Onde comer em Buenos Aires: 70 restaurantes

Guia de Buenos Aires

Onde comer em Buenos Aires

Toda viagem a Buenos Aires é uma viagem gastronômica. Escolher onde comer em Buenos Aires é parte essencial da experiência porteña. Se você tivesse que escolher entre parrilla e tango, o que você escolheria?

Mas nem só de carne vive a gastronomia de Buenos Aires. Desde o final dos anos 90 a cidade vem diversificando sua oferta culinária. E agora está novamente em grande fase, com muitos restaurantes impulsionados pela lista de 50 Best da América do Sul da revista Restaurant.

Veja nesta página nossos destaques e uma seleção completa, bairro a bairro, de onde comer em Buenos Aires. Conheça também 10 especialidades porteñas e o modo de usar restaurantes na cidade.

Com reportagem de Mariana Amaral e JB Andrade

A Bóia recomenda:

Restaurantes em Palermo Soho

Palermo Soho não é mais um bairro tão cool quanto há 10 anos, mas continua como epicentro do turismo gastronômico de Buenos Aires – sobretudo no quesito parrilla.

La Cabrera (parrilla)

Há mais de 20 anos, a esquina de Cabrera e Thames está sempre transbordando de gente na calçada à noite. É a fila de espera do La Cabrera – que não diminuiu nem quando inaugurou um anexo na calçada em frente, inicialmente chamado La Cabrera Norte mas que hoje atende pelo mesmo nome.

O bacana do La Cabrera é que suas carnes incluem uma meia-dúzia de potinhos com molhos, purês e coisinhas de mastigar – como hommus de beterraba, babaganuche, alho confitado, purê de cenoura, creme de milho, palmito, chutney de pêra, creme de torrontés… E quando acabam, o garçom traz outros.

Como não é mais a parrilla mais badalada do bairro (agora ocupa o terceiro posto, depois da Don Julio e da Carnicería), dá para conseguir reservar com alguns dias (ou poucas semanas) de antecedência. Mas boa parte dos lugares são preenchidos com clientes sem reserva, que chegam e se inscrevem na lista de espera. Enquanto você aguarda, um garçom passa com espumante e picadas por conta da casa.

  • La Cabrera | Cabrera 5099 e 5127 esquina Thames | Tel.: +54 911 5586-1435 | Instagram | Reservas

La Carnicería (parrilla)

la carnicería buenos aires restaurante parrilla

Das parrillas cult de Buenos Aires, La Carnicería é a mais modernete, com foco em carnes menos convencionais e cortes defumados.

As entradas de parrilla são exquisitas, combinando os miúdos com sabores adocicados. A provoleta é defumada e servida com pêra. A molleja (timo) vem com milho, mel, alho negro e iogurte. Os chinchulines (intestinos), com figo, berinjela e cenoura.

Entre os pratos principais, há sempre pelo menos um corte de parrilla convencional (ojo de bife, bife de chorizo), um corte de porco ou javali, um corte de cordeiro e um corte defumado (que pode ser de vaca ou cordeiro).

O restaurante é pequeno e lota com facilidade. Por isso, faça sua reserva (ou chegue na hora de abrir e ponha o nome na lista). Abre para jantar todas as noites e também para almoço no fim de semana.

  • La Carnicería | Thames 2317 esquina Charcas | Tel.: +54 911 3053-8514 | Instagram | Reservas

Don Julio (parrilla)

Na gincana foodie de Buenos Aires, comer no Don Julio é a tarefa mais difícil de cumprir.

Incensado pela crítica, com lugar cativo na lista mundial dos 50 Best da revista Restaurant e praticamente entronizado como atração turística, o Don Julio anda meio que impossível de reservar. As reservas pelo aplicativo são liberadas com 90 dias de antecedência e se esgotam no mesmo dia em que aparecem.

Há quem consiga mesa ligando para o WhatsApp (+5411 5311-5668) 4 semanas antes da data – você também pode tentar.

Caso você não se lembre de tentar uma reserva 90 dias antes do dia em que quer comer no Don Julio, pode fazer como todos os outros sem-reserva e chegar cedo (tipo meia hora antes de abrir) para pôr o nome na fila de espera. Garçons passam com espumante e mini-empanadas – encare com o um happy hour em pé.

O prêmio para a espera é a carne mais cobiçada da cidade, preparada à perfeição. Escolha entre o ojo de bife, o bife de chorizo (fino, alto ou ‘borboleta’, aberto) ou o entrecot com osso. Como acompanhamento, peça um legume na brasa (berinjela ou abobrinha) e o espetacular purê de batatas com manteiga feita com leite de gado Jersey.

O salão tem mesas rústicas, um balcão antigo e piso de ladrilhos hidráulicos – mas boa parte do charme vem das paredes tomadas por garrafas de vinho, expostas como se fossem livros numa biblioteca. É um lembrete da outra grande qualidade do Don Julio – uma carta de vinhos que vale como uma enciclopédia da produção argentina, cobrindo todas as uvas e regiões vinícolas.

Se vier sem reserva para almoçar, conte com uma espera de 1 hora. Para jantar, entre 1 hora e meia e 2 horas.

  • Don Julio | Guatemala 4699 esquina Gurruchaga | Tel.: +54 911 5311-5668 | Instagram | Reservas

El Preferido de Palermo (bodegón)

O que é um ‘bodegón’? Bodegones são restaurantes tradicionais de bairro, que lembram as cantinas italianas de São Paulo, e servem comida farta e em conta. Alguns também funcionam como armazém. El Preferido de Palermo era um desses bodegones até fechar, em 2018, sucumbindo à gourmetização generalizada do pedaço.

A tradição acabou salva por Pablo Rivero, dono do vizinho Don Julio, que comprou o espólio, restaurou a ambientação e elevou o padrão do cardápio, sem fugir do tema ‘comida de bodegón’. Resultado: ao reabrir, em 2019, foi imediatamente contagiado pelo hype don-juliano.

A especialidade da casa é a milanesa, que pode ser de filé ou de entrecot (esta, para dividir). Se quiser provar a versão argentina do nosso parmegiana, peça a milanesa napolitana.

Como entrada, prove o salame da casa, que humilha os presuntos crus. Encerre com o sorvete de doce de leite, soberbo.

Se você quer comer no horário dos argentinos (depois das 21h), reserve com semanas de antecedência. Dá para conseguir horários mais cedo (ou para almoço) poucos dias antes. Sem reserva, vale o esquema do Don Julio: chegue cedo e ponha seu nome na lista de espera.

  • El Preferido de Palermo | Jorge Luis Borges 2108 esquina Guatemala | Tel.: +54 911 2881-2969 | Instagram | Reservas

Las Pizarras (bistrô)

O bistrô Las Pizarras é um grande achado em Palermo.

Não há cardápio fixo: o que houver de mais fresco no mercado vai parar no menu do dia, que fica escrito em lousas (as ‘pizarras’) penduradas pelo salão.

As combinações são sempre originais.

A shakshuka (ovos no molho de tomate) pode vir com tacos de berinjela, sementes de abóbora e grão de bico temperado. O bife de chorizo, com batatinhas crocantes ao murro, purê de alho e salada de bok choy. A humita (creme de milho), com pêssegos e ricota defumada. A truta, com hinojo (funcho) e molho oriental.

E sempre há uma opção vegana, como os canelones de verdura com salteado de cogumelos variados.

(Provavelmente nenhum desses pratos estará na lousa na sua visita, mas dá para ter uma ideia, concorda?)

  • Las Pizarras | Thames 2296 esquina Charcas | Tel.: +54 11 2190-8568 | Instagram

Mengano (sul-americano)

O Mengano se define como um ‘bodegón de platitos’. Mas isso só descreve a aparência (um casarão antigo) e o tamanho dos pratos (um pouco maiores que tapas).

O verdadeiro conceito do Mengano é reinterpretar pratos tradicionais. Clássicos europeus são adaptados a ingredientes da América do Sul, e comidas típicas sul-americanas ganham um upgrade culinário.

O garçom recomenda escolher dois pratos por pessoa. O tartare é de cordeiro, e vem com alcaparra frita e ketchup de marmelo. O nhoque é de mandioca. O matambre é acompanhado por fainá, o pão chato de grão de bico típico do Prata. Onde mais experimentar o gramajo uruguaio (ovos mexidos com cebola, presunto e ervilhas)?

De sobremesa, peça o rogel – o mil-folhas de doce de leite, doce de padaria feito aqui com técnicas de pâtisserie.

  • Mengano | Cabrera 2172 entre Uriarte e Thames | Tel.: +54 11 4771-0560 | Instagram | Reservas

Niño Gordo (asiático)

Do mesmo grupo do La Carnicería, o Niño Gordo deve ser o restaurante mais divertido de Palermo.

Todos os seus ambientes são cenografados: a vereda (calçada) ostenta um boneco inflável (o niño gordo) por sobre as mesas. O salão principal é um delírio de luz vermelha emanada pelas lanternas chinesas que tomam o teto (alô, Yayoi Kusama!). E o balcão no fundo do restaurante remeteria a um izakaya tradicional, se não tivesse o balcão decorado com bonequinhos naruto de ação e de anime.

Mas o Niño Gordo não é só forma: o conteúdo também é formidável. Se você gosta de mexilhões, peça as valvas – são preparadas ao leite de coco com tomate e pimenta. Os cogumelos shiitake (girgolas) vêm com purê de couve-flor, ervilhas e cogumelos orelha-de-judas. O peixe na chapa leva curry e é servido com batata doce, espinafre e vôngoles.

