Curso no exterior + viagens paralelas: conte sua experiência
Fazer um curso no exterior é uma maneira muito inteligente de fazer uma viagem em conta. Dá pra descolar acomodação barata (às vezes em casa de família) e você facilmente se enturma.
Muita gente se programa para fazer viagens curtas nos fins de semana. Na Europa, há quem use cada fim de semana para ir a um canto diferente do continente, usando a combinação low cost + albergue.
Nunca fiz um curso no exterior (gostaria muito!), mas em teoria acho que o esquema mais interessante é aproveitar os fins de semana para visitar o entorno de onde se está, gastando menos tempo com deslocamento e aproveitando para ver lugares que você não “conhecia” antes de viajar
Daí emendaria dez ou quinze dias de viagem econômica, aproveitando os conhecimentos e a desenvoltura adquiridos nas semanas de curso.
Caso não dispusesse desse tempo ou dessa grana, faria então o esquema dos fins de semana, claro (como dizer a alguém que está em Londres para não passar um fim de semana em Paris?). Mas nesses lugares muito bacanas em que se tem muito pouco tempo, faria a visita mais descompromissada possível: sem filas, sem lerês. Muita caminhada e curtição.
Ops — mas não foi para dar a minha opinião que eu abri este post, e sim para atender a um pedido do Goethe, que está indo estudar na Alemanha e sentiu falta desse assunto aqui no Viaje na Viagem.
Se você viajou para fazer curso, conte pra gente como organizou seu tempo livre e como conseguiu conciliar o curso com a sua vontade de viajar. Deu para fazer as duas coisas, ou alguma delas saiu prejudicada? Se você pudesse fazer de novo, o que você repensaria?
Som na caixa!
95 comentários
O Vini fez um master em Barcelona e tinha aulas de segunda à sexta à noite. Ou seja, sobrava pouco espaço para viagens, até mesmo pq o curso era super puxado e ele tinha vários projetos para entregar. Acho que é bem diferente de um curso de línguas, que é mais leve, mais descompromissado.
De todo o período, acho que ele só faltou aula 1 vez para viajar. E outra vez foi a turma dele que organizou uma viagem para a feira de design de Milão, mas aí foi a turma toda que faltou aula em acordo com a IED.
Bate-volta ele fez um ou dois, todos em cidades próximas de BCN.
Mas mesmo assim nós aproveitamos para viajar nos feriados: natal, carnaval, semana santa (lá é na semana santa que tem folga toda semana, ao contrário do Brasil que folga no carnaval). E no final do curso, fizemos uma viagem de uns 15 dias por Portugal.
Como eu estava no Brasil, geralmente ia direto para o destino escolhido (para não perder tempo com conexões) e ele, que estava em BCN, ia com cias low cost, como Easy Jet e Vueling.
Mesmo com o pouco tempo, eu acho que aproveitamos bastante! Fomos para a Suíça, França, Inglaterra, Holanda, Bélgica e Portugal.
Acho que a única dica diferente do que todo mundo já passou é justamente não depender muito de indicações de onde ir.
A Alemanha tem uma paisagem muito parecida com a Rep. Tcheca, onde fiz meu intercâmbio. Isso significa que 99% das cidades, por menor que sejam, devem ter uma castelo, ou uma igreja, ou um conjunto de casinhas típicas, ruínas, enfim, alguma coisa que te faça viajar no tempo e na História.
Se você gostar desse tipo de viagem, Goethe, não se preocupe muito em achar algum relato ou dica. Construa seu proprio guia! Assim você economiza tempo nos deslocamentos visitando cidades ao redor de onde vc vai ficar.
Outra coisa é uma dica que a Luiza ( https://arquivodeviagens.wordpress.com ) sempre dá: procurar no site da UNESCO por Patrimônios HIstóricos.
E só para reforçar… cabular uma aulinha pelo menos é inevitável
Fecha o navegador e abre outro novamente.. Comigo tem acontecido isso também ultimamente aqui no VNV.. Mas geralmente o Post aparece..
