Guia do Atacama
Atacama
O deserto mais seco do mundo é também o mais espetacular de todos. O Atacama tem vulcão, salares, lagoas, gêiseres, formações rochosas e um céu carregado de estrelas como você nunca viu.
‘Paisagens de outro planeta’ é o clichê mais usado para descrever o lugar. Pois bem: este outro planeta está do ladinho de casa. Uma viagem relativamente curta, que dá para fazer em qualquer época do ano.
Quantos dias no Atacama?
Você precisa de 7 dias (6 noites) para uma viagem ao deserto do Atacama em ritmo tranquilo, dando tempo para o corpo se aclimatar, e sem deixar nenhum dos principais passeios de fora.
A conta é:
- 1 dia para a chegada (e visita às agências de passeios e casas de câmbio)
- 5 dias de tours pelo deserto
- 1 dia para a volta pra casa.
Adicione mais dias para fazer atividades de aventura ou relaxar no seu hotel, caso vá se hospedar em um all-inclusive.
Permanência mínima no Atacama
Não tem 7 dias todo para a viagem ao Atacama? 6 dias (5 noites) também valem o deslocamento e a grana investida. Mas para um itinerário confortável você vai precisar deixar alguma grande paisagem de fora.
Se você só tem 5 dias ou menos para visitar o Atacama, melhor esperar por outra oportunidade para fazer a viagem – pode acreditar.
Combinar Atacama com Uyuni
Para combinar o Atacama com a expedição ao Salar de Uyuni, na Bolívia, com retorno ao Atacama, são necessários pelo menos 11 dias de viagem – desses, 4 dias são só para a expedição.
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Quando ir ao Atacama
O deserto do Atacama é um destino para o ano inteiro.
Viajando em qualquer mês você vai experimentar temperaturas tanto altas quanto baixas no Atacama. A grande amplitude térmica é uma das principais características dos desertos.
Os termômetros também não variam muito de estação para estação.
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Atacama no verão
As temperaturas no verão ficam entre 5°C e 27°C em San Pedro de Atacama. No inverno, entre 1°C e 25°C. No passeio dos Geysers del Tatio faz ainda mais frio, com temperaturas abaixo de 0°C.
O inconveniente-surpresa do verão, na verdade, são as chuvas – sim, chuvas! – que podem aparecer entre dezembro e março, durante o chamado ‘inverno altiplânico’.
São pancadas breves e de fim de tarde, em geral. É mais provável que deixem o centrinho enlameado do que atrapalhem os passeios, mas de vez em quando há caminhos que acabam sendo interditados.
Atacama no inverno
No inverno, as paisagens eventualmente nevadas são algo bem especial. O contratempo maior é não poder mergulhar nas lagoas, que vão ter águas mais geladas que de costume.
Também pode acontecer de a neve provocar interdição nas pistas, e causar o cancelamento de passeios, especialmente aqueles de maior altitude (Geysers del Tatio, Lagunas Altiplánicas, Salar de Tara).
Caso você pretenda fazer a (recomendadíssima!) observação de estrelas, atenção ao calendário lunar: as sessões não acontecem durante a lua cheia.
Quando é alta temporada no Atacama?
A melhor época para ir para o Atacama se você quer fugir de preços ainda mais altos, evite a alta temporada, que começa em novembro e vai até março.
Para combinar com Uyuni
As expedições saindo de Atacama ao Salar de Uyuni operam o ano todo. Se você quer encontrar aquele visual de espelho, tente a sorte durante o verão.
É preciso torcer para que haja chuva o bastante para produzir o efeito espelhado, mas em um volume que não atrapalhe a viagem.
No resto do ano, não se vê o espelho d’água, mas o tempo firme e o céu sem nuvens permitem um passeio com menos chance de contratempos, e um itinerário mais abrangente.
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Como chegar ao Atacama
O Atacama fica no extremo norte do Chile. A cidadezinha de San Pedro de Atacama está a 1.600 km de Santiago — uma distância equivalente à de São Paulo a Porto Seguro. O aeroporto que serve a região é o de Calama.
Não há vôos diretos do Brasil para Calama: é necessário fazer conexão em Santiago:
Em Santiago você passa pela imigração, retira a bagagem e pega um vôo de 2h de Santiago a Calama (por Latam, Sky Airline ou JetSmart).
Não deixe de ver nossas dicas para não errar na compra da passagem aérea ao Atacama.
Chegando a Calama, você pega um trânsfer do aeroporto até o povoado de San Pedro de Atacama.
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Dicas para não errar na passagem para o Atacama
Há duas maneiras de montar seu itinerário:
- Com passagens do Brasil a Calama vinculadas no mesmo bilhete
- Com passagens desvinculadas: Brasil-Santiago-Brasil por uma cia. aérea e Santiago-Calama-Santiago por outra (pode ser uma low-cost chilena)
Das duas maneiras, você pode combinar a viagem ao Atacama com uma parada de um ou mais dias em Santiago, na ida e/ou na volta.
Do Brasil ao Atacama sem perrengues: compre passagens vinculadas
Se você quer ir do Brasil ao Atacama sem visitar Santiago, compre uma passagem Brasil-Calama-Brasil. Assim todos os trechos estarão vinculados no mesmo bilhete, e suas conexões em Santiago estarão garantidas.
Caso o primeiro trecho atrase e você acabe perdendo a conexão, a cia. fica responsável por recolocar você num vôo seguinte e dar a assistência necessária em solo.
Mesmo com essa garantia, para evitar contratempos é recomendável que o intervalo entre os dois vôos na conexão seja de pelo menos duas horas.
Principalmente na ida, quando você precisa passar pela imigração, retirar a bagagem e redespachar as malas. (Na volta você despacha suas malas em Calama e só pega de volta no Brasil.)
Brasil-Santiago e Santiago-Calama com passagens desvinculadas: pegadinhas
Quem quiser voar até Santiago com milhas ou passagens promocionais da Gol ou da Latam e/ou seguir viagem com a low-cost Sky Airline ou a ultra-low-cost JetSmart vai acabar comprando (ou emitindo) passagens sem vinculo entre si.
Neste caso, não programe conexões imediatas. Se um vôo atrasar e você perder o vôo seguinte, nenhuma das cias. se responsabilizará pela situação. Você vai precisar reemitir a passagem de continuação, pagando multa e diferença tarifária.
O ideal é programar pelo menos um pernoite em Santiago, tanto na ida quanto na volta. Caso não seja possível, programe intervalos de pelo menos 4 horas entre os vôos, e torça para não haver contratempos meteorológicos.
