Dubai: 10 dicas para uma superviagem, por Bruno Vilaça

O Bruno Vilaça foi pra Dubai e voltou com dicas quentíssimas para quem quer aproveitar o emirado dos superlativos. Vai para Dubai? Então siga o Bruno em 10 passos:

Skyview, Dubai (fotos: Bruno Vilaça)
Madinat Jumeirah

1. Faça o impossível, mas cacife sua hospedagem no Madinat Jumeirah. Esqueça Burj Al Arab, Atlantis, Grosvenor e quetais. O ‘must must must stay’ é alguma das 3 unidades do complexo Madinat: Mina A’Salam (mais internacional, com linda vista para o Burj), Al Qsar (riquíssima decoração árabe e piscina de cair o queixo) e Dar Al Masyaf (exclusivas ‘summer houses’ de 70m2, com concierge e piscinas privativas, onde você chega em charmosos barquinhos). Decoração exótica de ótimo bom gosto, cenografia digna de Hollywood, localização excepcional e lazer completíssimo. O melhor mercado e os melhores restaurantes e boates também estão lá no complexo e entrar como visitante te deixa mordido de inveja dos hóspedes. Depois não diga que não avisei.

2. Tá achando besteira investir em hotel? Vai por mim, Dubai é daqueles destinos em que o hotel é uma atração à parte e você vai aproveitar o hotel mais do que imagina, principalmente no verão. Mas ok, não vai dar pra ficar no Madinat dessa vez? Considere o Grand Hyatt, Jumeirah Emirates Tower, Novotel World Trade Center e o Four Points Sheikh Zayed. E use e abuse dos táxis, que são baratinhos.

3. Encare Dubai como se estivesse em Las Vegas ou Orlando — o grau de ‘futilidade’ é esse mesmo. Se o seu negócio é ‘sentir’ a Arábia, esqueça ou aproveite para esticar até algum lugar mais tradicional naquelas bandas (Jordânia, Omã, Síria – e até o Egito). Tudo lá é lindo e imponente, mas fake e impessoal.

4. O centro velho é bem caótico e dispensável se você não faz a linha ‘antropológica’ ou ’25 de Março’. Se estiver com tempo e fizer questão, vá até a Bastakiya (uma espécie de “centro histórico”) e ao Dubai Museum – de lá você pega um barco (abra), atravessa o creek e dá uma passadinha nos souks de ouro e especiarias.

5. Para compras, vá direto ao Mall of the Emirates e ao Souk Madinat (réplica-pra-turista-ver dos mercados tradicionais). E não se esqueça de chegar cedo ao aeroporto na volta: o free-shop é de pedir arrego à Nossa Senhora dos Limites Ultrapassados.

6. Se puder, evite o verão (quando o dia é um forno e a noite é uma sauna) e o período do Ramadã (quando os muçulmanos e ocidentais são segregados e qualquer gole d’água virará uma aventura aos olhares punitivos dos que estão em jejum).

Safári no deserto

7. O safári no deserto é turistão e farofa, sim. Mas quem disse que é ruim? Vá e aproveite o jantar ao final do passeio numa tenda no meio do nada. Mande meu alô aos camelos. Custa em torno de US$80.

8. Mas se quiser um safári mais exclusivo, fechando com um jantar a dois no deserto: US$180. Fino.

Mesquita, Abu Dhabi

9. Ah, e não esqueça de Abu Dhabi ali do lado.

Com seu jeito Brasília de ser, é um contraponto bem interessante à exuberância desmedida de Dubai.

Não quer encarar um ônibus com guia e japonês tirando foto do vento?

Pegue um táxi em Dubai e por US$200 vá direto ao que interessa: uma volta na ‘orla’, Mesquita do Sheikh Zayed, Fundação Cultural e hotel Emirates Palace.

Tá podendo? Aproveite e almoce em algum dos vários restaurantes do Emirates Palace.

10. Para curtir a noite, vai uma listinha de lugares bacanas:

Buddha Bar

Submarine Dhow Palace

Skyview Bar, Burj al Arab

Rooftop Bar, One & Only

Chillout Ice Bar

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    124 comentários

    Depois de ler tudo isso… preciso encarar um pulo no oriente médio!

    Mto bom! Parabéns aos autores!

    Parabéns Bruno! O post ficou muito legal e as dicas são bem objetivas e úteis. Dubai está na minha lista de espera, mas ainda tem muita coisa na frente. De qualquer forma, dicas anotadas e guardadas.

    Sensacional Bruno e Riq!
    Estou indo pra Dubai daqui a uns meses, e a principal duvida do planejamento eh realmente se “aceito” a condicao de “las Vegas” das Arabias e caio de cabeca nos hoteis, parques aquaticos, pistas de Ski e malls da cidade, ou se tento captar um pouco (ainda que bem pouco, eu sei) da cultura local…

    As passagens saindo daqui de Londres sao bem baratas (coisa de 200 libras), mas o problema mesmo sao os hoteis… Uma unica diaria acaba saindo mais caro que a passagem aerea!

    Agora eh soh contar os dias!

    Abs
    Dri Miller

      Dri, pelo que eu sei, Abu Dhabi é mais, digamos, “real”, então dá para mergulhar mais na cultura local. Tanto é que a tolerância em relação às vestimentas é mais rígida em AD do que em Dubai.

      Bom saber! Obrigada pela dica Arthur!
      Estava memso pensando em tentar encaixar um day trip ateh Abu Dhabi.
      Jah passei algumas horas no aeroporto (?!) e fiquei maravilhada!

      A lista soh aumenta, acho que os 5 dias iniciais, jah nao vao dar pra quase nada!

