Guia de Paraty
Paraty
Paraty é um caso raro de cidade colonial com praia — e sem ladeira. Aproveite este tesouro com as dicas do nosso guia prático de viagem a Paraty.
Paraty: era uma vez uma linda cidade colonial que nasceu no ciclo da cana-de-açúcar e enriqueceu no ciclo do ouro — mas que, depois de perder a posição de mais importante porto de escoamento dos produtos brasileiros, foi sendo aos poucos abandonada até se ver em virtual isolamento durante toda a primeira metade do século 20.
Só depois da abertura da (precaríssima) estrada Cunha-Paraty, em 1964, e da inauguração da Rio-Santos, em 1972, a beleza de Paraty — preservada pela falta de progresso e pelo tombamento pelo IPHAN em 1958 — pôde ser redescoberta pelos forasteiros.
Paraty não tem um Aleijadinho como as cidades históricas mineiras, nem altares dourados como os de Salvador ou Olinda. Seu encanto está na singeleza de seu traçado, nos símbolos maçônicos gravados nas quinas das casas, no mar que invade as ruas próximas ao cais na maré cheia (nossa acqua alta!), na visão do mar e das montanhas, na topografia surpreendentemente plana para uma cidade portuguesa.
Se bem que… Paraty pode não ter ladeiras, mas tem outro poderoso redutor de velocidade de pedestres: o calçamento de pedras irregulares, conhecido como pé-de-moleque, que é inimigo de saltos de sapato e requer cuidado em qualquer caminhada. Graças ao calçamento, é impossível não seguir o melhor conselho para explorar o centro histórico: vagar sem pressa.
No primeiro dia de sol, saia de barco pelas ilhas e prainhas da baía de Paraty. Mas se não fizer sol, não tem problema: nossa bela adormecida é encantadora com qualquer tempo.
Quando ir a Paraty
O extremo sul do litoral fluminense se caracteriza por verões quentes e chuvosos e invernos sujeitos a ondas de frio — exatamente como o litoral norte paulista, região com a qual compartilha o paredão da Serra do Mar, que retém a umidade responsável pela existência da mata atlântica.
Em qualquer época do ano, Paraty estará mais charmosa e aprazível fora de feriadões e de férias escolares. A cidade é especialmente mágica em dias de semana, quando a densidade demográfica de visitantes é pequena, e você fica mais à vontade para zanzar pelo centro histórico e descobrir seus segredos.
A época mais seca, ideal para fazer passeios de barco e, dependendo da temperatura, pegar praia, vai de junho a setembro. No melhor cenário, esses meses oferecem dias quentes e noites agradáveis. Mas a passagem de frentes frias pode ocasionar mínimas de 15ºC ou menos.
Paraty: quando dá praia?
- Época mais seca: Junho | Julho | Agosto
- Pode chover: Setembro
- Deve chover: Janeiro | Fevereiro | Março | Abril | Outubro | Novembro
- Vai chover:: Dezembro
- Pode fazer frio: Junho | Julho | Agosto
Festas e festivais em Paraty
A muvuca que vale a pena é a da Flip, a Festa Literária de Paraty, que lota a cidade de autores e leitores. É sempre realizada em julho. As datas de 2020 ainda não foram divulgadas.
Também compensa enfrentar as multidões nas festas católicas, quando Paraty revive tradições centenárias — sobretudo na Páscoa (em 2024: 29 a 31 de março), na Festa do Divino (em 2024: de 17 a 19 de maio) e no Corpus Christi (em 2024: 30 de maio a 2 de junho). Na quinta-feira de Corpus Christi a cidade fica toda enfeitada com tapetes coloridos de serragem e areia, que sobrevivem só até a passagem da procissão.
Como chegar e se locomover em Paraty
O aeroporto com voos regulares em jatos mais próximo de Paraty é o Galeão, no Rio de Janeiro, a 240 km. O aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, está a 280 km.
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Voos diretos a Paraty
Depois de uma experiência-piloto em janeiro de 2021, a Azul Conecta segue voando dos aeroportos de Congonhas (São Paulo) e Santos Dumont (Rio de Janeiro) direto a Paraty. A rota usa aviõezinhos Cessna Caravan de 9 lugares. O aeroporto de Paraty fica na entrada da cidade, junto à Rio-Santos.
Há dois voos por semana em cada direção:
- Congonhas-Paraty: 5ª e sábado
- Paraty-Congonhas: 6ª e domingo
- Santos Dumont-Paraty: 6ª e domingo
- Paraty-Santos Dumont: 5ª e sábado
Consulte os horários no site da Azul Conecta.
