Guia do Rio de Janeiro
O que fazer no Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro pode ser aproveitado de inúmeras maneiras. Você pode simplesmente contemplar a beleza e curtir a praia, ou sair explorando todos os cantos da Cidade Maravilhosa. Mas o melhor é misturar as duas coisas.
Veja nesta página roteiros prontos para seus passeios no Rio de Janeiro. Com dicas de 50 atrações na cidade, não vai faltar ideia sobre o que fazer no Rio de Janeiro:
A Bóia recomenda:
- O Rio de Janeiro é um balneário urbano como nenhum outro. Aproveite as praias!
- Primeira vez no Rio? Use nossos roteiros práticos de 48 horas
- Curta o Rio além dos cartões-postais. Inclua shows e peças de teatro na sua programação
- Ande de metrô, VLT e Uber
- Suba ao Cristo Redentor e ao Pão de Açúcar em dias de céu azul
- Não sucumba à paranoia: é perfeitamente possível curtir o Rio com segurança
Para organizar seu passeio privado e roteiro personalizado no Rio, veja as opções abaixo, oferecidas pela nossa parceira Easy Travel Shop:
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Boulevard Olímpico & Porto
Erguido no lugar de um viaduto que alijava a cidade de sua orla central, o Boulevard Olímpico é a nova grande atração do Rio de Janeiro.
Seus 3,5 km de extensão levam a várias novidades pós-olímpicas (como Museu do Amanhã, o AquaRio, a Roda Gigante Rio Star, M.A.R., painel Etnias, a Pira Olímpica e o passeio de barco da Marinha. E também dá acesso desimpedido a atrações tradicionais que ficavam escondidas pelo traçado emaranhado das ruas do centro (casos de Mosteiro de São Bento, Centro Cultural Banco do Brasil e Ilha Fiscal.
O Boulevard também deixou mais fácil visitar o pitoresco Morro da Conceição e desencavou o Cais do Valongo, local de desembarque de navios negreiros que é um dos mais novos patrimônios da humanidade da Unesco.
E é fácil combinar passeios ao Boulevard com duas atrações próximas, a Confeitaria Colombo e o Museu Histórico Nacional.
Veja 5 roteiros práticos de passeios pelo Boulevard Olímpico.
Carro e guia para tour personalizado no Rio de Janeiro:
AquaRio
Com 28 tanques – incluindo um tanque gigante, que você atravessa por um túnel de acrílico por baixo de tubarões e arraias -, o AquaRio é o maior aquário marinho da América Latina.
Se você já visitou outros grandes aquários do mundo, como Lisboa ou Monterey, não verá novidades. Mas para neófitos e sobretudo crianças, é um programa mágico.
Ao entrar, você sobe de elevador ao terceiro andar, onde começa o circuito da visita. Reserve ao menos 90 minutos para completar o circuito.
Compre ingressos com antecedência (nas férias, costumam esgotar já na véspera). Visitando nos primeiros horários da manhã, pode ser que você encontre os corredores menos congestionados.
Brasileiros e cidadãos do Mercosul podem comprar o bilhete promocional Mercosul. Cariocas e residentes no Rio (com comprovante), o bilhete promocional Rio.
Veja detalhes da visita no post Por dentro do AquaRio.
Informações práticas – AquaRio
Casa França-Brasil
Construído sob a influência da Missão Artística Francesa enviada ao Rio, o belo prédio da Casa França-Brasil abrigou a Alfândega nos tempos do Império – o nome está conservado no pórtico de entrada.
Nos anos 90 foi transformado em museu, com restauração bancada pelo governo francês.
Seu vão livre costuma ser aproveitado para exposições de artes visuais que demandem um grande espaço coberto.
Fica exatamente atrás do CCBB – cabe perfeitamente numa visita casada.
Informações práticas – Casa França-Brasil
Cais do Valongo
Durante as obras da zona portuária para o Boulevard Olímpico e a linha do VLT foram desencavadas ruínas do Cais do Valongo. Este era o local onde aportavam os navios que traziam escravos da África.
O lugar funciona hoje como um sítio arqueológico, foi alçado a Patrimônio da Humanidade da Unesco em 2018. Fala-se em construir o primeiro museu brasileiro dedicado à memória da escravidão – um tema doloroso mas que precisa ser abordado, até para que se avalie o tamanho da dívida do Brasil com a população afro-descendente.
A visita pode (deve!) ser complementada com uma esticada até o Museu Memorial dos Pretos Novos, a menos de 10 minutos de caminhada.
Informações práticas – Cais do Valongo
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
Graças à Orla Conde e ao VLT, o Centro Cultural Banco do Brasil ficou bem mais fácil de achar.
O CCBB tem um calendário intenso de exposições, com entrada gratuita.
Só a visita ao prédio já vale a espiadinha: uma construção do início do século passado que inicialmente abrigou a Associação Comercial do Rio de Janeiro. A cúpula é magnífica.
Para continuar no espírito Rio belle-époque, você pode dar uma esticada até mais adiante, no número 16 da rua Primeiro de Março, onde está a loja-conceito dos Sabonetes Granado.
- Sabonetes Granado (loja-conceito) | R. Primeiro de Março, 16 | 2ª a 6ª 9h-19h, sáb 10h-14h | Site
Informações práticas – CCBB
Espaço Cultural da Marinha
Mesmo desfalcado de sua principal atração – a Ilha Fiscal, que está fechada para reformas estruturais -, o Espaço Cultural da Marinha oferece ótimos motivos para uma parada durante a caminhada pela Orla Conde.
Você pode visitar dois navios-museus: o Navio-Museu Bauru e o Submarino-Museu Riachuelo, além da réplica da Nau dos Descobrimentos. É um programão – sobretudo para quem está passeando com crianças.
Informações práticas – Espaço Cultural da Marinha
Fábrica Bhering
Uma fábrica de chocolate desativada ocupada por ateliês de artistas e designers, lojas, galerias de arte, cafés, pequenos restaurantes e empresas da economia criativa. Desde 2010, a Fábrica Bhering é um pedacinho de Berlim encravado na Zona Portuária.
Os horários das lojas e ateliês são variáveis. Alguns estão abertos à visitação, outros precisam ser agendados.
O sábado é sempre o dia mais movimentado – e no primeiro sábado de cada mês todos os ateiês abrem as portas e há stands de comida e bebida.
Consulte o instagram da Fábrica para informar-se sobre os eventos.
Informações práticas – Fábrica Bhering
Ilha Fiscal (fechada para reformas desde 2022)
O palacete verde-bandeira que presenciou o último suspiro da monarquia brazuca – o famoso Baile da Ilha Fiscal – é visitado num passeio guiado que leva cerca de duas horas. O acesso é feito de barco (na maioria das vezes) ou van.
No momento, porém, a visita está suspensa. A Ilha Fiscal está fechada para obras estruturais e deve reabrir em 2023.
M.A.R. (Museu de Arte do Rio)
Primeira obra a ser inaugurada na Praça Mauá (em 2013), o M.A.R. acabou ofuscado pela profusão de novidades do Boulevard Olímpico.
Com tanta coisa para olhar na praça, muita gente nem percebe a graciosa cobertura ondulada que une os dois prédios do museu – um palacete de 1919 e um terminal rodoviário de 1950 – e que rendeu ao M.A.R. prêmios de arquitetura mundo afora.
Os dois prédios tem usos distintos: o palacete recebe as exposições, enquanto o prédio modernista abriga a Escola do Olhar e o terraço.
As exposições sempre têm um sabor carioca, explorando a história, a cultura, os costumes e o folclore da cidade do Rio de Janeiro. Normalmente há duas ou três acontecendo ao mesmo tempo – você sobe ao último andar e vem descendo. É sempre um percurso delicioso. .
Do terraço se tem a melhor vista da Praça Mauá. O acesso ao mirante é gratuito, pelo elevador do restaurante.
Informações práticas – M.A.R.
Morro da Conceição
O Morro da Conceição é um pedacinho pitoresco do Rio encravado em pleno centro financeiro. Suas ruelas de nomes poéticos (rua do Jogo da Bola, Ladeira do João Homem) remetem a Portugal e têm casinhas charmosamente simples, a maioria ainda ocupada por moradores de longa data, mas algumas já transformadas ateliês de artistas. Com acesso pelo alto do morro, o elegante Jardim Suspenso do Valongo foi restaurado recentemente.
Ao pé do morro se localiza o berço da cultura negra carioca: a Pedra do Sal. Nos tempos coloniais, ali aportavam navios negreiros com escravos. Mais tarde, o lugar atraiu imigrantes da Bahia, que disseminaram o candomblé e viram o samba se tornar carioca.
Toda 2ª à noite tem roda de samba na Pedra do Sal – à moda antiga, sem microfone, com os instrumentistas em torno de uma mesa junto à pedra, e o público cantando, bebendo e dançando ao redor.
Veja os detalhes no Roteiro Boulevard Olímpico com Morro da Conceição. Leia sobre a roda de samba da Pedra do Sal na página Divirta-se deste guia.
Mosteiro de São Bento
O Mosteiro de São Bento está a 5 minutos de caminhada da Praça Mauá: é uma visita bem fácil (e imperdível!) para quem está passeando no Boulevard Olímpico.
