Guia de Budapeste
Budapeste: 3 passeios imperdíveis
Quando se pesquisa para uma viagem a Budapeste, três atrações estão sempre entre as mais recomendadas – a confeitaria Gerbeaud e as piscinas dos complexos de banhos termais Gellért Spa e Széchenyi.
São programas excelentes, de fácil acesso por metrô ou bonde, e ótimos para incluir nos roteiros. Para quem vai no verão, as piscinas são o melhor encerramento de dia.
Mapa das atrações
Confeitaria Gerbeaud
A confeitaria fundada em 1858 enche os olhos de quem vai em busca de doces e chocolates. São incríveis no sabor e na elegância. É para entrar e se perder olhando através dos vidros dos balcões. Não dá pena de comer essas obras de arte? Ah, não dá, não!
O ambiente exibe a decoração que recebeu em 1910, um exemplo do art nouveau com algumas outras influências. Repare no teto, nos lustres, e nas mesas no estilo dos café de Paris.
Tivemos a sorte de sentar junto a uma janela, um cantinho super charmoso. A confeitaria é grande, dividida em salões, então vale um passeio por outros ambientes que possam não estar em uso no momento.
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Quanto custa?
Prepare o bolso. Um lanchinho na Gerbeaud não sai barato. Nosso pedido foi um strudel de maçã, uma torta de chocolate com caramelo, um expresso duplo, refresco de laranja e uma água 250 ml.
O strudel é servido com três acompanhamentos: creme inglês, sorvete de creme e chantilly. Total da conta 10.902 HUF ou cerca de 40 euros. É o preço de um ótimo jantar em Budapeste. É claro que na Gerbeaud não estamos pagando apenas pelo que comemos.
No preço está a “mística” do lugar e o “apelo turístico”. Ao fundador da confeitaria, Henrik Kugler, é atribuída uma inovação no final dos 1800 – embalar doces e tortas em bandejas de papel para que os clientes pudessem levar para casa.
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Como chegar
Para entrar no clima retrô, recomendo que o trajeto até a Gerbaud seja feito de metrô. Use a linha amarela, até a estação Vörösmarty Tér (praça). Não confundir com a estação Vörösmarty utca (rua) que é na mesma linha, mas bem afatastada.
Por que ir de metrô? Porque a linha amarela de Budapeste é uma graça e é histórica. Foi construída entre 1894 e 1896 – a primeira linha de metrô na Europa continental. Só Londres tem o metrô europeu mais antigo.
Os trens amarelos, de vagões pequenos, parecem um brinquedo. O que nós pegamos tinha somente dois vagões e chacoalhava bastante. Eu me senti dentro de um Lego.
As estações preservam o estilo da época, mas são bem cuidadas e limpas. Repare que a sinalização é diferente das demais linhas. A charmosa linha amarela é chamada de “a földalatti”, que seria em português “o subterrâneo”. As outras são indicadas apenas com o M, de metrô mesmo.
Confeitaria Gerbeaud
- Endereço: Vörösmarty Ter (praça), metrô linha amarela
- Horários: diariamente 9h-21h
- Site oficial (em inglês)
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Piscinas Széchenyi Gyórgyfürdö
A mesma linha amarela do metrô que leva à confeitaria Gerbaud segue também para o Széchenyi Gyógyfürdő, o complexo de piscinas e banhos termais localizado no grande parque municipal de Budapeste. O nome da estação onde se deve descer não deixa dúvidas – Széchenyi Fürdő.
Ingressos e toalhas
Há diferentes tipos de ingressos, dependendo da duração da visita às piscinas e do nível de conforto que a pessoa deseja. A entrada para passar todo o dia e usar um armário (locker) no vestiário coletivo (feminino e masculino separados) custa 5.500 HUF em dia de semana. Quem tem Budapest Card compra com desconto de 20%.
Veja todas as opções de ingressos para Széchenyi – eu achei desnecessária a opção do ticket com uso de cabine (onde se pode trocar de roupa com privacidade e guardar os pertences).
