Mercado San Pedro

Cusco: uma voltinha pelo Mercado Central de San Pedro

Existem dois tipos de mercados pitorescos em cidades turísticas: os que viram um grande mercado de artesanato feito em série e os que conseguem manter sua autenticidade.

Mercado San Pedro

O Mercado Central de San Pedro, em Cusco, é um feliz exemplo do segundo caso. Parece que nos últimos anos o lugar está mais limpo e organizado (o que é sempre bem-vindo); mas o que conserva seu interesse é o fato de continuar usado pela população local.

Mercado Central San Pedro

Quando você entra, o mercado não parece nada de mais: um galpãozão sem graça, meio escuro, até. As primeiras filas de banquinhas tampouco ajudam: são lojinhas de tecidos e artesanatos. Parece que você chegou a mais um mercadão-pra-pegar-turista.

Mercado San Pedro

Mas quando você passa da primeira etapa e acostuma o olhar, o show começa.

Mercado San Pedro
Mercado San Pedro

Mercado San Pedro

Todos os produtos consumidos pelos cusqueños estão à venda, em barracas ou em panos estendidos no chão, por mulheres quechua, muitas delas com roupas tradicionais.

Há pouquíssimos turistas. E com exceção das barracas de sucos e das comidas prontas mais fáceis, não há o menor assédio. As senhoras já parecem ter perdido a esperança de que turistas comprem o que têm para vender.

Mercado San Pedro

Mercado San Pedro

É um passeio bacana de fazer com um guia, que vai falar sobre duas dúzias de frutas, tubérculos e legumes cujos nomes você vai esquecer imediatamente, mas que voltarão de maneira mágica à sua cabeça quando aparecerem na descrição de algum prato nas suas próximas refeições.

(Para mim já apareceram, no primeiro dia na cidade: lúcuma — um tipo de abacate que os peruanos usam em sobremesas; granadina — um maracujá doce; e rocoto — um pimentão picante.)

Mercado San Pedro
Mercado San Pedro

Mercado San Pedro

Os restaurantes do mercado são divididos por corredores temáticos. Espalhados pelo mercado você vai ver o corredor dos sucos frescos, o corredor da sopa de galinha, o corredor do leitãozinho…

Mercado San Pedro

Mas vou avisando: se você tem estômago fraco, convém evitar passear pelos fundos do mercado. Lá no fundão ficam as seções heavy-metal — como a de miúdos, de partes de animais e de oferendas.

Mercado San Pedro

No mais, divirta-se. E se não quiser sair do mercado de barriga vazia, a seção de sucos é inofensiva 🙂

O Mercado Central de San Pedro abre todos os dias das 6h30 às 18h30.

Ricardo Freire viajou a convite do The Lares Adventures.

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    19 comentários

    Olá Ricardo! Sei que voltarás para o Peru em setembro e teremos posts completos sobre o local, mas estou indo em agosto, preciso decidir que moeda levar, mas estou lendo comentários muito divergentes sobre a melhor escolha (real, dólar ou soles). Qual foi sua experiência nesta última viagem?

      Fabiola, saquei soles no caixa automático com o cartão da conta corrente e usei cartão de crédito, que é o que faço em todas as viagens e recomendo (salvo em lugares com câmbio paralelo, como Argentina e Venezuela). Quando voltar vou investigar a questão do câmbio para quem faz questão de viajar carregando dinheiro vivo e perder tempo e energia indo atrás de casa de câmbio. Não tive tempo nem era o escopo dessa viagem.

      Oi Fabiola. Além dos sempre sábios e mais seguros conselhos do comandante, nas minhas viagens à Lima costumo levar dólares cash. Existem muitas casas de câmbio na cidade, que não apresentam grandes variações de preço, com exceção do aeroporto. Ou seja, uma casa de câmbio em um shopping em área nobre (Larcomar) te paga por seus dólares praticamente o mesmo que no Centro da cidade, não há a necessidade de investigar muito. Inclusive existem vários cambistas, em determinadas ruas, com coletes de identificação que fazem a troca aí mesmo. É curioso mas eu nunca tive problema, o Peru em geral é muito mais seguro que o Brasil. Inclusive em alguns lugares, como em grandes supermercados, a conta está tanto em soles como dólares, na mesma nota fiscal.
      Não compre Sol no Brasil, e o Real costuma ter um câmbio desfavorável. Desconheço como é o câmbio em Cusco, mas por ser uma cidade mais turística acredito que irão pagar um valor algo menor por seus dólares, mas não uma diferença significativa.
      Em Lima a comida realmente é espetacular, talvez seja a maior atração. Para mim, está no nível de Paris, da Toscana e de partes da Espanha, sem dúvida entre as melhores do mundo. Abraço!

      Fabíola,
      Voltei à Lima em abril e troquei alguns dólares que tinha. Caso você leve US$ o maior cuidado que deve ter é com o estado de conservação das notas: eles implicam com qualquer coisinha desde pequenos rasgos a um rabisco na nota. Em caso extremos podem se recusar a trocar ou fazer a troca por uma cotação menor. Não havia diferença de valor pago entre a loja de câmbio do shopping Larcomar e os cambista que ficam na Av Larco e nas imediações do Parque Kennedy.
      Não levei reais, mas, pelo que me lembro, estava pagando bem. Em Lima! Nas demais cidades em que já estive – Cusco, Arequipa, Puno, Trujillo e Chicalyo -não valia a pena levar reais.

    Faz 12 anos que fui a cusco, mais de 20 dias pelo Peru, com direito a Trilha Inca e tudo. O mercado dava até medo de tão bagunçado na época…

    É impressionante ver como tudo no país mudou – sempre para melhor.

    Parabéns pelas fotos, ficaram excelentes e mostra realmente o dia-a-dia do Mercado San Pedro, para quem vai experimente as frutas Lúcuma, Granadilla o Pepino (especie de melão). E para os desavisados de plantão, muito cuidado ao comer no mercado a higiene não é aquelas coisas e o barato pode sair caro por conta de uma salmonela e acabar com sua visita a Machu Picchu.

    Acho que a quantidade de turistas no Mercado de Cusco pode ter a ver com a época do ano… Eu fui em um mês de julho, bem naquelas semanas em que o mundo inteiro está de férias – havia turistas aos montes por lá…

    Pequena dica: o sorvete de lúcuma é super delicioso! Vale a pena provar! 😉

    Que lindas as fotos. Acho que depois do mercado da Chinatown de Singapura, que tiha cobras, sapos e lagartos ( literamente), nada mais me emociona. 🙂

    A primeira pilha de cabeças de boi em meio a um lago de sangue cheirando a necrotério haitiano a gente nunca esquece. Mas o Peru (no bom sentido) é lindo.

    O mercado é um espetáculo! Fui sozinha e não tinha nenhum turista, me senti local! A variedade de milhos e batatas é incrível! O fundo é meio trash, mas os sucos são “inofensivos”, rsrsrs. Ótima oportunidade pra ver uma lúcuma ao vivo que aparece em muitas sobremesas peruanas.

    Visitei esse mercado no ano passado. Apesar de AINDA ser um lugar autêntico, eu vi muitos, muitos turistas por lá.
    Saindo do mercado, na direção oposta à plaza de las armas, caminhando uns 500 metros, tem uma região bem autêntica (e mais pobre) da cidade, onde eu não vi nenhum outro turista, e encontrei outro mercado, bem mais “roots”, que só tinha peruanos. Foi uma experiência bem legal, totalmente local.

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