EduLuz, viajando na viagem por Espanha e França

Texto e fotos | EduLuz 

“Este é o mais amplo e o mais incompleto livro sobre viagem que você pode encontrar”. Todos os tripulantes que se encontram por aqui devem saber daonde veio esta citação, né? Sim, veio do Viaje na Viagem, auto-ajuda para turistas, a 1ª edição de 1998 que aqui em casa ainda é (e sempre será) a bíblia quando o assunto é planejamento de viagem (e divertimento também).

EduLuz no País Basco

E usando o critério deste magnífico alfarrábio, resolvemos fazer a nossa viagem pra Espanha no formato rodízio/dégustation, quase pizza.

EduLuz no norte da Espanha

O roteiro básico constava de:

1) chegada em Madrid, pegar o carro na locadora;

2) três noites em Elciego, Espanha (e luxuosas no hotel Marqués de Riscal, localizado a 350km da capital, na bodega homônima e projetado pelo afamado Frank Gehry);

Hotel Marqués de Riscal, El Ciego

3) duas noites, coincidindo com um final de semana, em Bordeaux-Martillac, no charmoso hotel Les Sources de Caudalie (uma dica da Rachel Verano), de propriedade dos mesmos donos do contíguo Château Smith Haute Lafitte

Les Sources de Caudalie

4) mais três noites em pleno País Basco, em San Sebastián, no tradicional hotel Maria Cristina;

Hotel Maria Christina, San Sebastián

5)  finalizando com 5 noites no Urban,  um hotel modernoso muito bem localizado (entre a Puerta del Sol e o Museu do Prado) na capital Madri, e que tem um mini museu egípcio no seu porão.

Afinal de contas, “toda viagem é uma extravagância” (vide capítulo Pensão, Palácio – pág 113).

E como foi a “fascinante descoberta do conhecido”? Foi maravilhosa. Vejam se não.

San Sebastián

Quando estávamos em Elciego, conhecemos todo o entorno. A bela, pequena e murada cidade de Laguardia com a sua festa de São João, a Peña Biasterik (sim, aqui já temos algum resquício basco); a instigante Nájera com as suas influências do caminho de Santiago; a interessante Briones com o não menos Museo Cultura de Vino Dinastía Vivanco; a bonita Haro com toda a cultura do vinho que por lá impera.

Edu Luz no norte da Espanha

E arquitetonicamente falando, temos projetos de grandes feras nas bodegas (mais conhecidas como vinícolas) daqui. O já citado canadense Gehry na Marqués de Riscal

Marqués de Riscal

… o espanhol Santiago Calatrava na Ysios (a foto não saiu desfocada. O projeto definiu o telhado neste formato recortado mesmo) …

Ysios

… e a iraquiana Zaha Hadid bolando uma sala de degustação no formato dum decanter na López de Heredia.

López de Heredia

Já o final de semana em Bordeaux serviu pra conhecermos levemente a região e decidirmos que necessita de pelo menos uns 15 dias só pra ela (esta sim, merece uma genuína e literal viagem-dégustation).

Bordeaux

No País Basco, com a sua língua totalmente estapafúrdia pros nossos padrões (será que eles pensam a mesma coisa do nosso português?), nos divertimos muito.

Bilbao

Visitamos San Sebastian, mais conhecida como Donostia, inteirinha. Inclusive utilizando os serviços do Bus Turistikoa,  o famoso drop on/drop off, que nos levou a conhecer o Peine del Viento , uma fantástica obra do Eduardo Chillida.

Peine del Viento, San Sebastián

Passeamos e tapeamos pelo Casco Viejo, saboreamos o Mercado de La Bretxa, enfim conhecemos a praiana capital da gastronomia mundial.

San Sebastián

Fomos, obviamente, a Bilbao (70 km) ver o mítico Guggenheim.

Museu Guggenheim, Bilbao

É claro que a construção toda é muito mais interessante que o acervo (reserve ao menos umas 3 horas só pra andar em volta do prédio e observar todos os ângulos que o Gehry projetou), mas mesmo assim, vimos obras de arte muito bacanas e instigantes lá dentro. O restaurante do museu é muito bom e foi certamente o melhor custoxbenefício da viagem. Faça uma reserva, pois dificilmente você encontrará lugar se não a fizer.

