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Vesperata de Diamantina: as datas de 2020, como comprar ingresso e como curtir a festa

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Vesperata em Diamantina

Entre abril e outubro, aproveitando a época seca, a cidade histórica mineira de Diamantina realiza aquela que talvez seja a festa mais singela do Brasil: a Vesperata. Vesperata Em dois ou três fins de semana a cada mês, Diamantina é tomada pela seresta.

Da noite de sexta-feira à manhã de domingo, você vai ouvir “Como pode o peixe vivo viver fora da água fria” quase tantas vezes quanto os foliões de Olinda ouvem “Vassourinhas”. Sim — dá para encarar a Vesperata de Diamantina como uma modalidade inusitadamente gentil e delicada de carnaval. Diamantina

Em 2020, a festa acontece nesses fins de semana:

Fins de semana da Vesperata de Diamantina em 2020

  • 18 e 19 de abril (feriadão de Tiradentes)
  • 25 e 26 de abril
  • 16 e 17 de maio
  • 23 e 24 de maio
  • 6 e 7 de junho
  • 20 e 21 de junho
  • 4 e 5 de julho
  • 11 e 12 de julho
  • 1º e 2 de agosto
  • 15 e 16 de agosto
  • 29 e 30 de agosto
  • 5 e 6 de setembro (feriadão de 7 de Setembro)
  • 19 e 20 de setembro
  • 26 e 27 de setembro
  • 10 e 11 de outubro (feriadão de 12 de Outubro)
  • 17 e 18 de outubro


A novidade de 2020 é que, pela primeira vez em muitos anos, a Vesperata de
Diamantina acontece em 3 feriadões: Tiradentes, 7 de Setembro e 12 de Outubro. Use os dias que sobram para visitar as atrações dos arredores, como Serro e Biribiri.

Onde ficar para a Vesperata de Diamantina

Se comparada a Tiradentes e Ouro Preto, a estrutura para hospedagem em Diamantina é modesta. As melhores pousadas lotam com várias semanas de antecedência. (Eu reservei em cima da hora e fui parar num hotel sem graça na entrada da cidade. Não recomendo isso para você.) A melhor relação localização x charme é a do Pouso da Chica. Sua vizinha Relíquias do Tempo ocupa um casarão antigo e um anexo novo, mas construído em estilo colonial. Ainda no coração do centro histórico, a Vila do Imperador segue um estilo clássico e o Hotel Tijuco, com arquitetura de Oscar Niemeyer, provoca estranheza mas está bem localizado. Fora do centro dos acontecimentos, a Pousada do Garimpo tem boa estrutura, mas você vai precisar de carro para ir e voltar do centrinho. (Veja mais opções de hospedagem no Booking.) Hotel Tijuco É preciso também comprar com antecipação lugares às mesas da apresentação principal da Vesperata, no sábado à noite. Quem vende os ingressos é a agências Minhas Gerais. A mesa com 5 cadeiras custa R$ 225; a mesa com 3 cadeiras, R$ 135. (É possivel assistir à apresentação sem ingresso, de pé, nas beiradas do largo. Mas sentado é muito mais bacana — tem serviço de garçom e tudo.)

Sexta-feira

O ideal é enforcar o trabalho na sexta, para chegar a Belo Horizonte no máximo no início da tarde. Do aeroporto de Confins a Diamantina são 290 km (3 horas e meia de viagem) por estradas em bom estado. Como o aeroporto já está ao norte de Belo Horizonte, você não precisa passar pela cidade — isto é, desde que alugue um carro ou pegue um trânsfer. Se for de ônibus, vai precisar ir do aeroporto à Rodoviária (1 hora de táxi ou 90 minutos de ônibus) e então pegar um ônibus da Pássaro Verde, que faz a rota em 5 horas. Diamantina Estando já à noite em Diamantina, você aproveita os primeiros eventos da Vesperata: seresteiros percorrem as ruas do centro histórico tocando e cantando, enquanto outros músicos se apresentam no Mercado Velho. Os restaurantes mais arrumadinhos ficam no Beco da Tecla, na continuação da rua da Quitanda: o café da Livraria Espaço B (tel. 38/3531-6005) tem um menu enxuto e o Sushi Barroco (tel. 38/3531-3792) é indicado para quem quer deixar os excessos da comida mineira para o almoço. Já os entusiastas de botequins alternativos vão se achar no miolinho do Beco do Mota, um pouco mais acima. Uma pequena caminhada pelas ruas do Rosário e Luiz Quirino leva à praça Dr. Prado, onde funciona o Al-Árabe tel. 38/3531-2281), também próprio para fugir ao tema comida mineira à noite.