Muita gente acha que curso no exterior só vale se for de no mínimo 6 meses.
Fiz como alguns que já narraram aqui a experiência – peguei as férias e me matriculei num curso de Espanhol que combinava 1 semana em Buenos Aires + 1 semana em Mendoza, na escola de idiomas Coined.
Em ambos fiquei em casa de família (em Buenos Aires, a família era dona de uma sorveteria, gente… mega bonus!). Em Buenos Aires, de manhã eu estudava, de tarde e noite, passeios e saídas com os novos amigos do curso.
Em Mendoza, o esquema foi diferente, combinado com um ‘pacote aventura’. Aí eu estudava 1 dia e passeava no outro. Fiz rafting, rappel, trecking e tirolesa na região. Muito bom pra alternar com as programações enófilas! Mas em Mendoza tinha poucos alunos (apenas eu e mais dois!) e negociamos com o professor – adiantamos as aulas e um dia saímos pra conhecer as bodegas.
Nessa viagem, em 2006, fiz meu primeiro blog: https://www.getjealous.com/adriane.
Deu pra fazer as duas coisas? Não. Se eu ficasse só em BsAs, talvez fosse melhor para o espanhol. Uma semana em cada lugar só dá pra você ter uma noção básica da lição, sem muita dedicação. Mas fiz grandes amizades. Por só ter a tarde livre, ficou muita coisa sem conhecer em BsAs ainda. Em Mendoza, cidade menor, adoraria ter ficado mais tempo. Ou seja, aproveitei muito, mas deixou gostinho de quero mais.
O que eu mudaria na próxima vez: pegaria 2 semanas em cada cidade, em vez de uma. Você só está livre pra passear mesmo depois do almoço…
Se o objetivo maior é fazer amigos, sugiro as opções que os cursos dão, de residência estudantil. Já se for conhecer mais a cultura local, ficar em casas de família é bem legal.
E Goethe, a Alemanha é incrível. Boa viagem!
Eu fiz exatamente isso também!
Meu primeiro curso no exterior foi um intercâmbio nos EUA. O problema na época êh que como era menor de idade (tinha menosde 21anos) não podia viajar, ir nas festas nem nada do tipo. Então achei que por causa do limite de idade aproveitei muito pouco os meses que morei na Florida.
Mas uns anos depois, quando me mudei pra Europa, fui pra Italia e queria justamente isso: tanto que o primeiro curso que fiz era de “língua e cultura italiana” e portanto a própria escola organizava vários passeios e viajens pros alunos, inclusive durante a semana, pois sempre tinha algum gema das aulas que combinavam com um passeio em algum museu ou cidade dos arredores. Alem disso, aproveitei TODOS os fins de semana pra conhecer o resto da Itália, e nas semanas de intervalo entre os módulos aproveitei pra ir de barco pra Grecia.
Da Itália fui direto fazer mestrado na Espanha, e segui o mesmo modelo: em um ano que passei em Madrid conheci praticamente o pais todos, fui a todas as “fiestas” populares (como a La Tomatina, Las Fallas, Pamplona, verão em Ibiza, etc) e aproveitei bastante o tempo que passei por lá.
E agora que mora na Inglaterra continuo fazendo a mesma coisa!
Agora êh mais difícil pois tenho que conciliar as viagens com trabalho, que me da menos exibilidade dique matar aula aqui e acolá, mas mesmo assim visito um pais ou uma cidade Inglesa diferente a cada mês!
Em 2006 estudei durante 3 meses em Toronto, Canadá. Aproveitei para viajar muitooo pelas cidades da redondeza. Passei apenas 2 finais de semana em Toronto e todos os outros foram para conhecer Quebec, Montreal, Ottawa, Niagara Falls, estações de ski e até dar uma esticadinha a NY. Acabava tendo que faltar uma aula ou outra quando a viagem era pra algum lugar mais longe. Mas valeu mto a pena. No final do curso meus irmãos foram me encontrar no Canadá e passei mais duas semanas viajando pelo País, mostrando para eles todos os lugares lindos que eu ja havia visitado. Foi perfeito! Recomendo a todo mundo fazer pelo menos uma vez na vida uma viagem desse tipo. É uma experiencia maravilhosa!