Saindo do Rio
De carro
Partindo da Zona Sul (260 km), do aeroporto Santos Dumont (também 260 km) ou do aeroporto do Galeão (240 km), o caminho mais rápido (ou menos lento, até sair da cidade) deve ser pela av. Brasil, que já desemboca na BR 101 (Rio-Santos). Conte em levar entre 3h30 e 4h no trajeto.
Se o trânsito na av. Brasil estiver complicado, pode ser que o Waze mande você pela Linha Vermelha, BR 116 (Via Dutra) e BR 493 (Seropédica) para pegar a Rio-Santos à altura de Itaguaí. Este caminho aumenta em 20 km o percurso.
Saindo da Barra da Tijuca (240 km), use a nova estrada pedagiada Transolímpica para pegar a av. Brasil já em Deodoro.
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De ônibus
A viação Costa Verde opera a rota Rio-Paraty em vários horários por dia. A viagem leva entre 4h30 e 5h e custa R$ 99,05 (agosto/2023). Todos os horários fazem uma parada em Angra dos Reis.
Os ônibus saem da rodoviária Novo Rio (veja aqui como chegar — dá para ir de metrô + VLT) e vão até a Rodoviária de Paraty, que fica fora do centro histórico. Há um ponto de táxi na rodoviária; a corrida custa R$ 25 a qualquer ponto da cidade (mas se a sua pousada for top, o taxista tentar cobrar R$ 30).
De trânsfer
Para quem vai sair do Rio de Janeiro sem carro e não quer viajar de ônibus a opção são os trânsfers compartilhados ou privados. Nossa parceira Easy Travel Shop oferece parcelamento em até 10 vezes.
Compartilhados
- Trânsfer compartilhado de ida dos aeroportos do Rio (Galeão ou Santos Dumont) a Paraty
- Trânsfer compartilhado de volta de Paraty aos aeroportos do Rio (Galeão ou Santos Dumont)
- Trânsfer compartilhado de ida dos hotéis de Copacabana, Ipanema e Leblon a Paraty
- Trânsfer compartilhado de ida dos hotéis da Barra da Tijuca a Paraty
Privados
Privados
- Trânsfer privativo entre o Rio de Janeiro e Paraty (ida ou volta)
- Trânsfer privativo entre São Paulo e Paraty (ida ou volta)
De táxi
Pela tabela, um táxi especial (da Cootramo) do aeroporto do Galeão a Paraty sai R$ 1.291 (agosto/2023).
Também pela tabela, um táxi comum (da Aerocoop) do aeroporto do Galeão a Paraty sai R$ 1.055 (agosto/2023).
Saindo de São Paulo
De carro
Saindo pela Marginal Tietê (305 km) ou desembarcando no aeroporto de Guarulhos (290 km), siga pelas rodovias Ayrton Senna, Carvalho Pinto e BR 116 (Dutra) até Taubaté; desça a serra pela BR 383, que dá em Ubatuba. A partir da saída de São Paulo você vai levar pelo menos 4h30 na estrada.
O Google Maps manda você seguir pela Dutra até Cunha e descer direto a Paraty. O caminho é 20 km mais curto, mas quase uma hora mais demorado — a estrada Paraty-Cunha tem velocidade reduzida (20 km) em toda a extensão do Parque Nacional da Serra da Bocaina, e só abre para o tráfego entre 9h e 17h (veja relato aqui).
Desembarcando em São Paulo pelo aeroporto de Congonhas, o trajeto aumenta para 315 km.
De ônibus
A Reunidas Paulista opera a linha São Paulo-Paraty em 5 horários por dia. A viagem leva 6h, com parada em São José dos Campos (e descida da serra pela rodovia dos Tamoios a Caraguatatuba). A passagem custa entre R$ 91,43 (semi-leito, agosto/2023) e R$ 141,84 (leito, agosto/2023).
Os ônibus saem do terminal Tietê (vá de metrô: linha 1-azul, estação Portuguesa Tietê) e vão até a Rodoviária de Paraty, que fica fora do centro histórico. Há um ponto de táxi na rodoviária; a corrida custa R$ 25 a qualquer ponto da cidade (mas se a sua pousada for top, o taxista tentar cobrar R$ 30).
De outras cidades
De Angra dos Reis
Paraty está a pouco menos de 100 km de Angra dos Reis, pela Rio-Santos. A Colitur opera a rota. A passagem custa R$ 17,60.
De Ubatuba
Paraty está a 70 km do centro de Ubatuba, pela Rio-Santos. A Oceano tem ônibus entre Ubatuba e Paraty por R$ 16. A viagem leva 1h20.
