Curso no exterior + viagens paralelas: conte sua experiência
Fazer um curso no exterior é uma maneira muito inteligente de fazer uma viagem em conta. Dá pra descolar acomodação barata (às vezes em casa de família) e você facilmente se enturma.
Muita gente se programa para fazer viagens curtas nos fins de semana. Na Europa, há quem use cada fim de semana para ir a um canto diferente do continente, usando a combinação low cost + albergue.
Nunca fiz um curso no exterior (gostaria muito!), mas em teoria acho que o esquema mais interessante é aproveitar os fins de semana para visitar o entorno de onde se está, gastando menos tempo com deslocamento e aproveitando para ver lugares que você não “conhecia” antes de viajar
Daí emendaria dez ou quinze dias de viagem econômica, aproveitando os conhecimentos e a desenvoltura adquiridos nas semanas de curso.
Caso não dispusesse desse tempo ou dessa grana, faria então o esquema dos fins de semana, claro (como dizer a alguém que está em Londres para não passar um fim de semana em Paris?). Mas nesses lugares muito bacanas em que se tem muito pouco tempo, faria a visita mais descompromissada possível: sem filas, sem lerês. Muita caminhada e curtição.
Ops — mas não foi para dar a minha opinião que eu abri este post, e sim para atender a um pedido do Goethe, que está indo estudar na Alemanha e sentiu falta desse assunto aqui no Viaje na Viagem.
Se você viajou para fazer curso, conte pra gente como organizou seu tempo livre e como conseguiu conciliar o curso com a sua vontade de viajar. Deu para fazer as duas coisas, ou alguma delas saiu prejudicada? Se você pudesse fazer de novo, o que você repensaria?
Som na caixa!
95 comentários
Estudei em Londres por pouco mais de um ano e fiz exatamente isso… viagens de fim de semana para destinos próximos. Na metade do período peguei 15 dias de férias e fiz um mochilão. No final do período, outro período para viagens, dessa vez com mais calma. Partindo de Londres há milhares de opções de destinos rápidos e baratos. De ônibus, de trem ou de avião. Entre os lugares que visitei só com um fim de semana estão Amsterdam, Edimburgo, Zurique, Frankfurt, Devon, Oxford, Cambridge e Bath. Na maioria fiquei hospedada em albergues e viajando em companhias low cost. Outro detalhe: eu trabalhava. Sim, dava para conciliar tudo. Inclusive o orçamento.
Eu e o Kiko fizemos 4 meses de um curso de extensão na Universidade de Berkeley (California) em 2005 chamado IDP ( https://extension.berkeley.edu/diploma/ ) e foi sensacional. Como morávamos em Ottawa fomos e voltamos de carro para aproveitar as estradonas americanas e conhecer vários lugares.
Eu pensei que ia dar para aproveitar TODOS os finais de semana para aproveitar a região, mas tinha tanta coisa para ler, estudar e trabalhos para entregar, que a gente na verdade só tinha 1 dia de férias por semana e 1 final de semana por mês eheheh… mas valeu muito a pena, pois a região de São Francisco é demais!!! Sem contar que você faz muitos amigos e saiamos muito para nos divertir… fazer excursões quando sobrava tempo… puxa, foi uma experiência e tanto! Os amigos daquela época continuam na nossa network até hoje e vira e mexe a gente encontra alguém em algum lugar do mundo 🙂
Vale fazer propaganda? (risos)… atualmente estou trabalhando como agente de intercâmbio independente, levo o pessoal do Brasil para estudar no Canadá, aproveitando minha experiência de 10 anos de congelador e está sendo uma experiência super bacana… Esse é o website que está em constante desenvolvimento 🙂 : https://www.mikix.com/intercambio/index.html
Sabe que era exatamente disso que eu precisava, Riq? Tô indo pra Paris agora em Janeiro e passarei um mês lá estudando Francês, com finais de semana livres pra viajar. Único lerê que eu já deixei agendado foi a visita à Londres porque né, comprando a passagem do Eurostar pela internet e usando a tarifa Youth (que, fica a dica, vale pra quem tem de 12 a 26 anos) fica beem mais barato. Os outros finais de semana ainda estou pra decidir. Dicas são bem vindas (:
Eu já fiz um curso de um mês na Alliance Française em Paris e recomendo muito. Aproveitei pra passear por perto, e fazer algumas viagens realizadas pela agência de viagens da própria Alliance, que na época tinha preços muito bons.
