Curso no exterior + viagens paralelas: conte sua experiência

Tower Bridge, Londres

Fazer um curso no exterior é uma maneira muito inteligente de fazer uma viagem em conta. Dá pra descolar acomodação barata (às vezes em casa de família) e você facilmente se enturma.

Muita gente se programa para fazer viagens curtas nos fins de semana. Na Europa, há quem use cada fim de semana para ir a um canto diferente do continente, usando a combinação low cost + albergue.

Nunca fiz um curso no exterior (gostaria muito!), mas em teoria acho que o esquema mais interessante é aproveitar os fins de semana para visitar o entorno de onde se está, gastando menos tempo com deslocamento e aproveitando para ver lugares que você não “conhecia” antes de viajar :mrgreen:

Daí emendaria dez ou quinze dias de viagem econômica, aproveitando os conhecimentos e a desenvoltura adquiridos nas semanas de curso.

Caso não dispusesse desse tempo ou dessa grana, faria então o esquema dos fins de semana, claro (como dizer a alguém que está em Londres para não passar um fim de semana em Paris?). Mas nesses lugares muito bacanas em que se tem muito pouco tempo, faria a visita mais descompromissada possível: sem filas, sem lerês. Muita caminhada e curtição.

Ops — mas não foi para dar a minha opinião que eu abri este post, e sim para atender a um pedido do Goethe, que está indo estudar na Alemanha e sentiu falta desse assunto aqui no Viaje na Viagem.

Se você viajou para fazer curso, conte pra gente como organizou seu tempo livre e como conseguiu conciliar o curso com a sua vontade de viajar. Deu para fazer as duas coisas, ou alguma delas saiu prejudicada? Se você pudesse fazer de novo, o que você repensaria?

Som na caixa!


95 comentários

Eu estive em Montreal, no Canada, para um curso de 4 semanas de frances, em 2008. Nao viajei muito pelas redondezes, fui apenas para Quebec e Ottawa, mas ja valeu a pena, sao cidades lindas e relativamente pequenas, ideais para fins de semana. Em compensacao, curti muito Montreal, conhecendo todas as atracoes e baladas possiveis rsrsrsrs. Eu acho muito valido aproveitar essas viagens para conhecer outras cidades mas, acho importante focar tambem na cidade escolhida e aproveita-la ao maximo. Nao me arrependo de ter investido meu tempo em Montreal, tenho muita vontade de voltar e, ai sim, conhecer com calma o resto do Canada.

Eu fui 2 semanas para São Franscico melhorar meu ingles, era para ser um pouco mais, mas um problema de doença na familia me obrigou a voltar mais cedo. Coloquei um post sobre a experiencia, que adorei. Prentendo fazer novos pequenos cursos, acho que tendo tempo e uma ecxcelente maneira economica de turistar, e de se aculturar. Pretendo fazer uma pequena experiencia no Peru (uma ou duas semanas) ,e Inglaterra.

Fico feliz ao ver como este post ‘tá sendo útil pra tanta genter!

Muita gente já postou, mas gostaria de conhecer outros relatos de curso no exterior + viagens paralelas no inverno europeu!

Mas, já fico grato pelo muito que vi até aqui. Vlw!

Opa!
Post muito bom!!
Vou pra Itália ano que vem, e quero viajar muuuito por lá, vou continuar lendo os comments
Trips que foram pra Itália, podem me dar alguma dica de escola de idiomas?
To pesquisando na net, mas indicação é muito melhor né.

Comandante e tripulação,
Passei um ano fazendo pós na Espanha e viajei bastante nesse período…
O segredo é ter noção do seu tempo livre e pegar pesado nos estudos durante a semana e tentar não deixar papers e “lição de casa” pros findis (isso não é fácil dependendo do seu programa de estudos, mas vale a pena!)
Aparte, conheça bem seu calendário de aulas, o tempo livre, os dias de rcessos e de feriados, além do tempo que gasta em deslocamento até aeroporto e, principalmente, aproveite as promoções (passagens, hotéis etc).
Nos finais de semana, barbada mesmo é viajar para locais próximos e, na Europa, considerar carro alugado ao invés de trem – principalmente se arranjar companheiros de viagem. A estrada é boa, o preço da locação não é absurdo e o carro te dá liberdade de parar para conhecer a cidadezinha vizinha…
Já nos feriados, folgas e períodos maiores é que realmente vale a pena fazer viagens mais longas e utilizar as low costs. Tem que lembrar que essas cias usam aeroportos secundário, então tem o tempo de deslocamento até o aeroporto também. Se está fazendo um curso de pós, por exemplo, tente manter contato com estudantes que conhecer em congressos, simpósios e tal. Isso pode render um city tour com um local (ou um quase) e dicas valiosas de viagem.
Estudar e viajar são compatíveis, ainda mais com low costs….
Abs. e boas viagens!!!
Beto