Dica de drink: o Tintorería mistura vinho tinto, Martini Rosso, água tônica e tamarindo – e é o ‘tinto de verano’ mais gostoso que você vai tomar na sua vida.

  • Niño Gordo | Thames 1810, entre Costa Rica e Nicaragua | Tel.: +54 11 2129-5028 | Instagram | Reservas

Gran Dabbang (cozinha de autor)

É muito difícil classificar a cozinha do Gran Dabbang. Pense em comida indiana, então acrescente ingredientes sul-americanos e temperos asiáticos – e em seguida esqueça o que pensou, porque o que vem à mesa vai sempre surpreender.

O chef Mariano Ramón aprendeu com os melhores (Francis Mallmann entre eles), viajou longamente pela Ásia trabalhando como cozinheiro, voltou e abriu um lugarzinho despretensioso numa avenida de passagem – mas que é frequentemente citado pelos melhores chefs argentinos como um de seus restaurantes favoritos.

O cardápio muda a toda hora. Uma amostra: pakoras de acelga; paratha com curry de pato; pão de mandioca e queijo de cabra (no meio do caminho entre um pão de queijo e um gourgère) com chutney de beterraba; alho-poró com laranjinha kinkan e folhas de feno-grego; galeto com figos, amêndoas e raita. As travessas e pratos são de metal, como num café de beira de estrada na Índia.

Os preços são super simpáticos (apenas evite os vinhos mais caros, escolhidos para a clientela gringa).

Não aceita reservas. O restaurante abre às 19h30. Chegue às 19h se quiser sentar na primeira rodada, ou então apareça depois das 22h para ficar menos tempo na fila.

  • Gran Dabbang | Raúl Scalabrini Ortíz, 1543 | Tel.: +54 911 3501-0481 | Instagram

Sipan (nipo-peruano)

Depois de 15 anos preparando cozinha estritamente nikkei (nipo-peruana), o Sipan agora oferece uma fusion cuisine entre a culinária nikkei e os ingredientes argentinos.

O cardápio ainda exibe uma seção ortodoxa nikkei, com ceviches clásicos, tiraditos e lomo saltado.

A maior parte da carta, porém, é dedicada à incorporação de produtos de todos os biomas argentinos: Pampa (por exemplo, ceviche de torresmo), Chaco & Selva (usuzukuri de pacu com mel de erva-mate), Fronteira Andina (gyoza de carne e milho) e Patagônia (sushi de peixe branco com lagosta apimentada servido sobre pedras quentes).

Reservas apenas por WhatsApp.

  • Sipan | Uriarte 1648, entre Honduras e El Salvador | Tel.: +54 911 2577-6000 | Instagram

La Alacena (italiano)

Apesar de se intitular trattoria, La Alacena está mais para um bistrô italiano (se o conceito existisse).

O cardápio, enxuto, oferece alguns formatos de massa difíceis de encontrar, e feitas no pastifício próprio. O garganelli (canudinho) é preparado ao ragu branco de porco, o cavatelli (parafuso enroladinho) vem servido com funghi, guanciale e espinafre, e o tonnarelli (spaghetti gordo e levemente achatado) vem à carbonara.

De entrada, experimente os calamaretti e fagioli (lulinhas e feijão branco). Encerre com uma pana cotta affogato (panacota com expresso por cima).

  • La Alacena | Gascón 1401, esquina Honduras | Tel.: +54 11 2388-6990 | Instagram | Reservas

San Paolo (pizza)

Nem toda pizza portenha é fugazzeta. Assim como no Brasil, a vera pizza napoletana, com massa de fermentação natural (masa madre, em espanhol argentino), também está conquistando o paladar local.

Se tiver fome de pizza em Palermo Soho, vá à a pizzaria San Paolo – chiquitita pero cumplidora.

  • San Paolo | Uriarte 1616, entre Honduras e El Salvador | Tel.: +54 11 4831-9181 | Instagram

Eléctrica (pizza)

Pegue uma velha oficina elétrica para carros, mantenha a fachada original (incluindo os letreiros gastos), faça reformas mínimas no interior e instale um poderoso forno a lenha italiano: eis a receita do sucesso da Eléctrica Pizza, que atrai uma moçada descolada todas as noites a este pedaço tranquilo de Palermo.

Claro que o conceito não teria funcionado se o produto não fosse bom. Mas é: as pizzas são feitas com massas que passam por fermentação natural de 48 a 72 horas. Na hora de asssar, passam 1 minutinho cravado no forno à máxima potência.

A margherita e as 4 queijos são ortodoxas, mas outros sabores, não. Tem pizza de lâminas de batata com alecrim, de cogumelos secos e de cebola roxa, além de duas veganas (‘margherita’ e ‘calabresa’).

Não há serviço de mesa: você pede e paga no caixa.

  • Eléctrica Pizza | Julián Álvarez 1295, esquina Cabrera | Tel.: +54 911 2236-2852 | Instagram

Casa Tsuji (café asiático)

Se você não acompanhar a numeração na Calle Armenia, periga perder a entrada dessa simpática cafeteria japonesa. Uma porta verde dá acesso a um corredor estreito, ao lado de uma loja de móveis. Ao fundo, em um ambiente aconchegante em dois andares com um agradável pátio, fica uma das mais recentes novidades no badalado bairro de Palermo.

Com especialidade na pastelería japonesa, também oferece almoço executivo com tonkatsu e sanduíches, além de opções vegetarianas. Se preferir, vale como um alternativo chá da tarde, ótima desculpa para provar os doces e matchás.

  • Casa Tsuji | Armenia 1455 entre Gorriti e Cabrera | Instagram

Chori (choripán)

Dos mesmos donos do La Carnicería, o Chori (diga: Tchôri) é um fast-food de choripán.

O sanduba de linguiça amado pelos argentinos é vendido no balcão em várias versões – tradicional, de porco, de costela, de morcilla… Há combos com refrigerante, cerveja e gin tônica.

Funciona do meio-dia à meia-noite.

  • Chori | Thames 1653 esquina Santa Rosa | Tel.: +54 11 3966-9857 | Instagram

Amores Tintos (gastropub)

Com duas filiais bem próximas em Palermo, esse simpático bar é uma boa opção para apreciar vinhos em taça, principalmente os exemplares de outras regiões vinícolas argentinas. Também vendem ótimos vinhos em garrafas. O ambiente é super descontraído e enche no horário de happy hour e fim de noite.

Os petiscos são numerosos e variados, indo desde um simpático choripán até opções vegetarianas como empanadas de tofu e legumes, passando por tábuas de queijos diversos. Os preços são justíssimos.

  • Amores Tintos | Soler 4202 esquina Julian Álvarez e Gorriti 4202 esquina Pringles | Site Soler | Site Gorriti

Rapa Nui (sorveteria)

Xodó dos brasileiros em Bariloche, a Rapa Nui exportou suas lojas para outras cidades argentinas – a capital sozinha possui 9 exemplares da badalada chocolateria/sorveteria. 

Embora não tenha a variedade de opções da primogênita do sul, a loja de Palermo não faz feio: fica em uma casa com pátio externo, mesas para café e a loja de sorvetes ao fundo. 

  • Rapa Nui | Malabia 2014, entre Soler e Guatemala | Outras 8 unidades espalhadas pela cidade | Instagram

Teseo (bar e restaurante)

Teseo é um barzinho aconchegante, um achadinho em Palermo Soho. Com coquetéis de autor, drinks clássicos e vinhos, o gostoso aqui é compartilhar diversos platitos (recomendam 2 por pessoa) da culinária internacional.

Destaque para os nhoques salteados com cogumelos portobello e o arroz basmati com camarões, manga e pistache. O drink com o nome da casa leva vodka de pera, gin e suco de limão.

  • Teseo | Cabrera 4946, entre Gurruchaga e Serrano | Site

Obrador Florida (sorveteria)

Queridinha dos críticos gastronômicos, a Obrador Florida fica em um canto menos “populoso” de Palermo, no final da Calle Soler, mas mesmo assim vem atraindo a atenção desde sua inauguração em 2022. 

Com um viés orgânico anti-desperdício e um menu enxuto renovado periodicamente, oferece alguns sabores fora do comum. Já passaram por aqui os exóticos caqui e queijo de cabra com marmelo. Você não precisa ficar refém dos helados, contudo: há outras sobremesas e um cacao bar que poderá incrementar seu apetite por guloseimas.

  • Obrador Florida | Soler 5063, entre Uriarte e Fray Justo | Instagram

Panera Rosa (café)

A rede Panera Rosa tem um menu super eclético. Mas o maior sucesso são mesmo os waffles e os sucos naturais. Ótimo para um lanchinho da tarde batendo perna pelo bairro.

  • Panera Rosa | Jorge Luis Borges 1685, entre Santa Rosa e El Salvador | Tel.: +54 11 4584-0194 | Instagram

Palermo Chico

Esta área de casarões e prédios elegantes é permeada por cafés e restaurantes de bom padrão. É em Palermo Chico que está instalado o fenômeno Mishiguene, em dois endereços – um restaurante gastronômico e uma deli.

Mishiguene (judaico)

Ostentando o adjetivo pejorativo que os argentinos usam para depreciar judeus, o Mishiguene (diga MiCHÍguene) se tornou um dos restaurantes mais disputados de Buenos Aires, especialmente entre adeptos da seita foodie.