De Visconde de Mauá
Querendo combinar serra com praia na mesma viagem, desça pela estrada panorâmica de BR 494 (230 km via Lídice; vá de dia e sem pressa) ou pela estrada-parque entre Cunha e Paraty (211 km; trecho com velocidade máxima 20 km/h e só está aberta ao tráfego das 7h às 17h). Se descer à noite, desça por Taubaté e Ubatuba (330 km).
De Petrópolis
Comece descendo pela BR 040 mas escape pelo Arco Metropolitano (BR 493), que atravessa a Dutra e segue por Seropédica até encontrar a BR 101 (Rio-Santos) à altura de Itaguaí. São 275 km.
Também é possível vir pelo caminho panorâmico (mais lento), entrando à direita na Dutra (BR 116) e indo até Barra Mansa para pegar a BR 494, via Lídice, atravessando o Parque Estadual da Serra do Mar. O percurso também é de 275 km, mas é bem mais lento; não trafegue à noite na BR 494.
De Paraty a Trindade
A vila de Trindade, onde estão as praias mais bonitas de Paraty, fica a 25 km do centro. Há transporte público para lá: a Colitur tem ônibus praticamente de hora em hora. A viagem leva uma hora e a passagem custa R$ 5 por trecho.
Precisa carro em Paraty?
Estará de carro não é exatamente necessário em paraty. Hospedando-se no centro histórico e arredores imediatos (até a praia do Pontal), você pode andar a pé, fazer passeios de barco, usar o transporte das agências para os passeios próximos e até mesmo ir de ônibus de linha a Trindade.
Mas se você ficar na praia do Jabaquara, que é mais distante, ou planejar fazer muitos passeios aos arredores, estar de carro fará diferença, sim.
Caso precise do carro só por um ou dois dias, pode alugar direto em Paraty, numa das locadoras locais — ou já vir com o carro alugado desde o Rio de Janeiro ou com carro alugado já em São Paulo.
Onde ficar em Paraty
Repito em Paraty o conselho que dou em 95% das cidades como ela: tente hospedar-se no centro histórico. Dormir e acordar no coração colonial de Paraty é uma experiência inigualável. Não vou negar que a hospedagem no centro histórico seja cara e, em muitos casos, custe mais do que deveria.
Para conseguir a melhor relação custo x benefício nas pousadas do núcleo histórico, programe sua viagem a Paraty para o começo da semana, fora de férias — a economia é significativa. Semanas que antecedem feriadões também costumam ter menos procura e, com isso, você pode garimpar boas ofertas.
Pousadas no Centro Histórico
Pousada Literária
O hotel mais bem-montado de Paraty é a Pousada Literária. Do antigo hotel Coxixo (de Maria della Costa) ficou só a casca: todos os quartos foram refeitos por dentro pelo escritório Jacobsen Arquitetura e dão a sensação de estar numa casa de bacana em Angra.
As áreas sociais também fogem do padrão rústico paratiense, com móveis contemporâneos que compõem ambientes elegantemente despojados. Inspirada na Flip, a pousada espalha livros por todos os quartos — e tem uma bela biblioteca como ponto focal da sala de estar.
A piscina é das poucas do centro histórico que de fato convidam a deixar de sair de barco pelo menos um dia… Há um spa (chamado Poesia) dentro da propriedade, e uma entrada exclusiva para o restaurante Quintal das Letras, que é aberto ao público mas faz parte da pousada.
O grupo que restaurou a pousada também comprou a Fazenda Murycana, antigo engenho que estava degradado e atualmente está em recuperação; a pousada organiza piqueniques para hóspedes com direito a observação de aves e banho de rio.
Casa Turquesa
A Casa Turquesa é uma legítima pousada de autor — no caso, autora: a carioca Tetê Etrusco, que mora na cidade desde 94 e montou a mais charmosa das pousadas que funcionam em casas coloniais (e com o bônus de estar numa das localizações mais fotogênicas da cidade, junto ao cais e pertinho da igreja de Santa Rita).
Nos quartos — mega-aconchegantes, decorados com bom-gosto e bom-humor — os hóspedes encontram um guia de dicas de restaurantes e passeios em Paraty assinadas pela Tetê.
Casa Colonial XII
Outra pousada artesanal-chique é a Casa Colonial XII. Funciona em duas casas separadas — uma de 5 quartos, outra de 3 — e agrada a quem prefere uma decoração mais clean. Costuma oferecer as tarifas mais simpáticas desta categoria.
