Guia de Bariloche
Bariloche sem neve: bonito de todo jeito
Esta é a minha primeira vez em Bariloche. Nunca vim pra cá antes porque não tenho toda essa fascinação por neve, não (já basta a que tenho com praia). E de livre e espontânea vontade nunca viria na muvucona máster das férias de inverno (OK, talvez um dia tenha que fazer isso pra registrar aqui no site).
De todo modo, há muito tempo tenho lido e ouvido que a região é linda o ano inteiro. E que depois que a neve derrete (ou antes que ela volte) fica mais gostoso curtir a região. Aproveitei esse finzinho de verão patagônico para fazer o tira-teima e vim conhecer Bariloche sem neve.
Chegamos sexta à noite, num vôo bem caro da Aerolíneas (260 dólares desde El Calafate, 1h20 de duração). A sexta-feira tinha tido temperaturas altas (chegou a 22 graus), mas no sábado um vento gelado derrubou a sensação térmica para uns 8, 10 graus. (Minhas Havaianas continuam virgens na mala.)
Só aluguei carro a partir do domingo, então no sábado, ainda sem rodas próprias, resolvi fazer meu segundo city-tour de panoramas da viagem pra ver como era.
Nos encaixamos numa saída para o Circuito Chico (chico de “pequeno”;), que em três horas percorre a costeira oeste da cidade e leva a três mirantes belíssimos — um deles, o Cerro Campanario, aonde se chega de teleférico.
Nosso guia fez questão de dizer que o mirante lá do Campanario foi eleito pela National Geographic como um dos 17 com as vistas mais bonitas do mundo. Parece uma coisa meio Jericoacoara no Washington Post, mas uma vez lá em cima, não tive como contra-argumentar.
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A segunda parada é num mirante à beira da estrada, de onde percebemos perfeitamente por que o hotel Llao Llao está na melhor localização possível nas cercanias barilocheanas.
De lá partimos para rodar pela península onde está o Llao Llao e ir até Puerto Pañuelo, de onde saem os passeios lacustres (incluindo o cruce de lagos). Ali se avista o Llao Llao de outro ângulo, mas é só.
Mala de bordo nas medidas certas
O que tem pra fazer em Bariloche nesta época?
Bem… sem neve, as montanhas ao redor servem basicamente para trekking (tô fora). Os passeios pelo lago — incluindo pesca esportiva — continuam valendo (mais até do que no inverno). Num esporádico dia quente, dá pra tomar sol (entrar n’água, só no altíssimo verão, e olhe lá).
Mas o grande atrativo de Bariloche sem esqui está na região em torno, onde lagos, montanhas e bosques se combinam de maneira a criar um cartão postal instantâneo não importa para onde você olhe.
Dá pra fazer esses passeios em tours e voltar para dormir todos os dias em Bariloche, mas o mais bacana é pegar um carro, sair por aí e dormir em hoteizinhos charmosos fora da cidade.
É isso que estamos fazendo desde domingo. Voltamos na quinta a Bariloche só para continuar viagem ao Chile na sexta. Fiquem logados…
Leia mais:
- Primeira viagem a Bariloche: roteiro de 4, 5 ou mais dias
- Verão em Bariloche, Villa La Angostura e San Martín: o relato do Guilherme
- Bariloche, San Martín e Villa La Angostura no verão: as dicas dos leitores
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425 comentários
Riq, lembra que te perguntei sobre Bariloche para passar as dicas para a lua-de-mel do meu cunhado?? Pois é, hoje mandei um email para ele felizinha da vida que vc tinha começado a postar sobre lá mas ele me disse que resolveu ir para Punta Cana… rs.. bem diferente ne?? De todo jeito estou guardando suas dicas de Bariloche… quem sabe eu vou um dia???
Fui a Bariloche pela primeira vez agora em janeiro, em pleno verão e AMEI. Sinceramente, não sei se gostaria da combinação neve + muvuca de brasileiros no inverno. Fizemos vários passeios de trekking que não são possíveis no inverno. E além disso, não estava calor – deu para usar um casaquinho todos os dias. Ver os moradores de lá curtindo a “praia” de pedrinhas na beira do lago é super engraçado. E o contato com a natureza e a vista são maravilhosos. Quero voltar. NO VERÃO!
Ih , vou descordar um pouco … Cheguei hoje de Bariloche e não vi graça em nada ! Tá certo que fui para um Simpósio e só passeei pelo Centro e fui numa excursão — péeeesima , para Villa La Angostura . Fiquei no Panamericano , e achei o hotel antigo ,porém bem conservado , mas a comida lá era horrível . Muita maionese e muita comida embutida e fria . A paisagem é bonita e gostei do Lago Nahuel Huapi , mas só isso não vale o passeio ( a distância , troca de aeroporto , espera , etc ) . Para voltar só combinando com outro passeio , talvez o Cruce de Lagos .
Eu fui em um mês de setembro, finzinho de um inverno muito rigoroso, então ainda peguei neve, mas nenhuma muvuca, nem sinal de “Brasiloche”… 😉 Faço planos para voltar em uma estação mais amena um dia!
Conheço e já vi ( no inverno).
Quero ir pra lá no verão pois deve ser bem mais legal e menos muvucado.
Agora o Llao Llao não é longe demais de tudo? Ou o espírito é este mesmo: quanto mais longe do centro, melhor.
O Llao Llao é autocontido; se não quiser, nem precisa sair. O bom é que os passeios de barco estão na frente do hotel, é só atravessar a rua… Mas eu acho que você vai gostar mais das outras cidades do circuito.
E eu não conheço Bariloche… Vistas belíssimas e fotos idem 🙂
Riq,
Sabe dizer que modalidade de pesca esportiva é praticada ?
Fly-fishing (usada muito para pesca de trutas) ou artificial?
[ ]s
Não entendo nada do assunto, mas vi muitos letreiros com fly-fishing escrito.
Obrigado!
Uma dica em Bariloche para quem não curte trekking é subir o Cerro López em veículos 4×4 (custava 50 pesos/pessoa em 2007). A vista que se tem lá de cima é belíssima.
Em Bariloche e arredores (Vila Angostura e San Martin de los Andes) a natureza abusa. O legal é, realmente, alugar um carro para conhecer o entorno.
Bariloche sem neve realmente também é muito linda. Estive lá em junho/2007, cheguei com céu azulzão, sem uma nuvem, foram 2 dias lindos só a temperatura era bem baixa. Depois o tempo virou e até nevou um pouquinho. Na verdade, acho que aquela região é linda de qualquer jeito…