No salão ouve-se inglês, português, francês, japonês, alemão – o que é incrível, visto que o Mishiguene é um restaurante de Buenos Aires que não é nem parrillero nem experimental.

O cardápio passeia pela culinária judaica, da Europa do Leste ao Oriente Médio. Você reconhecerá o nome da maioria dos pratos, mas não se engane: aqui o hommus, o babaganuche, o guefilte fish, os varêniques foram elevados a haute cuisine.

Peça ‘platitos’ para compartilhar de entrada e continue com um dos pratos principais.

Querendo a experiência completa, você pode pedir o menu Mishiguene, de 6 passos – ou mesmo reservar a Mesa do Chef, com atendimento especial e 10 passos.

  • Mishiguene | Lafinur 3368, entre Segui e Libertador | Tel.: +54 11 3969-0764 | Instagram | Reservas

Café Mishiguene (judaico)

Aberto em 2021- sete anos depois da ‘matriz’ – o Café Mishiguene é a versão delicatessen do Mishiguene.

Até as 11h, serve café da manhã com especialidades judaicas (bagel, pão trançado, shakshuka – ovos no molho de tomate).

Depois, vai até as 20h com um cardápio judaico completo. Embora haja muitas coincidências entre os dois cardápios, a comida servida no Café Mishiguene tem uma pegada mais tradicional, ‘da vovó’, do que a do restaurante, onde todos os pratos sempre terão um toque ‘do chef’. Mas é tudo uma delícia, e a preços bem mais abordáveis do que o restaurante.

O Café Mishiguene não aceita reservas.

  • Café Mishiguene | Cabello 3181, entre Bullnes e Cel. Díaz | Tel.: +54 911 6588-7173 | Instagram

Borja (café)

Todo clean e moderninho, o Borja tira proveito de uma localização adorável: fica na rua lateral do Jardín Botánico Carlos Thays, um dos parques mais bonitos de Buenos Aires.

Se vier passear no pedaço, faça uma pausa aqui.

  • Borja | República de la India 2895 | Tel.: +54 911 6588-7173 | Instagram

Palermo Hollywood

A pandemia tirou de Palermo Hollywood alguns de seus restaurantes mais conceituados. Muitos bons veteranos, porém, ainda resistem – em meio a um mar de lugares genéricos.

Las Cabras (parrilla)

Palermo Hollywood não ostenta nenhuma parrilla de grife – elas parecem estar todas em Palermo Soho. Em compensação, regala carnívoros com a parrilla com melhor custo x benefício da região: a Las Cabras.

Instalada numa esquina-delícia, com muitas mesas na calçada à sombra de uma árvore frondosa, a Las Cabras serve ojo de bife por pouco mais de R$ 50 (no câmbio paralelo) – e os outros cortes, ainda mais em conta.

Abre todos os dias sem interrupção entre almoço e jantar.

  • Las Cabras | Fitz Roy 1795, esquina El Salvador | Tel.: +54 11 2625-3478 | Instagram

Green Bamboo (vietnamita)

Veterano do bairro, o Green Bamboo continua lindo como há vinte anos. O ambiente escurinho, os estofados vermelhos, os objetos asiáticos e a roupa dos atendentes transportam você a um cafofo chic na Indochina.

A cozinha entrega pratos fidedignos – rolinhos frescos, fritos ou ao vapor, curries e pho. Deixe espaço para a sobremesa: arroz doce glutinoso com sorvete de abóbora e pérolas de tapioca.

  • Green Bamboo | Costa Rica 5802, esquina Carranza | Tel.: +54 11 6119-5488 | Instagram | Reservas

Sudestada (asiático)

Um dos responsáveis pelo boom da gastronomia em Palermo Hollywood nos anos 2000, o Sudestada executa a culinária do Sudeste Asiático sem grandes concessões ao paladar ocidental.

O cardápio é enxuto mas passeia pelos pratos mais marcantes do subcontinente: rolinhos vietnamitas, pad thai, costelinhas de porco balinesas, curries tailandeses (vermelho, verde e amarelo), arrozes fritos no wok.

Não espere decoração exótica: o ambiente é clean (daria para virar um restaurante escandinavo sem mexer em absolutamente nada).

  • Sudestada | Guatemala 5602, esquina Fitz Roy | Tel.: +54 11 4776-3777 | Instagram | Reservas

Asian Cantina (asiático)

Antigo Sunae, o Asian Cantina traz à baila uma culinária pouquíssimo conhecida: a filipina, que compartilha o cardápio com pratos tailandeses, malaios e chineses.

Querendo explorar os sabores do arquipélago, experimente o adobo pao (um sanduíche de pernil desfiado no pão ao vapor), o kinilaw (um ceviche filipino, com leite de coco, pepino e gengibre) ou o kare kare lamang dagat (lagostins ao curry de amendoim).

Fukuro Noodle Bar (ramen)

O Fukuro Noodle Bar faz fusion de comida quente japonesa com a cozinha de Taiwan.

O cardápio tem ramen, gyoza e bao.

O tempero é mais taiwanês do que japonês: os pratos aparecem graduados de zero a três pimentas. Há sempre alguma opção vegana ou vegetariana.

  • Fukuro Noddle Bar | Costa Rica 5514, entre Fitz Foy e Humboldt | Tel.: +54 911 3199-4095 | Instagram

Crizia (variado)

Um clássico de Palermo Soho, o Crizia se mudou para Palermo Hollywood em meados de 2021. Habituês daquela época reconhecerão o ambiente: moderno e elegante, todo em preto e degradês de cinza.

Apesar de variada, a carta privilegia os frutos do mar.

Uma seção inteira do cardápio é dedicada às ostras patagônicas, servidas de seis maneiras diferentes: quatro cruas, uma assada, uma gratinada. Trutas patagônicas, vieiras, polvo e bonito também marcam presença.

Para carnívoros convictos tem leitãozinho, pato à Pequim e ojo de bife.

Há também um menu-degustação de 8 passos ‘Puro Mar’.

  • Crizia | Fitz Roy 1819, entre El Salvador e Costa Rica | Tel.: +54 911 3637-5410 | Instagram | Reservas

Chipper (peixes e frutos do mar)

O Chipper serve peixes e frutos do mar de mil maneiras. A carta abrange preparações de pescados, moluscos e crustáceos crus, marinados, na brasa, na plancha, à milanesa, fritos com arroz, como risoto, como ensopado, como tempurá e como sushi.

Só não tem fish & chips – que curiosamente era a especialidade do lugar na primeira encarnação, quando era mais simplesinho.

  • Chipper | Humboldt 1893, entre Costa Rica e El Salvador | Tel.: +54 911 2699-8173 | Instagram | Reservas

La Mar (peruano)

Filial da rede mundial do chef peruano Gastón Acurio, o La Mar chegou a ter uma casa em São Paulo.

Sua especialidade são os ceviches (que a casa grafa como ‘cebiche’) – são 10 apresentações diferentes. Para os indecisos, há uma degustação de três deles: clásico (peixe branco), criollo (peixe marinado e lula frita) e nikkei (de truta, com tamarindo).

Todas as especialidades nipo-sino-peruanas também estão em cartaz: tiraditos (o sashimi peruano), causas (canapés sobre purê de batatas), arroz chaufa (no wok) e lomo saltado (filé em fatias com arroz, legumes e batatas). De sobremesa, peça suspiro limeño.

  • La Mar | Arévalo 2024, esquina Nicaragua | Tel:: + 54 911 3955-9600 | Instagram

Il Ballo del Mattone (italiano)

Há 10 anos em Palermo Hollywood, Il Ballo del Mattone é uma cantina italiana com decoração agradavelmente caótica (paredes forradas de cartazes de filmes, quadros coloridos e fotos em branco e preto).

A cozinha é honesta: prepara as massas que todo mundo procura, e ainda faz pizzas à napolitana.

  • Il Ballo del Mattone | Gorriti 5893, entre Carranza e Bonpland | Tel.: +54 11 6680-6539 | Instagram

Siamo Nel Forno (pizza)

A Siamo Nel Forno não é qualquer pizzaria: sua credencial é ser certificada pela AVPN (Associazone Verace Pizza Napoletana).

Peça uma margherita – ou, querendo sair dos clássicos, confira a pizza del giorno no quadro-negro (ou no Instagram, antes de ir). Pode ser de alho confitado, de wagyu em lâminas, de cebola com folhas de alcaparra…

A casa não aceita reservas.

  • Siamo Nel Forno | Costa Rica 5886, entre Carranza e Ravignani | Tel.: +54 11 2326-4829 | Instagram

Artemisia (vegetariano & vegano)

O Artemisia é um dos cantinhos mais gostosos de Palermo Hollywood, servindo comida orgânica. A carta traz pratos vegetarianos e veganos, com uma ou duas opções de pescado para os peixetarianos.

Tem pratos coloridos, generosos e super bem temperados, servidos num lindo casarão de esquina.

Os menus de meio-dia são uma pechincha.

  • Artemisia | Costa Rica 5893 esquina Ravignani | Tel.: +54 11 4773-2641 | Instagram

Salvaje Bakery (padaria)

Fermentação natural e rock and roll são os dois ingredientes mais importantes da Selvage Bakery, uma padaria com espírito indie em Palermo Hollywood.