Eu fiquei em casa de família, e o meu francês melhorou demais, além de presenciar, na prática, o dia-a-dia típico francês. Concordo com o André L.: é inevitável encontrar brasileiros, e duas colegas que tive lá, e que estavam em casas para estudantes e albergues, confirmaram que aprenderam muito… português. Em comparação, achei a minha experiência em casa de família muito mais interessante. A solução para não ficar só falando português foi fazer amizade com pessoas de outras nacionalidades – aí, mesmo com um bando de brasileiros, a gente ficava com vergonha de falar só português na frente de quem não entendia, e acaba praticando o francês (ou pelo menos um inglês, vá lá).
Eu recomendo olhar na programação do curso se as aulas são só num único período (muito mais legal pra turistar, tendo todas as tardes livres). Deixei de fazer em outra escola o meu curso justamente porque sismavam de fazer atividades em todos os horários do mundo.
Ah, e não deixo de enfatizar: pra quem quiser aprender de verdade uma outra língua, aproveite e faça o bê-a-bá aqui no Brasil, pagando em real. Não adianta nada ir aprender o básico lá fora, que você não consegue aproveitar o diferencial do curso, que é estar mergulhado na língua e na cultura, se não falar pelo menos o basicão. É jogar tempo e dinheiro fora. Agooooora, sabendo o básico, um mês de curso lá fora vale por mais de um semestre de curso de línguas – e traz experiências inesquescíveis.
Fiz curso de italiano em Firenze de 6 semanas ( 1998) e de espanhol em Salamanca de 5 semanas ( 1999)
Aproveitei o maximo que pude para fazer viagens pela Italia e pela Espanha nestes periodos. Planejavamos por conta propria viagens mais longas nos finais de semana ( Veneza, Napoli/Capri, Barcelona por exemplo) e umas curtinhas para fazer a tarde, depois da aula ( Lucca, Sienna, Pisa etc, mas so de estar morando em Firenze, literalmente a 1 quarteirao da Galleria Uffizzi e Ponte Vecchio, ja tava valendo). Em ambas fiquei em casa de familia ( na Italia nao deu muito certo e tive que mudar , mas na Espanha ja fui com recomendacao de um amigo e foi nota 1000). Eu tinha 18 / 19 anos, entao foi um aprendizado monstro pra mim, sair do pais sozinha e me virar . Fora que despertou e espirito viajandao adormecido ate entao dentro de mim. Fiz rapido muitos amigos nas escolas e como todo mundo esta na mesma situacao da para curtir bastante.
Eu nao mudaria nada…pois ate as roubadas ( tipo quase ser presa no trem na italia por causa do passe irregular )serviram para aprender.
Estudei na Philadelphia, full time, mas deu para aproveitar muito.
A cidade em si, grande, movimentada e com muitas opções culturais, já permitia ótimso finais de semana.
Mas Philadelphia está numa localização estratégica e conveniente. Aos finais de semana, eu fazia bate-voltas ou mesmo pernoitava em Nova York, Washington, Atlantic City e Baltimore, por exemplo.
Achei muito divertido estudar, por ser muito fácil de fazer amigos e conhecer outras culturas e ainda turistar. Mas, é claro, a localização é essencial.
Ah, claro… quando terminei os créditos do doutorado, antes de voltar ao Brasil, finalizei o período com uma viagem de 15 dias por Espanha, França e Itália – voltando há lugares onde eu havia estado pela primeira vez há 10 anos! Voei a Madri onde encontrei meu pai, minha mãe, minha tia, meu esposo…errr, excursão conta? hohoho!
Quando fiz o Mestrado na Espanha (Ilhas Canarias) a grana era tão curta que eu nem sequer conheci a própria ilha onde passei vários meses, a Gran Canaria. Quando estava indo embora fui para Tenerife, apenas. Já o Doutorado em Sevilha, alguns anos depois e com uma poupança mais organizada, eu conheci toda a região da Andaluzia. O detalhe é que eu tinha aulas das 9h às 21h, com duas horas de almoço. Nos fins de semana… eu queria dormir! Aliás, meu blog nasceu durante esse período sabático. E uma viagem que fiz nessa época foi para o Marrocos. Comprei um pacotinho que saía de ônibus de Sevilha, chegava a Tarifa na Costa del Sol e de lá pegávamos um ferry a Tanger. E só! Como nunca obtive bolsa de estudo – embora tenha tentado muito! – sempre fui por conta nos meus dois cursos e morria de medo de ir à falência geral! Entenderam agora porque eu sou especialista em Europa a 50 euros por dia! Questão de sobrevivência!
Eu fiz um curso de italiano em uma escola internacional de uma pequena cidade, Castelraimondo, no interior da região Marche (locais próximos mais conhecidos: Perugia, Assisi e Ancona).