Combinando Atacama e Santiago na mesma viagem
Uma parada em Santiago na ida é ótima não só em termos de turismo (veja o que fazer em Santiago), como também para resolver assuntos de ordem prática. Em Santiago você vai poder fazer câmbio mais vantajoso e comprar um chip local.
Santiago + Atacama com passagem vinculada
Mesmo se você ficar alguns dias em Santiago na ida, a passagem vinculada continua sendo o esquema mais recomendável. É a única maneira de programar conexão imediata na volta (Calama-Santiago-Brasil) sem preocupações.
É preciso comprar a passagem no modo ‘múltiplos destinos’ ou ‘várias cidades’, que atualmente está indisponível no site da Latam (só por telefone), mas que pode ser comprado em agências online ou pesquisado em buscadores como o Viajanet. Todos os trechos terão o mesmo localizador e constarão do mesmo bilhete.
Compre a sua passagem múltiplos destinos/várias cidades desta maneira:
- Trecho 1: Sua cidade-Santiago
- Trecho 2: Santiago-Calama
- Trecho 3: Calama-Sua cidade
Santiago + Atacama sem passagem vinculada
Minha dica para quem vai com passagens desvinculadas (Brasil-Santiago-Brasil por uma cia., Santiago-Calama-Santiago por outra), e vai ficar uns dias em Santiago: divida a estada em Santiago entre a ida e a volta.
Ou seja: programe pelo menos um pernoite em Santiago na ida e pelo menos um pernoite em Santiago na volta. Assim você elimina 100% do stress de fazer conexão e também evita programar intervalos longuíssimos entre vôos, que só fazem você perder um dia de viagem no aeroporto.
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Do aeroporto de Calama a San Pedro de Atacama
O aeroporto de Calama está a 100 km de San Pedro de Atacama. O percurso pode ser feito de trânsfer compartilhado ou de táxi. O percurso leva 1h30.
As empresas que prestam serviço de trânsfer compartilhado são a Transvip, a Transfer Pampa, a Transfer Andino e a Trans Licancabur.
O valor é o mesmo para todas: 12.000 pesos chilenos por pessoa pela ida, ou 20.000 pesos chilenos por pessoa para ida e volta. As cias. aceitam dólar (por uma cotação quase justa), mas não aceitam reais. Preços de novembro/2017.
Você pode contratar o trânsfer com antecedência através da sua agência de passeios, reservar diretamente com a empresa de trânsfer, ou ainda comprar na hora, ao desembarcar no aeroporto.
Os guichês ficam no desembarque, e os horários de saída são coordenados com os horários de chegada dos vôos.
O táxi do aeroporto de Calama a San Pedro de Atacama também é tabelado. A corrida custa 60.000 pesos chilenos (novembro/2017).
Trânsfers de e para o aeroporto de Calama com nossa parceria Viator:
- Trânsfer particular do aeroporto El Loa (Calama) para seu hotel em São Pedro do Atacama
- Trânsfer particular do seu hotel em São Pedro do Atacama para o aeroporto El Loa (Calama)
- Trânsfer compartilhado do aeroporto El Loa (Calama) para hotéis em San Pedro de Atacama
- Trânsfer compartilhado dos hotéis em San Pedro de Atacama para o aeroporto El Loa (Calama)
Organizador de eletrônicos para viagem
Atacama de ônibus
Santiago-Calama-San Pedro de ônibus
A viagem de Santiago a Calama leva entre 21 e 23 horas, e você precisa pegar outro ônibus na rodoviária de Calama para San Pedro (mais 1h30). Vai pela gente: a economia não vale a pena, ainda mais porque existem cias. aéreas low-cost que fazem a rota.
Mas se você quiser comparar preços, pesquise em Recorrido.cl.
Salta-San Pedro de Atacama de ônibus
Andesmar Chile e Pullman Bus fazem a rota Salta-San Pedro direto. A viagem leva 10 horas. Pesquise em Recorrido.cl.
San Pedro de Atacama-Uyuni de ônibus
Se você quiser fazer o passeio pelo Salar de Uyuni a partir da Bolívia, pode pegar um ônibus regular a Uyuni. A viagem leva 9 horas e é feita pelas cias. bolivianas Cruz del Norte e Trans Salvador.
Atacama-Peru de ônibus
Combinar o Atacama com Machu Picchu na mesma viagem vale o Troféu Mochilão de Ouro. A rota é a seguinte:
- Pegue um ônibus de San Pedro de Atacama a Arica, no extremo norte do Chile (11 horas de viagem, pesquise em Recorrido.cl)
- Cruze a fronteira a Tacna, no Peru, de táxi compartilhado (‘colectivo’, 4.000 pesos), ônibus (3.000 pesos) ou táxi fretado (25.000 pesos). São 20 km de percurso. Com os procedimento de imigração, o trajeto dura pouco mais de 1 hora
- De Tacna você pode seguir de ônibus a Nasca (15 horas de viagem) e de Nasca a Cusco (15 horas de viagem). Os dois trechos são operados pela Cruz del Sur. Se quiser fazer um giro mais completo pelo Peru, pode ir de Tacna a Arequipa com a Flores (7 horas de viagem), seguir de Arequipa a Puno (7 horas de viagem) e de Puno a Cusco (7 horas de viagem) — os dois últimos trechos com a Cruz del Sur. Leia nossos roteiros para Cusco e Vale Sagrado e para Machu Picchu
Para a parte aérea, compre uma passagem múltiplos destinos/várias cidades com ida do Brasil a Calama e volta de Cusco (ou Lima) ao Brasil.
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Atacama de carro
Ir ao Atacama de carro é para quem tem bastante experiência, tanto de estrada quanto off-road. Fora da estrada, no deserto, o celular não pega; o ideal é ter telefone satelital.
Se você curte road trips mas não quer arriscar se perder no deserto, um bom meio-termo é chegar de carro, mas fazer os passeios mais complicados com tour (ou com guia).
Veja o excelente relato do Silvio, que saiu do Sul do Brasil, cruzou o norte da Argentina e chegou ao Atacama via Salta.
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Dinheiro e câmbio no Atacama
Dinheiro vivo, em pesos chilenos, é o melhor meio de pagamento para quase tudo em San Pedro de Atacama. Fazendo pagamentos em pesos chilenos você consegue negociar descontos nos passeios e no comércio que não são oferecidos a quem paga com cartão de crédito.
Usar pesos chilenos no Atacama só não seria vantajoso na hora de pagar pela hospedagem.