Em 2004, passei 4 semanas estudando espanhol em Barcelona e outras 3 passeando por outras cidades européias, me deslocando majoritariamente por trem e, em dois trechos mais longos, por avião. Nunca havia saído do Brasil e contratei o curso e a hospedagem em BCN por meio de uma empresa de intercâmbio, que também vendeu as passagens, via Amsterdam.
Fiquei em casa de família, que era composta somente por uma senhora, viúva, muito simpática e falante. No valor que eu paguei estavam incluídos café da manhã, jantar e roupa limpa e passada. Foi ótimo porque eu conversava muito com ela, o que facilitou, e muito, o aprendizado. Mas conheci duas garotas no curso que mudaram de família, porque não tiveram muita sorte com a primeira.
Eu estudava de manhã e rodava BCN à tarde e nos finais de semana. A escola organizava passeios guiados, alguns gratuitos na própria cidade. Nos dias em que eu estava cansada de tanta caminhada, aproveitei a praia. Era verão (julho) e o calor era forte!
Sobre o curso em si, ratifico o que já foi falado: 1) o ideal é sair do Brasil já com conhecimento básico da língua a ser estudada, aproveita-se muito melhor o $$ gasto; 2) Não recomendo estudar em período integral; é muito cansativo mentalmente e se perde uma excelente oportunidade de conhecer melhor uma nova cidade, região, cultura…; 3) É melhor para o aprendizado fazer amizade com outros estrangeiros, não apenas para evitar as conversas em português, mas também porque, em geral, os brasileiros não me pareceram ter comprometimento com o curso.
Foi uma experiência maravilhosa! Quando saí do Brasil, achei que voltaria com meu conhecimento da língua espanhola melhorado, um monte de histórias para contar e muitas fotografias para mostrar e rever. Mas não foi só isso. Nessas 7 semanas, eu vivi um período de intenso auto-conhecimento e me supreendi com a auto-confiança que adquiri.
Recomendo a todos que têm vontade e possibilidade de fazer.

Fiz duas vezes isso, ambas em Salamanca, na Espanha. Mais barato que ficar em casa de familia, é ficar em shared flat, apartamento compartilhado com outros estudantes. Normalmente, os apartamentos têm 3 ou 4 quartos, com 1 ou 2 banheiros, e os custos são realmente muito baratos – em Salamanca, na Isla, menos de 400 euros por um mes em quarto individual (a melhor pedida pra resguardar a privacidade de quem vai sozinho) e menos de 250 para quem optar por quarto duplo. Reservei tudo sozinha, direto com a escola, que sai muito mais barato que reservar por intermedio de uma operadora de intercambios. Pesquisando bastante antes de se decidir, é fácil encontrar uma escola reconhecida pelo Instituto Cervantes ou pelo British Council, por exemplo, pra não cair em roubada. E eu fazia isso mesmo – nos finais de semana, passeava pelos arredores da cidade, em viagens bate-e-volta. No fim do curso, dai encarava viagens mais longas, do tipo Barcelona e Sevilha, como fiz no final da primeira vez, ou até mais distantes, tipo Paris e Londres, aproveitando ofertas de trens ou low costs. E vale dizer: não é coisa só pra jovenzinho, não – cada vez mais o público dos 30 e 40 e até dos 50 anda lotando as escolas de linguas em cursos do gênero. Baita experiência.

