Guia da Itália
Roteiros pela Itália: 8 ou 15 dias bem resolvidos
Quando a gente monta um roteiro pela Europa, normalmente quer visitar vários países. Mas daí quando a gente chega na Itália… Como escolher os destinos e montar roteiros pela Itália e combinar Roma, Veneza, Florença, Toscana, Milão, Costa Amalfitana, Cinque Terre e mais?
Na verdade, se existe um país na Europa que vale viagens exclusivas, no plural, é a Itália.
Então para facilitar a sua vida aí vão dois itinerários práticos.
Caso tenha mais 3 a 7 dias para investir numa extensão à Costa Amalfitana, veja aqui como planejar.
Roteiros pela Itália: 8 dias
Este é o roteiro mais básico possível, mas feito de maneira a você conseguir o melhor proveito.
Inclui três bases:
Viaje tranquilo no exterior com o Seguro Viagem Bradesco.
Como chegar e se deslocar
- Compre uma passagem na modalidade múltiplos destinos/várias cidades (veja como comprar), com ida Brasil-Roma e volta Veneza-Brasil no mesmo código de reserva.
- Compre passagens de trem de alta velocidade (veja o tela a tela) a partir de 90 dias de antecedência no site da Italo para os trechos Roma-Florença e Florença-Veneza.
- As passagens de trem regional para os trechos Florença-Pisa S. Rossore, Pisa S. Rossore-Lucca e Lucca-Roma podem ser compradas com alguns dias de antecedência no site da Trenitalia ou na própria estação, porque passagens em trens regionais não variam de preço.
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Roma
Dia 1
Você chega por Roma. No primeiro dia, vai estar grogue da viagem. Então a o plano é flanar a esmo pelo centro histórico. A idéia é você ser surpreendido pelos monumentos. De repente, quando você vir, vai estar em frente à Fontana di Trevi, vai passar pelo Pantheon, vai dar no PIazza del Poppolo ou no Campo de’ Fiori…
Dia 2
No segundo dia, você começa a sua turistagem normal. Você vai ver que Roma é uma cidade que exige muito da gente fisicamente.
Tire o dia para ir ao Coliseu e ao Fórum Romano. Compre o ingresso com hora marcada ou um tour para escapar da fila da bilheteria.
Dia 3
No terceiro dia você vai ao Vaticano (Capela Sistina!). Compre com antecedência o ingresso com hora marcada. E se ainda tiver pernas, vá à Galleria Borghese, um pequeno museu com obras extraordinárias (incluído no Roma Pass).
Veja este roteiro detalhado para 3 dias em Roma.
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Onde ficar em Roma
Hotéis perto da estação Termini
Pela praticidade, muita gente opta por ficar perto da estação Termini, de onde há transporte fácil de/para o aeroporto Fiumicino com o trem Leonardo da Vinci Express.
Os hotéis estão marcados em verde no mapa. Não gosto muito deste pedaço, mas sua principal inconveniência — a distância da vida noturna — pode ser resolvida com um Uber para voltar.
O entorno da estação é um antro de hotéis e bed & breakfasts basiquinhos-econômicos. Procurando bem, você encontra uns super bem-apessoados, como o Rhome Guesthouse Affitacamere (nota 9,3 no Booking – fevereiro/2023) e o YellowSquare Rome (nota 8,5). Também é possível descolar hotéis mais pretensiosos, como o The Guardian (nota 8,5) e o i.Q. Roma (nota 9,3).
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Hotéis perto da Via Nazionale
Uma região de hotéis confortáveis e de preços interessantes, bem servida pelo metrô, é a Via Nazionale, entre a estação Termini e o Centro Histórico — e a uma curta caminhada da cena gastronômica e boêmia de Monti.
As indicações estão assinaladas em laranja no mapa. Considere por ali hotéis e B&Bs como Rome Times (nota 8,2 – fevereiro/2023), Rome Life (nota 8,4) e The Glam (nota 8,6).
Vale a pena também ficar no próprio bairro de Monti, que tem bistrôs e bares simpáticos entre a Via Nazionale e o Coliseu. Por ali, o charmoso Nerva (nota 9,3), o novinho Relais Santa Maria Maggiore (nota 7,8) e o recentemente reformado Hotel Grifo (nota 9,2) deixam você bem localizado.