Em tese, o pagamento com cartão de crédito internacional, ou dólares em papel-moeda, garante o desconto do IVA – um abatimento de 19% para turistas estrangeiros.
Em albergues, pousadas e hotéis de menor porte, porém, podem não estar inscritos no programa oficial. Confirme com o seu hotel antes da viagem. Se não oferecerem abatimento de IVA, pergunte por desconto para pagamento em pesos chilenos.
É raro que dólares sejam aceitos para pagamento de passeios ou outras despesas. Reais raramente são aceitos como pagamento (e quando são, a cotação vai ser sofrível).
A aceitação do cartão de crédito varia. Nos restaurantes e hotéis mais bacanas, e nas agências com mais estrutura, você consegue fazer pagamentos com cartão sem problemas. Mas pode acontecer de você topar com lugares que tenham valor mínimo para passar no crédito, ou que só aceitem pagamentos em pesos chilenos.
Tenha dinheiro vivo na carteira para poder aproveitar descontos para pagamentos en efectivo, e para não precisar escolher onde comer em função do método de pagamento permitido.
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Que moeda levar para o Atacama
Se o primeiro destino da sua viagem é o Atacama, leve dólares. Faça o câmbio de dólares para pesos chilenos ao chegar em San Pedro de Atacama.
Se o primeiro destino da sua viagem é Santiago, e você vai estar na cidade em algum dia útil, em horário comercial, você pode levar reais ou dólares. Faça câmbio para pesos chilenos no Centro de Santiago, na calle Agustinas, ou na avenida Pedro de Valdivia, em Providencia.
Não compre pesos chilenos no Brasil. A cotação apenas ~parece~ baratinha, mas a casa de câmbio brasileira vai pagar entre 15% e 30% a menos do que você conseguiria numa boa casa de câmbio de Santiago, na calle Agustinas ou na av. Pedro de Valdivia, em dia de semana.
Não faça câmbio no aeroporto de Santiago. A cotação é pior do que nas casas de câmbio super informais de San Pedro de Atacama. Compre dólares no Brasil e leve para trocar no Atacama.
Não leve reais para o Atacama. A cotação para reais varia muito entre as casas de câmbio de San Pedro: é fácil acabar trocando por uma cotação ruim.
Em novembro de 2017, encontramos cotações para o real de 5 a 15% piores do que no centro de Santiago. Se você não pernoitar em Santiago em dia de semana, compre dólares no Brasil e leve para trocar no Atacama.
No inverno, a diferença entre dólar e real no Atacama se acentua, porque o real se desvaloriza no Chile no meio do ano.
Exemplo: as cotações de novembro/2017
Estas foram as cotações que encontramos em novembro:
Comprando pesos chilenos com reais:
- No Brasil: 165 a 175 pesos por real
- No aeroporto de Santiago: 173 pesos por real
- Na calle Agustinas em Santiago: 190 a 195 pesos por real
- Em San Pedro de Atacama: 160 a 180 pesos por real
Comprando pesos chilenos com dólares:
- No aeroporto de Santiago: 594 pesos por dólar
- Na calle Agustinas em Santiago: 630 pesos por dólar
- Em San Pedro de Atacama: 600 a 625 pesos por dólar
Comparação reais x dólares (em novembro/2017)
Em novembro de 2017, eram necessários 344 reais para comprar 100 dólares no Brasil. Quanto rendiam 344 reais e 100 dólares em pesos chlenos?
- No Brasil: 56 a 60 mil pesos (com reais)
- No aeroporto de Santiago: 59 mil pesos (com reais) x 59 mil pesos (com dólares)
- Na calle Agustinas: 65 a 67 mil pesos (com reais) x 63 mil pesos (com dólares)
- Em San Pedro: 55 a 61 mil pesos (com reais) x 60 a 62 mil pesos (com dólares)
Atenção para a variação: inverno x verão
O real costuma estar mais valorizado em Santiago durante o verão, quando há procura de reais por chilenos para vir ao Brasil. Nesta época, costuma valer mais a pena levar reais e trocar em Santiago.
Já no inverno, com muitos brasileiros levando reais ao Chile, a cotação do real tende a baixar um pouco, e é mais negócio levar dólares, mesmo se você fizer câmbio em Santiago.
Real x dólar: como fazer o tira-teima
- Para saber a cotação atual do real e do dólar em Santiago, consulte o site da Cambios Santiago, que sempre é um bom parâmetro. A cotação a ser usada é a de ‘compra’.
- Para saber se é mais negócio levar dólar ou real, divida a cotação de compra do dólar pela do real e compare com a cotação do dólar na sua casa de câmbio no Brasil. Neste exemplo de novembro de 2017, o site da Cambios Santiago informava o dólar a 630 pesos e o real a 190 pesos. Dividindo um pelo outro, dava 3,31 reais por dólar. No Brasil, a menor cotação para comprar dólar era 3,44 reais (incluindo IOF). Isso indicava que naquele momento o real estava valorizado no Chile, e era melhor negócio levar reais para Santiago.
- Caso o resultado da divisão fosse maior do que a cotação do dólar-turismo no Brasil, significaria que o real estava desvalorizado no Chile, e valeria a pena comprar dólares no Brasil e trocar em Santiago.
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Onde fazer câmbio no Atacama
As casas de câmbio em San Pedro de Atacama se concentram ao longo da calle Toconao, que é transversal à Caracoles, a rua principal.
São bem informais, mesmo – nada de guichês, nem nenhum super esquema de segurança. Algumas se resumem a um rapaz contando dinheiro no meio de uma loja de souvenir.
Vale a pena consultar o preço do dólar em várias delas, antes de fechar negócio. Em novembro de 2017, encontramos as melhores cotações na casa de câmbio Emily, que estava oferecendo pelo dólar o mesmo preço que a filial da Cambios Santiago em Providencia.
As casas de câmbio Coricancha e Latina Life também estavam com boa cotação.
Cada casa de câmbio de San Pedro de Atacama tem o seu próprio horário de funcionamento, mas você sempre vai encontrar onde trocar dinheiro entre 10h e 21h.
Não custa lembrar: reais têm cotação instável em San Pedro de Atacama. Muitas casas oferecem cotação bem ruinzinha. Leve dólares, que costumam ter cotação mais constante, e muito próxima da que você conseguiria em Santiago.
Não há casa de câmbio no aeroporto de Calama, apenas caixas eletrônicos.