Muito legal este Post
Então a primeira vez que viajei para o exterior de verdade, digo para fora da América do Sul foi neste esquema.. E o melhor de tudo foi que recebi uma bolsa do DAAD (https://rio.daad.de/shared/graduacao.htm) para o curso de 2 meses e meio na Alemanha.
O esquema pagava a passagem aérea e acomodação em casa de família. E ainda dava cerca de 650 Euros por mês para despesas de alimentação e transporte. Na época as cidades disponíveis eram Freiburg e Essen.. Mas naquele ano a cidade de Leipzig no Leste da Alemanha entrou também no rolo e eu acabei indo parar lá. Lembro que embarquei no último vôo do ano saindo do galeão e da janelinha era possivel ver algumas bolinhas que na verdade era a queima de fogos de copacabana.
Bem foi uma experiência incrível, em todos os sentidos. Desde pequeno fiz alemão na escola e aquilo era um sonho que se realizava. O legal que neste curso além de aperfeiçoar o idioma alemão ele também era voltado à mostrar a cultura do país então nestes dois meses de curso todas às quartas-feiras tinhamos visitas do tipo bate-volta à alguma cidade diferente. E melhor com tudo pago.. Nos finais de semanas nos reuniamos em grupos de 5 pessoas e compravamos o Schönes Wochenende Ticket um ticket da DB que voce viaja em até 5 pessoas para qualquer lugar na Alemanha e na época custava 27 Euros. Geralmente faziamos bate e volta para economizar na hospedagem. Mas ainda sim algumas vezes ficavamos em albergues.
Foram dois excelentes meses, apesar do frio de Janeiro e Fevereiro, tive a chance de conhecer boa parte da região Leste da Alemanha, incluindo Praga na República Tcheca.
Um mês depois da confirmação desta bolsa de estudos. Consegui outra Bolsa desta vez para fazer 1 ano da graduação na Universidade de Freiburg num outro programa tipo uma graduação Sanduíche numa parceria de bolsas do DAAD/CAPES.
Acabei voltando para a Alemanha em Abril de 2005 onde fiquei até março do ano seguinte. Obviamente nesta época não era possivel viajar todos os finais de semana. Até porque fazer as matérias da graduação do meu curso na Alemanha e tendo o compromisso de não reprovar fazia com que alguns finais de semana ficasse enfiado nos livros.. Mesmo assim tive a chance de conhecer bem a região sul da Alemanha, parte do Leste da França, Suiça e Austria. Mesmo com recur$o$ na época escassos consegui conhecer algumas capitais e outras cidades Européias.
Deixando de falar tanto… Eu recomendo imensamente abraçar isso como um sonho. Tenho que dizer que este período no exterior me transformou completamente como pessoa. Como estudante as coisas não são fácei$$.. A gente não viaja com luxo.. Mas enfim não é por isso que não nos divertimos…
Foi nesta época que aprendi que viajar é a melhor coisa do mundo!!! Na primeira viagem cheguei a fazer um diário de viagem contando toda esta experiência. Na segunda acabei desistindo logo no primeiro mês.. Hoje me arrependo um pouco disso.. Mas acho o maior barato de tempos em tempos abrir aquele diário de viagem e ler um dia daquela primeira viagem Internacional… Quem derá ter iniciado o Blog naquela época 😀
Oscar, vc foi intercambista IAESTE? Pq eu tb tive bolsa DAAD pelo IAESTE, qdo passei uma temporada em Potsdam. E fazia a mesma coisa q vc: tinha as reuniões semanais com a galera IAESTE dos outros países para aprender sobre a Alemanha, e aproveitava o Wohenende ticket pra rodar a Alemanha inteira, hihihi!! Nesse período fui à Documenta de Kassel, fui à Oktoberfest de Munich, fui a Dresden 2 vezes, Leipzig, participei da Love Parade em Berlim (qdo ainda era um evento relativamente pequeno)… cada fim de semana era uma viagem diferente, mesmo com o orçamento apertadíssimo de estudante, vivia à base de döner kebap, mas não perdia a festa! Eu AMEI, e até hj sou apaixonada pela Alemanha, um carinho todo especial.