Hotéis em Trastevere
O bairro do Trastevere tem noite bastante animada, com fartura de restaurantes para todos os bolsos. O ponto baixo é não ter metrô por perto. Mas se você gosta de caminhar, é só atravessar para a outra margem do Tibre (‘Trastevere’ quer dizer ‘atrás do rio Tibre’), que estará no centro histórico.
Os hotéis desta área estão marcados em vermelho no mapa. O Tree Charme (nota 8,6 – fevereiro/2023) fica à beira-rio na praça mais movimentada do bairro.
Tem quartos agradabilíssimos (e um pouco barulhentos) e está em frente a uma ponte de pedestres que leva ao centro histórico. O Ripa (nota 7,8) é um hotel moderninho para quem faz o gênero design.
O bairro também está cheio de bed & breakfasts bacaninhas e com preço camarada. Um deles é o YJR Suite 51 (nota 8,3), que fica no coração do bairro, e o B&B Roma Trastevere (nota 8,3), que fica perto da estação de trem Trastevere (de onde há transporte de ida e volta ao aeroporto Fiumicino por trem regional).
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Hotéis no Centro histórico de Roma
Se você quer se hospedar no centro histórico, procure na região entre Piazza Navona, Campo de’ Fiori e Piazza del Poppolo, onde os preços são menos indigestos (e as ruas, menos apinhadas de turistas) do que nos arredores da Piazza di Spagna. Os hotéis estão assinalados em grená no mapa.
Os melhores achados costumam ser bed & breakfasts mais sofisticadinhos, como o Primo Piano Suites (nota 8,9 – fevereiro/2023), o The Club Navona (nota 8,5) e o Rome River Inn (nota 8,7) (que tem vista para o Tibre). Mas também há hotéis de verdade sem ranço antigo, como o Navona Street (nota 8,9).
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Florença
Depois de três dias em Roma, você pega um trem para Florença. Dá 1h10 de viagem em trem de alta velocidade. Reserve 3 noites em Florença.
Dia 4
Tire o primeiro dia para explorar Florença. No fim da manhã, veja o Davi de Michelangelo na Accademia com ingresso fura-fila com hora marcada.
Na hora do almoço, passe pelo Mercado San Lorenzo. Depois vá ao mais antigo museu de arte do mundo, a Galleria Uffizi – com ingresso fura-fila e hora marcada.
Dia 5
Não faltam atrações dentro de Florença para ocupar com proveito muito mais dias. Mas uma das vantagens da cidade é a possibilidade de bate-voltas fáceis de trem ou ônibus.
Se você quiser aproveitar essa faceta de Florença, tire o quinto dia para o bate-volta à atração que talvez seja o cartão-postal mais popular da Itália, a Torre de Pisa (veja como fazer o bate-volta neste post).
Se você fizer o gênero animadão, pode emendar até Lucca, que fica 20 minutos adiante, também por trem (veja como ir de Florença a Lucca).
As passagens podem ser compradas com pouca antecedência ou mesmo na estação, já que os trechos são em trem regional, cuja tarifa não varia. Pelas novas regras dos trens regionais, você vai precisar comprar passagens separadas, nos trechos:
- Firenze SMN-Pisa S. Rossore
- Pisa S. Rossore-Lucca
- Lucca-Firenze SMN
Pisa S. Rossore é a estação mais próxima da Torre. Alguns trens só param em Pisa Centrale, que não fica a uma distância caminhável da Torre. Mas comprando a passagem para Pisa S. Rossore você pega o trem certo.
Dia 6
Caso queira seguir aproveitando a facilidade de bate-voltas a partir de Florença, no sexto dia você pode decidir entre dois:
- Siena, o outro berço da Renascença
Ou
- San Gimignano, a cidade das torres medievais
As duas estão a 1h de ônibus de Florença. Não, infelizmente não dá para combinar as duas num passeio só. As horas na Itália têm só 60 minutos, igualzinho aqui.
As passagens de ônibus Florença-Siena e Florença-San Gimignano podem ser compradas pelo site da Tiemme ou na hora, na rodoviária de Florença (ao lado da estação de trem principal, Santa Maria Novella).