Não dependa dos caixas eletrônicos
Há caixas eletrônicos em San Pedro de Atacama em 3 pontos do centrinho: na esquina das ruas Gustavo Le Paige e Toconao (Banco Estado), na esquina das ruas Vilama e Caracoles (Banco BCI), e dentro da farmácia Salcobrand. Infelizmente, é comum que fiquem sem dinheiro para saques.
Onde ficar no Atacama
De albergues e pousadas bem simples a hotéis all-inclusive com serviço cinco estrelas, a oferta de hospedagem em San Pedro de Atacama é super variada e autêntica
Se você puder bancar os hotéis mais bacanas, que têm passeios e refeições inclusas, não pense duas vezes. O serviço prestado é de alto nível, e a experiência no deserto vai ser ainda mais especial.
Mas se o bolso não permitir a extravagância, fique tranqüilo: no centrinho do povoado, bem onde estão as agências de passeios, restaurantes e lojinhas, há ótimas pousadas.
No centrinho
Muita gente nem dá bola para a localização na hora de reservar o hotel em San Pedro de Atacama, já que o povoado é tão pequenininho.
Mas é importante saber que quaisquer 15 minutos a pé entre o seu hotel e o miolinho do centro vão ser 15 minutos dividindo ruas de terra com caminhonetes 4×4 levantando muita, mas muita poeira. Não há o que ver pelo caminho. De dia, há pouca sombra; de noite, falta iluminação.
Por isso, não abra mão de ficar em um hotel bem localizado.
A rua principal de San Pedro de Atacama é a calle Caracoles. Comércio, restaurantes e demais serviços se concentram no trecho entre as ruas Domingos Atienza e Toconao.
A área mais conveniente para se hospedar no centrinho do povoado é o mais próximo possível do retângulo que essas três ruas formam com a rua Gustavo Le Paige.
O Terrantai tem localização nota 10 e é o melhor hotel do centrinho de San Pedro de Atacama. Grande parte de seu charme está na casa que ocupa, uma construção do século 19, com paredes caprichosamente revestidas em pedra.
Do pátio, onde fica uma providencial piscininha, se avista a torre da igreja de San Pedro. O happy hour com vinhos chilenos e petiscos para beliscar é cortesia, e também o ponto de encontro favorito dos hóspedes. Os quartos são bonitos e bem cômodos (apesar dos banheiros ligeiramente pequenos).
No Pascual Andino, além da localização, o que faz sucesso é o conforto dos quartos, com cama king size e um pátio privativo. Nas áreas comuns há uma pequena piscina.
O Kimal e o Poblado Kimal não são all-inclusive, mas organizam passeios só para hóspedes, que podem ser contratados à parte. Uma mão na roda.
Os dois hotéis ficam frente a frente, são bacaninhas e têm piscina, mas no Poblado Kimal há o charme extra dos bangalôs de madeira e adobe, que parecem formar uma pequena vila.
O Manada del Desierto é um hotel de quartos ultracompactos que fica no finalzinho da Caracoles, a rua principal. Se você viaja em modo solo, mas não tem o pique de se hospedar em albergue, essa é uma excelente alternativa.
Apesar do tamanho reduzido dos quartos, o nível de conforto é muito bom – é um dos poucos hotéis com ar-condicionado em San Pedro de Atacama (a maioria só tem ventilador). Também tem piscina. Novinho em folha, foi inaugurado no segundo semestre de 2017.
Há ainda por ali um punhado de opções de hospedagens mais econômicas que servem a quem prefere poupar na estadia para conseguir contratar passeios mais bacanas.
Se for este o seu caso, procure pelos hostales, que em San Pedro de Atacama funcionam como um misto de pousada e albergue.
O Hostal Lickana tem quartos privativos com banheiro. No La Casa del Pueblo, os quartos são privativos, e os banheiros podem ser ou privativos ou compartilhados. No Hostal Pangea há a opção de dormitórios coletivos.
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Fora do centrinho
Ficar fora do centrinho de San Pedro de Atacama só vale a pena se você estiver trocando a praticidade de ter todo o comércio à sua porta por um bom upgrade de hospedagem. Os hotéis top de linha do povoado têm esquema de transporte para levar e trazer os hóspedes de carro ou van
A 400 metros da rua Caracoles, o NOI Casa Atacama tem jeito de hotel-boutique, intimista e aconchegante, com piscina e serviço de spa. Já mais distante, o bem equipado Cumbres tem spa, sauna, academia e amplas áreas comuns.
Amplas, mesmo: são 3 piscinas e 2 hidros ao ar livre.
Os dois hotéis organizam passeios exclusivos para hóspedes e têm restaurante próprio, mas por cobrar por estes serviços à parte, costumam oferecer tarifas de hospedagem interessantes.
All-inclusive (refeições + passeios)
A pergunta que você deve estar se fazendo a esta altura é: se há todas essas opções de hospedagem, dentro e fora do centrinho, será que realmente compensa bancar a estadia nos hotéis all-inclusive do Atacama?
A resposta é… sim. Os bambambãs do deserto – Alto Atacama, Tierra Atacama, Explora e Awasi – não cobram barato, mas oferecem mais do que as mordomias de um hotel de luxo.
O melhor de se hospedar em um lodge no Atacama é ter o máximo de aproveitamento da estadia no deserto.
No dia a dia, os tours são feitos na companhia de guias super bem preparados, em grupos pequenos e driblando, tanto quanto seja viável, as demais excursões.
Além disso, combinar dois tours num dia só fica bem mais simples (há dobradinhas que não são possíveis de fazer contratando os tours regulares das agências).
Dito isso, é só escolher o hotel que tenha mais a sua cara.
O rústico-chic Tierra Atacama é o mais bonitão entre todos. Tem uma oferta variada de passeios, que são organizados para você no momento da chegada, com a orientação precisa de uma concierge de expedições.
Mas deixe também um tempinho reservado só para aproveitar o hotel, que tem o vulcão Licancabur no horizonte para ser admirado tanto do quarto, quanto da piscina.
A mesma dica também serve se você eleger o Alto Atacama, construído num vale de montanhas avermelhadas e com arquitetura plenamente integrada aos arredores: reserve um tempinho para curtir o seu hotel.
Alguns passeios aproveitam a espetacular localização e acontecem nos arredores mesmo, mas também há no menu de expedições todos os tours mais tradicionais.
O Explora é pioneiro no formato ‘lodge de aventura de luxo’.
É o seu hotel se você curtiria muito mais conhecer o Atacama pedalando, cavalgando ou em uma nova rota de trekking a cada dia do que em passeios de van (embora o hotel também tenha algumas opções menos aventureiras de excursão).