Sábado

Passadiço Depois do café, tire a manhã para caminhar pela cidade — inclua no seu roteiro o Passadiço da Glória (a “ponte dos suspiros” que liga dois casarões por sobre a Rua da Glória); caso encontre alguma igreja aberta, entre (da próxima vez que você passar, ela deverá estar fechada…). Diamantina Lá pelas 11h, esteja no Mercado Velho para mais uma sessão de seresta, regada à primeira cerveja do dia (ou à última da noite, para quem varou a madrugada numa festa de república). Bambá do garimpo Na hora do almoço, caso esteja de carro, troque os buffets bastantões dos restaurantes do centrinho pela qualidade d’O Garimpeiro, o restaurante da Pousada do Garimpo (tel. 38/3532-1040). O carro-chefe é o bambá do garimpo — tutu com costelinha de porto, couve e angu. Antes da sesta, dê uma passadinha na Casa da Chica da Silva, que só abre ao meio-dia (fecha às 17h30). Ao voltar ao hotel, não esqueça de descarregar fotos e recarregar baterias: você vai precisar de memória e energia se quiser filmar a Vesperata. Sábado Sábado Sábado Esteja a postos na rua da Quitanda lá pelas 19h30, para ocupar sua mesa com calma, pedir bebida e petiscos. Caso você não tenha conseguido ingresso, chegue cedo também, para pegar um bom lugar encostado à parede nas bordas do largo…

A noite vai ser linda, com as bandas da cidade — postadas nas sacadas dos casarões e regidas por maestros que ficam junto à platéia — desfiando um repertório de canções mineiras, sucessos da velha guarda e clássicos do cinema. Depois da vesperata, uma saideira bacana pode ser no Meio Tom (tel. 38/3531-2641), barzinho que fica ao lado do Al-Arab, na praça Dr. Prado. O som normalmente é jazz, mas de vez em quando tem noite do forró (verifique no link do Facebook).

Domingo

Diamantina No a grande pedida musical é assistir à apresentação do coral Arte Miúda, no Café do Beco. Diamantina Depois do almoço, a cidade morre. Se você resolver dormir no domingo em Diamantina, vai ter dificuldade para encontrar restaurante aberto (peça recomendação à sua pousada).

Arredores

Os programas diurnos de sábado e domingo podem ser trocados por passeios aos arredores de Diamantina. Os vilarejos de Milho Verde (num trecho da Estrada Real) e Biribiri são encantadores. Milho Verde pode ser combinado com a Gruta do Saitre (mas é preciso agendar com antecedência, tel. 38/3531-2197 de 2ª a 6ª). Biribiri permite a dobradinha com a Cachoeira dos Cristais. Na ida ou na volta de BH, você pode passar no Garimpo Real, aberto à visitação. Agências como a Veredas do Espinhaço e a Minhas Gerais têm passeios guiados pela região. Para explorar a região ao máximo, chegue na quarta-feira, dedique a quinta e a sexta aos arredores e mergulhe na seresta da Vesperata pelo fim de semana inteiro. Diamantina É possível igualmente combinar Diamantina com Serra do Cipó e Conceição do Mato Dentro, subindo por estradas secundárias. Diamantina também é o ponto final do Caminho dos Diamantes da Estrada Real (pegue o roteiro detalhado aqui).

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Inhotim


30 comentários

Não consegui mesas externas, minha dúvida é se na mesa interna (dentro dos bares) se consegue ver a Vesperata ou se perde muita coisa???

    Olá, Osleno! Não sabemos como é esta experiência, mas deve ser menos interessante sim. Mas na hora das apresentações você pode ficar de pé nas beiradas da praça.

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