Pousada Urquijo
A adorável Arte Urquijo também faz parte do patrimônio afetivo de Paraty. Montada pela artista plástica uruguaia Luz Urquijo, hoje é tocada pela família, que manteve todas as marcas registradas da pousada: a galeria no térreo, as pantufas de palha usadas para andar pela pousada e o minibar ‘de confiança’, localizado na ante-sala das suítes, onde o hóspede pode se servir e anotar o consumo. Os quartos não são grandes, mas têm lindas vistas.
Pousada do Ouro
O destaque da Pousada do Ouro é a sua área de bar, jardim e piscina, que permite entender como vivem os grã-finos pioneiros de Paraty. Os apartamentos se situam na casa principal ou numa ala do outro lado da rua (prefira os da casa principal).
Pousada do Sandi
Localizada no burburinho da rua do Comércio, a Pousada do Sandi foi tropicalizada nos últimos anos (originalmente tinha um estilo excessivamente rebuscado que me incomodava). Tem bar, dois restaurantes e fitness center.
Pousada da Marquesa
Das pousadas tradicionais, a que mais mudou — e para melhor — desde a minha primeira visita, no século passado, foi a Pousada da Marquesa, onde muitas vezes se encontra a melhor relação custo x charme da cidade. O fato de estar na ruidosa Praça da Matriz, porém, faz com que seja mais recomendável hospedar-se aqui de domingo a quinta.
Pousada Porto Imperial
No limite do centro histórico, a Pousada Porto Imperial tem uma bela área social, localizada na casa principal, que é histórica e também dá para a Praça da Matriz. A maioria dos quartos, porém, fica num anexo dos fundos, construído em estilo colonial, mas não original.
Pousada do Cais
Vizinha à igreja Santa Rita, a Pousada do Cais tem uma localização adorável, e quartos sem muito fru-fru.
Pousada Bartholomeu
A Pousada Bartholomeu funciona no andar de cima do restaurante do mesmo nome; os quartos são compactos mas bem-decorados, e têm vista para a rua ou os telhados de Paraty.
Casa de Paraty
Com apenas 3 quartos, a Casa de Paraty é sob medida para os adeptos do tudo-branco nos ambientes.
Pousada Arte Colonial
Se você procura uma hospedagem econômica no centro histórico, dê uma olhada na Pousada Arte Colonial. É basiquinha mas pega leve no bolso.
Pousadas fora do centro histórico
Che Lagarto
A filial paratiense do hostel Che Lagarto fica a uma quadra do centro histórico. Tem dormitórios coletivos e quartos privativos.
Pousada Corsário
A Pousada Corsário compensa o fato de estar fora do centro histórico com uma agradabilíssima localização beira-rio.
Maris Paraty
A Maris Paraty tem ambientes clean, piscininha no jardim e aprovação total dos hóspedes.
Elicolonial (Praia do Jabaquara)
A 50 metros da praia, a Elicolonial tem decoração charmosa, piscina, sauna e banheira de hidromassagem.
Hotel Santa Clara (Rio-Santos, na direção de Angra)
O Hotel Santa Clara, 10 km ao norte de Paraty, é o mais próximo de um resort que você vai encontrar em Paraty; fica à beira-mar e tem seu próprio píer, de onde saem passeios. Bom de ir com criança.
Casa Mar Paraty (Praia Grande)
No alto de um morro na Praia Grande (a 12 km de Paraty), a Casa Mar Paraty tem uma piscina de borda infinita que praticamente pede um casal em lua de mel. A praia está a 100 degraus de distância; a Ilha do Araújo fica em frente.
Le Gite d’Indaiatiba (na mata)
A 16 km de Paraty, em meio à mata atlântica e com rio e cachoeira dentro da propriedade Le Gite d’Indaiatiba é um destino em si: até o restaurante é um dos melhores da região.
Apple House (na direção de Cunha)
Ainda novinha, a Apple House leva jeito de resort compacto e está na região das cachoeiras.
Onde comer em Paraty
Caminhe pelo centro histórico depois do meio-dia, e em alguns quarteirões da rua do Comércio (nome oficial: Tenente Francisco Antônio) você vai encontrar mais restaurantes do que lojas ou residências. No início da noite, boa parte deles terá música ao vivo — na maioria dos casos, voz e violão.
Já a rua lateral da Praça da Matriz (a rua da Cadeia) tem a maior concentração de bares, botecos (e de restaurantes que funcionam como botecos) da cidade.
A partir do meio da tarde você também vai encontrar, estacionados em pontos estratégicos, carrinhos-tabuleiros com bolos e doces. É neles que eu costumo comer minha sobremesa…
Paraty é um excelente lugar para provar cozinha brasileira contemporânea, usando ingredientes locais, produzidos sempre que possível de maneira orgânica.