Foram 4 semanas de curso, com algumas viagens programadas pelo próprio programa e outras por conta, e mais 15 dias de viagem de carro pela Calabria, Abruzzo, e para a Áustria.
Em outra ocasião, fiz curso de inglês em Laramie, Wyoming, Estados Unidos. Uma ótima cidade, guardo boas lembranças de lá! Lá, viajava de carro aos fins de semana, embora o tempo fosse ruim para tanto (inverno com nevascas típicas das montanhas rochosas).
Se tenho um pitaco a acrescentar ao que já disseram aqui, sugiro que se vc vai fazer um curso, evite transformar sua estada em uma maratona de vôos low-costs + maratona de aulas. Se o curso for na Europa, é praticamente certo que haverá lugares pitorescos, vilas históricas e outras atrações interessantes na região onde estiver, com pouca ou nenhuma muvuca. Eu tive colegas que passavam a semana fazendo planos para viajar na sexta e voltar domingo, e dá-lhe correria, vôo que atrasa, conexões apertadas… Na América do Norte e Austrália isso é um pouco mais difícil devido a locomoção e distâncias bem, bem maiores.
Por fim, deixo uma dica semi-relacionada ao post: a melhor forma de vc ESTRAGAR seu aprendizado de idiomas, ou sua experiência internacional, é descolar uma turma de brasileiros para ficar saindo, passeando e viajando juntos, o tempo todo.
Andre!
Essa foi a mesma escola que estudei na Itali!
AMEI Castelraimondo e adoro a maneira como eles planejam as aulas pra já ir incluindo as viagens e a parte da cultura Italiana.
Meu relato sobre o curso e as viagens que fizemos ficaram todos registrados no meu blog e é uma delicia relembrar dessas semanas que passei em Marche!
riq, vc eh 10!
Abriu rapidinho a enquete que pedi, e o pessoal compareceu legal com comentários, dicas e relatos muuuito legais! Isso sim, é viajar na viagem uhuuuuu…! Obrigado a todos!
Realmente, eu faço o tipo cdf e se vou fazer um curso, então é pra levar a sério! Mas o finde… rsrsrs, o finde é merecido, o finde é meu!!!
A preocupação é com o perrengue que frio e neve do inverno alemão podem trazer, pois a maioria dos comentários sobre a Alemanha incide em outra estação.
Perguntinhas:
Quais sites seriam melhores pra achar hotel/hostel na Alemanha?
Onde seria o melhor lugar pra comprar um iPhone 4 desbloqueado?
Abção.
Botei a pergunta do iPhone no Perguntódromo, vamos ver se alguém responde.
Eu procuraria hostels no https://www.hostelworld.com .
No frio, procure não pegar trens noturnos (chegando cedinho com breu e tudo fechado) e prefira cidades grandes a pequenas. Em dezembro, porém, vá atrás das feiras natalinas das cidades pequenas.
Goethe..
O melhor site dos melhores albergues da Juventude da Alemanha é o do DJH – Deutsche Jugendherberge que por sinal foi a primeira associação de albergues do mundo.. Fiquei em pelo menos uns 15 diferentes albergues deles e não tenho do que reclamar…A grande maioria oferece um excelente Frühstuck incluso no preço.. Muitas vezes acabava nem almoçando.. => https://www.jugendherberge.de/de/
Minha primeira ida à Alemanha foi justamente nos meses de Janeiro e Fevereiro bem na época de frio.. De fato isso chega a atrapalhar um pouco mas não impede de forma alguma de você viajar… Como o Riq bem mencionou evite chegar no seu destino antes das 08:00 e depois das 20:00 principalmente nesta época do ano a cidade pequenas e médias parecem mortas.. Os únicos lugares abertos que voce irá encontrar será na estação de trem..
Outra dica.. Viajei algumas vezes de carona.. Nunca tive problemas.. Na Alemanha a coisa é super organizada que existe até um site onde as pessoas que estão indo viajar geralmente sozinhas colocam o itinerario que irão fazer e abrem o espaço para você viajar com ela.. Você ajuda com o combustivel.. em 2005 era uma média de 5 a 7 EUR a cada 100 Km.. É uma experiencia bem interessante e acabei fazendo até algumas amizades assim.. Geralmente as pessoas combinam de se encontrar em frente a Bahnhof => https://www.mitfahrgelegenheit.de/
Bem em 2005 não existia iPhone.. Eu acabei comprando um celular pré-pago na Saturn mesmo..=> http://www.saturn.de/ Não sei quem na Alemanha seja a operadora do iPhone..
Abraço