O ticket de entrada é uma pulseira com chip que funciona como chave – abre a catraca de admissão e o armário no vestiário.
Toalhas podem ser alugadas lá mesmo por 2.000 HUF + depósito de 2.000 HUF (por toalha grande). Guarde com carinho os recibos que a funcionária entrega no momento da retirada da toalha. Serão necessários na devolução para receber de volta o depósito.
Quem não quiser pagar aluguel ou enfrentar a fila das toalhas, pode levar sua própria. Uma boa ideia é alugar as toalhas antes de ir para o vestiário, para poder guardar os papéis na bolsa/mochila.
Eu fiz tudo de maneira caótica, pressionada pelo calor e pelas filas. Resultado: já pronta para a piscina tive que voltar ao armário pra guardar a “papelada” (posso estar enganada, mas tive uma sensação de que os húngaros também gostam de uma burocracia).
Os vestiários feminino e masculino são longos corredores com armários para os banhistas trocarem de roupa e deixarem mochilas e roupas nos lockers. Eu achei o procedimento confuso, especialmente porque havia muita gente (era verão).
A ideia é o visitante localizar um armário vazio e usar sua pulseira para abrir e fechá-lo. Mas na prática muitas fechaduras não estavam funcionando e foi necessário esperar uma funcionária que tinha uma “pulseira master”.
Optei por deixar praticamente tudo no armário – câmera, celular, mochila – porque avaliei que seria muito tenso ficar dentro da piscina preocupada com o que estivesse longe numa cadeira ou em um banco.
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Curtindo as piscinas
O complexo é grande, com opções de massagens (não incluídas no ingresso geral), saunas e piscinas cobertas (oferecendo diferentes temperaturas de água), mas a maioria dos frequentadores se concentra mesmo nas três grandes piscinas externas.
A do meio, retangular, é para quem vai nadar a sério – exige uso de touca (que pode ser alugada junto com as toalhas). A outras duas, em forma de semi-círculo são para diversão ou apenas para imersão.
Nas duas piscinas laterais, a água é aquecida, mesmo no verão. Pense em água a 26 graus – temperatura ótima considerando os 35 graus do verão “lá fora”.
Há ‘atrações’ dentro d’água – jatos que saem do chão e uma estrutura dupla circular ladrilhada que é ao mesmo tempo banco e um mini-labirinto.
A diversão é caminhar entre os dois círculos, todo mundo junto, formando um pequeno, mas forte, redemoinho. As crianças adoram e tentam nadar contra a corrente, os adolescentes aproveitam para paquerar.
Não há padrão para os biquinis ou maiôs. As frequentadores desfilam desde modelos duas peças anos 50 até fio dental. A moda praia brasileira não vai chocar ninguém.
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Um pouco de história
Considerado o maior parque de banhos termais da Europa, Széchenyi foi construído em 1913 em estilo neo-barroco no local onde originalmente havia um poço artesiano.
Depois de perfurado, no final do século 19, ficou popular graças à composição medicinal da água (basicamente cálcio, magnésio e hidrocarbonato). Budapeste, na verdade, é uma cidade repleta de fontes termais que foram bastante exploradas pelos romanos e depois pelos turcos.
Széchenyi Gyógyfürdő
- Endereço: Állatkerti krt. 9-11 (no Parque Municipal)
- Estação Széchenyi Fürdő linha amarela do metrô
- Horários: 6h-22h
- Site oficial
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Gellért Spa
Anexo ao Hotel Gellért, em Buda, o Gellért spa é mais luxoso e menor que o complexo Széchenyi. Repare na arquitetura e decoração Art Nouveau, especialmente no belo hall de entrada. O spa foi construído entre 1912 e 1918, num local onde fontes termais eram conhecidas desde o século 13 por seus ‘poderes curativos.
A atração mais popular do Gellért Spa é a piscina externa com ondas artificiais e temperatura de 26 graus. Quando os funcionários ligam o sistema, as espreguiçadeiras se esvaziam e a água fica lotada. Minha experiência foi numa tarde de verão e estava cheio, mas foi possível conseguir lugar para deitar e tomar sol.