Com certeza curso no exterior + viagens paralelas é tudo de bom! Recomendo sempre, ainda mais para quem viaja sozinho(a)! Já fui duas vezes e com certeza tenho vontade de ir muito mais (temos muitos idiomas para aprender)!
As principais dicas são: aulas em um só período (a primeira vez com 16 anos, fui pra Ramsgate (cidade pequena), litoral da Inglaterra, aula em período integral, as lojas fechavam na hora em que acabava a minha aula – dá pra imaginar o que deu pra conhecer na cidade… – só conseguia ver as lojas abertas quando era o dia de não ter aula a tarde…), os passeios da escola sempre valem a pena quando você é novo(a)… eu fui pra Cambridge,Oxford, Londres, Canterbury, Margate, Broadstairs (essas duas últimas do lado de Ramsgate) e de ferry boat com ônibus cheguei em Paris!
Já na outra viagem, agora pra “praticar” o francês, já mais velha (dá pra encarar cidade grande tranquilamente) fui pra Paris e aproveitando os trens, fiz Bruxelas-Bruges-Amsterdam (faltando umas duas aulas: sai na quinta a tarde, falta sexta e segunda), fui pra Barcelona com voo barato (uma semana antes do curso começar), Londres de eurostar com passagens baratíssimas (menos umas duas ou três aulas), e depois, no final do curso Roma, Veneza e Milão.
Ficar em casa de família é essencial para a prática do idioma, mas depende do seu estilo (vc pode cair em uma casa com uma família não muito legal…).
Fugir dos brasileiros também é bom pra vc treinar mais o idioma escolhido, mas isso é beeeem difícil (os brasileiros estão em todo lugar e são os mais simpáticos!) então o melhor é seguir a dica de alguém aí em cima: fazer amigos de várias nacionalidades, andar em grupo que todo mundo vai fazer o possível pra falar na língua que vocês estão estudando (ou talvez, todos vão falar inglês…)
E para todas as viagens pela Europa: hostelworld tem milhões de albergues e skyscanner tem muitos voos ótimos!

Eu fiz intercâmbio na graduação de 1 semestre em Valência na Espanha.

Fiz como o Riq sugeriu e considero a melhor opção: aproveitava os fins de semana para conhecer lugares relativamente próximos já que ônibus e trens regionais costumam ter o mesmo preço independente do dia da viagem e além disso, a viagem era mais curta/menos cansativa…

Aproveitei 2 feriados prolongados de 4 a 5 dias e conheci Barcelona (incluindo MontSerrat) e Madrid (incluindo Toledo e Segovia) que são cidades que necessitam mais que um fim de semana ao meu ver dentro da Espanha.

Para viagens maiores, aproveitei o recesso de 2 semanas de fim de ano e fiz uma viagem para Amsterdã, Bélgica (Bruxelas, Gent e Bruges) e Paris (com 1 dia para o Vale do Loire). Além disso, antes de voltar fiz uma viagem de uns 20 dias pela Itália (Milão, Como, Veneza, Florença, Pisa, Roma, Napoli, Pompéia) e ainda dei uma passadinha em Santiago de Compostela e Porto… =)

A única exceção a regra que fiz foi uma viagem a Londres num fim de semana que matei a aula da sexta (saí na quinta a noite e voltei na segunda de manhã)

Quanto a dicas para quem vai, eu diria que o mais importante é definir quais os principais objetivos na viagem. Eu fui com uma bolsa de estudos, mas desde o começo os meus objetivos principais eram adquirir fluência no espanhol e vivenciar ao máximo essa experiência cultural através de viagens, passeios, amizades, etc. Acho que para um intercâmbio, estudo não é o fator principal mas sim adquirir bagagem cultural, expandir a mente ao conhecer outros lugares e ter uma visão melhor do mundo e do próprio Brasil.

Dica para quem quer aprender um idioma: Não more com outros brasileiros. De preferência, more com pessoas nativas na língua que se deseja aprender. Eu morei com argentinos e bolivianos e foi muuito enriquecedor… de uma tacada só aprendia a língua espanhola com seus diversos sotaques e conhecia a cultura hispânica tanto in loco na Espanha como através de conversas com amigos latinos.

Dica para quem quer viajar e pode montar a grade de estudos: faça o menor número possível de aulas para aproveitar mais o intercâmbio ao invés de ficar preso numa sala de aula… e se possível, concentre as aulas nas terças, quarta e quintas para poder emendar os fds e assim conseguir aproveitar mais as viagens

Estudei em Broadstairs, Inglaterra (Kent) por um mês. Além de Londres (saída de trem na sexta à tarde e volta no domingo), fui para Bruges (de ferry, saída de Ramsgate, de madrugada, e volta no fim da tarde), Bath (trem, fim de semana), Edimburgo (trem, quinta a domingo) e, lógico, uma tarde e início de noite em Cantebury (obrigatório) e Margate (para fotografar pela escola). No fim do curso peguei um avião e fui visitar um amigo na Áustria – fiquei dois dias em Viena e depois um fim de semana em Linz, onde ele morava.
Acho que viajei mais do que estudei, na verdade. O filho dos donos da casa em que fiquei hospedada me cumprimentava de manhã com um “hello, traveler”. Mas compôs a experiência e sinto muita vontade de voltar a Edimburgo.

Atenção: Os comentários são moderados. Relatos e opiniões serão publicados se aprovados. Perguntas serão selecionadas para publicação e resposta. Entenda os critérios clicando aqui.

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