Restaurantes
Banana da Terra
O mais caiçara de todos os restaurantes é o já clássico Banana da Terra, da chef Ana Bueno, que aprendeu a cozinhar quando morava na praia do Caxadaço, em Trindade; experimente a posta de peixe cozida com banana na panela de barro.
- Banana da Terra | Samuel Costa, 198 | Tel. (24) 3371-1725 | Instagram
Quintal das Letras
O Quintal das Letras, da Pousada Literária (mas aberto ao público), usa legumes e verduras cultivados organicamente na Fazenda Murycana. Vá com fome, para experimentar entradas como o ceviche com manga ou a barriga de porco à pururuca com caramelo de shoyo e chantilly de feijão, e terminar com um trio de crèmes brûlées (chocolate, frutas vermelhas e cumari). Como prato principal, medalhão com gâteau de aipim ou robalo em crosta de banana.
- Quintal das Letras | R. do Comércio, 58 | Tel. (24) 3371-2616 | Instagram
Bartholomeu
Completando o trio, vale a pena conferir o renovado Bartholomeu sob o comando do chef Alexandre Righetti — especialmente para comer carne.
- Bartholomeu | Samuel Costa, 176 | Tel. (24) 3371-5032 | Instagram
Punto Divino
Vontade de comida italiana? O chef Pippo Muscara é siciliano. Numa esquina da Praça da Matriz, prepara massas e pizzas no Punto Divinno, que funciona como ponto de encontro para paratienses.
- Punto Divino | Marechal Deodoro, 129 | Tel. (24) 3371-1348 | Instagram
Thai Brasil
Paraty tem um dos melhores restaurantes tailandeses do Brasil: o Thai Brasil, agora na rua do Comércio, não abrasileirou suas receitas, como a maioria dos (falsos) representantes desta culinária no patropi.
- Thai Brasil | R. do Comércio, 308 | Tel. (24) 3371-2760 | Instagram
Istanbul Paratii
Um lugar diferente para almoçar é o bistrozinho turco Istanbul Paratii, que tem ótimo falafel, couscous e sempre um prato do dia levinho e natural.
- Istanbul Paratii | Manuel Torres, em frente à rodoviária | Tel. (24) 99959-7285 | Instagram
Refúgio
Para almoçar ao ar livre com vista, o Refúgio, ao lado do cais, é imbatível.
- Refúgio | Praça do Porto, 1 | Tel. (24) 3371-2447 | Instagram
Le Gite d’Indaiatiba
Um excelente programa que mistura gastronomia com natureza é fazer uma reserva para um almoço tardio ou jantar cedinho no Le Gite d’Indaiatiba, a 16 km. Dá para tomar um banho de cachoeira antes da comida chegar.
- Le Gite d’Indaiatiba | Rio-Santos km 562, Graúna | Tel. (24) 99999-9923 | Instagram
Rota de bares
Para beber, se não quiser escolher um dos bares da rua da Cadeia, procure o Café Paraty ou o Margarida Café. Ambos têm música ao vivo mais elaborada (bandas ao invés de voz e violão); o Margarida serve excelentes mini-calzones de queijo e presunto para aperitivar.
- Café Paraty | R. do Comércio, 253 | Tel. (24) 3371-0128 | Instagram
- Margarida Café | Praça do Chafariz | Tel. (24) 3371-2441 | Instagram
O que fazer em Paraty
Centro histórico
Zanzar e perder-se pelo Centro Histórico é uma atração permanente de Paraty. De manhã cedo, quando o sol ainda não está alto e os turistas do dia ainda não chegaram, é o melhor momento para fazer descobertas e fotos.
Mas mesmo quando a cidade está lotada, basta afastar-se do corredor principal (da rua do Comércio à Praça da Matriz) para a densidade turistográfica cair sensivelmente. Se quiser fazer um passeio guiado, os condutores de charretes atuam como guias durante o passeio de 40 minutos; o ponto fica na Praça da Matriz (R$ 25 por passageiro).
Para uma caminhada pelas ruas históricas com guia, veja as opções oferecidas pela nossa parceira Easy Travel Shop:
Museu de Arte Sacra
A maior atração a portas fechadas é o Museu de Arte Sacra, que funciona nas dependências da Igreja de Santa Rita (perto do cais) e ficou fechado durante sete anos, durante a reforma da igreja. Reúne relíquias coloniais recolhidas na região de Paraty.
Informações práticas
Casa da Cultura
O outro museu da cidade é a Casa da Cultura, que infelizmente exibe mais a instalação de Bia Lessa que inaugurou o espaço, quinze anos atrás. Mas é um espaço vivo, com exposições temporárias e apresentações musicais.