Além dos pães, foccacias e sandubas, a Salvaje tem doces deliciosamente diferentes, como a brownie vegana de chocolate e beterraba com coulis de frutas vermelhas e o cookie de algarroba. (O que não impede que você escolha uma medialuna com dulce de leche.)

  • Salvaje Bakery | Dorrego 1829, esquina Gorriti | Instagram

Restaurantes na Recoleta

O primeiro mandamento para comer bem na Recoleta é: evite os restaurantes pega-turista do entorno do Cemitério. O bairro tem coisa muito melhor (dê uma olhada na nossa lista).

Fervor (parrilla e peixes na brasa)

A churrascaria Fervor é a mais querida da Recoleta.

O cardápio se divide em ‘campo’ e ‘mar’, o que permite ficar tanto com o ojo de bife de sempre, quanto pedir um belo peixe na brasa.

As carnes são maturadas, e os peixes, frescos.

  • Fervor | Posadas 1519, entre Callao e Ayacucho | Tel.: +54 11 4804-4944 | Instagram | Reservas

Sottovoce (italiano)

Há 20 anos de portas abertas, o Sottovoce já é um clássico da Recoleta. O salão com paredes recobertas com lambris recebe famílias e habituês do bairro.

Os carros-chefe do cardápio são o rotolo alla bolognese (o nosso ‘rondelli’) e o maltagliati al ragú. Procurando você encontra pratos mais difíceis de achar em cantinas, como coelho e fígado à veneziana. Pergunte pelo risotto do dia: pode ser de funghi.

Sendo do mesmo grupo do Fervor, também oferece carnes feitas na parrilla.

  • Sottovoce | Avenida del Libertador 1098 esquina Ayacucho | Tel.: +54 911 3691-3317 | Instagram | Reservas

El Sanjuanino (empanadas)

Uma ilha de rusticidade no ponto mais chic da Recoleta, o El Sanjuanino oferece a refeição de melhor custo x benefício do bairro. Suas empanadas são as mais famosas de Buenos Aires.

A de ‘carne suave’ transborda de molho. Já a de ‘carne picante’, com ovo e azeitona, é perfeita para quem não tem intolerância a pimenta. Outros sabores para experimentar: humita (de milho, levemente adocicada), queijo com cebola e verdura.

Querendo fazer das empanadas apenas uma entrada, dá para continuar com uma milanesa, um nhoque ou locro (cozido de feijão branco, milho e carnes).

  • El Sanjuanino | Posadas 1515, entre Ayacucho e Callao | Tel.: +54 911 3411-3923 | Instagram

La Cocina (empanadas)

As empanadas do Sanjuanino podem ser famosas na mídia, mas as da La Cocina estão na categoria cult, com fãs de peso. O lugar é compacto e serve apenas empanadas e locro (cozido de feijão branco, milho e carnes).

As empanadas são diminutas mas generosamente recheadas, com carne (suave ou picante), frango, queijo com cebola, presunto com ricota ou espinafre com queijo. As fornadas saem a todo momento, então estão sempre fresquinhas.

  • La Cocina | Pueyrredón 1508 esquina Arenales | Tel.: +54 11 4825-3171 | Instagram

Aramburu (cozinha de autor)

Depois de trabalhar com Daniel Boulud em Nova York e Martín Berasategui em San Sebastián, o chef Gonzalo Aramburu abriu em 2007 o Aramburu e entrou para o olimpo da gastronomia argentina.

A cozinha é totalmente aberta para o salão. Você não escolhe da carta. O menu-degustação é composto de 18 pratinhos conceituais – sim, espere cozinha molecular, espuma e nitrogênio.

Fazendo a conversão pelo paralelo, o jantar sai por volta de R$ 500 por pessoa – ou R$ 650 com harmonização de vinhos.

  • Aramburu | Vicente López 1661 (Pasaje del Correo), entre Peña e Montevideo | Tel.: +54 11 4811-1414 | Instagram | Reservas

Bis Restó (variado)

Restaurante-satélite do Aramburu, o Bis Restó por muito tempo se chamou ‘Aramburu Bis’.

Não espere uma simplificação da cozinha do Aramburu. O cardápio do Bis está mais para a comfort food com apresentação contemporânea (e, claro, alguma criatividade).

Na seção de entradas, os destaques são o hommus de beterraba com crispies de grão de bico, e o tiradito com água de coco e limão.

Entre os pratos principais, arroz bomba (o mesmo das paellas) com pato confitado, ravioli de mero e dill com creme de açafrão, e bao de porco com coentro, molho de ostras e kimchi.

Em dias de temperatura amena, o ideal é pegar uma mesa ao ar livre, na charmosa Pasaje del Correo.

  • Bis Restó | Vicente López 1661 local 2 (Pasaje del Correo), entre Peña e Montevideo | Tel.: +54 11 4813-5900 | Instagram | Reservas

El Correo (variado)

Mistura de empório, restaurante e confeitaria, El Correo é um lugar despretensioso, num ponto adorável: a Pasaje del Correo, uma vielinha sem saída escondida na calle Vicente López (também conhecida como Pasaje Suizo).

O cardápio é extenso, e abrange do café da manhã ao jantar, incluindo petiscos para o happy hour.

Abre diariamente das 7h da manhã à meia-noite.

  • El Correo | Vicente López 1665 (Pasaje del Correo), entre Peña e Montevideo | Instagram

Josephina’s Café (café)

Ocupando há mais de 20 anos a calçada larga em frente a uma das pracinhas mais parisienses de Buenos Aires, o Josephina’s Café proporciona aquela paradinha gostosa durante um passeio pela Recoleta.

Peça um café, uma torta, uma tostada ou um drink, aprecie o movimento e a arquitetura dos arredores.

Também serve almoço e jantar a preços simpáticos. Abre diariamente das 8h à meia-noite.

  • Josephina’s Café | Guido 528 esquina Juncal | Tel.: +54 11 3951-2590 | Instagram

El Burladero (espanhol)

Do mesmo grupo que controla o Fervor e o Sottovoce, o El Burladero serve comida típica espanhola.

Diariamente há uma nova seleção de tapas.

Entre os petiscos e entradas fixos no cardápio, há quatro opções de tortilla (simples; com cebola; com linguiça chistorra; com cabelinho de anjo fideuá). Na seção de pratos principais, há outras quatro opções de paella (valenciana, que mistura frutos do mar e frango; de frutos do mar; de legumes; e arroz negro com camarões e lulas).

Para aficionados, duas preciosidades: rabada sem osso ao vinho tinto e callos (dobradinha) à moda madrilhenha.

  • El Burladero | Uriburu 1488, entre Peña e French | Tel + 54 911 3691-2717 | Instagram | Reservas

Roux (variado)

A bossa do Roux é usar ingredientes vindos de norte a sul da Argentina em pratos de influência mediterrânea.

Ler o cardápio é fazer uma pequena viagem pelo país. O sal é patagônico. Os lagostins vêm de Puerto Madryn. O brie, de Mercedes. O cordeiro, do interior de Córdoba. O leitãozinho, da província de Buenos Aires. As lulas, das Ilhas Malvinas!

Recomenda-se reservar.

  • Roux | Peña 2300 esquina Azcuénaga | Tel.: +54 11 4805-6794 | Instagram | Reservas

Elena (variado e brunch de domingo)

Dentro do luxuoso hotel Four Seasons e aberto a não hóspedes, o Elena ocupa um bonito espaço cenografado com ares retrô.

Sua parrilla é das mais conceituadas de Buenos Aires, utilizando apenas carnes longamente maturadas a seco. O ojo de bife com osso é a marca registrada da casa. Mas suas grelhas também preparam carnes não maturadas de rebanhos angus e wagyu.

Mas o Elena não é só churrasco – o cardápio também apresenta seções de charcuterie (com tábuas prontas ou embutidos e queijos a peso) e cozinha (cabrito assado com polenta frita, arroz negro com frutos do mar, rondelli de quatro queijos e azeitonas).

Guarde um espacinho para a sobremesa, para experimentar os sabores super originais dos sorvetes Dolce Morte.

O brunch de domingo é concorridíssimo – reserve com bastante antecedência.

  • Elena | Posadas 1086 esquina Cerrito | Tel.: +54 11 4321-1200 | Instagram | Reservas

La Recova de Posadas (polo de restaurantes)

La Recova de Posadas é um um curioso shopping de restaurantes engenhosamente construído debaixo de um viaduto de acesso à av. 9 de Julio.

Veja bem: não é praça de alimentação nem mercado gastronômico – é um polo de restaurantes de verdade, que poderiam estar na rua.

Seus 12 restaurantes – entre eles, uma filial da parrilla de luxo El Mirasol, os italianos Piegari, La Stampa e Figata, e o japa moderninho Sushi Club – funcionam diariamente até a meia-noite.

A Recova é uma boa carta na manga para aquela noite em que você está sem reserva e quer escolher um bom restaurante pelo menor tempo de espera.

  • La Recova de Posadas | Posadas 1069 esquina Cerrito | Tel.: +54 11 4326-7333 | Site

L’Orangerie – Hotel Alvear (chá da tarde)

O Hotel Alvear não é apenas um ícone da Recoleta – é o 5 estrelas mais tradicional de Buenos Aires.

Dos espaços gastronômicos do hotel, o restaurante L’Orangerie é o mais opulento e cheio de fru-frus. O ambiente ideal, convenhamos, para voltar no tempo e tomar um chá da tarde com pompa e circunstância londrinas.