Tem um visual mais moderno e clean, se é que é possível ser clean no deserto.
A uma primeira vista, o Awasi nem parece tão luxuoso assim.
Mas esse lodge, que tem apenas 10 quartos e faz parte da rede Relais & Châteaux, oferece o luxo dos luxos: um guia para chamar de seu, e não dividir com mais ninguém.
Cada quarto fica com um 4×4 à inteira disposição, conduzido pelo guia, e faz passeios com roteiros ultra personalizados.
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Onde comer no Atacama
O centrinho de San Pedro de Atacama é cheio de bons restaurantes, com um climinha bem à vontade, e onde se pode experimentar ingredientes e receitas tipicamente chilenos.
O melhor restaurante de San Pedro de Atacama não é segredo para ninguém: o Adobe (Caracoles, 211, tel. 55 85-1132) conquista pelo bonito ambiente, e pelo cardápio extenso e variado. Entre os pratos da casa, a merluza na manteiga com lulas, favas e jamón serrano é algo realmente especial.
Para comida com jeitinho de feita em casa, vá direto ao Las Delicias de Carmen (Calama, 370, tel. 56 95758-9291).
Uma ótima oportunidade para provar a empanada de pino, o recheio mais popular no Chile, que leva carne, ovo cozido, azeitona e passas. Para o prato principal, peça o pastel de choclo, uma torta de milho com recheio de frango, servida na panela de barro, e que pode ser dividida por dois.
O La Casona (Caracoles, 195, tel. 55 285-1377) diverte com sua decoração kitsch e programação de música ao vivo. É o lugar perfeito para pedir um lomo a lo pobre, clássico chileno que soma batatas fritas, ovos fritos e cebolas caramelizadas a um belo bife na chapa.
Numa pegada mais saudável, o Tierra Todo Natural (Caracoles, 271, tel. 55 85-1585) tem pratos caprichados, e boas opções vegetarianas entre as massas, empanadas e pizzas.
Para comer baratinho, fique com os menus fixos do La Picada del Indio (Tocopilla, 418, tel. 56 95641-4532). Preço imbatível: entrada, prato principal e um docinho de sobremesa por camaradíssimas 5.000 pesos chilenos (novembro/2017).
O que fazer no Atacama: roteiro de passeios
Nas agências de receptivo de San Pedro de Atacama, e nos hotéis que organizam os próprios tours, são oferecidos passeios para todo perfil de viajante, seja o seu barato a arqueologia ou os esportes radicais. Mas há um certo consenso sobre as paisagens principais do deserto, aquelas que você não deve sair do Atacama sem conhecer:
- Valle de La Luna e Valle de La Muerte
- Salar de Atacama
- Lagunas Altiplánicas e Piedras Rojas
- Salar de Tara
- Geysers del Tatio
Todos esses lugares podem ser visitados em passeios que partem de San Pedro de Atacama e são organizados pelas agências de receptivo (veja como escolher sua agência nesta seção).
Complete o roteiro com cavalgada, trekking, passeio de bicicleta, banho em águas termais… Ah, sim: o Atacama é um dos melhores lugares do mundo para observação de estrelas, e vale muito a pena reservar uma noite para um tour astronômico.
É importante seguir a melhor ordem dos passeios. Não apenas para deixar o melhor para o final, mas principalmente para permitir que o corpo se acostume gradativamente com a altitude.
Lagunas Altiplánicas, Salar de Tara e Geysers del Tatio estão acima de 4.000 metros sobre o nível do mar e devem ficar para o final da viagem (e, nesta ordem, fazem com que o roteiro vá chegando ao seu desfecho com paisagens cada vez mais incríveis, a cada dia).
Valle de La Luna/Valle de La Muerte e Salar de Atacama estão em altitudes próximas de 2.500 metros sobre o nível do mar, e são bons passeios para o começo da aventura pelo deserto.
Roteiro básico para 7 dias
- Dia 1: chegada
- Dia 2: manhã livre. À tarde, Valle de La Luna e Valle de La Muerte
- Dia 3: Salar de Atacama (pela manhã, ou pela tarde). Manhã ou tarde livre. À noite, tour astronômico
- Dia 4: Lagunas Altiplánicas
- Dia 5: Salar de Tara
- Dia 6: Geysers del Tatio. Tarde livre
- Dia 7: partida
Valle de La Luna e Valle de La Muerte
É no Valle de La Luna e no Valle de La Muerte em que estão algumas das paisagens mais famosas do Atacama. Aqui, a cordilheira forma desenhos que não parecem fazer parte do nosso mundo.
Areia e pedra em tons de vermelho, dourado e cinza ora lembram a superfície da lua, ora lembram a superfície de Marte, e não há melhores boas-vindas para a sua viagem ao deserto.
Ideal para o primeiro ou o segundo dia de passeios no seu itinerário, o passeio ao Valle de La Luna e Valle de La Muerta inclui trekking leve, com subida em duna. O gran finale fica por conta do pôr do sol.
Duração: meio dia, geralmente no turno da tarde. Altitude: 2.500 m. Preço: entre 10.000 e 50.000 pesos chilenos, mais a entrada de 3.000 CLP (novembro/2017).
Salar de Atacama
O Salar de Atacama é uma das maiores salinas do mundo, e faz parte da Reserva Nacional Los Flamencos.
Nesta excursão é visitado o setor da Laguna Chaxa, um excelente ponto para observação das três espécies de flamingo que dão expediente por ali. É uma visita bem tranquila, com caminhada leve, em área plana.
As excursões de meio dia ao Salar de Atacama são ideais para o primeiro ou o segundo dia de viagem. Geralmente são combinadas com outras atrações, como um passeio pelo povoado de Toconao, ou com uma visita a uma vinícola atacamenha (vá mais pela curiosidade do que pela qualidade do vinho).
Há excursões de dia inteiro também. A melhor opção combina Salar de Atacama com o circuito da Laguna Cejar (com Ojos del Salar e a lagoa Tebinquinche).
Há passeios que começam pelo Salar de Atacama e seguem para as Lagunas Altiplánicas. Nesse último caso, deixe para o meio da viagem, pela altitude que ultrapassa os 4.000m.
Passeios privativos ou dos hotéis all-inclusive costumam deixar a visita do Salar para o pôr-do-sol, quando há uma espetacular mudança de cores no horizonte. (Os passeios em grupo, porém, não costumam ir neste horário.)