Informações práticas
Teatro Espaço
Se você estiver em Paraty numa noite de quarta-feira ou sábado, não perca, sob hipótese nenhuma, o espetáculo em cartaz no Teatro Espaço. Você nunca imaginou que teatro de bonecos para adultos pudesse ser tão lindo, delicado e emocionante.
Informações práticas
Passeios de barco
Antes de pensar em praia, você vai querer passear de barco. A baía de Paraty, pontilhada de ilhotas e com prainhas acessíveis apenas pelo mar, convida a longos passeios por suas águas calmas (e, nos pontos de mergulho, cristalinas).
Até há alguns anos havia vários restaurantes funcionando em ilhas, mas o Ibama andou fechando a maioria; hoje o único restaurante de ilha aberto é a filial do Hiltinho na Ilha do Algodão (tel. 24 3371-1488). Mas há restaurantes que continuam funcionando em praias do continente (onde é possível se sentir numa ilha, já que não têm acesso rodoviário).
Existem três maneiras de passear de barco em Paraty. Você pode embarcar num passeio de escuna (ou de saveiro, é a mesma coisa), que levam até 60 passageiros em itinerários de 5 a 6 horas, com paradas para banho e almoço (não-incluído). Os passeios custam a partir de R$ 60 e normalmente incluem frutas.
Veja abaixo as opções oferecidas pela nossa parceira Easy Travel Shop:
O jeito mais autenticamente paratiense de passear pela baía é contratando uma das traineirinhas de madeira de aluguel. Todas levam de casais a pequenos grupos e têm colchonetes no convés para quem quiser tomar sol enquanto passeia. O preço é negociável, mas em épocas de paz espere pagar R$ 100 por hora de passeio.
Se você está podendo — ou quer ir mais longe — a pedida é fretar uma lancha rápida. Não é tão romantiquinho como o passeio de traineira, mas permite mais paradas e possibilita chegar até o Saco do Mamanguá, o ‘fiorde brasileiro’. O passeio de 5 horas começa em R$ 1.100 para quatro passageiros e pode ser contratado nas agências locais ou por meio da sua pousada. Veja o relato do meu passeio com a lancha Palombeta ao Saco do Mamanguá.
Caso você decida passear de traineira ou lancha, a dica é sair cedo, tipo 9h, para chegar aos pontos de parada antes das escunas, que costumam sair às 10h ou 11h.
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Praias de Paraty
Praias semi-urbanas
A praia mais próxima do centro histórico é a do Pontal: basta atravessar a ponte à altura da Praça da Matriz (no finzinho da rua do Comércio) e seguir ao longo do canal em direção ao mar, que você chega. Há barracas convencionais de praia; a mais freqüentada pelos moradores (por causa dos petiscos, como camarão casadinho com farofa) é a última do canto esquerdo, o Quiosque do Lapinha.
- Quiosque do Lapinha | Praia do Pontal | Tel (24) 99928-8239 | Instagram
A menos de 10 minutos de carro (ou meia hora de bicicleta — com uma ladeira — ou R$ 20 de táxi), a praia do Jabaquara é extensa, tem águas calmas e limpas (perfeitas para SUP) e barracas transadinhas, como a Balacobacco, a Rebordosa e a Casa Nossa da Praia.
- Balacobacco | Av. Jabaquara, Quiosque 1 | Tel (24) 3371-6038 | Instagram
- Rebordosa | Av. Jabaquara, 15 | Tel. (24) 3371-8712 | Facebook
- Casa Nossa | Av. Jabaquara, km 144 | Tel. (24) 99998-8199 | Instagram
Praias em Trindade
As melhores praias de Paraty estão na vila de Trindade, 25 km ao sul. Chega-se facilmente de carro em meia hora (o caminho é todo asfaltado; a dificuldade é estacionar na vila). Dá também para ir de ônibus (saídas com intervalos de 60 minutos da rodoviária de Paraty; 1 hora de viagem, R$ 3) ou em tour organizado.
A primeira praia, a do Cepilho (ainda longe da vila, no começo da orla), é point de surfistas.
A praia da vila, a dos Ranchos, tem restaurantes no seu canto direito, como o Sereia do Mar.
- Sereia do Mar | Av. Jabaquara, 851 | Tel. (24) 3371-1930 | Site
Cinco minutos a pé na direção oposta, a Praia do Meio é a mais graciosa de Trindade. A não ser em época de ressaca, tem águas calmas. Por estar em área de parque estadual, porém, teve as barracas interditadas; nos fins de semana, é atendida por ambulantes.
Uma trilha de 5 minutos leva à Praia do Cachadaço (ou Caixa d’Aço), extensa e de mar aberto.