Por cerca de R$ 130 por pessoa (no câmbio paralelo), você tem direito a chás de grife, 3 mini pâtisseries, 3 sanduichinhos, 2 scones recheados, um pedaço de torta e uma taça de espumante. Além, é claro, de poder se sentir penetra no Alvear.

É necessário reservar.

  • L’Orangerie – Hotel Alvear | Alvear 1891 esquina Ayacucho | Tel +54 11 4808-2100 | Site | Reservas

Morris Mousse (doceria)

Novidade em Buenos Aires, esta pequena casa, que vende apenas variedades de mousse em plena Recoleta, faz a festa dos adoradores da iguaria. Aluno de Francis Mallmann, o chef Marcos Speroni (conhecido como Morris) abriu a loja que leva seu nome em 2022.

Com textura aerada e sabores como chocolate branco, o indefectível doce de leite e chocolate amargo 72%, pode-se ainda agregar diversas coberturas à sobremesa, como nozes ou biscoitos. Atenção: o lugar é pequeno e fica lotado.

  • Morris Mousse | Paraná 1052, entre Santa Fé e Marcelo T. de Alvear | Instagram

Tea Connection (casa de chá)

A rede de casas de chá Tea Connection faz tanto sucesso que se expandiu a outros países – no Brasil, já chegou a São Paulo.

Só na Recoleta são três filiais – é provável que você passe por alguma durante suas caminhadas. Croissants, tostadas, brownies, scones – seu café ou chá sempre vai ser acompanhado por gostosuras. (outros endereços aqui)

  • Tea Connection | Montevideo 1655, entre Guido e Quintana | Uriburu 1595 esquina Pacheco de Melo | Arenales 2102 esquina Junín | Instagram

L’Épi Boulangerie (padaria)

O único defeito da L’Épi é não ser um café. Você necessariamente vai ter que levar aquelas delícias – pães de fermentação natural, croissants, pains aux chocolat, pains aux raisins, flans parisiens… – para comer em outro lugar.

Uma boa ideia é combinar com os embutidos e queijos da Salumeria Ragni, ali pertinho, e fazer um piquenique numa praça (ou no seu quarto mesmo!).

A loja da Recoleta é apenas uma da rede. Veja outros endereços no link abaixo.

  • L’Épi Boulangerie | Montevideo1567, entre Vicente López e Guido | Tel.: +54 911 2386-5079 | Instagram | Outros endereços
  • Salumeria Ragni | Quintana 373, entre Callao e Peña | Tel.: +54 11 3677-7717 | Instagram

Onde comer em Buenos Aires: Centro

Se você passou algum tempo sem ir a Buenos Aires, vai se surpreender com o Centro. Muitas ruas secundárias foram requalificadas, ganhando novo calçamento e proibição de estacionar. Com isso, começaram a florescer as veredas – mesas na calçada – nos restaurantes mais bacaninhas.

Florería Atlántico (gastrobar)

Habituê da lista de 50 Best Bars da revista Restaurant, o Florería Atlántico integra o circuito turístico foodie de Buenos Aires (junto com Don Julio, El Preferido de Palermo e Mishiguene).

Originalmente o lugar era um speakeasy: um bar escondidão no subsolo de uma floricultura. Para chegar ao bar, é preciso tocar a campainha da loja e passar por uma porta de frigorífico, que dá acesso ao porão.

Depois da pandemia e das obras que deram um upgrade às ruas desta região do Centro, porém, já não há mais surpresa: o Florería ganhou uma vereda (mesas na calçada) que já entrega o perfil do lugar antes de você entrar. (Mas fizeram muito bem, ficou lindo.)

A carta de drinks tem uma seção de clássicos, mas o melhor é explorar os tragos autorais. Muitos deles usam ingredientes autóctones da Patagônia, do Chaco e dos Andes, em criações ousadas. (Há um clericó que leva espumante extra-brut, poire, vermute branco e yuyas, descritas como ‘ervas daninhas dos Andes’).

Há também preparações com gin e vermute ou Fernet que são a cara de Buenos Aires.

Você pode acompanhar com petiscos ou fazer uma refeição completa (mexilhões; costelinhas de cordeiro; arroz negro com lagostins; grão de bico salteado com couve; pavlova de limão).

É possível fazer reserva para jantar (mas não para bebericar/petiscar).

Los Jardines de las Barquin (variado)

No meio do belo jardim andaluz do Museu de Arte Hispanoamericano Fernández Blanco (que também merece uma visita) no bairro do Retiro, esse restaurante é da mesma parceria do Niño Gordo e La Carnicería. Apesar de possuir um menu variado, a ênfase aqui é nos cereais, em suas mais diversas formas.

Oferece menu de dia inteiro com medialunas, iogurtes e tábua de queijos. No almoço há sempre uma massa e um prato do dia. Experimentei o risoto de cogumelos com cevada, estupendo. Operando apenas de quarta a domingo e com poucas mesas, as reservas aqui são mais que essenciais.

  • Los Jardines de las Barquin | Suipacha 1422 entre Libertador e Arroyo | Tel.: +54 11 2539-4950 | Instagram

Confitería La Ideal (bar notable)

Uma das confiterías mais aristocráticas de Buenos Aires, La Ideal (fundada em 1912) foi reaberta recentemente após um período de 4 anos em obras. Palco de visitantes ilustres, como Carlos Gardel e o presidente argentino Hipólito Yrigoyen, possui espaço para eventos e também oferece show de tango (com ou sem jantar).

O ambiente é requintado, com um pianista fazendo a trilha sonora direto do mezzanino. Os preços acompanham a decoração elaborada, mas vale a visita, nem que seja para admirar seus lindos vitrais no teto e os deslumbrantes lustres italianos. A comida passa a ser mera coadjuvante, mas não faz feio.

  • Confitería La Ideal | Suipacha 384 quase esquina av. Corrientes | Instagram

Cadore (sorveteria)

Destaque de várias listas com as melhores sorveterias do mundo, a Cadore está sempre repleta de clientes, muitos deles brasileiros. Não é para menos: a incrível oferta de sabores e a qualidade indiscutível do gelato, além da localização central, ao lado dos teatros da av. Corrientes, são um chamariz e tanto.

Vale provar uma das variedades de doce de leite e de chocolate. O de pistache é igualmente delicioso. A casa também oferece opções sem lactose.

  • Cadore Gelato Artigianale | Corrientes 1695 esquina Rodríguez Peña | Instagram

Dadá Bistro (variado)

O Dadá Bistro é outro restaurante tradicional do Centro que se beneficiou da requalificação das ruas internas. Num dia de temperatura amena, a vereda (mesas na calçada) já compete com o salão (que é escurinho e tem ambiente retrô).

A especialidade da casa é o lomo Dadá, um filé alto com molho mostarda e batatas gratinadas. O molho de mostarda também vem por cima das milanesinhas da casa. De entrada, divida uma polenta grelhada com cogumelos e parmesão.

Abre de 3ª a sábado até as 3 da madrugada. Por isso é o lugar perfeito para aquela situação “estou no Centro, onde acho um restaurante aberto a esta hora?”.

  • Dadá Bistro | San Martín 941, entre Paraguay e Marcelo T. de Alvear | Tel.: +54 11 4314-4787 | Instagram

The Brighton (bar notable)

O Centro é rico em bares notables – cafés clássicos que ganharam um selo de patrimônio afetivo portenho.

O The Brighton, na calle Sarmiento, é o mais elegante de todos da classe. (Bate o Café Tortoni, fácil).

O café se mantém à moda antiga na decoração, no cardápio e no atendimento dos garçons. É uma boa opção para almoçar.

  • The Brighton | Sarmiento 645, entre Maipú e Florida | Tel.: +54 11 5914-3425 | Instagram

Elauge Hermanos (parrilla)

Querendo incluir uma parrilla no seu passeio pela região da Plaza de Mayo, a Elauge Hnos. é uma opção mais que conveniente para o almoço.

Tem um ar moderninho e ótimas batatas fritas para acompanhar o bife de chorizo.

  • Elauge Hnos. | Hipólito Yrigoyen 640, entre Perú e Chacabuco | Tel.: +54 11 6010-5510 | Instagram

Parrilla Peña (bodegón, parrilla)

Quer fugir das parrillas frequentadas mais por turistas do que por portenhos?

Pra lá do Teatro Colón, a Parrilla Peña é um dos bodegones (restaurantes com a informalidade dos nossos botequins) mais carismáticos da cidade.

A pedida aqui é o asado de tira – a tira de costela tão amada pelos argentinos. Seu acompanhamento mais perfeito são as papas a la provenzal – batatas fritas com alho.

A empanadinha de carne de boas vindas é 0800.

  • Parrilla Peña | Rodríguez Peña 682, entre Viamonte e Tucumán | Tel.: +54 11 4371-5643 | Instagram

Güerrín (pizza/fugazzeta)

Em meio aos teatros da Avenida Corrientes, a pizzaria Güerrín é popular entre os portenhos há 90 anos.

Um endereço clássico para experimentar a fugazzeta – a pizza de estilo argentino, de massa alta, super queijuda e recoberta por cebolas, sem molho de tomate.

Mas o cardápio é extenso e cobre todas as pizzas convencionais.

Os preços são camaradas – resultando num salão sempre cheio.

