Epcot

Guia de Orlando

Epcot: se são duas da tarde, então esta deve ser a Itália

Minha primeira vez na Disney, já contei aqui, foi em 1978. Saí de lá com uma frustração – não pude visitar o Epcot (naquela época era “Epcot Center”), que ainda estava em obras. Por isso adorei quando o Zé, a Débora e os Jet-sons sugeriram que o dia do nosso encontro na Disney fosse dedicado ao Epcot.

Veneziana

A idéia por trás do Epcot é muito bacana: um parque temático com proposta educativa. Os brinquedos e “attractions” (versão compacta em português aqui) trazem embutidas lições de história, geografia, física. E não deixam de ser divertidos por isso.

Spaceship Earth

O símbolo do parque – uma bola de ares futuristas, a Spaceship Earth (Nave Espacial Terra) – proporciona uma viagem pelo  impacto da tecnologia na evolução da civilização desde a pré-história.

A atração acaba de ser atualizada para incluir os últimos avanços da era da informação. A internet é apresentada como algo tão revolucionário quanto a invenção dos tipos móveis por Gutenberg, capaz de desencadear uma nova Renascença. (Concordo.)

A viagem, de 16 minutos, segue o mesmo formato básico dos brinquedos Disney – você embarca num carrinho e é conduzido no escuro por um longo percurso de maquetes, diagramas e bonecos animados.

Entrando no túnel da Spaceship Earth

Inclui, porém, um efeito especial bem bacaninha: no início do passeio, já dentro do carrinho, você posa para uma foto e responde a um questionário eletrônico sobre como gostaria de viver no futuro. No fim do tour a sua foto aparece no lugar da carinha do personagem que você escolheu, para você se ver no futuro.

Eu no futuro...

Claro que também fui no brinquedo que todo mundo me recomendou, o Soarin’. Tem nome de remédio mas quer dizer planar, pairar, flutuar. A combinação de uma tela de 180º com poltronas especiais tipo montanha russa faz com que você se sinta planando sobre as paisagens da Califórnia.

É fascinante – e, para quem tem pressão alta como eu, muito mais gostoso do que qualquer montanha russa.

Fez no Epcot

Mas a parte mais interessante para mim foi mesmo a área que reproduz diversos países do mundo. Trata-se de um ancestral do Projac com pequenas vilas cenográficas que remetem a diferentes pontos do planeta.

Nem tudo é perfeito – o pavilhão do México chega a ser desrespeitoso, com sua minipirâmide maia de parquinho de diversão fuleiro; a parte do Canadá tenta mostrar a diversidade natural do país, mas é óbvio que não há espaço para isso.

Japão no Epcot

Algumas áreas, contudo, são impressionantes, como a Itália (com detalhes venezianos muito convincentes), o Marrocos (você pode mentir em casa que esteve lá), a Alemanha (um vilarejozinho perfeito) e o Japão (belos pagodes).

França, com um toque dos jardins de Villandry...

Em todas as escalas você pode experimentar a comida típica (em duas versões: restaurante de verdade e fast food) e comprar souvenirs, artesanato e quinquilharias autênticas do lugar.

Ou seja: a fórmula do city tour aplicada em dimensão planetária. Se você fosse um ET e estivesse fazendo um cruzeiro espacial por essas bandas do universo, a sua escala na Terra ia ser no Epcot Center, onde em três horinhas dá pra conhecer Veneza, Fez e Kyoto.

Compras no Marrocos

É prático, divertido e, em muitas crianças, pode despertar o espírito viajandão. Para outras pessoas, no entanto, essa parte do parque pode ser francamente deseducativa, ao dar a impressão de que é possível se teletransportar entre países.

A partir de agora, quando pedirem a minha opinião sobre roteiros infactíveis, já sei pra onde vou mandar o freguês viajar.

O ingresso de um dia no Epcot custa a partir de US$ 102 para maiores de 10 anos (US$ 96 entre 3 e 9 anos). Mas o melhor é comprar ingresso para vários dias. Um ingresso de 4 dias com direito a um parque Disney por dia sai US$ 325 para maiores de 10 anos (US$ 305 para crianças de 3 a 9 anos).

Acrescentando a opção “Park Hopper”, você tem direito a misturar parques (Magic Kingdom, Epcot, Hollywood Studios e Animal Planet, mas não os aquáticos) num mesmo dia.

Para 4 dias o ingresso sai US$ 394 para maiores de 10 anos (US$ 374 para crianças entre 3 e 9 anos).  O site americano da Disney World traz um simulador para você ter idéia do estrago em todas as opções.

49 comentários

Pelas filas gigantescas nunca consegui aproveitar com devida calma o world showcase. Mas tem o Alfredo di Roma no pavilhão italiano, e isso já vale 🙂

Geraldo Figueras

Eu não sou muito fã do Epcot não… Ele é tão 1983!

Parece querer recriar um futuro, que já é passado, e nunca existiu!

O que salva são os pavilhões dos países, que costumam render bons happy-hours.

Eu achei o Epcot o melhor parque da Disney, o Soarin é perfeito, o Mission Space (laranja) é impressionante, o Test track é muito bom tb, os países sao muito lindinhos, o show de noite de raios laser no lago é emocionante. Enfim, sou até suspeita, amei o Epcot. E olhe que antes de ir eu achei que fosse achar a Disney fake demais e boba p adultos, mas me surpreendi, gostei demais.