Depois de atravessar toda a extensão da praia (uns 10 minutos de caminhada), se continuar por uma trilha de mais 25 minutos por dentro da mata chega à Piscina Natural do Cachadaço, onde a água é represada entre pedras aparentadas com as da Seychelles. Eu ainda não peguei a água tão cristalina como a das fotos de divulgação, mas não perco a esperança… dá também para chegar de barquinho (contrate na Praia do Meio).
Praias na direção de Angra
Saindo pela Rio-Santos na direção norte, há muitas praias de fácil acesso. Não são tão bonitas como as de Trindade, mas algumas servem de ponto de partida de travessias de barco a ilhas próximas. A dupla Praia Grande/Prainha está a 10 km da saída de Paraty; a Prainha é selvagem e acessível por trilha de 10 minutos, enquanto a Praia Grande tem quiosques e barqueiros que levam à Ilha do Araújo. Outra dupla é São Gonçalo/São Gonçalinho, a 32 km, que são ótimas para banho. De São Gonçalo barqueiros atravessam à Ilha do Pelado.
Caminho do Ouro, cachoeiras e alambiques
No ramal que chegava a Paraty, a Estrada Real era conhecida por Caminho do Ouro. Construída por escravos, aproveitando trilhas indígenas que já existiam, tem um trecho preservado, que pode ser visitado com guia credenciado. Agende numa agência local ou por meio da sua pousada.
‘Paraty’ já foi sinônimo de cachaça (‘Vestiu uma camisa listrada e saiu por aí/Em vez de tomar chá com torrada ele bebeu paraty’), e ainda hoje a cidade se destaca na produção artesanal de branquinhas de qualidade. Há seis alambiques em funcionamento; clique nos sites para agendar visita.
Na direção de Cunha você encontra os alambiques da Cachaça Paratiana, da Cachaça Corisco, da Pedra Branca e da Engenho d’Ouro. Pela Rio-Santos, chega-se ao alambique da Cachaça Coqueiro (na direção de Ubatuba) e da Cachaça Maria Izabel (na direção de Angra). Veja o mapa dos alambiques (no site da Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça de Paraty).
- Cachaça Paratianar | Estrada da Pedra Branca, 1100 | Tel. (24) 3371-9620 | Instagram
- Cachaça Corisco | Estrada do Corisco, s/n | Tel. (24) 3371-0894 | Site
- Pedra Branca | Estrada Pedra Branca, km 1 | Tel. (24) 3371-1108 | Site
- Engenho d’Ouro | Estrada Paraty-Cunha, km 8, Penha | Tel. (24) 99222-7462 | Site
- Cachaça Coqueiro | Fazenda Cabral, 2º Distrito | Tel. (24) 3371-0016 | Instagram
- Cachaça Maria Izabel | Sítio Santo Antonio, Corumbê | Tel. (24) 99835-8814 | Instagram
É possível combinar o passeio a um alambique com um banho de cachoeira. No caminho para Cunha, as mais procuradas são as do Tobogã e da Pedra Branca.
Nossa parceira Easy Travel Shop oferece duas opções de jeep tour – compartilhado ou privado – com vista a cachoeiras, alambique (com degustação de cachaças envelhecidas e licores) e almoço.
Trekking
O traçado da Rio-Santos deixou inacessível por carro uma península inteira a sudeste de Paraty. Esta região esparsamente povoada e ainda predominantemente selvagem — que inclui o Saco do Mamanguá e a Reserva da Joatinga — se tornou um circuito de trekkings que levam de um a quatro dias, e levam ao Pico do Pão de Açúcar e às belíssimas praias de Ponta Negra, Antigos & Antiguinhos e do Sono, com hospedagem no caminho e eventuais travessias de barco. Organize seu trekking com uma agência local ou peça para sua pousada indicar um guia credenciado.
273 comentários
Olá boa tarde,
Por favor, gostaria de conhecer Paraty na primeira semana de janeiro. Fiquei um pouco insegura pela resposta que recebi de uma pousada durante as cotações:
– Vimos várias observações nos sites das pousadas referente a estrada Paraty-Dutra – ainda em obras, fecha as 17:30 e “com tanta chuva é melhor não circular”, respondeu a pessoa da Pousada.
Em janeiro chove muito lá ?
Obrigada.
Patricia
Olá, Patricia! Chove bastante no verão. Desça pela estrada Taubaté-Ubatuba. A estrada complicada é a Cunha-Paraty.