  • Güerrín | Corrientes 1368, entre Uruguay e Talcahuano | Tel +54 11 4371-8141 | Instagram

El Cuartito (pizza/fugazzeta)

A El Cuartito é outro endereço quase nonagenário que serve a autêntica pizza portenha, com massa alta e muito queijo derretendo a cada fatia cortada.

O ambiente é de botequim, com luz fluorescente e flâmulas de clube de futebol na parede.

  • El Cuartito | Talcahuano 937, entre Paraguay e Marcelo T. de Alvear | Tel.: +54 11 4816-1758 | Instagram

La Morada (empanadas e comida regional)

Um dos restaurantes mais bonitos do centro, com mesas antigas e paredes repletas de história, o La Morada se auto-intitula um ‘bar-museu’.

Além de ótimas empanadas, serve pratos típicos argentinos como locro (a feijoada argentina, feita com feijão branco e milho) e rogel (um híbrido argentino de mil-folhas e pavê, recheado com doce de leite e merengue).

  • La Morada | Hipolito Yrigoyen 778, entre Piedras e Chacabuco | Tel.: +54 11 4343-3003 | Instagram

Gran Café Tortoni (bar notable)

Mais conhecido dentre todos os cafés notables da cidade, o Café Tortoni é parada obrigatória no circuito turístico de primeira viagem. O chocolate quente espesso acompanhado de churros é a pedida infalível.

Se não quiser pegar fila na porta, apareça antes das 10h.

Outra maneira de visitar o Café Tortoni é reservando um show de tango, apresentado em dois horários no subsolo. Leia sobre os shows de tango no Café Tortoni.

  • Gran Café Tortoni | Avenida de Mayo 825, entre Tacuarí e Esmeralda | Tel.: +54 911 6631-9379 | Instagram

Mercado de los Carruajes (praça de alimentação)

Um galpão que servia de garagem para as carruagens e carros usados por presidentes argentinos se tornou uma paça de alimentação gourmet de dois andares.

Há representantes de várias especialidades – parrilla, pizza, comida peruana, sushi, cozinha mexicana… Você faz seu pedido no stand e usa as mesas comuns a todos os restaurantes.

Mas não parece um lugar que tenha ‘pegado’: em março de 2023 havia muitos stands desocupados, e o movimento não era grande. Enquanto estiver aberto, porém, segue como uma opção para comer fora de hora no Centro (ou para satisfazer paladares divergentes de um mesmo grupo de viajantes).

  • Mercado de los Carruajes | Leandro M. Alem 852, entre Tres Sargentos e Córdoba | Instagram

Restaurantes em Puerto Madero

Puerto Madero, a zona portuária turística de Buenos Aires, é um grande corredor de restaurantes. Todos têm salões enormes e vista para o canal do porto.

Cabaña Las Lilas (parrilla)

A Cabaña Las Lilas é a parrilla mais cara de Buenos Aires. Seria ótimo poder dizer que a experiência não vale tanto a pena, mas… estaríamos mentindo.

Já imaginou acompanhar uma carne 100% argentina, suculenta e com aquela crostinha crocante, de uma farofinha tipicamente brasileira?

Ligado nas nossas preferências, o cardápio também tem pão de queijo, picanha e arroz branco, artigo raríssimo nas churrascarias porteñas.

  • Cabaña Las Lilas | Alicia Moreau de Justo, 516 | Tel.: +54 11 3559-9199 | Instagram

El Mirasol del Puerto (parrilla)

Outro nome honorável no universo do churrasco, só que argentino, também está presente no Puerto Madero: o El Mirasol del Puerto, filial de uma das mais tradicionais redes de parrilla de Buenos Aires.

As carnes são de primeira e o serviço é à moda antiga, com garçons de summer e cloches (tampos de prata em formato próximo ao de sino) protegendo os pratos da cozinha à mesa.

Os preços são mais abordáveis que na Cabaña Las Lilas.

  • El Mirasol del Puerto | Alicia Moreau de Justo 202 | Tel.: +54 11 4315-6277 | Instagram

La Parolaccia Trattoria (italiano)

A rede La Parolaccia tem 7 restaurantes em Buenos Aires. A filial de Puerto Madero é da categoria Trattoria, servindo os pratos mais queridos da cozinha italiana, com ênfase nas massas.

O ‘menu parolacho’ oferece 3 opções de entrada, prato e sobremesa, mais aperitivo, uma garrafa de água com gás por pessoa e uma garrafa de vinho tinto a cada duas pessoas por cerca de R$ 90 por pessoa.

  • La Parolaccia Trattoria | Alicia Moreau de Justo 1052 | Tel.: +54 11 5302-7593 | Instagram

Temple Craft (cerveja & burger)

Por onde quer que você ande em Buenos Aires você vai topar com alguma filial do Temple Craft, um bar de boas cervejas artesanais. A casa de Puerto Madero está localizada no polo de barzinhos junto à Ponte da Mulher.

Da cozinha saem burgers, pizzas, ceviches, burritos e petiscos. Bom lugar para o happy hour ou um lanche tardio.

  • Temple Craft | Juana Manuela Gorriti 867 | Tel.: +54 11 5908-9020 | Instagram

El Mercado (variado)

Procurando uma desculpa para visitar o hotel Faena? Uma reserva no restaurante El Mercado é sua senha de acesso ao universo estético do designer Philippe Starck.

El Mercado é o ambiente mais gostoso do hotel: você vai encontrar um Starck visualmente estimulante, mas sem esquisitices.

O cardápio é papai-mamãe, com carnes, massas e pizza.

  • El Mercado | Martha Salotti 445 | Tel.: +54 911 4199-4294 | Site | Reservas

Restaurantes em San Telmo

O bairro mais folclórico de Buenos Aires é sinônimo de tango, mas não de gastronomia. Ainda assim, oferece um lugar imperdível para fazer uma boquinha: o Mercado de San Telmo.

Mercado de San Telmo

Há dez anos o Mercado de San Telmo era um mercado convencional, com algumas lojas de quinquilharias e antiguidades. Em pouco tempo, porém, se transformou num mercado gastronômico, com dezenas de locales para beber, petiscar ou fazer uma refeição de verdade.

(De lambuja, dá para comprar produtos gourmet e souvenirs legais.)

O lugar é lindo e cheio de carisma: a estrutura é de ferro fundido e a cúpula no centro dá ao galpão ares de catedral.

Os locales são diversos, não só no quesito especialidade culinária. Você vai encontrar desde autênticos sujinhos a lugares que poderiam estar numa praça de alimentação de shopping.

O mais divertido é escolher na hora. Mas se quiser já chegar com alguma indicação, aqui vão algumas.

O melhor restaurante do pedaço é o Beba Cocina. O menu, escrito a mão, tem alguns pratos constantes, como as empanadas de morcilla, cebola e pêra ou a de linguiça com tomate e pesto de ervas; a milanesa com fritas, que pode vir ao prato ou como sanduíche; e as tortillas com aioli e picles.

A Choripanería faz sucesso entre nós turistas por se especializar em choripán e oferecer várias versões.

O choripán mais cultuado, porém, é do Nuestra Parrilla, uma portinha na calçada externa que também prepara morcilla, bondiola (carré de porco) e vacío. As linguiças são feitas na casa.

A padaria Merci tem ótimos sanduíches (boeuf bourguignon na ciabatta, que tal?), croissants e pains aux raisins.

O Saigon serve os fundamentos da cozinha vietnamita, de rolinhos de verão à sopa pho. Tem entrada externa.

O Nilson é um bar de vinhos em taça selecionados por sommelière. Tem mesas na calçada – mas só abre à noite, de quarta a domingo até a meia-noite. A entrada é externa.

O Mercado de San Telmo abre diariamente de 9h a 20h. Os locales com porta para a rua podem funcionar até mais tarde. Domingo é o dia mais cheio – nos outros dias é mais tranquilo.

  • Mercado de San Telmo | Defensa 963 entre Carlos Calvo e Estados Unidos | Instagram
  • Beba Cocina | Instagram
  • Choripanería | Instagram
  • Nuestra Parrilla | Entrada externa: Bolívar 950 entre Carlos Calvo e Estados Unidos | Instagram
  • Merci | Instagram
  • Saigon | Entrada externa: Bolívar 986 entre Carlos Calvo e Estados Unidos | Instagram
  • Nilson | Entrada externa: Carlos Calvo 463 entre Defensa e Bolívar | Instagram

La Brigada (parrilla)

Com mais de 30 anos de sucesso, a La Brigada já é um clássico de San Telmo.

Quando não existiam ainda La Cabrera, Don Julio ou outras parrillas foodie de Palermo, a La Brigada era uma das maiores referências da cidade. Não está mais na moda, mas segue prestigiada.

Os garçons gostam de cortar a carne com colher, para demonstrar a maciez. Se quiser ir no domingo, reserve.

  • La Brigada | Estados Unidos 465, entre Bolívar e Defensa | Tel.: +54 11 4082-1463 | Instagram

Sagardi (tapas bascas)

No coração de San Telmo, o Sagardi conquista pela sua uma ‘barra de pintxos’ – uma vitrine de tapas à moda basca que atende do meio-dia à meia-noite. É um bom lugar para fazer uma boquinha depois da Feira de San Telmo ou antes do show do Bar Sur.

Querendo uma refeição sentada, no almoço e no jantar o Sagardi também prepara ‘parrilla basca’ (cujo carro-chefe é o txuletón, uma bistecona alta com osso, igual à bisteca fiorentina) e tem uma seção de ‘cozinha de la abuela’, comida da vovó.