Passeios saindo de Florença – com nosso parceiro Viator
- Passeio de 1 dia a Pisa e Lucca, saindo de Florença
- Excursão de degustação de vinhos por Siena, San Gimignano, Monteriggioni e Chianti partindo de Florença
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Onde ficar em Florença
Os arredores da Estação Santa Maria Novella levam uma vantagem logística indiscutível, sobretudo para quem quer fazer bate-voltas, de trem ou de ônibus. O centro histórico está a poucos minutos de caminhada. Os hotéis desta área estão assinalados em vermelho no mapa.
Junto à estação, três hotéis confortáveis da rede c-hotels de vez em quando têm bons preços nos quartos standard: o Ambasciatori (nota 7,9 – fevereiro/2023), o Diplomat (nota 8,4) e o Club (nota 8,2).
A meio caminho do Duomo, duas opções de personalidade: o charmoso bed & breakfast Dimore Le Leopoldine (nota 8,6) e o divertido hotel Garibaldi Blu (nota 8,8).
A localização dos próximos hotéis também é especial: ficam perto da estação, do Duomo… e do Mercado San Lorenzo. Estão marcados em verde no mapa. Zip B&B (nota 9,4) faz a linha moderninho-econômico.
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Na Via Nazionale, três vizinhos satisfazem aos caçadores de hotel-butique: o Relais Luce (nota 9,4), o The Market Urban Hotel (nota 9) e o Glance (nota 8,9).
No Centro Histórico propriamente dito (hotéis marcados em laranja), o B&B dell’Olio (nota 9,6 – fevereiro/2023) costuma ter boas tarifas. No Hotel Duomo (nota 8,3) sua janela pode dar para a catedral. O Be-ONE (nota 8,1) é um bed & breakfast sofisticado, e o Numa I Rodo (nota 8,7) agrada gostos excêntricos.
Já perto do rio, o Tailor House B&B (nota 9,5) tem uma boa relação charme x benefício, enquanto o seu vizinho Room Mate Isabela (nota 8,9) é o mais bem-localizado entre os dois Room Mate na cidade.
O outro lado do rio, conhecido como Oltrarno, é recomendado para quem quer curtir uma Florença com menos muvuca turística (mas ainda assim, em circunstâncias 100% florentinas).
Por ali, o mais interessante é peneirar apartamentos. Mas há também hotéis bacaninhas, como o Old Bridge B&B (nota 8) (assinalado em azul).
Ingressos para atrações na Itália:
Veneza
Você ainda tem duas noites na Itália. Pegue um trem para Veneza. São 2 horas de viagem.
Viajar ao exterior com segurança é ter Seguro Viagem Bradesco.
Dias 7 e 8
Com dois dias em Veneza, você pode ter uma experiência bem mais consistente do que a dos visitantes que apenas passam o dia.
Comece seguindo o fluxo turístico, da ponte do Rialto até a Praça São Marcos.
Mas depois, fuja para o outro lado do Grande Canal. Explore os bairros do Dorsoduro e San Polo, onde as ruelas ainda são cheias de lugarzinhos autênticos e surpreendentes. Beba um Spritz no Campo Santa Margherita por mim!
Veja todos os macetes para uma experiência nota 11 em Veneza. Saiba também como se locomover em Veneza.
Dia 9
Snif, hora de voltar para casa. Se o seu vôo for de manhã muito cedo, considere dormir a noite anterior perto do aeroporto (veja sugestões de hotéis abaixo).
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Onde ficar em Veneza
Se você procura um hotel junto ao ponto de chegada em Veneza, aqui vão dois (assinalados em roxo no mapa). O simpaticíssimo Venice Times (nota 9,1 – fevereiro/2023) fica na lateral da estação Santa Lucia.
E o moderno AC Venezia by Marriott (nota 8,7) está na Piazzale Roma. Esse é o ponto final do ônibus do aeroporto, endereço dos estacionamentos de Veneza e a porta de acesso ao porto de cruzeiros (você pega o monotrilho que faz a rota Piazzale Roma-terminal de cruzeiros-estacionamentos do porto).