Não se deixe deter pela fachada simples: o interior oferece o exemplo mais rebuscado de barroco brasileiro, com paredes, colunas e púlpitos revestidos por talha dourada – madeira entalhada e folheada a ouro.
Para a experiência completa, assista a uma das missas com canto gregoriano (as de domingo são ‘solenes’, com toda a pompa e circunstância). Veja os horários nas Informações Práticas, abaixo.
Atenção: para subir de elevador, procure o número 40 da rua Dom Gerardo.
Informações práticas – Mosteiro de São Bento
Mural Etnias
Criado para as Olimpíadas, o mural Etnias, do grafiteiro Eduardo Kobra, faz uma homenagem aos primeiros habitantes de cada um dos continentes. Entrou para o Guiness Book como maior painel de street art do mundo. De manhã o mural fica a favor do sol; à tarde, contra a luz (mas em dias nublados, evidentemente, não há diferença).
Informações práticas – Mural Etnias
Museu do Amanhã
Ponto focal do novo Centro do Rio, o Museu do Amanhã não tem acervo: tem conteúdo.
Vá com tempo — digamos, pelo menos duas horas. Numa visita rápida só vai dar tempo de se impressionar com os efeitos especiais (que são inúmeros, e muito bons). Mas é melhor ir com tempo para melhor absorver a torrente de informações encontradas a cada sala (perdão: a cada esfera, cubo, pirâmide, casulo…).
Compre o ingresso com hora marcada (mesmo os ingressos gratuitos devem ser solicitados na bilheteria online). Veja mais detalhes em Conheça o Museu do Amanhã por fora e por dentro.
Informações práticas
Museu Histórico Nacional
Quando um forte foi construído na Ponta do Calabouço, em 1603, o mar chegava até ali. Ao longo da história a edificação foi modificada várias vezes. Primeiro para incorporar uma prisão para escravos, depois para se tornar um arsenal, e por fim, um quartel completo. Em 1922, a Ponta do Calabouço foi aterrada (anos mais tarde, o aterro receberia o aeroporto Santos Dumont). Foi quando o forte-prisão-arsenal-quartel passou a hospedar o Museu Histórico Nacional.
A última das reformas do complexo, entre 2003 e 2010, serviu para dar uma bem-vinda modernizada na exposição do acervo. Totens interativos, iluminação caprichada e efeitos em 3D fazem do Museu Histórico Nacional o único entre os museus tradicionais do Rio que parece estar no século 21.
O circuito de visita começa na ala Oreretama, que descreve o Brasil pré-histórico e reproduz arte rupestre da Serra da Capivara. Em seguida, a exposição Portugueses no Mundo trata das grandes navegações lusas e do império colonial português.
O terceiro módulo, A Construção da Nação, elabora o Brasil pós-independência. Dom Pedro II ganha destaque com seu pendor para as inovações tecnológicas. Painéis gigantescos (‘Combate naval do Riachuelo’, de Victor Meirelles, e ‘O Último Baile da Ilha Fiscal’, de Francisco Melo) transportam a gente para os livros do primário, como no Museu de Belas Artes.
A sala mais bonita, porém, é a dedicada à contribuição africana à formação do Brasil, onde brilha a instalação ‘Altar de Oxalá’, de Emanoel Araújo.
Informações práticas – Museu Histórico Nacional
Promoções para sua viagem
Museu Memorial dos Pretos Novos
É a visita complementar ao Cais do Valongo.
O Museu Memorial dos Pretos Novos está localizado sobre o sítio arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos, onde eram enterrados os escravos que morriam ao chegar ao Rio, antes mesmo de serem vendidos.
O museu se dedica à memória dos enterrados e também sobre a vida dos descentes de escravos no Brasil e à cultura afro-brasileira.
Informações práticas – Museu Memorial dos Pretos Novos
Paço Imperial
O Boulevard Olímpico/Orla Conde revalorizou uma das áreas mais bonitas do Rio antigo: a Praça XV. De um lado, a imponente Estação das Barcas, de onde saem os catamarãs para Niterói e Paquetá.
E do outro, o histórico Paço Imperial, uma relíquia do Brasil colônia que cumpriu a função de palácio de governo da era das Capitanias à vinda da Corte portuguesa ao Brasil.
Transformado em centro cultural, o Paço sempre tem alguma exposição que vale a pena xeretar.
Numa das laterais da praça (à esquerda de quem olha para a estação das Barcas), no fim do dia, acontece a muvuca das rodas de samba dos barzinhos do Arco do Teles.
Informações práticas – Paço Imperial
Pira Olímpica
A Pira Olímpica fica em frente à Igreja da Candelária (e ao lado do CCBB).
Mesmo com a chama apagada, continua uma linda escultura cinética – e é, sem dúvida, o mais bonito dos souvenirs olímpicos.
Informações práticas – Pira Olímpica
Roda Gigante Yup Star
Com 88 metros de altura, a Yup Star (ex-Rio Star) é a maior roda gigante da América Latina. Nos 20 minutos em que a roda leva para dar a volta completa você aprecia alguns ângulos pouco convencionais do Rio.
Você vai ver Boulevard Olímpico (com o Terminal de Cruzeiros e o Museu do Amanhã), a Ponte Rio-Niterói, o Morro da Previdência (a primeira comunidade carioca, de 1897), o relógio da Central do Brasil, o Centro da cidade e, bem à distância, o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar (este, no vão entre prédios).
A experiência de andar numa roda realmente gigante é o que vale mais a pena no passeio. Encare a vista como um bônus, e não como o motivo principal para subir na Yup Star. Para pegar menos fila, prefira vir de manhã.
Veja todos os detalhes no guia completo de visita à Roda Gigante Yup Star.
Informações práticas – Yup Star
Centro, Aterro & Catete
O Centro do Rio de Janeiro conserva tesouros que, mesmo ofuscados pelas novas atrações da Zona Portuária, não devem ser menosprezados.
Muitas das atrações, como o Theatro Municipal, o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional, levam a uma época em que o Rio queria ser Paris.
A Confeitaria Colombo é um ímã de turistas – aproveite que está na área para visitar duas atrações menos conhecidas, a Igreja da Penitência e o Real Gabinete Português de Leitura.
A Escadaria Selarón não fica longe do ponto de embarque do bonde de Santa Teresa – aproveite.
Fora do Centro, não perca três grandes museus: o MAM no Aterro do Flamengo, o Museu da República no Catete e a Casa Firjan em Botafogo.
Confeitaria Colombo
Espelhos belgas, lustres tchecos, cadeiras de palhinha, mesas com tampo de mármore, o lindo vitral na clarabóia: o Rio belle-époque vive na Confeitaria Colombo. Aberta em 1894, a confeitaria só foi ganhar a roupagem mais chique entre 1912 e 1922.
Apesar de francesa (ou vienense?) na aparência, o forte da Colombo é a doçaria portuguesa, pastéis de nata e ninhos de fios de ovos à frente. Mas não é pelos doces, pelo café ou pelo chá que se vai à Colombo, mas pelo ambiente. É inacreditável que a casa tenha sobrevivido à descaracterização do Centro do Rio – e que, mesmo tão sofisticada, seja um espaço tão democrático. Para conseguir uma mesa, provavelmente você vai ter que entrar na fila formada no centro do salão.
No mezanino funciona o restaurante Cristóvão.
O famoso chá da tarde está suspenso desde o início da pandemia.
Informações práticas – Confeitaria Colombo
Biblioteca Nacional
O belo prédio neoclássico-eclético que completa o trio de atrações culturais da Cinelândia é a Biblioteca Nacional, que está ali desde 1910. É a mais importante do Brasil e uma das maiores do mundo, com acervo valiosíssimo de cartografia, manuscritos, partituras e obras raras.
Desde março de 2022 é preciso agendamento tanto para consulta de acervo quanto para participar da visita guiada.
Informações práticas – Biblioteca Nacional
Casa Firjan
A mesma família Guinle que deu ao Rio o Copacabana Palace ergueu, alguns anos antes, o mais imponente dos palacetes de Botafogo.
O casarão, construído em estilo eclético francês e rodeado por um extenso jardim, é o último resquício da belle époque carioca no bairro. Habitado até 2005, foi tombado em 2006 e passou uma década abandonado, até ser comprado pela Firjan – a equivalente fluminense da Fiesp.
A Firjan usou uma parte do terreno para montar um laboratório voltado para a economia criativa. Restaurado, o palacete dos Guinle funciona como o centro cultural do complexo.
Até 28 de janeiro de 2024 está em cartaz a exposição dos 150 anos da Granado – uma das marcas mais carismáticas da indústria fluminense.
Não deixe de subir até o segundo andar, onde há uma exposição permanente sobre a história da família Guinle, o palacete e sua transformação em Casa Firjan.
Outra atração da Casa Firjan é a filial da excelente rede Empório Jardim, que serve cafés da manhã, lanches e almoço em dois locais: na linda área da antiga cozinha do casarão, e também num anexo voltado para o jardim.
- Empório Jardim | R. Guilhermina Guine, 211 – Casa Firjan | Jardim: 3ª a dom 9h-18h30 | Área interna: 3ª a 6ª 12h-17h, sáb e dom 9h-17h | Site
Informações práticas – Casa Firjan
Catedral Metropolitana
Breve.