Restaurante do museu Guggenheim

Passamos também por Gernika-Lumo, a cidade.

Guernica, a cidade

Pra não me estender demais, fizemos 2 passeios bem bacanas por Madrid: um, o tour de tapas, em que um guia especializado te leva pra conhecer 4 estabelecimentos cheios de espanhóis da “chema” (um bar, uma sidrería, uma sherezeria e um restaurante) com os devidos comeretes e beberetes.

Tour de tapas, Madri

O outro, um circuito de Segway por toda a região do Palácio com direito a várias paradas com explicações culturais, além da possibilidade de se correr um pouquinho com a geringonça.

Tour de Segway

E a quantas andou a máxima “ir a um restaurante é a viagem mais curta que existe. Viajar é a refeição mais longa que se pode fazer” ? Pois bem, os “gourmets acidentais” (pág. 121) se divertiram muito. Seja comendo em restaurantes de hotéis muito bons (como os michelados do hotel Marqués de Riscal e o la Grand’Vigne do Les Sources de Caudalie).

gourmet acidental

Ou no 3º melhor restaurante do mundo, o Mugaritz, em San Sebastián em que o subchef Rafa Costa (um carioca. Procurem por ele) nos mostrou 18 pratos da mais pura categoria.

Mugaritz

Ou no Martín Berasategui, outro restaurante basco de linhagem com espumas, sabores e temperos muito especiais. Neste o menu degustação tinha somente 11 pratos! 🙂

Martín Berasategui

Ou ainda no madrilenho DiverXo, um comedor espetacular e que nos obrigou a guardar toda a experiência na memória já que as fotos são de antemão terminantemente proibidas.

Ufa! Consegui relatar tudo? Claro que não. Mesmo porque aproveitamos pra cruzar aquela região Norte da Espanha (com um pouquinho da França) e tentamos visitar várias cidades muito bacanas tais como Santo Domingo de la Calzada, Peñafiel, Logroño, Biarritz, St Jean de Luz (ops), Sauternes, Pauillac.

Fazendo um jabá, acompanhe toda a epopéia no DCPV.

País Basco francês

E aí? Nós “demos ao luxo” de … ? (pág 105)

1 – Voltar das férias com um dia de atraso. OK
2 – Comer pelo menos uma vez num restô 5 estrelas. Mais do que OK.
3 – Hospedar-se pelo menos uma vez num hotel 200 dólares mais caro do que está acostumado. Mais do que OK.
4 – Usar milhas para upgrade. OK.
5 – Esquecer a dieta durante a viagem. Mais do que OK.
6 – Comprar uma coisa muito difícil de trazer. OK. 21 garrafas de vinho!!

Château de

É, professor Riq, é claro que continuamos esperando a aguardada (sic) revisão do livro. Enquanto isso, acho que valeu a pena reler o Viaje antes da viagem, né não?

Linda viagem, Edu! Obrigado pela homenagem!

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    25 comentários

    Plagiando alguém que falou sobre uma atriz talentosa e bela uma certa vez:
    “Com um roteiro destes, ele nem precisava escrever um bom texto. Com um roteiro e texto destes, ele nem precisava tirar estas fotos!”

    Babei! 🙂

    Parabéns! O post ou dava água na boca ou enchia os olhos. O que dá quase na mesma.

    Pura inveja branca . Confesso que a Espanha estava mais em baixo na minha listinha. Acho que vou renumerá-la.

    Edu, um luxo do post!

    As fotos para dar água na boca, literalmente! Agora seria bom para tomar um copo de vinho…

    Sensacional post…. dá vontade de pegar o primeiro avião e partir… Abraços e parabéns !

    Edu, que delícia esse post!! Deu até vontade de ir prá Espanha!! Vou lá no DCPV ler o diário de bordo. Adorei ppalmente os seus luxos!!
    Bjs,
    Lu

    Filho de guro, guruzinho é!? (rs) Se eu já conhecia essa viagem, a cada novo relato e novas fotos, refaço o caminho. A edição ficou um espetáculo (valorizou ainda mais as espetaculares fotos da Dé) e o texto, bem, não precisa de elogios. Agora vamos aguardar Santiago!

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