Cuba

Não sou um blogueiro, mas diante das dificuldades em obter informações para ir a Cuba, retornando de lá agora (de 07 a 20/04/2023), achei legal dar uma breve contribuição com informações mais atualizadas. Basicamente passei por Havana, Cienfuegos, Trinidad, Santa Clara e Cayo Santa Maria (retornei para Havana, ficando em Vedado duas noites antes de voltar). Quanto às sugestões de locais, nada tenho a acrescentar. Só destaco que neste período que estive em Cuba (07 a 20/04/2023):
1. A crise econômica que o mundo vive no pós Covid, agravado com a crise energética em razão do conflito da Ucrânia / Russia, é somado à décadas de um criminoso bloqueio feito pelos Estado Unidos à Cuba. Nesse contexto, nas cidades menores está sendo comum breves apagões ( as casas já deixam uma lanterna para que possamos utilizar nesse período). Nesse período Cuba enfrenta um problema com a agua, não sei se por questões climáticas ou em razão da crise de energia, que movimenta as bombas de circulação de agua. Não é falta, mas a pressão da agua é mínima (até o no Meliá a pressão da água não era das melhores). E o preço dos transportes, em razão do combustível. Perrengues a parte, ainda foi bem legal conhecer Cuba e valeu muito a pena a viagem. Agora alguma atualização, comparando com mensagens de anos anteriores.
Com relação ao dinheiro: leve dólar americano a vontade (pode usar o Euro, mas para eles a paridade é um por um, então o dólar sai mais barato para nós). Tudo está em peso cubano, mas restaurantes aceitam dólar. Só precisa verificar o cambio (no Esquina de Cuba eles consideravam o oficial 1=120, já no Paladar de Mercaderes estavam com 1=170). No comércio de “janela”, onde a família abre a janela da sala para vender alguns produtos e onde normalmente comprávamos garrafa de agua e bebidas, é melhor usar o peso. Para se ter uma ideia de preço, uma garrafa de 500ml eu paguei 100 pesos na maior parte dos lugares (em Santa Clara, paguei 50 pesos). Uma boa refeição no Paladar de Mercaderes ficou em torno de 2.500 pesos cubanos /pessoa.
Cartão de débito ou crédito, quando vinculados a bancos americanos (Wise, Inter, etc…) as operações não são autorizadas pelos bancos. Já bancos de outros países (no caso o Banco do Brasil), podemos utilizar. Acaba saindo mais caro por conta do IOF. E no caso do Meliá em Cayo Santa Maria, aceitavam o pagamento apenas pelo cartão.
Internet: comprei, ainda no Brasil, um chip da Cubacel Tur pela Suena Cuba (https://suenacuba.com/ ). Preenchi, paguei, eles enviaram um email confirmando a compra. Retirei o chip na “tienda” da ETCESA no aeroporto, o pessoal da ETCESA instalou o chip (nunca fui nesse lance de encaixar o chip no celular) e já sai de lá conectado ( o chip é vendido apenas para turistas, pelo prazo de um mês, com 6Gb, 100 minutos de ligação local e SMS – podendo fazer recarga se necessário). A velocidade é razoável, mas em determinadas áreas é bem lento. Mas funcionou bem em Havana, Trinidad, Cienfuegos, Santa Clara e Cayo Santa Maria (nesse caso tava melhor que o WIFI do Meliá).
Optei por ficar nas casas, saindo daqui com reserva feita pelo Airbnb, e tudo transcorreu tranquilamente.
O transporte continua sendo um nó, caso se queira viajar “sem pacote”. Para voltar de Cayo Santa Maria para Havana acabei optando pelo ônibus da Transgaviota, pagando USD30 (o taxi compartilhado estava USD25, mas sempre apertadinho e como a viagem era longa….).
As dicas dadas estão valendo, apesar do contexto vivido. Como já sabia a dificuldade de encontrar produtos, levei alguns remédios básicos (novalgina, dorflex, paracetamol, etc..) que ao final, fui deixando nas casas. Foi bem triste ouvir o relato de como famílias tiveram que enfrentar a Covid sem ter acesso a um antitérmico, em razão do bloqueio, tratando da febre com banho frio e compressa.
Espero ter ajudado.