    Beleza Bruno ! Agora a gente tem certeza absoluta que temos que nos hospedar num “lugar especial” em Dubai . Caso contrario , a hospedagem tb vira fake , e aí não dá pra encarar ..

    Por favor, evitem Dubai no Verão. É escaldante e faz passar mal, acaba por desanimar de sair.

    Concordo em GÊNERO, NÚMERO e GRAU com o Bruno. Especialmente quanto ao hotel, que visitei mas não pude cacifar na época porque o ótimo flat que fiquei custava 250 dólares eo Madinat algo a partir de 1000 dólares.

    Hoje com acrise (sim, Arthur, acrise atingiu MUITO ao turismo em Dubai, demais, assim como à economia), diversas obras pararam e estão paradas, inúmeros projetos foram adiados e Dubai se depara hoje com a necessidade de reduzir drásticamente os preços das hospedagens e tudo mais.

    Eu recomento MUITO vivamente o safari particular de um dia (manhã até a noite), ainda que o outro, turistão, seja MUITO bacana.

    Quem quiser ir a Dubai e ter uma guia brasileira com transporte próprio é só me pedir a indicação.

    Parabéns ao Bruno pela viagem e o relato.

      O amigo Arnaldo como sempre deu um show no seu blog, que foi essencial pra minha viagem — quando crescer quero ter a mesma a gentileza, sutileza e inteligência dos seus textos. 😉 Quanto ao Madinat, ele caiu muito de preço (assim como toda a hotelaria de lá — que ficou em média 35% mais barata no pós-crise). Hoje dá pra conseguir diárias no Madinat Dar Al Masyaf, onde ficamos, por menos de US$300.

      Olá Arnaldo,

      Preciso urgentemente de sua sugestão a respeito de um guia brasileiro em Dubai. Eu e meu marido embarcamos dia 11/09.
      Pode nos ajudar???
      Valeu pelas dicas!!!
      Patricia

      Arnaldo, estou de passagem por Dubai, rumo à China e por lá ficarei apenas 3 noites. Me interesso pelo contato desta guia brasileira que vc sitou. Se puder me enviar o e-mail dela, agradeço.
      Paulo.

      Arnaldo,
      Por favor enviar o contato da quia brasileira em Dubai!!!
      Estou indo em dezembro com minha esposa e quero fazer algo especial!

      Arnaldo,

      Estou indo pra Dubai no Carnaval de 2011, 8 noites. Vamos eu, meu marido e meu filho de 5 anos. Alguma dica pra Dubai com crianças? Queria ainda o contato da guia brasileira.

      Obrigada.

    Realmente Dubai, deve muito diferente!
    Você cita melhor ir no verão, mais lá não é sempre quente? Porque verão?
    Parabéns!!

      O certo é não ir no verão, mas se não tiver outro jeito vá, mas vá preparado. Enquanto a média no verão é 40o — o inverno tem temperaturas agradáveis de até 15o, e você poderá até se aventurar em caminhar na rua, o que no verão é impossível.

      Ops, média 40 quer dizer: Meio dia – 50, Meia noite – 36-38 graus…
      Por isso: Não venha no verão. DE jeito nenhum, ou vai fazer shopping sem dar as caras na rua.
      😛

    muito legal o post com as dicas: sintético, esperto e agudo (a dica 3 é fundamental). é o inverso exato do link do “leia também”.

      Não são opostos, não, Luis. São complementares.

      O Arnaldo tem os posts mais ricos em informação e imagens da blogosfera brasileira, e é por isso que eu faço questão de colocar links para lá sempre que o Fatos & Fotos cobre um destino mencionado aqui.

      puxa, percebo o quanto fui grosseiro.
      minhas sinceras desculpas aos dois.

    O Bruno mandou muito bem. Bruno, pelo seu relato, vejo que o setor turístico de Dubai não foi afetado pela crise, certo? Pergunto isso porque no final do ano passado correram na mídia boatos catastróficos sobre Dubai, que o emirado iria à falência, que havia vários Mercedes-Benz abandonados no aeroporto por funcionários demitidos e empresários que tinham “pulado do barco”, etc. Mas vejo agora que não é assim. Legal.

      O caso dos Mercedes-Benz abandonados eu explico: em Dubai, como na quase totalidade dos países árabes muçulmanos, dívidas não pagas dão cadeia. O instituto da falência, ou o protesto como conhecemos no Brasil, simplesmente nào existem por lá. Se vc for demitido, e tiver um contrato de aluguel de longo prazo, e não tiver como pagar e ficar em atraso, o governo reterá seu passaporte e bloqueará sua saída até que o problema seja resolvido (conta paga). Daí algumas pessoas, desesperadas, acabam saindo “com a roupa do corpo” do Emirado.

      Quanto à crise imobiliária, ela está afetando mais os imóveis residenciais e comerciais do que, propriamente, hoteis. Tem imóvel lá anunciado a 1/3 do preço de 18 meses atrás, e vários lançamentos cancelados ou construções paralisadas.

      Todavia, já um número grande de estrturas prontas e que não fechariam assim da noite para o dia. É só lembrar das crises econômicas brasileiras: obras pararam, o mercado imobiliário estacionou, mas os hoteis de Rio, São Paulo e Brasília não fecharam.

      Tem muita obra parada ou em ritmo lento sim. Muito coisa que você pensa que verá, as vezes ainda nem saiu do papel. Mas o que já está pronto é superlativo — inclusive o novíssimo metrô que parece ter saído diretamente dos Jetsons.

    A melhor dica do Bruno: encare Dubai como se estivesse em Las Vegas ou Orlando. Saber para onde está indo é o segredo de qualquer viagem.

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