Escadaria Selarón & Arcos da Lapa
Com seu mosaico coloridíssimo, a Escadaria Selarón tornou-se um ponto de peregrinação de visitantes ao Rio. O artista chileno Jorge Selarón criou o mosaico entre 1994 e 2000.
Depois de famosa, a obra foi incrementada com a inclusão de azulejos do mundo inteiro, enviados por estrangeiros que passaram pela escadaria.
Em 2013, deprimido e vítima de ameaças de um ex-colaborador, Selarón acabou se suicidando. Mas deixou seu nome imortalizado num marco carioca.
Ao chegar e ao sair, você vai avistar um dos ícones da paisagem urbana do Rio, os Arcos da Lapa. Foram erguidos no século 18, para sustentar o Aqueduto da Carioca, que trazia água do rio Carioca para a cidade.
Desde o fim do século 19, porém, os arcos servem apenas de viaduto para a passagem do Bondinho de Santa Teresa.
Veja os detalhes em Como visitar a Escada Selarón e Arcos da Lapa.
Informações práticas – Escadaria Selarón
Feira Rio Antigo (Rua do Lavradio)
A Rua do Lavradio, na Lapa, tem a maior concentração de sebos e antiquários do Rio. Todos os sábados, é o endereço também da Feira Rio Antigo (que até 2021 se realizava apenas no primeiro sábado de cada mês).
Além dos stands e barraquinhas, você pode visitar também os sebos e ateliês da rua. Se não quiser pegar a muvuca da feira, venha em dia de semana – as lojas estarão abertas.
Informações práticas – Feira Rio Antigo
Igreja de São Francisco da Penitência
Nem só do Mosteiro de São Bento é feito o barroco carioca. A pequena Igreja de São Francisco da Penitência, apesar de menos famosa, tem um esplendor equivalente.
Por fora, nada indica que esta igrejinha anexa ao Convento de Santo Antônio, que domina o Largo da Carioca do alto de uma pequena colina, possa ser tão suntuosa.
Concluída em 1733 e restaurada minuciosamente entre 1998 e 2002, esta jóia colonial tem a nave talhada em cedro e inteiramente folheada a ouro. O magnífico trabalho foi feito por Francisco Xavier de Brito, ninguém menos que o mestre que ensinou o ofício a Aleijadinho.
Numa salão contíguo, o Museu Sacro Franciscano expõe imagens e objetos litúrgicos antigos. Tente vir 3ª ou 5ª às 14h, para fazer a visita guiada.
Informações práticas – Igreja de São Francisco da Penitência
MAM (Museu de Arte Moderna)
O Aterro do Flamengo não seria completo sem um museu importante. Trata-se do MAM, um ícone da arquitetura moderna brasileira, construído em 1958, dois anos antes da inauguração de Brasília.
As mostras são todas temporárias. Não existe uma exposição permanente do acervo.
O museu é privado, sem fins lucrativos. A última mudança de administração, no início de 2020, tirou o MAM de um período de letargia, retomando o seu lugar no mapa cultural do Rio.
Todas as visitas precisam ser reservadas online. São gratuitas, com sugestão de contribuição para quem quiser fazer.
Aproveite as visitas guiadas Petrobras: são gratuitas, oferecidas no domingo para pequenos grupos de 8.
Informações práticas – MAM
Marina da Glória
Depois de décadas com acesso controlado, a Marina da Glória foi reintegrada ao Parque do Flamengo às vésperas da Olimpíada.
A queda dos muros devolveu a visão total da orla a quem passa pelo Aterro. É o local de onde sai a maioria dos passeios de barco pela Baía da Guanabara.
Há uma ala gastronômica. Entre os restaurantes está a filial da churrascaria Corrientes 348, além do italiano Bota e do asiático fusion Kitchen. Num dia bonito, vale a pena pegar uma mesa ao ar livre para almoçar (ou jantar) com vista para os barcos e a baía.
É também um importante lugar para eventos.
- Corrientes 348 | Marina da Glória | Tel. (21) 2557-4027 | Site
- Bota | Marina da Glória | Tel. (21) 98309-8273 | Instagram
- Kitchen | Marina da Glória | Tel. (21) 98685-5555 | Instagram
De dia, dá para ir de metrô (salte na Glória, use a saída B, Outeiro da Glória). De noite, Uber ou táxi.
Informações práticas – Marina da Glória
Museu da República
O simpático Museu da República ocupa o Palácio do Catete, que foi o ‘Alvorada’ de sua época, entre 1897 e a inauguração de Brasília. A construção, no entanto, é de 1858 – originalmente, foi a residência do Barão de Nova Friburgo.
O prédio mantém a decoração suntuosa da época do palácio presidencial — pena que a iluminação não valorize os ambientes como deveria. Para aproveitar a visita, vá com tempo (pelo menos uma hora) e peça o audioguia na entrada. Os detalhes da narração são saborosos.
No primeiro andar, o destaque é o Salão Ministerial, com a mesa arrumada para uma reunião de ministros (veja as placas de cada ministro marcando seus lugares).
O segundo andar é o espaço social, com os salões cerimoniais e de festa (e a capela). O gabinete de despacho do presidente também fica ali.
Finalmente, o terceiro andar é o maior objeto da curiosidade dos visitantes: ali está, preservado como no dia de sua morte, o quarto onde Getúlio Vargas se suicidou. (O revólver está exposto numa vitrine.) O contraste entre o aposento monástico do presidente e a opulência do palácio acaba aumentando o ibope de Getúlio entre os visitantes.
Os jardins são muito bonitos (palmeiras imperiais pairando acima de tudo) e também merecem ser visitados. Fique de olho nos eventos de música que de vez em quando acontecem por ali.
Informações práticas – Museu da República
Museu Nacional de Belas Artes
ATENÇÃO: MUSEU EM OBRAS, PROVISORIAMENTE FECHADO
O prédio de1908, construído para abrigar a Escola Nacional de Belas Artes, forma um belo conjunto com o Teatro Municipal e a Biblioteca Nacional.
O Museu Nacional de Belas Artes detém o mais importante acervo de arte brasileira do país. Você vai gostar de ver ao vivo obras que só conhecia dos livros da escola, como os gigantescos painéis ‘Batalha dos Guararapes’, de Victor Meirelles, ‘Batalha do Avaí’, de Pedro Américo, e ‘Elevação da Cruz em Porto Seguro’, de Pedro Peres, na galeria dedicada à pintura brasileira do século 19.
Portinari, Tarsila, Guignard e artistas artistas recentemente consagrados, como Beatriz Milhazes, fazem parte da galeria de arte brasileira moderna e contemporânea.
Durante a pandemia, o museu retomou obras necessárias para a modernização do seu sistema segurança. Por isso, segue fechado. Aguardamos ansiosamente sua reabertura.
Informações práticas
Passeios de barco
O Rio visto do mar é lindo também. Há muitos itinerários de barco pela Baía de Guanabara — e também passeios às ilhas Cagarras e Tijucas, em frente às praias oceânicas cariocas.
Saindo do Boulevard Olímpico
O passeio mais em conta pela Baía de Guanabara é organizado pela Marinha. A inteira custa apenas R$ 36.
Normalmente é feito no histórico Rebocador Laurindo Pitta – mas em caso de manutenção é usada outra embarcação.
O itinerário leva até Niterói, passando ao largo dos fortes, voltando pelo Pão de Açúcar, Aterro do Flamengo, Aeroporto Santos Dumont e Ilha Fiscal.
Infelizmente o passeio não tem saídas diárias: sai apenas nos fins de semana e, nas férias, entre 5ª e domingo.
Informações práticas – Passeio Marítimo da Marinha
Saindo da Marina da Glória
Da Marina da Glória saem passeios regulares e fretados.
Os itinerários duram de 2 a 3 horas e costumam fazer o giro da Baía de Guanabara até Niterói. Alguns roteiros porém, tomam a direção das ilhas Cagarras, em frente a Ipanema.
Os passeios compartilhados começam em R$ 80. Os passeios privativos oferecem maleabilidade de roteiro e possiblidade de paradas para mergulhar.
Informações práticas – Passeios de barco da Marina da Glória
Real Gabinete Português de Leitura
É, sem dúvida, a atração mais curiosa do Centro do Rio. Escondido num miolinho conturbado, o Real Gabinete Portuguez de Leitura está fora do circuito central da Cinelândia à Praça Mauá.
Se bem que agora ficou mais perto: já dá para chegar de VLT (é um programa ótimo de combinar com a Confeitaria Colombo ou a Igreja de São Francisco dos Penitentes).
O palacete, erguido em 1837, segue o estilo neomanuelino e evoca o Mosteiro dos Jerónimos.
Sua fachada pode até passar despercebida, confundida, sei lá, com uma igreja. Mas é impossível não ficar boquiaberto ao alcançar o interior da biblioteca – que não ficaria fora de lugar num filme de Harry Potter.
As estantes de madeira entalhada guardam 350.000 livros disponíveis para consulta. Os exemplares mais raros estão expostos em vitrines.
Visitantes só podem circular pelo térreo. Lembre-se de manter silêncio. É permitido fotografar, sem flash.