De sobremesa, peça o pastel vasco – o que no Brasil chamamos de ‘torta basca’ e é como uma cheese-cake, só que sublime.

  • Sagardi | Humberto 1º 319, entre Defensa e Balcarce | Tel.: +54 11 4361-7348 | Instagram | Reservas

Brasserie Pétanque (francês)

De boeuf bourguignon a tarte tatin, passando por escargots, filé ao molho béarnaise, moules-frites, sopa de cebola e steak tartare, a Brasserie Pétanque serve o ABC da cozinha clássica francesa.

Até o casarão em que está instalado poderia estar na França.

Único defeito da Pétanque: depois da pandemia, está abrindo apenas de quinta a domingo para jantar (e domingo também para almoço).

  • Brasserie Pétanque | Defensa 596 esquina México | Tel.: +54 11 2551-8099 | Instagram | Reservas

Villa Crespo

Vizinho a Palermo, o bairro de Villa Crespo se tornou conhecido entre os brasileiros por seus outlets e lojas de artigos de couro. As compras não andam valendo tanto a visita, hoje em dia – mas alguns restaurantes, sim.

Julia (cozinha de autor)

Uma olhadinha na página do instagram do Julia inevitavelmente leva à pergunta: como pode uma comida ser tão bonita? Os pratos de hortaliças ou legumes, como o ceviche de couves-flores e o shiitake com ervilhas cruas poderiam perfeitamente ser oferecidos como buquês.

O jovem chef Julio Báez é um dos novos expoentes da cozinha argentina. Seu restaurante tem apenas 22 mesas, que lotam rápido. Dá para pedir o menu-degustação (R$ 320 por pessoa, com harmonização + R$ 120) ou escolher da carta, que muda de acordo com a oferta da temporada.

  • Julia | Loyola 807, esquina Serrano | Tel.: +54 11 7519-0514 | Instagram | Reservas

Mercat Villa Crespo (variado)

O Mercat Villa Crespo tem uma pegada oriental, com 3 andares, sendo um totalmente dedicado a comidinhas, mangás e decoração com monstros e super herois da cultura japonesa.

O térreo é menos monotemático: aqui você encontra comida italiana (Brocca), bar de vinhos (Almibar), sanduicheria (Remo) e o delicioso BaoBurger, novo rebento da turma do conhecido Koi, que também possui um quiosque na entrada do Mercat. 

Seu hamburger no pão bao, fofinho como deve ser, é delicioso. Com 5 opções, incluindo uma vegetariana, podem (e devem!) ser acompanhados pelas batatas crocantes. 

O local também é palco de vários eventos, com ênfase, claro, na cultura oriental.

  • Mercat Villa Crespo | Thames 747, entre Aguirre y Velasco | Instagram

Sarkis (armênio)

O emblemático Sarkis serve comida armênia da melhor qualidade num salão que continua igual há 40 anos.

Não conhece comida armênia? Conhece sim. É o que chamamos de comida ‘árabe’ ou ‘libanesa’: kafta, kibe, charutinhos de folha de uva, acrescido de basturma (um tipo de pastrami) e algumas outras especialidades que os nossos ‘árabes’ não têm.

Costuma ter fila na porta, mas anda rápido.

  • Sarkis | Thames 1101, esquina Jufré | Tel.: +54 11 4772-4911 | Instagram

La Crespo Deli (judaico)

Quando caminham por Villa Crespo, as pessoas costumam sentir uma irresistível vontade de comer sanduíche de pastrami com pepino e kummel no pão preto. Então satisfazem essa vontade na La Crespo Deli.

Também no cardápio: guefilte fish, borekas, laktes – e no inverno, goulash com spätzle. A sobremesa é o blintz de creme e frutas vermelhas.

  • La Crespo Deli | Thames 612, esquina Vera | Tel.: +54 11 4856-9770 | Instagram

Salgado Alimentos (italiano)

O nome engana: Salgado Alimentos não é uma loja de salgadinhos – é uma cantina que prepara boas massas com preços camaradíssimas.

As massas são produzidas na casa. Todas as clássicas estão no cardápio, mas se eu fosse você experimentava as mais diferentonas que de vez em quando aparecem – como o ravioli de mortadela e pistache servido com alcachofras defumadas ou o conchiglione recheado com abóbora cabutiá e cogumelos secos.

Funciona em dois endereços a uma quadra de distância entre si.

  • Salgado Alimentos | Velazco 401, esquina Aráoz e Aráoz 404, esquina Vera | Tel.: +54 11 4854-1336 | Instagram

Malvón (café)

Instalada num charmoso casarão com decoração dos anos 40, a confeitaria/café Malvón proporciona um delicioso pit stop para quem foi conferir as ofertas dos outlets da confluência da Aguirre com a Gurruchaga.

Serve boas tostadas, sanduíches, saladinhas e doces. O cardápio também oferece combinados de café da manhã (desayuno) e brunch. Se você morasse perto, aposto que seria habituê.

  • Malvón | Serrano 789, esquina Aguirre | Tel.: +54 911 3253-5170 | Instagram

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    Especialidades porteñas

    1. O churrasco argentino

    Nada como um ojo de bife jugoso acompanhado de papas fritas e ensalada mixta. Veja a nossa seleção de 5 parrillas especiais em Buenos Aires, com dicas sobre os cortes típicos argentinos, como pedir o ponto da carne e mais.

    2. A empanada

    Assada ou frita, pode ter diversos recheios. Queijo com cebola, carne picante e milho (‘choclo’) são alguns dos melhores.

    3. O doce de leite

    Mais escurinho e menos doce que no Brasil, recheia uma das melhores sobremesas que você pode comer na sua viagem: panqueques de dulce de leche.

    4. O sorvete

    Ultra cremoso, só deve perder para os italianos. Não dá para resistir a um helado em Buenos Aires nem nos meses de inverno. Para casquinha, peça ‘cucurucho’. Freddo, Persicco, Un’Altra Volta, Jauja e Tufic são algumas das melhores sorveterias de Buenos Aires.

    5. A fugazzeta

    Na versão argentina, a pizza tem massa bem alta e muito, muito queijo. Especialmente a fugazzeta, que, ainda por cima, é recheada de mais mussarela.

    6. O alfajor

    Uma espécie de sanduíche de biscoito, recheado de doce de leite e coberto por chocolate, mas que pode ter muitas outras variações. Aproveite para fazer o seu próprio tira-teima entre os alfajores Havanna e Cachafaz, os mais famosos. Nos kioscos e supermercados, a oferta de marcas e sabores de alfajor tende a infinito. (Atenção: a pronúncia é alfarrôr.)

    7. O choripán

    Sanduíche de pão com lingüiça, autêntica comida de rua em Buenos Aires que agora tem até restaurante em Palermo.

    8. A limonada

    Quando quiser variar do malbec, peça a versão super refrescante da bebida, que em Buenos Aires leva gengibre e hortelã.

    9. O pan de miga

    O pão de forma bem fininho é usado em sanduíches frios e também nas tradicionais tostadas, um clássico dos cafés notables de Buenos Aires.

    10. A milanesa

    Para comer com papas fritas ou recheando um sanduíche (sim, sanduíche de bife à milanesa; como não pensamos nisso antes?).

    Restaurantes de Buenos Aires: modo de usar

    Reservar ou não reservar?

    Reservar é recomendável. Desde a pandemia ficou mais comum, e em restaurantes de autor é indispensável. Muitos restaurantes usam o aplicativo Meitre para reservas. O link costuma vir no perfil do instagram do restaurante.

    Nos restaurantes sem reserva online, dá para reservar por telefone. Mas você não vai precisar falar: a maioria dos telefones listados nesta página funcionam no WhatsApp.

    Dinheiro ou cartão?

    O jeito mais vantajoso é (a) trocar dólares ou reais no câmbio paralelo ou (b) enviar dinheiro para você mesmo pela Western Union.

    O chato disso é que você vai ter que andar com um bolo de dinheiro no bolso.

    Se você acha que vale a pena pagar 10% a mais para não andar com um tijolo de notas, pague com cartão. Desde dezembro de 2022 há um novo câmbio válido para cartões internacionais, o ‘cambio tarjeta’, que converte por um valor 10% menor que o paralelo. O melhor esquema é usar um desses novos cartões de débito vinculados a contas internacionais, como Wise ou Nomad, que pagam IOF de 1,1% no Brasil.

    Leia mais sobre câmbio na nossa página Que moeda levar para Buenos Aires.

    Vinho pode ser mais em conta que Coca

    A grande reclamação dos brasileiros em restaurantes de Buenos Aires é o preço da água mineral, do refrigerante e especialmente do cafezinho, itens que custam muitíssimo mais que no Brasil. Em compensação, o vinho é ótimo e relativamente barato, porque não incidem impostos.

    Jantar em casa de tango? Evite

    Não vale a pena pagar pelo jantar oferecido pelas casas de tango: é sempre caro e de qualidade, na melhor das hipóteses, mediana. Aproveite que os shows começam tarde e se organize para jantar antes do espetáculo em algum bom restaurante.

    Horários

    Argentinos comem super tarde, a partir das 21h. Para evitar o horário do ‘rush’ nos restaurantes, vá mais cedo.