Dorsoduro
Para ter a tal da experiência nota 11 em Veneza eu recomendo que você se hospede no Dorsoduro, um bairro de vielas misteriosas que em algum momento vão dar no Campo Santa Margherita, o lugar mais animado à noite em Veneza. Os hotéis estão anotados em vermelho no mapa.
Do ladinho do Campo Santa Margherita, o bed & breakfast Ca´ Nobile Corner (nota 8,5 – fevereiro/2023) evoca o exotismo do Oriente Próximo.
O B&B Venetian Experience (nota 8,4) é mais discreto, com uma localização parecida. No centro geográfico do ‘sestiere’ (bairro), o Fujiyama B&B (nota 8,9) tem preços baixos e altos elogios.
Se o seu orçamento permitir, considere dois excelentes hotéis: o Palazzo Veneziano (nota 9,3), que ocupa um prédio novo escondido sob uma fachada preservada, pertinho da parada Zattere do vaporetto, e o elegante Ca’ Pisani (nota 8,9), que revisita o luxo veneziano com uma pegada mais moderna.
Finalmente, não dá para não mencionar a velhusca Pensione Accademia (nota 9) que, apesar das acomodações datadas, tem um lindo jardim e está a uma ponte de distância do coração nobre de Veneza.
Canareggio
Um ‘sestiere’ com uma vibe parecida com o Dorsoduro, com ruas sossegadas e alguns pólos animados, é Canareggio. A vantagem é que fica mais perto da estação – se você usar o truque de deixar a mala no guarda-volumes, vai conseguir ir andando com a sua mochila.
Os hotéis estão assinalados em verde. Procurando com cuidado, você vai achar pequenas preciosidades como os bed & breakfasts Casa Filù (nota 8,9 – fevereiro/2023), Amor Mio (nota 9,1), ou hoteizinhos maneiros como o Canareggio 2357 (nota 8,1).
O B&B Al Pozzo di Luce (nota 9,4) fica um pouquinho mais distante, mas está em frente à saída dos barcos para Murano e Burano.
Rialto-San Marco
Caso você faça questão de se hospedar no eixo Rialto-San Marco, dê uma olhada nas tarifas do NH Collection Palazzo Barocci (nota 8,7 – fevereiro/2023), um hotel de rede que de vez em quando tem bom preço.
O affitacamere (flat, sem café da manhã) Abatea (nota 9,2) é um achado para quem procura ofertas nos arredores de San Marco. O pequeno hotel Flora (nota 9,1) não é luxuoso, mas tem estilo.
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Vai pegar voo cedo? Durma a última noite perto do aeroporto
Recomendo vivamente a quem vá pegar vôo de manhã cedo que durma a última noite num hotel perto do aeroporto. Faça assim: ao fazer check-out, peça para o seu hotel na cidade guardar a bagagem (todos farão isso).
Aproveite o resto do dia, jante cedo, e lá pelas 20h30 passe no seu hotel para pegar a mala.
Siga para o aeroporto (ainda haverá ônibus) e lá pegue o transporte gratuito para o seu hotel. Assim você conseguirá passar uma noite razoavelmente bem dormida, e não terá dor de cabeça (nem grandes gastos) para chegar ao aeroporto cedinho.
O Annia Park (nota 8,5 – fevereiro/2023) inclui o traslado na diária e serve café da manhã a partir das 4h30. O Courtyard by Marriott (nota 8,1) cobra uma pequena taxa pelo traslado.
Roteiros pela Itália: 15 dias
O segundo roteiro é um pouco mais completo: são 15 dias e 14 noites pela Itália. Não vai dar para ver toda a Itália que você tem na cabeça, mas já vai ser um roteiro bem mais satisfatório do que o de uma semana.
Nossas bases nesse roteiro:
Como chegar e se deslocar
- Compre uma passagem na modalidade múltiplos destinos/várias cidades, com ida Brasil-Milão e volta Roma-Brasil no mesmo código de reserva. Neste post eu explico o passo a passo.
- Compre passagens de trem de alta velocidade a partir de 90 dias de antecedência no site da Italo para os trechos Milão-Verona, Verona-Veneza, Veneza-Florença e Florença-Roma. Neste post você encontra o tela a tela.