Informações práticas – Real Gabinete Português de Leitura
Mala de bordo nas medidas certas
Santa Teresa
Visitar ‘Santa’, como os cariocas chamam o bairro, é como fazer uma escapada dentro da própria cidade. Os artesãos, as ruas de paralelepípedo, o bonde, gente conversando na porta dos bares e muitas casas antigas dão a Santa Teresa um ar nostálgico, um outro ritmo.
O Bonde de Santa Teresa
Com uma frequência esparsa (uma saída a cada meia hora), o Bonde não é mais o transporte cotidiano dos moradores de Santa Teresa. Tornou-se um meio de locomoção essencialmente turístico.
Ainda assim, o bonde ainda é o meio mais charmoso de chegar a Santa Teresa.
Além de permitir reviver um pouquinho da história do Rio, quando esse tipo de bonde era o transporte que levava a todas as partes da cidade.
Só preste atenção nos horários. Quando não estiver funcionando, use o Uber.
Informações práticas – Bonde de Santa Teresa
Parque das Ruínas
Um bom lugar para começar uma visita ao bairro é no Parque das Ruínas – um palacete transformado em centro cultural, de onde se tem uma vista deslumbrante da cidade.
De lá, uma caminhada tranquila leva ao Largo dos Guimarães, onde fica a maior concentração de lojinhas de artesanato, bares, restaurantes e gente na calçada.
Informações práticas – Parque das Ruínas
Comer e beber em Santa Teresa
Difícil é escolher: há muitos lugares tentadores.
Para pastel e feijoada, vá ao Bar do Mineiro. Se a fome for de comida nodestina, escolha o Café do Alto. Refeição saudável? Sobrenatural. Tomar uma gelada e petiscar num botequim centenário: Bar do Gomez/Armazém São Thiago.
Mas onde quer que se almoce ou se petisque, o importante é deixar a sobremesa com a Alda Maria, doceira de mão cheia, com uma linda casa que leva o seu nome. Na pandemia a casa atende apenas a encomendas, faça a sua e retire na porta. (R. Almirante Alexandrino, 1116, tel. 21 2232-1320 – Instagram).
- Bar do Mineiro | R. Paschoal Carlos Magno, 99 | Tel. (21) 2221-9227 | Instagram
- Café do Alto | R. Paschoal Carlos Magno, 143 | Tel. (21) 2507-3172 | Instagram
- Sobrenatural | R. Almirante Alexandrino, 432 | Tel. (21) 2221-9465 | Instagram
- Bar do Gomez (Armazém São Thiago) | R. Áurea, 26 | Tel. (21) 2232-0822 | Instagram
- Alda Maria Doces | R. Almirante Alexandrino, 1116 | Tel. (21) 2232-1320 | Instagram
Bonzolândia
Antes de ir embora, passe pelo ateliê Chamego Bonzolândia.
Ali o artista plástico Getúlio Damado monta bonecos feitos de sucata e exibe suas obras numa réplica do bondinho de Santa Teresa.
Informações práticas – Bonzolândia
Theatro Municipal
Inspirado na Ópera de Paris, o Theatro Municipal foi inaugurado em 1909, depois de quatro anos de obra. O teatro já passou por várias reformas (uma delas ampliou o número de lugares), mas permanece fiel ao estilo original.
A visita guiada foi retomada em junho de 2021, por enquanto apenas às quintas e sextas.
Na visita guiada você fica por dentro de todas as fofocas ligadas à construção (a começar pelo favorecimento do filho do prefeito Pereira Passos no processo de escolha do projeto).
Você passa pelo Café do Theatro (antigo restaurante Assyrio, em estilo babilônio), senta na platéia, visita o foyer e bisbilhota um camarote.
O tour destaca as principais obras de arte, com destaque para o magnífico painel ‘A Música’, de Eliseu Visconti. O percurso leva uma hora.
Os ingressos para a visita guiada são vendidos apenas no próprio dia, na bilheteria da av. 13 de Maio (a rua lateral no lado esquerdo de quem olha para a fachada).
Informações práticas – Theatro Muncipal
Floresta da Tijuca & Zona Norte
O Parque Nacional da Floresta da Tijuca divide o Rio entre Zona Sul e Zona Norte.
No alto da montanha ou nas franjas da floresta encontram-se grandes atrações da cidade, duas delas de primeiríssima grandeza: o Cristo Redentor e o Jardim Botânico.
O carismático Parque Lage, o civilizado Instituto Moreira Salles e a deslumbrante Vista Chinesa completam o menu de lugares imperdíveis da área.
Do outro lado da montanha, a Zona Norte só costumava entrar no mapa dos turistas que visitavam o Maracanã.
Mas agora a região é o endereço da mais nova super atração da cidade: o BioParque do Rio.
Você pode incluir outras paradas no passeio, como um rolê pela Quinta da Boa Vista e uma boquinha na Feira de São Cristóvão ou no Cadeg.
BioParque do Rio
Depois de dois anos fechado, o RioZoo reabriu inteiramente repaginado: agora é o BioParque do Rio.
O BioParque é um zoológico de última geração, inspirado no San Diego Zoo da Califórnia. O novo concessonário, o grupo Cataratas, é o mesmo do AquaRio e das vans do Cristo Redentor.
O novo conceito é de enclausuramento reverso. Os visitantes é que ficam contidos em áreas seguras, enquanto os bichos ficam o mais soltos possível. As grades foram substituídas por vidros ou telas.
Há uma área de bichos de fazenda, a Fazendinha, cobrada à parte.
Outra atração cobrada à parte é o passeio de barquinho por um canal que corta a área temática da savana africana.
Compre com antecedência, os ingressos tendem a se esgotar nos fins de semana e feriados.
Informações práticas – BioParque do Rio
Cadeg
A Cadeg (na verdade, “o” Cadeg: Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara) é um mercado que abastece bons restaurantes, empórios e floriculturas do Rio. Usando os melhores ingredientes da cidade, os restaurantes do mercado foram descobertos há alguns anos por um público em busca de comida boa a preço justo. Ir até Benfica para traçar um belo bacalhau virou programa de gourmets de todos os quadrantes da cidade.
O bacalhau mais famoso é o do Barsa, mas quase todos os restaurantes servem o prato em porções generosas. Outro campeão de preferência é o Costelão do Cadeg, que prepara a costela na brasa, mas também na forma risoto ou mesmo prosaicos bolinhos.
Se bem que o bolinho mais procurado do Cadeg é mesmo de bacalhau, servido pelo Cantinho das Concertinas, que aos sábados faz uma pequena festa portuguesa ao som de acordeons (as concertinas do nome).
Os restaurantes costumam abrir diariamente para almoço. Sábados e domingos são os dias mais concorridos – mas vá prevenido que no sábado à tarde e no domingo as lojas e empórios estarão fechados.
- Barsa | Tel. (21) 97103-5969 | Instagram
- Costelão do Cadeg | Tel. (21) 2589-0022 | Facebook
- Cantinho das Concertinas | Tel. (21) 99280-2854 | Instagram
Informações práticas – Cadeg
Cristo Redentor
O Cristo Redentor é a atração mais procurada do Rio de Janeiro. Ver a estátua de perto parece ser o objetivo principal da maioria dos visitantes. O que deveria motivar a peregrinação até lá em cima, porém, é a vista. Não existe paisagem urbana mais bonita no planeta do que a Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar vistos da varanda do Cristo Redentor.
Suba num dia claro. Num dia de céu carregado, nuvens mais baixas do que a estátua podem eliminar a vista.
Para não enfrentar fila, compre ingresso com hora marcada (pode ser no próprio dia). O transporte de trem ou de van oficial está incluído no ingresso.
A maneira mais lúdica é ir de trenzinho.
O melhor custo x benefício está nas vans oficiais que saem do Centro de Visitantes das Paineiras.
Veja mais detalhes no guia completo da visita ao Cristo Redentor.
Informações práticas – Cristo Redentor
Feira de São Cristóvão
O Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, mais conhecido como Feira de São Cristóvão, foi construído no local onde retirantes do Norte-Nordeste desembarcavam no Rio de Janeiro, atrás de novas oportunidades de trabalho e de vida.
O pavilhão é uma celebração de tudo o que é nordestino: a literatura de cordel, o repente, a culinária típica, o forró e o povo. De noite, a farra é grande; se você preferir conhecer com calma o labirinto de lojinhas, é melhor ir à feira entre o fim da manhã e o início da tarde, num fim de semana.
Considere almoçar lá: na feira existem ótimos restaurantes, como a Barraca da Chiquita, onde a comida é farta e o preço é camaradinha.
- Barraca da Chiquita | Feira de São Cristóvão | Tel. (21) 3860-2047 | Facebook
Informações práticas
Instituto Moreira Salles
A propriedade onde morou a família do embaixador Walther Moreira Salles, fundador do Unibanco, foi transformada na sede carioca do Instituto Moreira Salles em 1999.
A visita já valeria pela arquitetura e pelo paisagismo. A casa, inaugurada em 1951, é um exemplar da melhor arquitetura moderna brasileira. O desenho é de Olavo Redig de Oliveira. Os jardins – e o lindíssimo painel de azulejos – de Burle Marx. (O entorno leva a assinatura da Mata Atlântica, mesmo.)