#coincidênciasdavida
Na verdade a primeira bolsa era diretamente do DAAD mesmo!! Para um Deutschlandkundlicher Winterkurs (Curso de Idioma e Cultura Alemã). A segunda bolsa foi pelo programa Unibral de intercâmbio acadêmico, na qual a CAPES pagava a parte brasileira e o DAAD dava a contrapartida pagando a bolsa para o Alemão que cursou floresta no meu lugar em Ctba.
O Schönes Wochenende Ticket é sem dúvida a melhor forma de se conhecer a Alemanha principalmente para quem é estudante.. Lembro que passar 4-6 horas na cidade e viajar quase 10.. Mas não me arrependo de nada… Acho que até hoje faria tudo de novo…
O que seria da vida do estudante na Alemanha sem o Dönner Kebab… E as comprinhas no Aldi e Lidl…rsrsrs Nas últimas duas passadas por lá tanto na mudança para Cingapura quanto na mudança para os EUA eu tive que comer Dönner e comprar os yogurts, frios e queijos no Aldi/Lidl… Eu também sou apaixonado pela Alemanha…. Acho que pelo fato de minha ascendência e por ter sido o primeiro idioma extrangeiro e país que morei a Alemanha será sempre meu segundo país…
Btw… foi você que morou praticamente dentro do castelo Sans Souci em Potsdam né?!
#coincidênciasdavida
Sim, Oscar, fui eu mesma, hihihihi! Preciso achar a foto q tenho da janela do meu quarto, de onde via a cúpula do Neues Palais, pra botar no blog. Foi um período delicioso da minha vida.
E sabe q até hj não voltei a Alemanha? Mas cada dia q passa fico com mais saudade ainda… acho q na próxima ida a Europa, ela não me escapa. Nem q seja só pra andar por Berlim de novo, já me satisfaz. Ai, ai… 🙂
É muuuito fácil viajar pra quem vem estudar na Europa. Eu moro na Irlanda e vivo viajando de Ryanair. Nao e o aviao mais confortavel do mundo, mas o meu voo mais caro (ida e volta) foi 50 euros 🙂
Outra coisa boa é que nao e tao cansativo, os paises ao lado estao a poucas horas de distancia.
Faca um esforco para conciliar as viagens com as aulas, senao vc vai voltar pra casa com a sensacao de dever nao cumprido…
Fiz parte da faculdade em Portugal. Aproveitava os fins-de-semana e feriados para viajar de trem ou de carro até lugares próximos (até umas 2h de viagem) que não valeriam uma viagem única apenas para visitá-los.
A boa dica: no aeroporto da cidade havia uma grande oferta de vôos low-cost, então sempre checava o site da Ryanair para ver as promoções e decidir o país seguinte. Assim, montava uma pequena viagem de, digamos, 4 dias emendando com o sábado e domingo.
O máximo de tempo que fiquei fora de casa nesse esquema foi 10 dias. Como dá para perceber, o jeito era faltar na faculdade. Viagem grande mesmo, só ao fim do curso.
Fiz um curso de mandarim na BLCU (Beijing Language and Culture University), em Beijing, China. Eles têm cursos de 1 mês, 3 meses, 6 meses e 1 ano. (Fiz dois de 6 meses.) Viajei pouco, mas dá sim pra fazer várias viagens de 4 ou 5 dias por aí, às vezes enforcando um ou dois dias de aula, mas que vale a pena. O bom é que tem uns feriados chineses enormes, como a “semana nacional” em outubro, 9 dias direto sem aula. Quem tiver disposição e uma graninha pode ir a Coréia, Vietnã, Camboja… E a faculdade também organiza viagens (embora elas sejam normalmente mais caras do que ir por conta própria.)