No Epcot, uma dica interessante pra crianças e adultos que muita gente passa direto e não aproveita é a “Disney’s Kim Possible World Showcase Adventure”, que é na verdade um “scavenger hunt(caçada ao tesouro?) eletronico”. Você se inscreve em um dos postos de recrutamento no Innoventions, recebe uma missão e um “kimmunicator” que é tipo celular. Você sai pelo pavilhão, pra completar sua missão, que dura em torno de 1 hora. Cada pavilhão tem uma missão diferente, vc pode escolher uma ou diferentes missões e dá pra jogar em grupo.

Acho o EPCOT o máximo !

E ainda tem o plus a mais adicional de poder trazer todos os berimbaus legítimos ( com um minimo de esforço, sem se preocupar com peso da bagagem )e não ter que pensar mais nisso quando for
para o país de verdade 😎

    Sylvia, sobre essa questão dos “berimbaus”, eu acho que deveria haver serviços de personal-berimbau-shopper e incluo ainda personal-photographer. Pela internet, você compraria todos os badulaques e mandaria tirar fotos personalizadas dos lugares ANTES da viagem e depois não teria que fazer mais nada quanto a isso. Seria o fim da ansiedade do que vai comprar, qual o melhor ângulo da foto, etc…

    Pois é Arthur , fiz isso com as filhotas: comprem o que quiserem pela internet, mandem entregar no hotel , que eu trago.
    Simplinho né ?

    Nananina .., compraram no dia certinho para chegar depois da gente já estar hospedado, levei impresso daqui todos os dados da entrega, avisei todos os porteiros ( do dia e da noite ) e a UPS entregou bonitinho.

    Recebi um torpedo das meninas dizendo que a entrega havia sido feita para o Sr. Mohamed a tal hora daquele dia.

    Chegando no hotel, descobrimos que o pacotaço havia sido devolvido pq não encontraram os hospedes.
    E olha que prestei atenção nisso já que a encomenda estava no meu nome, a reserva e o check inn no mesmo nome.

    Uma chatice total que até agora não terminou.

    O hotel entendeu que a responsabilidade é deles e devem estar
    reenviando o pacote para o Brasil.
    Mas a data do pgmto da fatura do cartão de credito com essa compra foi ontem ( n~paguei é claro) e SE chegar aqui ainda vão ter os impostos , os telefonemas pra NY, os juros do cartão .. blergh .. furadíssima 🙁
    #(não, não trouxe nada para elas pois tudo o que queriam está na encomenda )

    Sylvia, quando eu faço compras para entregar no hotel costumo colocar, ao lado do meu nome, a explicação “guest from June 21st to June 28th”, e até hoje nunca deu errado (faço isso há uns 10 anos!) O hotel recebe o pacote e guarda, mesmo que a entrega seja feita antes da minha chegada. Infelizmente, sempre pode acontecer de um funcionário dar mancada, como parece ter sido o caso…

    Pois pois .. isso foi feito é claro , ocorre que por uma falha no sistema deles , os nossos nomes só apareciam depois de digitar o numero de apê.

    Ou seja, era preciso saber o numero do apartamento primeiro, para descobrir o nome dos hóspedes 🙁

    Espero ter boas noticias para contar quando a novela terminar.

    Nos tivemos muitos problemas com entregas no hotel…mas eu achava que era por conta dos funcionários despreparados mas depois de um tempo aprendemos…
    Sempre pagava taxa pra entrega antes…senão demorava mesmo…colocava o número do meu quarto (lá era fácil porque sempre ficava no mesmo mas tinha gente que só botava “guest” ) e via na internet que dia chegava e quem tinha recebido.
    Confesso que achava um sacrifício comprar na internet por conta disso mas no fim me acostumei…
    Ah tb voltei sem muito do que supostamente comprei…mas não fui cobrada não…

    Meninas, só pra constar, em que lojas vocês compraram? Eu disse que nunca tive problemas, mas sempre compro apenas na Amazon… 😉

    Parece que a minha história ganhou um ponto final.
    A empresa vendedora não consegue encontrar o pacote , eu não paguei a fatura da compra no cartão , e tudo indica que haverá um cancelamento geral ( aleluia) !

    Sylvia, que transtorno… Mas a minha idéia seria entregar souvenirs e fotos EM CASA, antes da viagem 😉

    Mas sua solução acima foi boa. Tirar fotos estressa pracas. Pior é pedir para tirarem foto de você. Nego leva tanto tempo que dá vontade de tomar a máquina e sair fora.

    E para quem tem blog, também deveria haver o personal blogger (ou ghost writer) para postar em nome do autor. Com tudo isso, aí sim eu iria ficar numa boa, só de papo pro ar e com o chicote na mão…

Vc não foi no Mission Space??? Já ouviu falar que morreu gente lá?? Me falaram tanto que eu ia passar mal que até fiquei com medo,mas no final das contas gostei.

    Eu tenho pressão alta, mas antes disso já detestava montanha russa.

    ah.. agora finalmente entendi. 🙂 Você então já detestava montanha russa… porque minha mãe tem pressão alta, mas adoooora montanha russa. Sai de lá calminha, calminha e pedindo mais 🙂

Oi Riq!

Legal não sabia dessa área mundial do parque,

Que bom que conseguimos calcular o estrago, heheheheh

assim que voltar de Ny, vou comecar a planejar a viagem pra Orlando, to pensando em abril ou maio de 2011.
Abraço

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