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Guia de Campos do Jordão

Campos do Jordão: Museu Felícia Leirner

A escultora polonesa Felícia Leirner escolheu Campos do Jordão para viver nos anos 1960. Aluna de Victor Brecheret, foi na Serra da Mantiqueira que ganhou um espaço amplo com seu nome para expor diversos de seus trabalhos, emoldurados pela beleza natural da região.

Nascia assim, em 1978, o Museu Felícia Leirner — que, no ano seguinte, ganharia a companhia do Auditório Claudio Santoro, onde acontecem apresentações do tradicional Festival de Inverno de Campos do Jordão.

Pelos quase 35 mil m² da área, no bairro do Alto da Boa Vista, espalham-se 85 obras da artista. Foi ela própria quem decidiu a disposição das peças, assim como sua divisão, seguindo sua trajetória criativa.

Estão lá obras da fase figurativa (que durou entre 1950 a 1958), a caminho da abstração (de 58 a 61), abstrata (de 63 a 65), orgânica (de 66 a 70) e recortes na paisagem (de 80 a 82).

Dá para acompanhar cada momento seguindo as sinalizações explicativas do circuito da visitação, que mostram inclusive o grau de dificuldade de cada percurso (há alguns aclives).

As esculturas, feitas de bronze, cimento branco e granito estão por toda a parte, aproveitando alamedas e desníveis do terreno, assim como suas várias espécies de plantas, entre as quais orquídeas, cactos, bromélias e, claro, muitas araucárias. São 43 esculturas de bronze, 40 de cimento branco e duas de granito.

Uma das árvores mais bonitas do espaço é também uma ‘árvore de poesia’, com uma série de poemas presos em seus galhos.

A área do parque é habitada por mais de 90 espécies de animais nativos — aves como tucanos, papagaios e águias e mamíferos como tamanduás, quatis e ouriços. Encontrar esses habitantes, porém, não é tão simples. 🙂

O calendário de eventos do museu prevê atividades durante todo o ano, muitas delas aproveitando um auditório ao ar livre construído ali.

Fora da época do Festival de Inverno, o museu é muito tranquilo. Um lugar perfeito para passear sem pressa, respirado o ar puro da região e apreciando as peças de Felicia Leirner. Dentro do espaço do Auditório Claudio Santoro há uma estrutura de serviços e lanchonete.

Se conseguir visitar o museu durante a tarde, programe-se para pegar o pôr do sol em uma das pequenas montanhas da área, próximo à escultura Horizonte. Ali está uma das vistas mais bonitas da Pedra do Baú, pra assistir ao espetáculo da natureza de camarote.

O Museu Felicia Leirner e o Auditório Claudio Santoro estão a 9 km do centrinho de Capivari. Não há linha de ônibus regular para o local, mas durante o Festival de Inverno são postos ônibus coordenados com os horários de apresentações no auditório.

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Serviço gratuito

    Se você se tornar fã de Felicia Leirner, pode ver suas obras também em outros locais. Esculturas da artista adornam os jardins do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual em São Paulo.

    E ainda em Campos do Jordão, quando você for ao Museu de Xilogravura, procure a escultura de Felicia em frente à igreja Nossa Senhora da Saúde.

    Informações práticas

    3 comentários

    Agora existe uma cobrança para a entrada no local, 10 reais a entrada e com uma extensa politica de meia entrada e gratuidade.

    Me programei para estar no Museu Felícia Leirner num fim de tarde pois já tinha recebido a recomendação de ver o pôr-do-sol lá, é muito bonito mesmo!!
    Ótima dica de passeio ao ar livre, contemplando as lindas esculturas e o espaço verde do lugar!

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