Duração: meio dia, geralmente no turno da tarde, ou dia inteiro. Altitude: 2.300 m. Preço: entre 25.000 e 70.000 pesos chilenos, mais as entradas – a do Salar de Atacama é de 2.500 CLP (novembro/2017).
Lagunas Altiplánicas e Piedras Rojas
Tendo à frente as lagoas Miscanti e Miñiques, talvez você até se pergunte: estamos ainda no deserto? Sim, estamos – mas a mais de 4.000 metros de altitude, onde já há mais vegetação, e vicuñas ocasionalmente dão o ar da graça para fotos.
A paisagem deste pedaço do planalto (ou altiplano) se completa com um horizonte de montanhas e vulcões. Os melhores roteiros às Lagunas Altiplánicas são combinados com Piedras Rojas, que é, para muitos, o ponto alto do passeio.
Nesse setor do Salar de Talar, as montanhas têm um curioso tom de cinza, por causa do sal e dos ventos.
O passeio às Lagunas Altiplánicas e Piedras Rojas é recomendável para a partir do terceiro dia do seu itinerário. Inclui caminhadas curtas, em terreno plano, e algumas subidas e descidas leves.
Duração: dia inteiro. Altitude: 4.200 m. Preço: entre 45.000 e 95.000 pesos chilenos, mais a entrada de 3.000 CLP (novembro/2017).
Salar de Tara
Próximo à tríplice fronteira entre Chile, Bolívia e Argentina, uma caldeira vulcânica é um dos cenários mais misteriosos do deserto do Atacama.
As figuras solitárias dos Monjes de la Pacana e o paredão chamado de Catedral de Tara têm tamanho e formas monumentais. Aqui há outra oportunidade de ver flamingos, que emprestam mais cores ao já quase impressionista Salar de Tara.
Faça o passeio ao Salar de Tara a partir do quarto dia do seu roteiro no Atacama, já mais aclimatado à altitude. A excursão tem trechos off-road e de caminhada leve, com descidas suaves.
Duração: dia inteiro. Altitude: 4.300m . Preço: entre 50.000 e 95.000 pesos chilenos (novembro/2017). Não há cobrança de entrada.
Geysers del Tatio
Todo dia é dia de espetáculo no campo geotermal de Tatio.
A erupção dos gêiseres se repete a cada manhã e pode ser observada bem de pertinho, seguindo o caminho demarcado que passa entre as chaminés de água e vapor. É um fenômeno que só se vê em poucos lugares do mundo; os Geysers del Tatio são o terceiro maior campo geotermal conhecido.
O show dura até pouco depois de nascer o sol, quando cai a diferença entre a temperatura da água e a temperatura ambiente.
Vá bem agasalhado, mas vista-se em camadas; no horário da chegada pode fazer muitos graus abaixo de zero, mas depois vai esquentando.
As excursões aos Geysers del Tatio partem ainda de madrugada do centrinho de San Pedro de Atacama. Normalmente incluem na volta uma parada no povoado de Machuca e em áreas de pantanal, onde se vê muitos animais.
Guarde o passeio aos Geysers El Tratio para o último dia do seu roteiro para dar ao corpo tempo de se acostumar à altitude, que aqui é somada a um frio intenso. E, claro, para terminar a viagem em grande estilo.
Duração: meio dia (é um passeio longo, mas como sai bem cedinho, ocupa só o período da manhã). Altitude: 4.300 m. Preço: entre 22.000 e 80.000 pesos chilenos, mais a entrada de 10.000 CLP (novembro/2017). A piscina termal está temporariamente desativada.
Outros passeios
Observação de estrelas
Pouca luz, céu limpo e a grande altitude fazem do Atacama um extraordinário lugar para observação de estrelas.
Os tours astronômicos que são oferecidos por agências especializadas incluem observação do céu a olho nu e com o uso de telescópios. Marque para os primeiros dias do seu itinerário, para não haver problema caso o passeio precise ser transferido pelas condições meteorológicas.
Os tours de observação de estrelas não acontecem em noites de lua cheia. Duração: cerca de 2 horas. Preço: entre 20.000 e 25.000 pesos chilenos, em média. Não há cobrança de entrada.
Pukara de Quitor
Bem próximo do centrinho de San Pedro de Atacama, o Pukara de Quitor são as ruínas de um forte construído há 700 anos.
Pode ser visitado de maneira mais sossegada, em tours arqueológicos, ou de modo mais aventureiro, de bicicleta.
Se escolher a opção ‘aventura’, deixe mais para o final da viagem; até o mirante mais alto, é uma pedalada respeitável. Altitude: 2.400 m. Duração: meio dia. Preço: tour arqueológico, 25.000 pesos chilenos, em média, mais a entrada de 3.000 CLP.
Termas de Puritama
Um complexo de piscinas termais artificial, mas completamente integrado à paisagem. São 7 piscinas à disposição dos visitantes (e mais uma, reservada para hóspedes do hotel Explora, que administra o lugar).
Para relaxar e descansar a qualquer momento da viagem. Altitude: 3.500 m. Duração: meio dia, pela manhã ou pela tarde. Preço: entre 12.500 e 55.000 pesos chilenos mais a entrada de 15.000 CLP.
Valle del Arcoiris
Na paleta de cores do Atacama, o arco-íris é vermelho, branco, verde, cinza… Além das paisagens coloridas das montanhas, no passeio também se visita os petroglifos de Yerbas Buenas.
Faça a partir do segundo dia de passeios. Duração: meio dia, pela manhã ou pela tarde. Preço: entre 28.000 e 70.000 pesos chilenos, mais a entrada de 3.000 CLP.
Laguna Céjar e Tebinquinche
Perfeito para o verão, o passeio começa com o mergulho nas águas super salgadas da Laguna Piedra, onde o corpo flutua como no Mar Morto.
A segunda parada para banho é nos Ojos del Salar, duas lagoas de água doce e gelada. Para fechar, um fantástico pôr do sol junto à Laguna Tebinquinche.
Pode ser encaixado em qualquer posição no seu itinerário. O banho esteve proibido durante um ano, mas voltou a ser liberado em meados de 2017 Altitude: 2.300 m. Duração: meio dia, geralmente no turno da tarde. Preço: entre 20.000 e 55.000 pesos chilenos, mais a entrada de 17.000 CLP.
Trekkings e outras atividades
Há trekkings de todo nível de dificuldade no Atacama.
Uma boa forma de começar é pegando o circuito entre os cactus gigantes de Guatín, ou fazer o Valle de La Luna e o Valle de La Muerte em excursões a pé, em vez do circuito de van.