Se não bastasse a beleza do lugar, as exposições – normalmente, gratuitas – têm a qualidade de curadoria que é característica do IMS.
E de lambuja, fica ali o cinema mais elegante do Rio de Janeiro. Quando termina a sessão, as cortinas se abrem automaticamente e a parede envidraçada revela o bambuzal lá fora.
Vejam mais detalhes em Instituto Moreira Salles, um dos melhores segredos do Rio.
- O Instituto Moreira Sales fechou para reformas em março/2023 e deverá ficar fechado por 4 anos.
Informações práticas
Jardim Botânico
A vinda da família real portuguesa em 1808 não transformou somente a arquitetura da cidade do Rio de Janeiro. A criação do Jardim Botânico também remonta àquela época. Inicialmente, era um ‘jardim de aclimatação’ para adaptar espécies exóticas (e especiarias) às condições brasileiras.
Tornou-se o mais belo parque urbano do Brasil, famoso por seu corredor de palmeiras-imperiais (originárias das Antilhas, mas vindas da Ilha Maurício). A vegetação diversa e exuberante, as fontes e o orquidário também são motivos para visitar.
Para pegar temperaturas mais amenas, vá no começo da manhã ou no fim da tarde. Evite apenas os dias chuvosos ou de muito calor. Num dia de sol tudo fica mais bonito (mas as fotos ficam mais complicadas, por causa do contraste de sol e sombra).
Veja mais detalhes em Jardim Botânico do Rio: um dos melhores progtramas da cidade.
Informações práticas – Jardim Botânico
Maracanã
Do ‘maior do mundo’, infelizmente, só restou a casca. Inteiramente reconstruído para Copa e Olimpíada, o Maracanã perdeu boa parte do seu carisma. Mas a oportunidade de emergir pela boca do túnel e ver o estádio ao rés do gramado não é de se jogar fora.
Por causa da pandemia, os tours agora são apenas guiados. Não é possível fazer a visita livre.
As duas primeiras salas funcionam como um pequeno museu, mas o acervo é bem fraquinho. Tem uma estação dedicada a Zico (maior artilheiro do Maracanã), outra à Seleção Brasileira e suas conquistas, outra ao milésimo gol de Pelé (incluindo a bola do gol). Há também uma espécie de calçada da fama com os moldes dos pés de craques de times e épocas diversas. Além disso, existem algumas estações interativas/moderninhas que propõem games (e podem ter ingresso cobrado à parte).
Depois do museu você passa pelo vestiário (onde estão expostas as camisetas dos 20 times da Série A) e finalmente entra em campo. Ou quase: não dá para pisar no gramado, mas você anda pela lateral e pode sentar no banco de reservas.
Comprando ingresso com antecedência você evita perder algum tour guiado que esteja lotado por grupos de excursão. Mas normalmente dá para comprar na hora sem problema.
Você pode também tentar assistir a um jogo oficial. Dos times da cidade, apenas Flamengo e o Fluminense mandam seus jogos no Maracanã (o Vasco manda jogos em São Januário, e o Botafogo, no Nílton Santos). Alguns jogos do Flamengo, no entanto, acabam com ingressos esgotados pelos sócios-torcedores, que têm prefência para compra.
Informações práticas – Maracanã Tour
Parque Lage
Assim como o quase-vizinho Jardim Botânico, o Parque Lage ocupa uma encosta da Floresta da Tijuca.
O nome homenageia Henrique Lage, que ao comprar a propriedade mandou construir o palacete que se tornou sua marca registrada.
Passeie por seu jardim tropical, repare nas fontes e esculturas, mas sobretudo deixe o nome na fila de espera para uma mesa no Plage Café, no entorno da piscina mais instagramada da cidade.
- Plage Café | Parque Lage | Tel. (21) 2535-7336 | Instagram
Informações práticas – Parque Lage
Quinta da Boa Vista
Você salta do metrô na estação São Cristóvão, passa pela conturbada estação de trens da SuperVia, atravessa rua na faixa de segurança e… ao cruzar o portão da Quinta da Boa Vista você entra em território sangue-azul.
Aqui residiram a família real portuguesa e a família imperial brasileira, de Dom João VI a Dom Pedro II. Naquele tempo, era possível ver a Baía de Guanabara ao longe, do alto da colina onde está instalado o palácio – daí a ‘boa vista’.
Hoje em dia a Quinta da Boa Vista funciona como parque municipal, sem cobrança de ingresso. É concorridíssima no fim de semana, quando acorrem famílias que alugam tricicletas e fazem piqueniques, crianças andam de trenzinho sobre rodas e casais de namorados fazem selfies românticas no coreto ou na gruta artificial.
Seu maior tesouro, o Museu Nacional, foi arrasado pelo incêndio de setembro de 2018.
Mas em 2021 a Quinta ganhou uma nova mega-atração: o BioParque, o RioZoo repaginado.
Informações práticas – Quinta da Boa Vista
Vista Chinesa
Se dá para colocar algum defeito na vista que se tem do Pão de Açúcar, é que de lá de cima não se vê o Pão de Açúcar.
Pois a Vista Chinesa é um mirante na Floresta da Tijuca que tem vista panorâmica para com vista panorâmica para muitos dos ícones mais conhecidos do Rio: o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, a Lagoa Rodrigo de Freitas, as praias do Leblon, Ipanema e Arpoador, o Morro Dois Irmãos.
O nome se deve ao pagode construído no início do século XX.
Para tirar uma foto mais bonita do que a minha, vá à tarde. De manhã, quando eu fui, a paisagem estará no contraluz. E, evidentemente, escolha um dia claro.
O estacionamento é escasso. É melhor vir de táxi e pedir para o motorista esperar.
Informações práticas – Vista Chinesa
Zona Sul
A maior atração perto do seu hotel é provavelmente uma praia. Mas existem outros passeios que dá para fazer sem se afastar muito da orla.
O Pão de Açúcar é a mais importante. Não se contente em contemplar o Pão de Açúcar ao longe: suba num dia bonito para ter direito às vistas mais lindas da cidade.
Em Copacabana, faça o circuito dos dois fortes: o Forte do Leme e o Forte de Copacabana. No fim da tarde, compareça à Pedra do Aerpoador para aplaudir o pôr do sol.
A Lagoa Rodrigo de Freitas é a “outra orla” da Zona Sul: descubra suas atrações.
E comece agora a arranjar coragem para um voo duplo sobre São Conrado.
Favela Tour
Incompreendido pela maioria dos brasileiros, o tour de favelas no Rio é um dos passeios mais procurados pelos gringos.
Ao contrário do que todo mundo imagina, o passeio não explora a pobreza. Pelo contrário: você sai da favela com uma opinião muito melhor de quem mora lá e das condições de moradia. Até porque o passeio é feito na Rocinha, que é a favela com mais cara de bairro (eu sempre digo, meio de brincadeira, meio sério: se caiarem as fachadas, vira Positano). A organização urbana é fascinante, a vista é linda, e o interior das casas tem tudo o que você espera encontrar numa casa de classe média.
Recomendo especialmente o passeio do operador pioneiro, o Favela Tour do Marcelo Armstrong.
O passeio do Marcelo é feito em van (não em jipes com camuflagem de guerra!).
Seus guias são excelentes e a empresa apoia projetos sócio-educacionais nas comunidades da Rocinha e de Vila Canoas.
Informações práticas – Favela Tour
Forte de Copacabana
No canto direito da orla de Copacabana, o Forte de Copacabana é o melhor mirante para apreciar a bela curva da praia. A vista vai do Pão de Açúcar à colônia de pescadores (e point de praticantes de SUP) do Posto 6. Difícil é tudo caber no quadro da sua câmera.
A vista é o maior chamariz para visitar. Mas indo com tempo, você deve aproveitar para fazer o tour completo e entender a função do Forte no sistema de proteção da Baía de Guanabara nos tempos coloniais.
Logo na entrada do forte, à direita, uma sala exibe um vídeo que explica a história do bairro de Copacabana e do forte. Em seguida, se quiser, você pode entrar no Museu do Exército, onde é apresentada a versão da instituição sobre sua participação na história do Brasil. As salas Colônia/Império e República versam sobre o Brasil até 1945.
A terceira parte da visita é na ponta da fortificação, onde estão os canhões (e a vista mais completa). É possível também visitar a casamata.
Dois restaurantes funcionam na mureta. O mais concorrido é a filial da Confeitaria Colombo, sempre com filas. Mais adiante, o Café 18 do Forte tem menos espera por uma mesa e um bom menu de pratos rápidos e cervejas artesanais.
De manhã a vista é um pouco mais bonita, porque o sol incide sobre Copacabana. O passeio matinal pode ser iniciado no Forte do Leme. A caminhada pelo calçadão de Copacabana deve levar 1 hora.
Indo à tarde você pode combinar um café na mureta do forte com uma caminhada até a Pedra do Arpoador para o pôr do sol.
- Confeitaria Colombo | Forte de Copacabana, Av. Atlântica à altura da R. Francisco Otaviano | Tel. (21) 99603-2171 | Instagram
- Café 18 do Forte | Forte de Copacabana, Av. Atlântica à altura da R. Francisco Otaviano | Tel. (21) 2523-0171 | Instagram
Informações práticas – Forte de Copacabana
Forte do Leme
O nome oficial é Forte Duque de Caxias. Junto com o Forte de Copacabana e a Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, o Forte do Leme formava o sistema de proteção da Baía de Guanabara nos tempos coloniais.