Para quem quer conhecer a baía de Paraty, indico o passeio na lancha teahupoo, você ira escolher seu roteiro e conhecera muitas praias e ilhas em um só passeio a lancha é rápida e é privada assim você escolhe o roteiro e o tempo.
super indico, vá ate o saco do mamanguá ou ate praia grande da cajaíba.
passeio imperdível, vale muito a pena.
http://www.lanchateahupoo.com
Ola, irei a Flip em Paraty e pensei em alugar um carro no Galeão. Qual seria o melhor e mais rápido caminho para sair do Rio, pela Dutra ou Av. Brasil?
Olá, Michelle! O caminho mais curto é pela av. Brasil. O caminho pela via Dutra voltando ao litoral por Seropédica é um pouquinho mais longo. Tanto a av. Brasil quanto a Baixada podem estar engarrafadas. Use o Waze, o aplicativo dará o melhor caminho para o momento da sua viagem.
Olá Bóia,
Muito boas as dicas. Gostaria de deixar aqui um link do meu blog com as 7 melhores praias de Paraty, acho que vai ser útil para os leitores.
link: https://loucosporferias.com.br/dicas-de-viagem/7-melhores-praias-de-paraty/
Abraço,
Junior
Olá Bóia. Estou querendo fazer ficar 2 dias em Paraty e depois ficar 3 dias conhecendo o saco do mamanguá. Alguma dica de pousada(relação custoxbeneficio) legal no local? Abraços.
Olá, Fernando! Use sites como o Booking para pesquisar pousadas e também ler as resenhas dos ex-hóspedes para ajudar na sua escolha.
Obrigado Bóia. A região do Saco do Mamanguá,você já ouviu alguma coisa? É legal?
Olá, Fernando! O Saco do Mamanguá é tido como “o fiorde brasileiro”.
O Paraty.com.br tem uma ótima página sobre o local, com dicas de como chegar e hospedagem:
https://www.paraty.com.br/saco_mamangua.asp
Obrigado Bóia.
Olá, Bóia!
Passarei a minha Lua de Mel em hotéis bem bacanas entre o Litoral Paulista até o Rio de Janeiro.
Aqui no Viaje na Viagem já consegui ótimas dicas de “pit-stops” entre as cidades que ficaremos hospedados (o restaurante Manacá, por exemplo). Mas não consegui encontrar nenhuma dica “must go” entre Paraty e o Rio de Janeiro. Para fazer a viagem mais interessante e menos cansativa, gostariamos de conhecer algum restaurante bacana no caminho. Teriam alguma dica legal?
Obrigada!
Luisa
Se vc está falando de hotéis, tem vários resorts bacanas na região de Angra e Mangaratiba (https://www.viajenaviagem.com/destino/angra-dos-reis). Sobre restaurantes eu já não sei.
Olá, Luisa! Temos dicas de Paraty aqui: https://www.viajenaviagem.com/2015/01/paraty-roteiro-dicas
Um restaurante bacana entre Paraty e o Rio é o Reis & Magos no Saco do Céu em Ilha Grande.
https://www.ilhagrande.org/reisemagos
Vou para Angra em maio e ficarei por 7 Dias. Estou querendo passar em Paraty e ficar por dois dias. O que é imperdível para aproveitar nesses dois dias? E quanto à hospedagem? Estou indo com meu marido, duas crianças (um bebe e uma de 3 anos) e meus pais(menos de 60 anos). Muito obrigada.
Talita
Olá, Talita! Veja dicas: https://www.viajenaviagem.com/2015/01/paraty-roteiro-dicas
Olá Bóia, tudo bem? Vi algumas dicas do Ricardo no cardeno viagem do estadão referente a Paraty. Estou pensando em ficar uns 4 dias por lá no final de Abril. Como é o clima nesse período e quais passeios(trilhas,praias) você indicaria. Quais são as melhores pousadas e hotéis de Paraty? Abraços.
Olá, Fernando! Veja dicas de Paraty: https://www.viajenaviagem.com/2015/01/paraty-roteiro-dicas
Em abril faz calor e você deve pegar alguma chuva, mas com 4 dias por lá você consegue aproveitar o passeio, de toda forma. Consulte o Praiômetro: https://www.viajenaviagem.com/2012/10/praiometro-nordeste-caribe/
Obrigado. Abraços.
ola…bom minhas férias deste ano será em junho….gostaria de saber qual os lugares indicados que não chovam muito durante essa época , aqui no Brasil…obrigada
Olá, Jocelaine! Consulte o nosso Praiômetro: https://www.viajenaviagem.com/2012/10/praiometro-nordeste-caribe/
É um mês em que chove pouco em Paraty.
Paraty éagradavel nas férias de julho?
Olá, Samuel! É sim.