Em nível avançado, são populares as subidas ao Vulcão Lascar e ao Cerro Toco, ambos com cerca de 5.600 m de altitude.
Mais atividades vendidas pelas agências de passeios de San Pedro de Atacama são sandboard, cavalgadas, passeios de balão, tours de bike e de quadriciclo.
Cartões globais para sua viagem
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Expedição ao Salar de Uyuni
Atenção: informe-se sobre a situação antes de passear
- Não é um bom momento para fazer a extensão da viagem ao Salar de Uyuni: em março de 2018 voltaram os bloqueios de estrada, em que os turistas são sitiados e mantidos por várias horas em condições análogas à de um seqüestro.
- Leia o depoimento de um brasileiro que passou por isso aqui. Não sabemos até quando essa situação vai persistir. Mas só feche um passeio se garantirem que não há risco (e mesmo assim, saiba que algum risco sempre vai existir.)
A combinação Atacama + Uyuni requer espírito aventureiro e 4 dias de disponibilidade. (Há roteiros de três dias, mas com final em Uyuni, sem voltar para San Pedro). Além do Salar de Uyuni, os roteiros cobrem a Laguna Colorada, Árbol de Piedra e os cactus gigantes da Isla Incahuasi.
É possível se encaixar em grupos em San Pedro mesmo, com antecedência de dois a quatro dias. Os passeios mais baratos têm hospedagem coletiva e pelo menos uma noite sem banho quente. Alguns hotéis oferecem banho quente por uma taxa à parte — informe-se ao fechar o pacote.
Para fazer com as melhores agências e com mais conforto, dormindo em hotéis com água quente e quartos privativos, é recomendável reservar com antecedência. Algumas agências com boas referências: Atacama Mística (tours coletivos e privados), Cordillera Traveler (tours coletivos e privados) e FlaviaBia (tours privados de luxo).
Altitude: 3,600m. Preço: cerca de 210 dólares por pessoa pelo tour mais ‘roots’, em carros com 6 pessoas e alojamento coletivo. Ou entre 2.200 e 4.000 dólares por carro, em esquema privativo, para até 4 pessoas, em acomodação individual, dupla ou tripla, dependendo da disponibilidade.
Como contratar passeios no Atacama
Os passeios no Atacama são organizados por agências de receptivo. Existem dezenas no centrinho de San Pedro de Atacama. A maioria das agências tem um calendário flexível de passeios, formando grupos de acordo com a procura. Outras têm saídas fixas a cada dia da semana.
Se você procura pelo melhor preço, deixe para contratar os passeios ao chegar. Muitas agências oferecem pacotes prontos de passeios, ou dão descontos de até 20% para a contratação de três passeios ou mais, com pagamento em pesos chilenos.
Se você procura pelo melhor serviço, contrate os passeios pela internet, com antecedência. As agências mais bacanas têm muita procura e poucas vagas. Faça as reservas um mês antes da sua viagem.
Por que os preços variam tanto?
A diferença de preço entre as excursões de uma agência ou de outra pode ser chocante, mas é explicável.
Agências mais caras tendem a ser mais preparadas para emergências, tendo à disposição kit de primeiros socorros, cilindro de oxigênio e telefone por satélite.
Também oferecem uma ou duas refeições completas por passeio e fazem excursões com grupos menores.
Uma prática comum em agências mais barateiras é o repasse de clientes para outras agências, caso não consigam fechar grupo. Lembre-se de perguntar sobre isso antes de contratar suas excursões.
O melhor serviço não vai ser prestado pela agência de preço mais baixo, mas há agências que prestam ótimo serviço com valores intermediários.
Entre as agências mais baratas estão a Flamingo e a Whipala. A TurisTour também é em conta, mas usa grandes ônibus, estilo pacotão.
A Araya e a Enjoy Atacama têm preços intermediários e trabalham com grupos pequenos (a comida da Araya é excelente). A Grado10 usa um caminhão tipo a Korubo no Jalapão e faz sucesso com os mais jovens.
A FlaviaBia Expediciones tem preços mais altos mas é especialmente recomendada para os passeios que requerem maior conforto e segurança, como Salar de Tara e Geysers del Tatyo. A Ayllu disputa o mesmo público, com preços ligeiramente mais altos.
Atacama em português
- Em San Pedro de Atacama existem agências especialistas em atendimento a turistas brasileiros, o que facilita a contratação de passeios, e faz dos tours uma experiência bem mais proveitosa para quem não tem familiaridade com o espanhol ou o inglês.
- Os guias geralmente são chilenos, mas falam bem o nosso idioma, ou capricham no portunhol. Todas estão entre as agências mais recomendadas do Atacama: a Araya, que tem excelente custo x benefício, e a FlaviaBia Expediciones e a Ayllu, num patamar mais alto de preço, mas super bem estruturadas.
Vale a pena alugar carro?
Para fazer passeios com mais autonomia, é mais aconselhável contratar tours privados do que alugar um carro. Pergunte nas agências por esse serviço.
De San Pedro do Atacama aos principais pontos dos passeios o caminho é longo, muitas vezes monótono e o sinal do celular some quando você mais precisa. Não é raro ver turistas com carro enguiçado pelo caminho.
Como amenizar o mal de altitude no Atacama
É normal sentir um efeito ou outro da altitude enquanto o corpo se adapta: dor de cabeça, tontura, falta de ar ou enjôo são comuns. Para diminuir o mal estar:
- Comece os passeios por aqueles em menor altitude
- Pegue leve nas bebidas alcoólicas e não faça refeições pesadas
- Tome água em pequenos goles, o tempo todo
- Caminhe com calma e respeite o seu ritmo
As melhores agências de passeios do Atacama (as mais caras…) levam cilindro de oxigênio a bordo das vans. Tenha também com você a sua ‘farmacinha’, com os remédios que costuma tomar. Chá de folha de coca e de chachacoma, segundo a sabedoria popular, ajudam a aliviar os sintomas.
Leia mais sobre passeios no Atacama
- Madrugando para ver os geysers de Tatio
- Vale o passeio: Vale da Morte e Vale da Lua
- Cactus gigantes na trilha inca de Guatin
- Fim de tarde no Salar de Atacama
O que levar na mala para o Atacama
Fazer mala para o Atacama é praticamente comprar um desafio: já imaginou ter biquíni, camiseta, gorro e cachecol dentro de uma mesma bagagem, e efetivamente usar tudo isso?
