Introdução a Jericoacoara

Guia de Jericoacoara

Jericoacoara

Jericoacoara continua a mudar. Aquele vilarejo de pescadores escondido entre dunas nos confins do litoral cearense, onde os hippies vinham dormir em redes nas casas dos moradores, já há muito tempo não existe mais.

A primeira mudança aconteceu em 1987, quando o Washington Post citou Jericoacoara numa reportagem sobre praias remotas – e a repercussão da matéria revelou Jeri para os brasileiros.

A segunda mudança veio entre meados dos anos 90 e o início dos anos 2000, quando Jericoacoara se tornou uma meca de esportes a vela – primeiro o windsurf, depois o kitesurf. A vila começou ali a se estruturar para o turismo.

Nos anos 2010 Jeri ganhou um upgrade de conforto, com uma nova leva de hotéis e restaurantes que de rústicos não têm nada. Sair à noite se tornou o novo esporte da vila.

A inauguração do aeroporto de Jericoacoara, em 2017, foi mais consequência do que causa da mudança do perfil de visitantes. A transformação que o aeroporto vai trazer é a dos projetos imobiliários já à venda na Lagoa do Paraíso e na Praia do Preá.

O importante para curtir a viagem é não ir em busca de uma Jericoacoara que não existe mais. Jeri é uma festa – você só precisa aceitar o convite.

A Bóia recomenda:

Deu no Washington Post: “Uma das 10 praias mais bonitas do mundo” (só que não)

Em 1987 Jericoacoara não passava de um vilarejo de pescadores isolado por dunas nos confins do oeste do Ceará.

Seu destino começou a mudar em março de 1987, quando o Washington Post resolveu fazer uma matéria para sua revista de domingo sobre praias exóticas e desconhecidas.

Um dos correspondentes do jornal tinha estado recentemente em Jericoacoara, e emplacou a praia na reportagem — que continha mais duas: Sanibel Island, na Flórida, e Mombasa, no Quênia.

Àquela altura, pouquíssimos brasileiros já tinham ouvir falar de Jeri. Numa época em que não havia internet, a revista Visão resolveu turbinar a notícia, anunciando que “o Washington Post elegeu Jericoacoara como uma das 10 mais bonitas praias do mundo”.

Só que não. Lendo a matéria original, você não vai encontrar nenhuma menção a ranking.

(Na capa da revista, porém, havia a chamada ‘As melhores praias do mundo estão chamando’).

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    Mas a história das “10 mais bonitas” pegou, e não há quem tire o título do curriculum vitae de Jericoacoara.

    Se você quer entender todo o mal-entendido, leia esta matéria do ‘Guardian’ britânico, que inclui uma entrevista com o autor da reportagem original.

    297 comentários

    Estive em Jericoacara de 16 a 20 de agosto/ 2019. Já viajei para muitos lugares do Nordeste e achei Jeri uma surpresa muito positiva!

    Acabei de voltar. Segundo os moradores locais, choveu bastante esse ano em Jeri, o suficiente para ficar anos em estiagem. A lagoa Paraíso está bem cheia, cresceu vegetação próximo e ela está mais escura do que as famosas fotos da Internet, porém ainda deliciosa. O clube Alchimyst perdeu MUITA faixa de areia. E se chover bem a partir de dezembro desse ano também, acredito que perderá totalmente sua área (estão fazendo deques e melhorando o jardim)

    Vamos ao positivo disso tudo: Jeri não brinca em serviço e está se reinventando, se adaptando. Logo as lagoas que eu vi, não existiam para alguns, e não devam existir para quem vai em outubro por exemplo. Entretanto alguma lagoa que hoje está muito cheia, em breve ficará perfeita para banho e assim a natureza vai ajustando tudo.

    Voltando ao assunto, a lagoa Paraíso está cheia, porém surgiram VÁRIAS outras lagoas lindas e azuis pelo caminho e fique atento quando o bugueiro fizer uma parada nelas, entre, curta e aproveite!

    O passeio para a Lagoa Tatajuba está imperdivel, com suas dunas de 30m de altura com emoção. No quesito tranquilidade de água (devido os ventos) achei melhor que a Paraíso em agosto.

    Surpresa positiva 1 – bugues compartilhados por 160 o casal.
    2 – Muitos lugares na vila com selfie service livre por R$ 20,00.
    3 – muita lojinha com várias lembranças por até R$ 20,00 tbm
    4 – restaurante Caiçara, na rua Principal perto da praia, SENSACIONAL e longe de ser dos mais caros.
    5- vi muito cuidado estético com os empreendimentos por parte dos comerciantes de lá, achei bem bacana.