    Sempre confira os horários de funcionamento antes de sair do hotel. Alguns restaurantes abrem só para jantar. Vários fecham às segundas-feiras. Alguns outros, aos domingos. A melhor pedida para as segundas são as parrillas mais famosas, como  a La Cabrera Norte, a Don Julio e a Fervor, que abrem diariamente e estarão menos cheias do que no final de semana.

    O tal do cubierto

    A cobrança do cubierto em Buenos Aires sempre causa surpresa ao turista estrangeiro. O cubierto é um valor que se cobra por pessoa, varia de restaurante para restaurante, vem incluso na notinha e não corresponde à gorjeta do garçom. No geral, entende-se que o cubierto corresponde a uma taxa pelo serviço de mesa (cesta de pães, louça, toalha, guardanapos, e o próprio ‘cubierto’, que quer dizer ‘talheres’ em castelhano).

    Recentemente, uma lei tentou determinar alguns itens obrigatórios que o restaurante deve oferecer para cobrar o cubierto, como um copo de água por cliente, sal livre de potássio e opção de pão para celíacos. Mas isso não parece ter vingado.

    Restaurantes mais informais, cafés e lanchonetes não costumam cobrar cubierto. Outros restaurantes também não cobram cubierto se você senta no balcão em vez de ocupar uma mesa. Mas nada é regra. Espere pagar entre 40 e 60 pesos por pessoa de cubierto nos restaurantes que fizerem essa cobrança. Recusar os pãezinhos no início da refeição não impede que a taxa seja incluída na conta.

    A propina

    A propina, sim, é a gorjeta do garçom. Não é obrigatória e não vem discriminada na notinha, mas é sempre bem-vindo deixar 10% do valor da conta, em dinheiro.

    80 comentários

    Olá! Parabéns pelo blog, acompanho sempre. Estou indo com a esposa para Mendoza com uma longa escala em Buenos Aires. Desembarco no Ezeiza as 10h20 e reembarco no Aeroparque as 15h45. Pensei em dar uma paradinha para almoçar (12h as 14h) em Puerto Madero, mas estaremos com duas malas de mão mais uma grande. Os restaurantes guardam as bagagens numa boa durante esse tempo de almoço ou é muito mico? Dá pra arriscar? Alguma outra sugestão? Obrigado!

      Olá, Sandro! Não é mico nenhum, mas pode ser estressante. A possibilidade de não ser um almoço tranqüilo é alta.

    Olá! Estarei indo a Buenos Aires no dia 25/05/2019, estarei com uma idosa e com um bebê de 1 ano, ambos comem aquelas comidas saudáveis caseiras (arroz levinho, purê, carne magra, macarrão sem molho, legumes, sopa), sem muitos temperos. Ficarei em Puerto Madero, gostaria muito de uma indicação de um local para almoçar, um canto simples e que aceite bebês que fazem aquela bagunca comendo 🤦‍♀️ Existe self service em BA?

      Olá, Edyla! A palavra-chave no seu caso é “tenedor libre”, que é buffet. Os que servem comida mais leve são os vegetarianos. Há alguns na av Corrientes, como o Los Sabios e o Spring. No seu caso o melhor teria sido alugar um apartamento. De todo modo, em qualquer restaurante você poderá pedir carne magra (“carne sin grasa”), macarrão sem molho (“pasta sin salsa”) e legumes (“verduras, legumbres”). É muito raro encontrar arroz branco em restaurantes convencionais, na Argentina se come batatas e macarrão.

    Passei férias em Buenos Aires em 2016.amei .visitei vários lugares , restaurantes. E tb pude participar de 3 cultos na igreja Batista..foi ótimo.

    Estou de passagem por Buenos Aires amanhã bem tarde da noite. Sabe dizer que horas fecham os restaurantes? Acho que Puerto Madero seria uma opção mais segura e melhor por ter eles mais concentrados, né? Obrigada desde já!

      Olá, Denise! Antigamente os restaurantes fechavam bastante tarde em Buenos Aires. Hoje em dia é melhor escolher um restaurante de antemão e pesquisar o horário na página do Facebook do restaurante. O La Cabrera fecha à 1h. El Mirasol de la Recova, às 2h. La Caballeriza em Puerto Madero à 1h.

    Tenho uma reserva para jantar no ILatina no sábado dia 02/03, mas não vida nada sobre ele aqui no site. Boia, tem alguma opinião a respeito deste restaurante? estou em dúvida entre o ILatina e o Tegui.

      Olá, Cristiano! São duas propostas bem distintas. O Ilatina propõe um passeio por cozinhas da América Latina, enquanto o Tegui faz cozinha de autor. O Ilatina fez sua fama no TripAdvisor com o turista médio, enquanto o Tegui investe nos jurados da revista Restaurant. Ambos são bastante caros e freqüentados majoritariamente por estrangeiros. Como o Tegui é bem mais pretensioso, acaba tendo avaliações inferiores.

    Estive no Elauge Hermanos ontem, dia 19/01/2019, para o almoço. Sugiro rever sua indicação. Neste restaurante, nunca mais. Se você vem à Argentina, risque da sua lista. Comida horrível, serviço pior ainda. Banheiro imundo. Vamos por partes: éramos 8 pessoas, sendo 5 adultos e 3 crianças. Pedimos bifes de chorizo, vacio (fraldinha), costela e badejo, pois um dos adultos não come carne. A atendente anotou errado e a fraldinha virou entranha. Estava dura e sem gosto (só notou-se a troca na hora da conta, pois foi uma criança que comeu). Os bifes de chorizo realmente eram generosos, mas totalmente sem sabor e mais duros que nos outros restaurantes). A costela era metade de gordura e também de gosto pouco apurado. O badejo foi um capítulo à parte: demorou uma eternidade para chegar (todos os adultos já haviam acabado de comer). No mínimo a atendente deveria ter alertado sobre a demora no preparo na hora em que o pedido foi feito. O pior é que estava cheirando mal e com gosto duvidoso. Devolvemos na hora. Mas, não acabou. Chamamos a atendente e a gerente e falamos tudo que escrevi acima. Também pedimos a conta. Sensibilizada com a situação, a gerente nos deu 20%. Esta foi uma atitude gentil. Parou por aí. A conta veio errada… só podia ser brincadeira…e chama a atendente, e fala com a gerente. No início ela disse que era isso mesmo. Depois de fazer uma “acareação” com a atendente, elas tiveram que reconhecer mais este erro. Muito bem, aí chegou a nova conta: mais cara que a primeira!!! A gerente retirou o desconto de 20%! Reclamei e ela deu um desconto de 10%, mas a conta continuou mais cara do que a primeira (que estava com bebidas lançadas a mais). Fiquei curioso e perguntei porque o desconto agora era menor. A resposta foi muito esfarrapada: porque agora que consumimos menos, era só 10%. Registro que o consumo “a menos” resume-se a duas águas e 3 refrigerantes lançados a mais! A expressão facial dela (e aí reconheço que é a minha leitura, subjetiva) era que ela não acreditou no que falávamos e estava aplicando uma punição pela nossa nova reclamação. É isso aí: eles erraram de novo e a nossa reclamação foi punida. Lamentável.

    Buenos Aires para comer? Longe de Puerto Madero…
    Quem não tiver frescura, procure os BODEGONES.. Muita comida, preço baixo, mas locais sem “glamour” que tanto brasileiro gosta.. Um exemplo deles é EL OBRERO.

    Bom dia. Vou passar o natal em BA com a família. Mais quatro pessoas. Estou procurando um restaurante bom e com preços acessíveis para passar o dia 24. Vamos nos hospedar em Palermo. Você recomenda algum?

      Olá, Lucia! Dia 24 à noite a imensa maioria dos restaurantes em Buenos Aires estará fechada. Os que funcionarem infelizmente não cobrarão preços acessíveis, já que funcionarão em caráter excepcional.

      Em Palermo, os dois restaurantes La Cabrera funcionam. O La Cabrera Norte aceita reservas para esta noite, o La Cabrera não. Lembre-se de que táxis também são quase impossíveis de tomar nesta noite (e também em 31 de dezembro), por isso vá apenas a um lugar de onde você possa voltar a pé.

      Um bom investimento é assistir a um show de tango nesta noite, já que haverá jantar e o trânsfer estará incluído. Mas, de novo, barato não vai sair.

    Cheguei ontem de Buenos Aires e aproveitei muitas das dicas de restaurantes de vocês, então gostaria de fazer duas observações: Elauge Hnos – no Centro é maravilhoso, mas é bem caro. Casal, duas carnes, salada, taça de vinho e 1 copo cerveja: 2000 mil pessos. Mas vale. Agora sobre El Cuartiro – a pizzaria, foi a pior experiência que tive. A Pizza é muito boa, mas o ambiente é MUITO sujo, os garçons com roupa encardida, pratos sujos de queijo, copos com marcas de Batom e opacos de sujeira, talhares sujos, a maioria das pessoas pedia para trocar pelo menos 1 vez quando não 2 ou 3 vezes a troca. O chão não via uma vassoura pelo menos desde a noite anterior. Não recomendo.

    Caros,

    Não viajo sem antes ler as dicas valiosas de vocês! Parabéns pelos relatos e forma envolvente de escrever.

    Bom, discordo apenas da indicação do SARKIS. Nossa experiência foi péssima… Fomos num dia de semana, chegamos cedo e esperamos 1,5h para entrar. Uma vez lá dentro, o garçom demorou 30 minutos para nos atender…
    Pessoal mal educado e despreparado.
    Nenhuma carne boa vale à pena a espera dessa forma! Abraço.

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