- As passagens de trem regional para os trechos Florença-Pisa S. Rossore, Pisa S. Rossore-Lucca e Lucca-Roma podem ser compradas com alguns dias de antecedência no site da Trenitalia ou na própria estação, porque passagens em trens regionais não variam de preço.
- Alugue um carro por 4 dias, com retirada e entrega em Florença, para percorrer a estrada Chiantigiana na ida de Florença a Siena, fazer um tour pelo Val d’Orcia a partir de Siena e passar em Monteriggioni e San Gimignano na volta a Florença.
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Milão
Dias 1 e 2
Em Milão você fica duas noites. Não esqueça de comprar com antecedência o seu ingresso pra ver a Última Ceia do Leonardo da Vinci. Vá também à Trienale e divirta-se nas noites do Navigli.
Dia 3
No terceiro dia você vai fazer um pit stop em Verona, a caminho de Veneza.
Como fazer isso? Compre duas passagens de trem: uma de Milão a Verona, outra de Verona a Veneza. Programe um intervalo de 5 a 6 horas em Verona. Deixe a bagagem no guarda-volumes da estação e passeie pela cidade de Romeu e Julieta.
Passeios em Milão e arredores – com nosso parceiro Viator
- Excursão para grupos pequenos por Milão com ingressos para a ‘Última Ceia’ de da Vinci
- Viagem de 1 dia para grupos pequenos ao Lago de Como, Bellagio e Lecco saindo de Milão (inclui Cruzeiro)
Como usar trem na Europa
Comprar passagem, fazer reservas, passes de trem, como fazer baldeação e trens noturnos
Onde ficar em Milão
Estação Central
A Estação Central de Milão tem uma peculiaridade: não é… central. Não é uma localização de que eu goste, mas preciso admitir que, além de ser uma mina de hotéis baratinhos – como o 43 Station (nota 8,4 – fevereiro/2023), o entorno da estação viu surgir nos últimos anos uma leva de hotéis com jeitão contemporâneo. No mapa, estão assinalados em laranja.
Dá muito bem para brincar de hipster no Spice (nota 8,2), que poderia estar em Berlim.
Outros hotéis da área têm proposta ‘eco’, como o Starshotel Echo (nota 8,5) e (um pouco afastado da estação) o Biocity (nota 8,7). No século passado, seria imaginável hotéis na região da Centrale com pretensão chic, como o Glam (nota 8,1) e o Hyatt Centric (nota 8,5).
Estação Garibaldi
Mais perto do centro dos acontecimentos, a zona hoteleira dos arredores da Estação Garibaldi é um pouco melhor localizada.
Tem hotéis novos e confortáveis (marcados em vermelho no mapa) e deixam você mais perto do bairro mais charmoso de Milão, Brera. Por ali, considere hotéis sólidos como o AC by Marriott (nota 8,3 – fevereiro/2023), o Tocq (nota 8,6) e o NH Palazzo Moscova (nota 7,9).
Fashionistas vão gostar de saber que a loja mais carismática de Milão (da Itália?), a 10 Corso Como, aluga quartos — são os 3 Rooms Corso Como (nota 9,1).
Entre Brera e Centro Histórico
Por falar em moda, a região mais chic de Milão é o Quadrilattero da Moda, entre o bairro de Brera e o centro histórico. Delimitado pelas vias Montenapoleone, Spiga, corso Manzoni e corso Venezia. Os hotéis estão marcados em grená.
Vale a pena começar a pesquisa pelos hotéis de grifes – Bulgari (nota 8,9 – fevereiro/2023), Armani (nota 8,8), Four Seasons (nota 8,8) – só para tomar um susto.
Na sequência, as tarifas de hotéis 4 estrelas como o Manin (nota 8,6) e o Cavour (nota 8,2) vão soar bastante palatáveis….
Navigli
Para aproveitar a noite mais animada de Milão, você pode se hospedar direto em Navigli, o bairro cortado por dois canais e pontilhado de bares. Os hotéis estão marcados em verde no mapa. O Nhow Milan (nota 8,1 – fevereiro/2023) é um hotel moderno com tarifas bem competitivas. Já a Maison Borella (nota 8,9) é um elegante predinho convertido em hotel.