    Amei as dicas do blog!

    Olá Riq, como vai?
    Por gentileza, tenho uma dúvida. Vou para Jeri em Novembro deste ano e gostaria de saber se em todos estabelecimentos aceitam cartão, é uma preocupação já que ouvi dizer que lá não existem caixas eletrônicos.

    Muito obrigada por sua ajuda! 🙂

      Olá, Tainá! Quem responde é A Bóia. A grande maioria aceita cartão. Em último caso também dá para fazer transferência bancária.

    Ótimo dia!!

    Vamos para Fortaleza e Morro Branco em Agosto e gostaria de saber se uma viagem de 2 dias pra Jeri com minha esposa e filho de 2,5 anos seria interessante ou mais trabalhosa que divertida, por favor?

    Obrigado e parabéns pelo trabalho!

      Olá, Rafael! Recomendamos pelo menos 3 noites em Jeri, justamente pelo acesso ser cansativo.

    Bom dia, pretendo ir em setembro e vou fazer a viagem toda em minha moto, mas não quero deixar a moto em Jijoca, poderia ir com ela ate Jeri?

      Olá, Viomar! Se a moto é sua e você se garante em terreno totalmente arenoso, pode. Mas o caminho indicado não é por Jijoca, é pelo Preá. Em Jeri atenha-se às limitações de trânsito — é proibido trafegar na areia da praia. Informe-se com sua pousada sobre estacionamento e segurança. Veja também se o seu seguro cobre danos ou acidentes em dunas e vias de areia.

    Fomos a Jeri (esposa, filha de 4 anos e casal de amigos com crianças) agora em janeiro. Nossa segunda ida lá, primeira foi em 2006
    Ficamos 7 dias / 6 noites (4 dias inteiros estão de excelente tamanho).

    Voo do Rio pela Azul, conexão em BH na ida e Campinas na volta, total de 10 horas de deslocamento “porta a porta” em cada perna.

    Tranfer do aeroporto de Cruz demora uns 45 minutos, saiu a 350 o carro 4×4, motoristas agressivos na direção (beirando a imprudência no trecho das dunas).

    Ficamos no Star Hotel, café da manhã excelente, hotel novo, boa estrutura, uns 10 min a pé da praia da Vila.
    Todos os passeios são tabelados, pouca margem de negociação. Fizemos em 4×4 por causa das crianças.
    A oferta de restaurantes é imensa (para todos os bolsos), e é o grande ponto positivo de Jeri.

    Pontos negativos
    1) Visivelmente a vila cresceu e a infraestrutura não acompanhou (esgoto a céu aberto, construçoes irregulares etc)
    2) Você fica totalmente dependente dos bugueiros (horário, para onde vão te levar, fator “comissão” etc)
    3) As lagoas (Paraiso e Tatajuba) foram loteadas por barracas comandadas por uma galera muiiiito estranha
    4) As moscas – insuportável comer em lugar aberto – colocam aquele pó de café queimado para amenizar, mas ainda assim atrapalham

    Enfim:
    Jeri é um belo lugar, longe do que já foi
    Quem não conhece, que vá logo, porque estão destruindo rapidamente
    Não acho que valha a pena sair do Rio e pegar 10 horas de deslocamento pra lá
    Sul da Bahia dá de 10 a 0 no meu entender
    Abraços a todos e parabéns pelo belo trabalho, Ricardo

    Algumas atualizações:

    O custo de duas cadeira e um guarda sol, são 30,00 na praia e sinceramente são bem.precarias….mas é uma.das únicas opções. Pesquise os hotéis da Orla que alguns oferecem serviço de praia..

    A Tia Angelita da torta de banana, atende na casa dela agora, não mais no Shop da Tapioca…

    O Alchymist na Lagoa Paraiso custa 20,00 para entrar, vale a pena pois a paisagem é linda e o atendimento é bom, mas por este preço vc só tem direito a sentar a mesa com seis cadeiras, espreguiçadeiras custam 100,00 E se quiser ficar na área VIP 200,00 em um gazebo que cabem duas pessoas, mas nada de comida e bebida inclusos.

    O Transporte que sai da Vila e vai para a Lagoa não custa 10,00 e sim 25,00 para ir e 25,00 para voltar, mas até que vale a pena se não quiser vale outros passeios…

    Atenção: Os comentários são moderados. Relatos e opiniões serão publicados se aprovados. Perguntas serão selecionadas para publicação e resposta. Entenda os critérios clicando aqui.

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