Palácio da Alvorada

Guia de Brasília

Intrigas palacianas: Palácio da Alvorada x Palácio do Catetinho

Depois de fechado à visitação durante todo o governo Bolsonaro, o Palácio da Alvorada deve reabrir ao público em algum momento de 2023 – pelo menos, é o que prometeu a primeira-dama Janja.

É um bom momento para relembrar a visita comparada que fizemos em 2012 aos dois palácios presidenciais de Brasília: o oficialíssimo Alvorada e o simpático Catetinho, que hospedou Juscelino Kubitschek durante a construção da capital.

A propósito – caso você viaje a Brasília antes de reabrirem o Alvorada, visite o Catetinho de todo jeito. Vale muito a pena.

Palácio da Alvorada x Palácio do Catetinho

Visitar palácios e instituições em Brasília é muito mais divertido do que a expressão ‘turismo cívico’ pode sugerir.

Ao vivo os prédios clássicos de Brasília são ainda mais impressionantes do que nas (melhores) fotos. E por dentro sempre são surpreendentes (e repletos de obras de artistas emblemáticos da época).

Muitos palácios estão abertos à visitação pública, pelo menos em algum dia semana.

Vale uma comparação entre o palácio presidencial provisório (o Catetinho) e o definitivo (o Alvorada).

Onde ficam os palácios

O Palácio do Alvorada está na região central de Brasília, a menos de dez minutos de táxi da Praça dos Três Poderes. Quem estiver hospedado nos hotéis à beira do lago, como o Brasília Palace e o Golden Tulip, pode ir a pé.

Já o Catetinho foi erguido bem longe do Plano Piloto. Fica na saída sul da cidade, passando o trevo do Gama, a 30 km da Praça dos Três Poderes. Um UberX vai custar quase R$ 50 (ida).

Como visitar os palácios

O Alvorada segue fechado para visitação. Mas até 2018 recebia 240 visitantes às quartas-feiras à tarde. A distribuição de senhas começava às 14h e os visitantes entravam em grupos de 30 pessoas de cada vez.

O Catetinho também está fechado neste começo de 2023, por motivo de fortes chuvas em dezembro de 2022. Mas assim que os reparos forem feitos, vai reabrir. (Você pode acompanhar pelo Instagram do museu.)

Quando estiver funcionando novamente, vai poder ser visitado de 3ª a domingo, das 9 às 17h. A entrada é gratuita.

A visita ao Palácio da Alvorada

A visita ao Alvorada é uma diversão. Nesse mundo pós-Bin Laden, foi uma delícia poder praticamente invadir a casa da presidente de um dos Brics, fotografando tudo o que vi pela frente. Até flash deu pra usar!

O trajeto entre o portão e o palácio é feito de ônibus, e o grupo é acompanhado o tempo todo por um segurança. Começa-se pelo melhor: um tête-à-tête com As Iaras (na verdade, As Banhistas), de Alfredo Ceschiatti – para mim, a mais bonita das esculturas de Brasília.

Fomos então recebidos no saguão do palácio, com sua rampa vermelha e parede dourada. Uma coisa assim meio Abu Dhabi, se me permitem.

De lá passamos pela capelinha – um caracol com duas aberturas, uma para o leste e outra para o oeste, para receber luz natural ao longo do dia.

Continuamos pelos fundos do prédio, bisbilhotando os salões públicos pelo lado de fora. A área íntima do palácio não faz parte do itinerário, evidentemente.

E a piscina? Com as colunas niemeyerianas ao fundo, é páreo para a do Copacabana Palace…

Na saída, todos ganham presentinho: um livreto sobre o palácio e cartões postais.

A visita ao Museu do Catetinho

A visita ao Catetinho, como não poderia deixar de ser, é muito mais singela. Mas é bonito ver como podia o peixe vivo do Juscelino viver uma vida de campanha nas suas temporadas por lá.

Construído em apenas dez dias, o Catetinho é um alojamento de pedreiros mais bem acabado – e mobiliado com peças autênticas dos anos 50.

(Já a cozinha é mineira de fazenda.)

Uma coisa é certa: o Catetinho pode não ter colunas de Niemeyer, banhistas de Ceschiatti ou piscina cinematográfica – mas que a decoração é muito mais charmosa que a do Alvorada, ah é 🙂

26 comentários

Só pra constar, que aos finais de semana é permitido entrar de bermuda no Congresso Nacional. Durante a semana não é, pois não é permitido entrar de bermuda em prédios públicos, digamos assim, no horário do expediente.

Em Brasília só estive de passagem (literalmente, escalas de voos) e mal pisei fora do aeroporto – este post é um bom incentivo pra ir conhecer as outras áreas de BSB.

    Rafael, se tiver tempo de conexão, pegue o ônibus executivo no desembarque do aeroporto. Ele fará um bate-volta até a área central, passando pela esplanada. Já dará pra ter uma ideia da beleza da Capital.

Ainda não conheço Brasília, mas pretendo resolver isso este ano ainda. Os posts da #VnVBrasil estão ótimos1 =)

Josie,
a “cascatinha” ainda existe! Reza a lenda que a música “água de beber camará…” foi feita lá!
Riq,
pena que você esteve numa época tãããão seca! O céu fica cinza, a grama marrom e Brasília menos bonita. Em compensação, os ipês dão um show!

Riq, já estive em Brasília, já passei pela Piscina do Alvorada, mas pára tudo!!! Tem escadinha para entrar na piscina! Minha vida mudou agora rsrs

Caraca, vou ter q fugir do trabalho na quarta um dia pra conhecer o Alvorada! Bonito mesmo.
O Catetinho minha mãe já disse que é legal, e não fui por pura preguiça! É loooonge…

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