Perto do Duomo
E caso você queira investir num hotel pertinho do Duomo e da galeria Vittorio Emanuele, escolha pelo design: veja o Room Mate Giulia (nota 9,2 – fevereiro/2023) e o Straf (nota 8). Estão marcados em azul no mapa.
Veneza
Em Veneza fique três noites. O primeiro dia nem conta: você já vai chegar no começo da noite. Para não ter problemas de chegar com bagagem no hotel, você pode usar o mesmo truque do pit-stop: deixar a mala maior o guarda-volumes da estação, e ir só com uma mochilinha para a cidade.
Dias 4 e 5
Use essas dicas para a melhor experiência em Veneza.
Saiba também como se locomover em Veneza neste post.
Onde ficar em Veneza
Veja a lista de recomendações no tópico de Veneza no roteiro de 8 dias (clique aqui).
Seguro Viagem Bradesco: sua tranquilidade em viagens internacionais.
Florença
Neste roteiro você pode ficar três noites em Florença.
Dias 6, 7 e 8
Use o primeiro dia na cidade para o básico (Accademia, Mercado de San Lorenzo, Uffizi), o segundo para o bate-volta a Pisa (e quem sabe estendendo a Lucca), e aproveite o terceiro dia para passear por regiões da cidade onde você não conseguiu passar no dia da chegada.
Para o bate-volta a Pisa e Lucca, as passagens podem ser compradas com pouca antecedência ou mesmo na estação, já que os trechos são em trem regional, cuja tarifa não varia. Pelas regras dos trens regionais, você vai precisar comprar passagens separadas, nos trechos:
- Firenze SMN-Pisa S. Rossore
- Pisa S. Rossore-Lucca
- Lucca-Firenze SMN
Pisa S. Rossore é a estação mais próxima da Torre. Alguns trens só param em Pisa Centrale, que não fica a uma distância caminhável da Torre. Mas comprando a passagem para Pisa S. Rossore você pega o trem certo.
Onde ficar em Florença
Veja a lista de recomendações no tópico de Florença no roteiro de 8 dias (clique aqui).
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Siena & Toscana
Depois de três dias baseado em Florença, você aluga um carro para passear na Toscana
Reserve três noites num hotel nos arredores de Siena, para estar bem localizado pra passear. Caso possa ficar 4 noites na região (aumentando a duração da viagem para 16 dias), fique duas noites em Siena e duas noites no Val d’Orcia.
Dia 9
Pegue seu carro ao sair de Florença e percorra a Chiantigiana, a estrada que corta região vinícola do Chianti. Você pode visitar e almoçar numa vinícola.
Dia 10
Invista este dia numa visita completa à espetacular cidade de Siena.
Dia 11
Este pode ser o ponto alto da sua viagem: um dia zanzando pelo Val d’Orcia, o pedaço mais fotogênico da Toscana. (Clique neste link para ver o que fazer.)
Dia 12
Volte a Florença, passando por Monteriggioni e San Gimignano.
Devolva o carro e pegue um trem a Roma.
Por que voltar a Florença e não seguir a Roma? Por dois motivos. Você evita uma viagem mais longa (Florença está bem mais perto) e uma chegada mais conturbada (entrar em Roma, mesmo que apenas para entregar o carro, não é bolinho).
E depois, você aproveita essa volta para passar por um caminho diferente da vinda, visitando lugares importantes.
Passeios saindo de Siena – com nosso parceiro Viator
- Viagem de um dia para grupos pequenos em Montepulciano e Pienza saindo de Siena
- Viagem de um dia para grupos pequenos para San Gimignano e Volterra saindo de Siena
- Passeio privado de 1 dia ao Val d’Orcia e Montepulciano (em inglês)
Onde ficar em Siena e Val d’Orcia
Montar base em Siena tem a vantagem de poder sair à noite na cidade. De carro, pegue um hotel fora da zona de tráfego limitado.
O NH Siena (nota 7,6 – fevereiro/2023) tem estacionamento próprio e fica na praça onde chegam os ônibus. O Athena (nota 8,6) também oferece estacionamento gratuito. O Hotel Italia (nota 8,7) fica junto à escada rolante que leva ao centro histórico, e o B&B Il Barbero (nota 9,3) permite o uso de um pequeno estacionamento (pago). Um nadinha fora da cidade, o Santa Caterina (nota 8,9) tem vista para campo.