A vista mais original do Pão de Açúcar e da praia de Copacabana (com as montanhas ao fundo) está escondida aqui.
Mas pouca gente sabe que disso: das grandes atrações da Zona Sul, esta é a menos visitada. A razão está no (pequeno) esforço físico exigido do visitante. A subida ao cocoruto do Morro do Leme leva entre 20 e 30 minutos, dependendo do seu fôlego. Pelo menos metade do trajeto é sombreada.
A entrada ao forte é pelo estacionamento – você compra ingresso na guarita. Lá em cima, passeie pela área dos canhões e aproveite que o bar vende água de coco gelada. Vá de manhã, logo que o forte abre, para pegar menos calor e ver o sol incidindo sobre a Praia de Copacabana. O único inconveniente é que o forte abre já com o sol mais ou menos alto, às 9h30.
Uma hora de caminhada pelo calçadão separam o Forte do Leme do Forte de Copacabana, na ponta oposta da praia.
Informações práticas – Forte do Leme
Lagoa Rodrigo de Freitas
Se você andar de táxi no Rio, não escapa de passar pela Lagoa Rodrigo de Freitas – conhecida universalmente como ‘Lagoa’.
O grande espelho d’água da Zona Sul é o acesso mais direto ao Túnel Rebouças (e à Zona Norte) e também ao Túnel Zuzu Angel (e à Barra da Tijuca).
Apesar dos constantes engarrafamentos, a Lagoa costuma servir de atalho entre os bairros do entorno (Copacabana, Ipanema, Leblon, Gávea, Jardim Botânico), e também entre Botafogo e outros bairros da Zona Sul. A paisagem é linda, não importa por que lado você passe.
Mas não se limite a passar: aproveite a Lagoa. Seu perímetro de 8 km funciona como um parque.
Cariocas fazem jogging no início da manhã e no fim da tarde. Dar a volta de bicicleta é fácil: há uma pista exclusiva para ciclistas e 10 pontos do sistema TemBici de bicicletas compartilhadas. De manhã cedo você também vai poder observar remadores treinando n’água. Três pontos merecem uma atenção especial:
- O Parque do Cantagalo, para os lados de Copacabana e Ipanema, é onde se encontram os pedalinhos e os quiosques da Lagoa. É a área mais bacana para fazer um piquenique. Os quiosques ganharam novas concessões nos últimos anos e se tornaram restaurantes com uma pegada ‘lounge’.
- O Parque da Catacumba fica na encosta do morro um pouco adiante dos pedalinhos do Parque do Cantagalo. Ocupa uma área reflorestada onde na década de 50 havia uma favela. O parque serve para encorpar uma saída com crianças. Antes ou depois do pedalinho, dá para brincar na tirolesa, na passarela de arvorismo ou no muro de escalada do parquinho privado Lagoa Aventura.
- O Píer da Lagoa é um deck entre a Ilha dos Caiçaras e o complexo Lagoon, à altura do Leblon. É uma parada com vista para o Corcovado.
- O Parque dos Patins, nos fundos do Jockey (Gávea/Jardim Botânico), é um ponto para levar as crianças ao ótimo parquinho, cheio de brinquedos legais. O passeio de helicóptero também sai de um heliponto ao lado.
Informações práticas – Lagoa Rodrigo de Freitas
Mureta da Urca
A Mureta da Urca, em frente ao Bar Urca, é o complemento perfeito para um passeio vespertino ao Pão de Açúcar.
O que faz sucesso aqui é o cenário – uma mureta à sombra de árvores frondosas, com vista para o Aterro. Mas as empadas, pastéis e caldinhos do Bar Urca não fazem feio (e a cerveja é de garrafa).
Quando o point se tornou conhecido por não-cariocas (e os preços subiram), surgiu uma mureta concorrente, 1 km adiante, à altura do Urca Grill. Com preços mais em conta, ganhou apelido de ‘Pobreta’. A vista da Pobreta é para a Marina da Urca e Cristo.
- Bar Urca | R. Cândido Gofre, 205 | Tel (21) 96432-4382 | Instagram
- Urca Grill | R. Marechal Cantuária, 18 | Tel. (21) 98021-9133 | Instagram
Pão de Açúcar
Não basta subir ao Cristo. O Pão de Açúcar é a sua vista complementar. Além de apreciar a Baía de Guanabara pelo ângulo oposto (e com o próprio Cristo ao fundo), você ainda tem praticamente uma vista aérea sobre Copacabana. Sem falar de todas as montanhas. A subida pelo bondinho já vale a viagem.
Em 2022, a área ganhou um novo nome: agora é Parque Bondinho Pão de Açúcar.
Monitore a previsão do tempo para subir num dia claro. Vale a pena comprar ingresso antecipado para não pegar fila na bilheteria. Dá para comprar no próprio dia. Comprando o Bilhete Acesso Rápido, você tem entrada preferencial (em todas as estações).
Veja todos os detalhes no Guia completo para visitar o Pão de Açúcar.
Informações práticas – Parque Bondinho Pão de Açúcar
Passeio de helicóptero
Tanto o Pão de Açúcar quanto o Cristo Redentor já oferecem vistas ‘aéreas’ do Rio. No entanto, sobrevoar o Rio de helicóptero é uma experiência insuperável.
Há várias operadoras, que oferecem roteiros de 8 a 40 minutos de duração.
Não é, evidentemente, um passeio barato: um sobrevoo de helicóptero custa o equivalente a uma passagem aérea de curta distância. Mas a exemplo das cias. aéreas, as cias. de sobrevoo de helicóptero também parcelam as viagens no cartão 🙂
A operadora mais famosa é a Helisul, que tem pontos de embarque na Lagoa e no Morro da Urca (no complexo do Pão de Açúcar). O voo mais em conta que inclui o Cristo, de 8 minutos, sai R$ 770 por pessoa (agosto/2024).
O melhor custo x benefício é das operadoras que usam o aeroporto de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca. A HeliTour Rio oferece voos incluindo o Cristo a partir de R$ 580, com 20 minutos de duração. Meu circuito favorito é o ‘Classic’, de 25 minutos, que sai R$ 680 por pessoa (agosto/2024).
Os passeios saindo da Barra ficam ainda mais interessantes quando você aproveita o deslocamento para visitar outros pontos da região – como o Museu do Pontal, o Sítio Burle Marx, a Ilha da Gigoia ou as praias da Zona Oeste.
Veja meu relato sobre o passeio de helicóptero saindo da Barra.
Pôr do sol no Arpoador
Copacabana é voltada para o leste: o sol nasce no mar. Já Arpoador, Ipanema e Leblon são voltados para o sul. Isso permite que o sol se ponha à direita da praia, atrás da montanha Dois Irmãos. No alto verão, o sol morre ao lado da montanha, praticamente no mar.
O pôr do sol no Arpoador, emoldurado pelos Dois Irmãos é visível ao longo de toda a enseada.
Mas o grande camarote é a Pedra do Arpoador, no canto esquerdo. Basta ir até o fim do calçadão, continuar pela pedra e encontrar (ou disputar) um ponto estratégico.
Você estará de frente para o espetáculo. No fim, pode acompanhar o aplauso (se ninguém estiver vendo, não é cringe).
Informações práticas – Pôr do sol no Arpoador
Voo duplo em São Conrado
Sobrevoar um dos pontos mais fotogênicos do Rio a bordo de uma asa delta ou de um parapente não requer experiência nem preparo físico. Basta ter mais de 16 anos, não sofrer de vertigem e poder desembolsar entre R$ 850 e R$ 950 pela aventura. A pilotagem é feita por um instrutor que voa com você (por isso o tal do ‘voo duplo’, ou ‘tandem flight’ em inglês).
Os voos acontecem do início da manhã ao fim da tarde, sempre que as condições meteorológicas permitirem. Na maioria dos operadores você pode escolher entre decolar de asa delta (em que você voa na horizontal, como um pássaro) ou paraglider (em que você vai sentado, como um piloto de ultraleve).
A aventura costuma começar no canto direito da praia do Pepino, em São Conrado. Ali, atendentes dos operadores, equipados com pranchetas, entregam o contrato de seguro para você assinar. Então você é levado de van até a rampa da Pedra Bonita, 520 metros acima do nível do mar. Antes de saltar você faz um pequeno curso junto com o seu instrutor, para aprender a interagir como equipe.
O voo dura entre 7 e 20 minutos, dependendo das condições do vento. O pouso é feito na praia do Pepino, em São Conrado (a mesma em que você assinou o contrato para voar).
Quanto custa o voo duplo?
O voo, incluindo o transporte da praia do Pepino até a rampa da Pedra Bonita e o seguro obrigatório, começa em R$ 850. Obviamente você vai querer acrescentar fotos e/ou vídeo ao pacote, o que faz subir o preço para acima dos R$ 950. Você pode levar a sua GoPro desde que compre também a cobertura fotográfica oferecida pelo operador. Caso você inclua traslado de ida e volta ao hotel, o preço sobe um pouco mais.
Alguns operadores buscam os clientes gratuitamente na saída C do metrô São Conrado.