Um bom traje para passeios em qualquer estação do ano é camiseta, calça esportiva e jaqueta corta-vento, levando junto na mochila um agasalho mais quente, como um fleece, para os tours de maior altitude (Lagunas Altiplánicas, Salar de Tara).
No passeio dos Geysers del Tatio, que acontece muito cedo pela manhã, mesmo nos meses de mais calor as temperaturas são negativas, e é preciso ir muito bem agasalhado: meias e segunda pele térmicas, blusa de manga comprida, calça quentinha, um bom casacão de inverno, gorro, luvas e cachecol.
Mala de bordo nas medidas certas
No verão, use bermuda para passear na cidade ou em tours em menor altitude, onde vai estar mais quente (Valle de La Luna/Valle de La Muerte, Salar de Atacama). No inverno, reforce a mala com blusas de manga longa.
Os calçados ideais para este tipo de viagem são aqueles de trekking, mas tênis de caminhada bastam para fazer os principais passeios com conforto.
Leve também roupas de banho para os passeios com mergulho em águas termais ou lagoas (Geysers del Tatio, quando em funcionamento; Termas de Puritama; Laguna Cejar).
Além disso, é importantíssimo não esquecer de colocar na mala, e levar nos passeios:
- Óculos de sol
- Colírio e soro fisiológico
- Hidratante
- Chapéu ou boné
- Filtro solar
- Protetor labial
- Lenços de papel e gel antisséptico para ir ao ‘banheiro’, que muitas vezes é ao ar livre mesmo
Mais Atacama no Viaje na Viagem
- Atacama: um roteiro completo com 50 dicas dos leitores
- 19 hotéis no Atacama comentados pelos leitores (com mapa!)
- Passeios no Atacama: as dicas da Janaina, que viajou sozinha
- De Salta ao Atacama, de carro (a viagem do Silvio)
- Atacama com estilo: Tierra Atacama
- Atacama: como é o Hotel Cumbres
- Salar de Uyuni a partir do Atacama: as dicas dos leitores
393 comentários
Olá, gostaria de combinar Salta, Atacama, salar de uyuni e Santiago na mesma viagem. Um roteiro de uns 15 dias. Será que consigo? Alguma dica de roteiro? Obrigada!
Olá, Natalia! Recomendamos 5 dias inteiros para o Atacama. Os passeios a Uyuni levam 3 ou 4 dias inteiros. Para Santiago, recomendamos 4 a 5 dias inteiros. A viagem entre San Pedro e Salta atualmente é feita apenas pela empresa Gemini, e não todos os dias. A viagem leva 12 horas. A lógica levaria a voar a Buenos Aires, e não voltar a San Pedro e Calama.
Alguém poderia me ajudar, pois estou planejando ir ao Atacama e, tirando a passagem, a hospedagem e tours /entradas, gostaria de saber uma média de qt levar de dinheiro, para extras, para 6 dias de viagem, embora alguns passeios tenham almoço incluido. Outra coisa é que estarei indo em novembro e não sei se pela altitude vou pegar lugares muito frios, pensei em fazer um stop de 1 dia em Santiago p comprar luvas e gorros, o que acham? Agradeço quem poderia me dar essas dica. Abraço
Olá, Rafael! Dê uma lida neste post: https://www.viajenaviagem.com/2013/01/roteiro-atacama-50-dicas/
Bom,dia! Gostaria, de saber se em Dezembro! do dia 01/12 ao 08/12/14, como é a temperatura do Deserto Atacama, durante o dia e a noite? na verdade irie para uma maratona de 42.195 km! que tipo de roupa devo levar, para a noite? Obrigado, pela ajuda!!!
Olá, João! À noite a temperatura sempre cai um pouco. Para saber as médias históricas de temperatura em dezembro no Deserto do Atacama, veja o World Weather Online: https://www.worldweatheronline.com/Atacama-weather-averages/Atacama/CL.aspx
Boa tarde.
Bóia para quem tem um condicionamento intermediário/bom é muito complicado tentar fazer valle de la luna e valle de la muerte de bicicleta? Abraços.
Olá, quero fazer uma viagem incluindo santiago, deserto de atacama e machu picchu.. Gostaria de saber o melhor meio de transporte entre esses locais. Muito obrigada por todas as dicas!!
Olá, Lanucy! São duas viagens em uma! Escolha entre Santiago e Atacama ou Machu Picchu, Cusco e Lima.
Qual a melhor época para ir pro Atacama? Em julho é uma época boa?
Olá, Natalia! Não tem época ruim para visitar o Atacama. Julho é inverno. Você vai pegar mais frio à noite.
Olá!
Novembro é uma boa época para conhecer o atacama? Quantos dias fica para conhecer os principais passeios? vou para o Santiago em novembro, mais precisamente 15/11 e estou pensando em ir até o Atacama.
abraço a todos!
Olá, Artur! Em qualquer época do ano no Atacama você pega calor e frio. Recomendamos pelo menos 6 noites por lá, para fazer os principais passeios.
Olá. Eu gostaria de saber se fevereiro é um mês legal para conhecer o Atacama. E se a altitude pode ser um problema nesta região ou basta evitar os passeios em lugares muito altos?
Olá, Guilherme! Em qualquer mês do ano você pega frio e calor. A altitude pode incomodar em alguns passeios; é bom deixar os mais puxados para o final da estadia. Veja dicas aqui: https://www.viajenaviagem.com/2013/01/roteiro-atacama-50-dicas/
Ouço algumas vezes seus comentarios e dicas na Bandnews, sempre muito interessantes. Pesquiso sobre passeio de 6 ou 7 dias a Atacama com parada em Santiago, que pode não estar inclusa na excursão. Pode me orientar se fazendo com operadoras chilenas o preço é menos que aqui em São Paulo? Ou isto não é possivel. Quantos dias a mais para ir até o Salar de Uyuni , na Bolivia. Vale a pena, visto que em Atacama tem ha passeio ao salar?Obrigado pela resposta .
Olá, Vaneide! Você pode reservar passagens e hotéis por conta própria e contratar passeios de operadoras do Atacama. Temos dicas de leitores sobre passeios e sobre a continuação ao Salar de Uyuni aqui:
https://www.viajenaviagem.com/2013/01/roteiro-atacama-50-dicas
https://www.viajenaviagem.com/2011/08/solar-de-uyuni-a-partir-do-atacama-quem-ja-fez
Final de outubro é uma época boa para conhecer o Chile ( santiago e Atacama). ?
Olá, Leandro! É, sim. Veja as dicas do Ricardo Freire: https://www.viajenaviagem.com/destino/santiago/quando-ir-santiago