Caso você não esteja de carro, escolha um bed & breakfast chamoso dentro do centro histórico, como o La Terrazza sul Campo (nota 9,5), o I Tetti di Siena (nota 8,2) ou o B&B Il Corso (nota 9,3).
Ao escolher seu hotel no Val d’Orcia e arredores, pense num aspecto prático. Onde você vai querer jantar? Se você quer jantar fora do hotel, é melhor escolher um hotel dentro de um povoado. Se você escolher um hotel fora de povoado, a melhor estratégia é jantar no próprio hotel.
Entre os hotéis dentro de povoados (marcados em vermelho), considere:
- Em Montalcino, a Drogheria e Locanda Franci (nota 9,1) e o Scalette di Piazza B&B (nota 8,8)
- Em Pienza, o Il Giglio B&B (nota 9)
- Em Montepulciano, o Porta delle Farine (nota 9,2)
Se preferir hotéis fora de povoados (marcados em verde), confira estes:
- Perto de Rapollano Terme, o Hotel Toscana Laticastelli (nota 8,6) ocupa um antigo ‘borgo’ restaurado, numa ótima posição tanto para explorar o Val d’Orcia como outros destinos da Toscana e Úmbria. O Borghetto Il Montino (nota 9,4) também tem uma linda piscina
- Nos arredores imediatos de Montepulciano estão dois hotéis adoráveis: a Salcheto Winehouse (nota 9) e o Lupaia (nota 9,7) e Villa Cicolina (nota 9,2) também são boas opções
- Pertinho de Pienza, considere o Agriturismo Il Casalino (nota 9,5) e o Agriturismo Il Macchione (nota 9,4)
- E para ficar no campo mas pertinho de Montalcino, escolha o Casanova de Neris Relais (nota 9,3)
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Roma
A noite do primeiro dia (o dia 12) vai ser para aquela flanagem a esmo pelo centro histórico que eu descrevi aqui.
Dias 13 e 14
Siga a programação proposta aqui, com Coliseu e Forum Romano num dia, Vaticano (e, quem sabe, Galleria Borghese) no outro.
Dia 15
Bora voltar pro Braza…
Onde ficar em Roma
Veja a lista de recomendações sobre hotéis em Roma que incluímos no roteiro de 8 dias (clique aqui).
1355 comentários
Acabei de chegar de uma viagem de 17 dias na Itália e foi a escolha mais acertada que fizemos a de permanecer todo o tempo no mesmo país. E digo que ainda faltaram dias para tantas atrações. Foram cinco noites em Roma, duas em Veneza, três em Florença, duas em Siena e cinco na Costa Amalfitana com base na região de Sorrento. Alugamos um carro em Florença e fizemos a Toscana e a Campanha de Carro, o que foi muito acertado e nos permitiu conhecer outros lugarez como Pisa, San Gimgnano, Orvieto e Pompeia. Indicamos o hotel Canova Tadolini em Roma ( do lado da Praça de Espanha), o Perseo em Florença ( menos de 100m do Duomo), o Antica Locanda Al Gambero em Veneza ( dá para ir a pé sem perrengue com as malas da estação Rialto B até o hotel
Boa tarde. O Roteiro da Ingrid é praticamente o que eu vou fazer em abril de 2019, menos Veneza, que eu já conheço, mas uma grande dúvida ainda paira: é viável fazer a Costa Amalfitana em abril, ainda não estará frio? Obrigada pelas dicas
Olá, Selma! Você pode até pegar dias bonitos, mas vai estar frio (em todos os sentidos).
Excelente post!
Eu, como leitor antigo do site, fico mto feliz em voltar a ver, nos últimos meses, esse tipo de post – que é a cara do VnV – que andava meio ausente do site no ano passado.