Infelizmente, a maioria dos operadores não publica seus preços: obrigam você a ligar. O único site que divulga os preços com transparência é o do Centro de Voo Livre de São Conrado.
Informações práticas – Voo duplo em São Conrado
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Zona Oeste
Na Barra da Tijuca, a placidez da Ilha da Gigoia ficou mais próxima depois da chegada do metrô à sua porta. A região oferece outro passeio de barco, com tons ainda mais ecológicos, na Lagoa Marapendi.
No miolo do bairro, a Cidade das Artes é um monumento que recebe espetáculos.
Já na zona rural da Zona Oeste, a Fazendinha é um bom passeio para as crianças, e o Sítio Roberto Burle Marx acaba de se tornar Patrimônio da Humanidade da Unesco.
Cidade das Artes
Primeiro centro cultural da Barra da Tijuca, desenhado pelo arquiteto franco-marroquino Christian de Portzamparc e inaugurado em 2013 (depois de 10 anos de obras), a Cidade das Artes ainda não se livrou da pecha de elefante branco.
Mas é um lindo prédio, que vale ser apreciado de perto. Se houver algo na programação – que pode envolver exposições, teatro, cinema, palestras ou atividades educativas – tanto melhor.
Informações práticas – Cidade das Artes
Fazendinha Nova Estação
Procurando um programa com criança fora dos shoppings?
O passeio mais bacana com os baixinhos é a esta fazenda que tem bichos (de galinha a cavalo, passando por cabra, tucano, pavão…), horta e muitas atividades monitoradas.
A Fazendinha Nova Estação fica na zona rural de Vargem Grande e abre no fim de semana. Não se esqueça do repelente.
Informações práticas – Fazendinha Nova Estação
Ilha da Gigoia
A Lagoa da Tijuca, logo à direita de quem chega na Barra, guarda o pedaço mais exótico do bairro: um arquipélago de ilhotas ocupadas por casas e sobrados (e alguns clubes). Cada ilha tem seu nome, mas costuma-se referir a todo o o conjunto como ‘Ilha da Gigoia‘.
Aqui você tem a sensação de estar a léguas da cidade grande. O transporte pelos canais é feito em pitorescas chalanas.
O metrô (Jardim Oceânico, saída A – Lagoa) deixa você a passos dois dois píers de acesso: há um píer para barcos de trânsito local, e outro píer para passeios turísticos.
O píer ‘dos moradores’ fica ao final de uma servidão ao lado do pequeno shopping Barra Point. Os barcos que param nesse píer fazem dois percursos:
- A travessia simples até margem em frente (R$ 3, preço para não-moradores), para quem quer continuar a pé por dentro da ilha.
- O serviço de barco-lotação, que leva a qualquer endereço no arquipélago por R$ 5 (preço para não-moradores)
Você pode pegar o barco-lotação para ir a um dos restaurantes do pedaço. O Cícero tem um deck à beira d’água e prepara bons petiscos e frutos do mar. O Cais Bar tem mesas junto ao canal e também um gostoso jardim interno. O Venne tem cardápio mezzo brazuca, mezzo mediterrâneo.
Caso queira uma experiência gastronômica mais séria, o novo Ocyá tem um dos cardápios mais originais da cidade, com peixes maturados e embutidos de peixe – além de peixes e frutos do mar recém-pescados, preparados na brasa ou no fogão.
O píer ‘turístico’ fica exatamente atrás da estação Jardim Oceânico (saída A, Lagoa). O passeio-padrão, de 1 hora de duração, faz um circuito pelos canais habitados mas também chega a partes da Lagoa da Tijuca onde a natureza ainda prevalece. Custa R$ 25 por pessoa e depende de uma lotação mínima (no fim de semana dá para embarcar mais fácil).
- Cícero | Ilha da Gigoia | Tel. (21) 96675-9838 | Instagram
- Cais Bar | Ilha da Gigoia | Tel. (21) 98284-6779 | Instagram
- Venne | Ilha da Gigoia | Tel. (21) 99988-9916 | Instagram
- Ocyá | Ilha Primeira | Tel. (21) 97286-1250 | abre de 5a a dom | Instagram
Informações práticas – Ilha da Gigoia
Lagoa Marapendi
Todos os dias, pequenas balsas cruzam a Lagoa Marapendi levando à praia da Barra da Tijuca moradores de condomínios situados na margem oposta do espelho d’água.
Mas no fim de semana, a empresa que opera essas travessias, a Ecobalsas, realiza também um passeio ecológico pela lagoa: a Expedição Barra Pantanal Carioca.
O tour, de 1h15, tem acompanhamento de biólogos e passa em revista o ecossistema da Lagoa Marapendi. Com sorte, você vai avistar capivaras e jacarés.
Não se esqueça do repelente.
Informações práticas – Expedição Barra Pantanal Carioca
Pedra do Telégrafo
Sucesso no Instagram, a Pedra do Telégrafo é um mirante em Barra de Guaratiba que, além de vistas deslumbrantes para as praias selvagens de Guaratiba e para a Restinga da Marambaia, ainda garante um efeito especial para a sua foto.
A pontinha da pedra permite criar uma ilusão de ótica na foto, como se você estivesse se arriscando a cair no precipício. Não há perigo: o lugar é protegido por um platô.
Atualmente, o lugar oferece uma ilusão de ótica extra: além de parecer que pode despencar montanha abaixo, você ainda passa a idéia de que está num lugar selvagem e remoto.
Na vida real, porém, haverá uma fila de gente esperando sua vez de tirar a foto, tamanha é a popularidade do lugar.
(Ah, sim: o nome da pedra também é uma ilusão. Pedra do Telégrafo é o nome do morro. Aquela pedra específica onde todo mundo se pendura é a Pedra da Bigorna.)
A trilha começa depois de uma ladeira urbana, que você pode subir de mototáxi (R$ 10). A partir do início da trilha, são pouco menos de 30 minutos de caminhada.
Barra de Guaratiba também tem outra trilha, que sai da praia da vila e leva às praias selvagens do Perigoso, dos Búzios, do Meio, Funda e do Inferno.
Informações práticas – Pedra d Telégrafo
Sítio Roberto Burle Marx
O Sítio Roberto Burle Marx acaba de ser designado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Vale a pena rodar 40 km da Zona Sul para visitar esta maravilha (veja como chegar na seção Informações Práticas, abaixo).
Maior paisagista brasileiro de todos os tempos, Roberto Burle Marx doou o sítio onde morava (e trabalhava) à União, para que fosse preservado do jeito que ele criou. Quem administra a propriedade é o IPHAN, que conduz excelentes visitas guiadas duas vezes por dia, de 3ª a sábado (é preciso reservar com antecedência).
Você bisbilhota os viveiros onde Burle Marx adaptava plantas brasileiras e exóticas, percorre os jardins do sítio (com direito a causos sobre árvores e plantas) e visita as duas casas do paisagista: a mais antiga, que ele mantinha como um museu de arte sacra brasileira e latino-americana, e a nova, que ele projetou para integrar o estúdio aos aposentos de dormir, mas que não chegou a concluir.
Para fazer a visita por conta própria, é preciso agendar por email. De última hora, veja se consegue se encaixar em tours compartilhados.
Ah: não esqueça de levar repelente.
Informações práticas – Sítio Roberto Burle Marx
Bate-voltas
Os melhores voltas são para as cidades mais próximas, que entregam o que têm de melhor num passeio sem correria e sem passar metade do dia na estrada: Petrópolis, a 60 km, e Niterói, do outro lado da baía.
Já os passeios a ilhas em Angra ou à Região dos Lagos… não recomendamos. Saiba por quê.
Bate-volta a Angra dos Reis, Arraial do Cabo, Búzios ou Ilha Grande
Durante a sua estada no Rio, você vai ser bombardeado com ofertas de passeios a praias próximas. Resista. Não valem a pena. Veja por quê:
- Essas praias não são tão próximas assim. Búzios, Cabo Frio e Arraial do Cabo estão a 3 horas de viagem (para ir e depois para voltar). O embarque para passeios a ‘ilhas tropicais’ ou Ilha Grande está a pelo menos duas horas e meia do seu hotel. No caminho é certo que você vá enfrentar engarrafamentos, para ir ou para voltar. Não será um dia agradável
- O tempo é imprevisível. Esses passeios precisam ser decididos até a véspera. O clima pode mudar sem avisar. Ventos frios que sopram do mar costumam fazer surpresas aos meteorologistas, e dias com previsão de tempo ótimo amanhecem encobertos (e assim ficam durante o dia). A trajetória de frentes frias também pode se acelerar, mudar o tempo e estragar o seu passeio
- Não dá tempo para aproveitar. Tanto a região dos Lagos (Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio) quanto a Costa Verde (onde estão Angra, Ilha Grande e Paraty) devem ser exploradas com mais calma. Esse esquema vapt-vupt só é bom para quem vende o passeio
- Veja nossos guias de Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio e Paraty.
Troque seu bate-volta cansativo por outras praias no Rio mesmo. Veja o cadápio completo de praias do Rio e de Niterói aqui.
