Conexão apertada, mala, precaução e bobeira: uma história real :-)

Acabamos de chegar a Munique, via Lisboa, pela TAP. Deu tudo certo. Na imigração em Lisboa há um esquema que tira da fila comum os passageiros de vôos que entram em procedimento de embarque (a fila da imigração fica igual a um check-in de companhia aérea, com um funcionário recitando os vôos da vez). Conseguimos pegar a conexão sem atropelos. Nossas malas chegaram no mesmo vôo da gente.

Aeroporto de Munique

Eu sabia, porém, que se tratava de uma operação de risco. O intervalo entre a chegada do vôo em Lisboa e a partida do vôo para Munique era de apenas duas horas. As cias. aéreas gostam de oferecer as conexões mais imediatas, mas nesses casos um pequeno atraso pode causar uma grande dor de cabeça. Se você estivesse nessa situação e perguntasse a minha opinião, eu recomendaria que você remarcasse a conexão para um horário mais folgado e se programasse para um pequeno chá de banco no aeroporto.

A minha escolha era consciente. Sabendo que a possibilidade de dar zebra não era negligível, tratei de me precaver. Montei uma malinha de mão com o básico de que precisaríamos nas primeiras 48 horas: luvas, gorros, dois blusões e jogos extras de camisetas, meias e roupa de baixo. Ah, sim. E uma nécessaire com coisas que podem passar pelo raio x (desodorante bastão, produtos em tubinhos de menos de 100 ml). Um pouco antes do desembarque final, tiramos os suéteres para vestir.

O problema era que “a mala de mão” na verdade era “a quarta mala de mão”. Carregamos outras três mochilas (duas com laptops, uma com câmera). E mais dois casacões que foram fora das malas.

Resumindo a história: ao sair do aeroporto (ou do saguão das esteiras, ou do guichê onde compramos o passe de transporte público), acabamos deixando a mala de mão para trás.

Ou seja — a TAP não perdeu nenhuma mala nossa, mas a gente acabou perdendo a mala de mão que a gente tinha feito pensando na possibilidade da TAP perder nossas malas! :mrgreen:

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    Era uma malinha bonitinha, dura, de rodinhas. Só demos por falta dela no trem, quando tivemos a idéia de tirar as luvas para vestir… Se ninguém afanou, a essas alturas já deve estar incinerada, coitada. (Espero não ter causado nenhuma interdição de alguma ala do aeroporto de Munique.)

    A história é engraçada mas, ironia do destino à parte, acho que o mais importante é de novo lembrar como a gente fica vulnerável nesse primeiro dia de viagem depois do stress de embarque, imigração e uma noite maldormida na classe lata de sardinha. A possibilidade de a gente marcar bobeira é alta, não importa o nosso nível de experiência (até porque, quanto mais experiência, mais presunção, concordam?).

    E você? Já marcou alguma bobeira injustificável no comecinho de viagem? Me console por favor!

    Comentários

    Marina
    Responder

    Oi gente! Adorei a matéria e me identifiquei super!

    Estou indo a Lisboa no dia 25 de dezembro, meu voo chega às 16h15 e comprei no mesmo dia um voo pra Paris às 19h30. Acham que 3h15 de conexão é suficiente pra sair do voo, passar pela imigração e entrar no novo voo? Não estarei com mala despachada, apenas de mão. Não é conexão, mas os dois voo são com a TAP.

    Acha seguro esse tempo de 3h15? Se eu perder o voo por atraso da companhia ou imigração, eles me realocam sem custo em algum voo?

    Obrigada demais ♥️🙏🏻

      A Bóia

      Olá, Marina! Tente ver com a TAP se não consegue juntar as duas reservas.

      Enaura

      Oiii Marília! Deu certo?

    Livia
    Responder

    Olá Boia! Passando para dar meu feedback sobre a implantação da EES que comentei anteriormente. Passei por Lisboa em 10/10 pra fazer conexão pra Firenze. Ainda não estava implementado, mas me chamou a atenção várias máquinas cobertas e agrupadas no salão onde se faz o controle de imigração. Sobre o controle, olharam nossos tickets de embarque e nos perguntaram apenas qual o motivo da visita a Firenze e quantos dias passaríamos lá. Tranquilo. Abraços.

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