🙂
Olá, vou viajar em junho para Itália por 10 dias (viajo numa quinta e volto domingo) e estou com muita dúvida em relação ao roteiro, pois tinha pensado em ir inicialmente para cinque terre, mas não tenho lido muitas coisas recentes favoráveis e sei que tem algumas trilhas interditadas. Você acha que seria viável fazer esse roteiro de 8 dias e tentar espremer cinque terre ou melhor aproveitar um pouco melhor essas cidades? Na verdade tinha pensado até em excluir veneza para conhecer essa parte da costa italiana. Obrigada.
Olá, Jana! Todas as trilhas estão interditadas desde 2011.
Cinque Terre é um lugar bonito e curioso, mas tem certeza de que você quer abrir mão de Veneza por um lugar curioso?
De todo modo, aqui vão todas as informações para visitar (só desconsidere as trilhas, que continuam fechadas):
https://www.viajenaviagem.com/2012/04/cinque-terre/
Muito bons seus roteiros. Pretendo ir com duas netas de 14 e 15 anos para passar 15 dias. E seu roteiro foi muito útil. Só não vou alugar carro. Como fazer a Toscana ? Ónibus? Quais?
Obrigada.
Olá, Roberta! Quem responde é A Bóia. Pegue tours organizados — em Florença você pode ir de tour para a Chiantigiana, e de Siena, para o Val d’Orcia. Existem ônibus locais para o interior do interior da Toscana, mas os horários são poucos e complicados para quem está turistando.
Gostaria de saber se é viável uma viagem de 20 dias que passe por Lisboa, Paris e cidades italianas. Se for viável, qual seria o melhor ponto de início da viagem: seria Lisboa? Pensei em algo assim: 4 dias para Lisboa, 6 para Paris, 8 para cidades italianas além de 2 dias, um para ir e outro para voltar. É loucura?
Olá, Mateus!
Veja:
https://www.viajenaviagem.com/2015/03/europa-roteiro-15-dias/
https://www.viajenaviagem.com/2011/12/como-montar-viagem-europa/
Infelizmente não temos como elaborar ou comentar roteiros individuais.
Acha muito pouco tempo em Roma. Adorei a ideia de carro alugado só para uma parte, mas sei lá ir a todos esses lugares enão conhecer melhor Roma.? Será que vale a pena usar dois dias em Milão.
Olá, Mônica! Em todos os lugares você pode ficar mais dois, três, quatro dias, que continuará aproveitando. Se você tiver mais dias, vale a pena investir em Roma sim.
Estive na Itália entre o final de Janeiro e o começo de Fevereiro. Eu e minha noiva tivemos os passaportes roubados em Roma. Escrevi um simples artigo contando como foi toda a saga e com detalhes de como fazer o novo passaporte no consulado. Gostaria muito de compartilhar no blog essa experiencia, pois no dia do ocorrido pesquisei muito na internet e a maioria das informações estava errada ou pela metade.
Abraços
Olá, João! Entraremos em contato. Obrigada!
Sair da Toscana e seguir para Roma também é legal e cito dois bons motivos:
1- passar pela medieval Orvieto com sua paisagem incrível, já que está no alto de um rochedo de mais de 300m de altura e que possui uma das mais lindas Catedrais de toda a Itália, com sua arquitetura gótica e o seu colorido que a torna diferente das outras.
2- visitar a incrível Civita di Bagnoregio considerado um dos burgos mais lindos da Itália. É inesquecível!
E a volta que fiz para Roma não foi tão ruim assim, ao menos para mim que estou acostumada com o trânsito em São Paulo, foi tranquilo chegar até a estação Termini e devolver o carro.
A cidade de Turim é muito interessante e rica de atrações. Não entendo o motivo de ser pouco lembrada nos roteiros turísticos. Só o Museu Nacional do Cinema já justifica a visita.
O roteiro que fizemos foi invertido e mais longo (28 dias) . Iniciamos em Roma e após 4 dias, alugamos um carro, viajando por praticamente toda Toscana, com bases em Florença, Sienna (conhecendo varias cidades de passagem como s. Gemigniano, Pisa, cinque Terre, monteriggioni, montalcino, cole de Van d’elsa , Pienza, entre outras). Fizemos base em Verona com visita ao lago de Garda e terminamos em Veneza. Período médio de cada parada de cinco dias. E acredite: o tempo foi muito curto pra poder aproveitar tudo.