Bate-volta a Niterói
A uma curta travessia de barca, saindo da Praça XV, Niterói oferece as vistas mais bonitas do Rio e suas montanhas. De quebra, tem uma atração de valor histórico (a Fortaleza de Santa Cruz), um ícone arquitetônico (o MAC, de Niemeyer) e um trio de ótimas praias oceânicas.
Veja um roteiro prático para o passeio de 1 dia em Niterói.
Leia também sobre as praias oceânicas de Niterói: Camboinhas, Itaipu e Itacoatiara.
Bate-volta a Petrópolis
A meros 60 km da saída da cidade (75 km da beira da praia de Copacabana), Petrópolis proporciona um dia charmoso na serra, com temperaturas sempre mais amenas que no Rio. O Museu Imperial, o Palácio de Cristal, a Casa de Santos Dumont, o antigo hotel Quitandinha e uma visita à cervejaria Bohemia compõem um itinerário redondo e factível sem maiores perrengues.
Veja um roteiro prático para um passeio de 1 dia em Petrópolis.
Veja como chegar à Rodoviária.
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Olá, alguma dica de como chegar no novo Museu do Pontal?
Olá, Loanda! O jeito mais rápido é ir de metrô até a estação Jardim Oceânico, sair pelo acesso A (Lagoa) e ali chamar um Uber.
Olá, lamentavelmente vou ficar poucas horas no Rio até ir a um outro destino. Quais pontos turísticos mais próximos da rodoviária do Rio? Tenho de ¨6:30 até 12h mais ou menos para depois ir p/ aeroporto Stos. Dumont. Vc considera q dá tempo p/ algum passeio rápido?
Agradeço se puder retornar.
Olá, Flavia! A Rodoviária está pertinho do Boulevard Olímpico, dá pouco mais de 10 minutos pelo VLT (linha 1, direção Santos Dumont, salte em Parada dos Navios). O problema é que cedo assim a região estará bem erma e você vai se sentir insegura.
CAso você saia, deixe sua bagagem num guarda-volumes na rodoviária.
Veja como pegar o VLT:
https://www.viajenaviagem.com/destino/rio-de-janeiro/como-se-locomover/#vlt
Você pode também pegar um táxi ou Uber e ir até Copacabana. Se for Uber, marque av. Atlântica, 3.800 – você vai saltar no trecho mais bonito da orla, e se quiser, pode ir andando em direção ao Arpoador e Ipanema. Saia da Zona Sul 1 hora antes do horário do seu embarque – além do trânsito que voê pode pegar no caminho, ainda vai precisar retirar a bagagem do gaurda-volumes.
Veja como sair da rodoviária:
https://www.viajenaviagem.com/destino/rio-de-janeiro/rodoviaria/
Super obrigada, na real achei q de fato não daria pra muita coisa, pq chegarei bem cedinho e vi q alguns lugares só abrem as 9. Só queria uma opinião de quem entende de roteiros/dicas de viagens e isso vcs fazem de maneira excelente. Acho q deixarei os passeios p/ uma próxima viagem q seja específica ao Rio. Abraço.
Pessoal, preciso de uma luz para o meu roteiro. Chego no RJ em agosto 2022 numa 5a feira de manhã (Santos Dumont), hospedagem em Copa, saio do RJ no domingo final do dia. Comigo irão minha mãe e minha filha de 8 anos.
Gostaríamos de ir nos seguintes lugares:
Cristo
Pão de Açúcar
Museu do Amanhã + morro da Conceição+ mural etnias
Parque lage + lagoa Rodrigo de Freitas
Mirante Dona Marta
Biblioteca nacional
BioParque
Por do sol Arpoador
Praia do Leblon para crianças (baixo bebê)
Não estou conseguindo me organizar. Vcs acham viável conseguir fazer tudo? Ou melhor ir com calma e fazer menos passeios?
Muito obrigada 🙂
Olá, Priscila! Vcoê vai precisar ‘regionalizar’ os seus passeios, aproveitando melhor as saídas, evitando cruzar a cidade todos os dias.
Nossa página de roteiros traz um roteiro básico de 48 horas e sugestões de passeios combinados:
https://www.viajenaviagem.com/destino/rio-de-janeiro/roteiros/
Oi Priscila, tudo bem?
Eu, como carioca, acredito que tenha pontos demais no seu roteiro para apenas três dias. Apesar de não ser guia turística, sou apenas leitora aqui, te falo como entusiasta da cidade mesmo.
Por exemplo, você chega na quinta, dependendo do horário, já dá para assistir ao por do sol no Arpoador, que está pertinho de Copacabana. Outra opção é também já na quinta feira ir no pão de açúcar, o final da tarde é lindo lá também!
Na sexta, pode fazer seu roteiro o Centro da Cidade Museu do amanhã, Morro da Conceição e Mural Etnias. Acredito que Colocar biblioteca Nacional junto pode não dar tempo de ver tudo e o passeio acabar ficando tenso por causa de horários.
Cristo redentor dá para conjugar com Praia do Leblon ou Lagoa Rodrigo de Freitas ou Parque Lage. Pode ser, por exemplo, tomar café da manhã no parque Lage e, de lá, ir para o Cristo. Dependendo da disposição, ainda dá para pegar um final da tarde no baixo Bebê.
Oi Aline, muito obrigada pela gentileza de vir aqui me dar uma luz.
Ainda ando trabalhando no meu roteiro e acho que fiz alguns progressos.
Pensei em ir na 5a feira, dia que chego, pegar um shopping (moro no Canada e preciso de um biquini brasileiro hehe) almoço por la mesmo e visito a praia vermelha depois estico ate o arpoador para ver o sol se por.
6a feira: Cristo pela manha de van, depois uma volta pela Lagoa, uma volta pela praia do Leblon e termina o dia no pão de acucar.
Sabado: Museu do amanha com morro da conceição e mural etnias e se rolar ir na biblioteca nacional. Desisti de ir ao Bioparque.
Domingo pensei em ir ao Mirante Dona Marta bem cedinho e aproveitar o resto do dia livre antes de ir ao aeroporto.
O que acham? Esta mais viável?
Obrigada =)
Primeiro, parabéns pelo Guia do Rio de Janeiro. Simplesmente F-A-N-T-Á-S-T-I-C-O. Que trabalho bem feito! Gostaria de tirar uma dúvida. Há alguma restrição de visitar o Forte do Leme pela tarde?
Olá, Rodrigo! Obrigada! O horário do Forte é que não ajuda. Fecha às 16h…
Muito obrigada pela resposta.
Fico aliviada em saber, pois não quero me arriscar ou colocar em risco q vida da minha família.
Vou deixar um comentário pra vc depois. Sem problemas. Abraços e um ótimo Natal e ano novo pra vc e sua família.
Oi A Boia
Que site maravilhoso! Muito prático!
Vamos ao Rio no próximo dia 27.12 e já marcamos um tour pela Rocinha. Você nos desaconselharia?
Te agradeço desde já pela resposta.
Claudia
Olá, Claudia! De fato a situação melhorou bastante, já não há mais confrontos entre facções no morro. Deve estar na hora de mexer nessa recomendação. Você volta para contar como foi o passeio, por favor? Obrigada!
Por favor, você poderia sugerir um roteiro de 7 dias no Rio de Janeiro, incluindo Petrópolis? (seria de um sexta 4/2/22 a 11/2/22)
Olá, Otenberg!
Veja:
https://www.viajenaviagem.com/destino/rio-de-janeiro/roteiros/
https://www.viajenaviagem.com/destino/petropolis/#fazer
Boa noite! Vou ao Rio em dezembro e estou pensando em visitar o sítio Burle Marx indo de Uber. Sendo um lugar mais distante, será que poderei ter problemas em conseguir Uber para a volta? Recomenda que faça esse passeio com agência de turismo? Obrigado!
Olá, Carlos! Fazer com agência é tranquilo. Você pode ter algum problema para chamar Uber porque agora andam cancelando muitas corridas, mas afora uma espera maior não há problema. Nossa dica para ir até lá de Uber sem gastar uma fortuna é ir de metrô até Jardim Oceânico e lá chamar o Uber. Na volta, a mesma coisa (Uber até Jardim Oceânico, então metrô).
Gostaria de ficar 1 dia no Rio com as crianças, 8 e 10 anos. Gostaria que eles conhecessem os principais pontos turísticos. Indica algum guia/ empresa que faça isso com segurança e exclusividade? Nos pegue no hotel, nós economize tempo e nos proporcione segurança? Obrigada
Olá, Roberta! Nosso parceiro Easy Travel Shop vende city-tours privativos incluindo Cristo e Pão de Açúcar. Oferece também o serviço de carro com guia por 4, 6 ou 8 horas seguidas, para roteiros customizados. Acesse aqui.
Boa noite pessoal,
Vou ir ao Rio em 03/2020 com meu filho de 7 anos. Ficaremos hospedados em Copacabana por 3 dias (de sexta à segunda). O que recomendam de interessante e que sejam um perto do outro para ir seguindo “um caminho” e não pagar muito em taxi ou Uber. Saindo de Copacabana, onde podemos ir com VT? existe algum lugar seguro para solicitar informações quando estivermos por lá?
Desde já agradeço!
Olá, Kisie! Você vai precisar pegar metrô (se a pandemia já tiver passado), táxi ou Uber. De Uber sai bem baratinho. Siga os nossos roteiros prontos.