O cenário é bem agradável, com escadas, pequenos recantos e árvores. Também na área externa há uma piscina menor, apenas para imersão, com água a 36 graus. Deve ser uma delícia no inverno.
Algumas das piscinas internas estão em salas lindamente decoradas com mosaicos. Mesmo que você não vá ficar por ali, vale visitar. Acabei não experimentando a principal piscina coberta (foto acima), que é lindíssima e destinada a quem quer nadar (precisa usar touca), porque a piscina de ondas consumiu toda a energia da minha filha pré-adolescente.
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Ingressos e toalhas
O ingresso de dia inteiro com uso do locker no vestiário (feminino e masculino separados) custa 6.200 HUF em dia de semana e 6.400 HUF sábados e domingos. Quem tem Budapest Card compra os ingressos na bilheteria com 20% de desconto.
Existe o ingresso com cabine (mais caro) que permite trocar de roupa com privacidade e guardar mochilas, bolsas e outros itens.
A cabine não chega a ser uma salinha, é mais com um armário no qual se pode entrar. Como em Széchenyi, a chave para lockers e cabines é uma pulseira com chip, que funciona como cartão de acesso.
Quem não quiser levar toalha pode alugar no local por 2.000 HUF + depósito de 2.000 HUF (toalha grande). O depósito é reembolsado quando a toalha é devolvida. No meu caso, paguei parte do valor no cartão de crédito, mas a devolução do depósito foi em dinheiro.
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Como chegar
De tram
Saindo da praça Deák (Deák tér) ponto M, pegue os bondes (ou trams) número 47 (direção Városház tér) ou 49 (direção Kelenföld vasútállomás). Chegam em cerca de 10 minutos na praça Szent Gellért (Szent Gellért tér) também ponto M.
De lá, basta uma caminhada rápida passando pela frente do Hotel Gellért para chegar à rua Kelenhegyi (Kelenhegyi út), onde fica o Gellért Spa. Essas duas linhas de bonde passam em frente ao Mercado Central – é uma boa ideia combinar as duas atrações no mesmo dia.
A volta de tram até Peste segue a mesma receita: retornar ao ponto e pegar os bondes 47 ou 49 em sentido oposto, ou seja, na direção da praça Deák (Deák tér).
De metrô
A estação Szent Gellért tér integra a linha verde do metrô e fica na praça ao lado do Hotel Gellért. É uma boa opção de transporte para quem está no Museu Nacional Húngaro (usar a estação Kálvin tér) ou no Mercado Central (usar a estação Fővám tér), pegando o metrô no sentido Kelenföld vasútállomás.
Para voltar para Peste, é só inverter o sentido, escolhendo a direção Keleti Pályaudvar. A linha verde faz conexão com a linha azul na estação Kálvin tér – baixe mapa do metrô de Budapeste em pdf.
Gellért Spa
- Endereço: Kelenhegyi út 4
- (acesso pela rua lateral ao hotel Gellért)
- Horários:
- diariamente 6h-20h
- abre em horários diferenciados em feriados nacionais e datas como Natal e Ano Novo
- Ingressos:
- a partir de 6.200 HUF com uso dos espaços comuns e locker
- massagens e outros tratamentos são pagos à parte
- Site oficial
Leia mais
- Roteiro Budapeste, dia 1: dicas de chegada e passeio a pé por Buda
- Budapeste, dia 2: Parlamento e Ópera
- Budapeste, dia 3: Bairro Judeu, Mercado Central e Capa Center
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15 comentários
Estou indo daqui a um mês para Budapeste e gostaria de dicas sobre onde trocar dinheiro . E também se puder indicar algum guia brasileiro . Pelo q eu pesquisei, ha muitos lugares imperdíveis, mas esta dica do piscinão lotado definitivamente não é imperdível… rs
Olá, Isa! Trocar dinheiro é uma roubada. Leve um cartão global.
Veja:
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