estou até na pista de um. Haha! Me aguardem.

Ópera de Sydney, claro

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17 comentários

Ricardo, vou viajar para Sydney. Saio do Rio. Quantas horas de viagem, com a escala em Buenos Aires ? Tenho que chegar lá dia 29. Em qual dia tenho que embarcar considerando as horas de vôo e o fuso horário ?
Grata.

O pior foi ter morado lá e ter que voltar pra ser operada no Brasil ( Amo a Australia, mas a familia perto nessas horas faz toda a diferença).
E depois desistir de voltar…. mas nunca se sabe!!! Hoje penso seriamente em voltar!!!
Riq, deu certo o “Small World”???
Abs

Austrália e Nova Zelândia estão nos meus planos. Só não fui ainda pq quando penso nas horas de vôo, me dá uma preguiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiça!
abraço

    Júlio, há um vôo que sai de Buenos Aires, corta a calota polar e leva umas 15 horas no total. Melhor que as 25 horas de antes. Não sei se é das Aerolineas Argentinas ou da Qantas.
    Abraços!

    Hummm…..boa dica, Arthur! Já começo a pensar em ser possível ir pra lá…

Depois de ler as muitos defeitos que têm Sidney … estou ansiosa para viajar para lá e conhecê-los pessoalmente!!!!

(eu, também, gostaria de vivir em outros lugares…mais é dificil escolher…)

Sem a menor dúvida o maior defeito de Sydney é eu também não morar lá. Trabalhei lá, durante as Olimpíadas de 2000, fiquei lá por quase 4 meses – e quem falou que eu queria sair? Há 4 anos meu
melhor amigo mudou-se pra lá, e ele também está adorando. Mas eu achei um defeitozinho, sim: é muuuuito longe de tudo. Qualquer viagenzinha, que não seja pra New Zealand demora horas e horas.

    Eu diria que a Austrália sofre do efeito ampliado de distâncias geográficas que a América do Sul também sofre. Aqui na Europa, quando eventualmente comento que vão-se boas 12h só de vôo intercontinental para o Brasil, a cara que meus conhecidos ou colegas fazem aqui é de desânimo, acostumados que estão a ir para as Canárias, para a Grécia, Malta, Creta etc.

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